O
que é a aurora polar?
Creative Commons - Aurora boreal
O jogo de luzes no céu sempre
impressionou povos do mundo inteiro, que criaram diversas lendas para explicar
esse fenômeno misterioso.
A aurora polar é, na
realidade, um fenômeno ótico natural que ocorre nas regiões polares de nosso
planeta. No norte é conhecida como Aurora Boreal; Já no sul, é a Aurora
Austral. Este fenômeno não está restrito à Terra, ele também ocorre em outros
planetas do sistema solar como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno.
O
que causa a aurora polar?
Na realidade, a Aurora
acontece em função do choque dos ventos solares contra o campo magnético do
planeta. O vento solar é formado por partículas (elétrons, prótons e outras
partículas radioativas) eletricamente carregadas emitidas continuamente pelo
Sol. O campo magnético da Terra funciona como um escudo de força, protegendo o
planeta da radiação ultravioleta do Sol e possibilitando a existência de vida.
As partículas do vento solar
colidem violentamente e em grande velocidade contra os gases da atmosfera
(ionosfera) terrestre. Parte da energia
da partícula é transferida para o átomo em um processo chamado ionização. O
átomo libera elétrons que vão se chocar com outros átomos, em um novo processo
de ionização. Nesse processo de
excitação e estabilização dos átomos, a luz é emitida.
Quem observa as luzes
dançantes da aurora polar percebe que elas apresentam cores variadas. A cor da
aurora depende da altitude em que se dá a colisão do vento solar com o campo
magnético e os gases predominantes naquela faixa da atmosfera.
Quando a colisão ocorre a
mais de 300 quilômetros de altitude, dá origem a uma aurora vermelha, muito
rara, devido à presença, em grande quantidade, de átomos livres de oxigênio.
Entre 100 e 300 quilômetros, o gás predominante é o oxigênio, produzindo luzes
brilhantes de amarelas a verdes. Já em torno dos 100 quilômetros, predomina o
nitrogênio resultando em uma luz avermelhada. Na camada superior da ionosfera,
gases mais leves, como o hidrogênio e o hélio, criam cores azuis e violetas,
geralmente não percebidas pelo olho humano, mas captadas pelos filmes
fotográficos, mais sensíveis.
A aurora pode aparecer em
vários formatos: pontos luminosos, faixas dançantes no sentido horizontal ou
circular, sempre alinhadas ao campo magnético terrestre. Ela é mais visível e
brilhante, chegando a ser observada em latitudes mais baixas, em períodos de
intensa atividade solar, como nas explosões solares.
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