Localização da Catalunha (Creative Commons)
O presidente catalão, Carles
Puigdemont, afirmou que poderá declarar a independência da Catalunha no fim
desta semana ou no início da próxima. As declarações foram feitas à inglesa
BBC, ontem (3), pouco antes de o Rei Filipe VI fazer um pronunciamento pela
televisão a toda a população da Espanha, em que considera que o governo catalão
agiu com “deslealdade inadmissível”.
No último domingo (1º),
cerca de 2 milhões de pessoas votaram a favor da independência catalã. O
governo espanhol afirma que o referendo foi ilegal e que não reconhecerá o
processo.
“Vamos declarar
independência 48 horas depois de contabilizados todos os resultados oficiais.
Isso provavelmente estará terminado assim que tenhamos todos os votos dos
estrangeiros no fim da semana, e assim agiremos provavelmente durante o fim
desta semana ou no início da próxima”, afirmou Puigdemont, que fará uma
declaração aos catalães hoje (4), às 21h (horário de Barcelona).
O Parlamento Europeu se
reunirá na tarde de hoje com o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans
Timmermans, para debater sobre a Constituição, o Estado de Direito e os
Direitos Fundamentais na Espanha.
O presidente catalão já
declarou que espera que a União Europeia (UE) se envolva como mediadora do
conflito que, para ele, não é doméstico e sim europeu. Ele disse à BBC que acha
“muito decepcionante” que a UE não tenha escutado o povo catalão.
No entanto, a Comissão
Europeia voltou a afirmar que a crise na Catalunha é questão interna da Espanha
e, ao que parece, não tem intenção de mediar o conflito. Para Jean Claude
Juncker, presidente da comissão, o referendo de domingo não é válido. No
entanto, ele condenou a utilização da violência como instrumento político.
"Como disse o
presidente Juncker, esse é um assunto interno da Espanha e esperamos que os
intervenientes se sentem à mesa, que a situação se acalme e encontrem uma
solução", concluiu o vice-presidente do executivo comunitário Jyrki
Katainen.
Quando perguntado pela BBC
sobre uma possível intervenção do governo central na Catalunha, Carles
Puigdemont considerou que "seria outro erro, de uma série de erros” e que
a cada novo acontecimento, o governo catalão ganha mais apoio social.
Discurso do rei
No pronunciamento feito
ontem (3) pela televisão, o rei da Espanha, Felipe VI, afirmou que o país vive
momentos muito graves para a vida democrática.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional
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