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ASPECTOS FÍSICOS DA REGIÃO NORDESTE


A área do Nordeste brasileiro é de aproximadamente 1 558 196 km², equivalente a 18% do território nacional. É a região que possui a maior costa litorânea. Um fato interessante é que a região possui os estados com a maior e a menor costa litorânea, respectivamente Bahia, com 932 km de litoral, e Piauí, com apenas 60 km. A região toda possui 3 338 km de praias.

Limita-se a norte e a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e a oeste com os estados do Pará, Tocantins e Goiás.

RELEVO

Algumas características do relevo nordestino é a existência de dois antigos e extensos planaltos, o Borborema (uma das principais causas da seca do Sertão) e a bacia do rio Parnaíba e de algumas áreas altas e planas que formam as chamadas chapadas, como a Chapada Diamantina, onde se localiza o ponto mais elevado da região, o Pico do Barbado com 2.033 metros de altitude, na Bahia, e a do Araripe, nas divisas entre os Estados do Ceará, Piauí, Pernambuco e a Paraíba. Entre essas regiões ficam algumas depressões, nas quais está localizado o sertão, região de clima semiárido, podemos ver também planícies litorâneas.
Panorama da Chapada Diamantina, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia

Segundo o professor Jurandyr Ross, que com sua equipe compilou informações do Projeto Radam (Radar da Amazônia) e mostrou uma divisão do relevo brasileiro mais rica e subdivida em 28 unidades, no Nordeste ficam localizados os já citados planalto da Borborema e planaltos e chapadas da bacia do rio Parnaíba, a depressão Sertaneja-São Francisco e parte dos planaltos e serras do leste-sudeste, além das planícies e tabuleiros litorâneos.

CLIMA

A região Nordeste do Brasil apresenta média de anual de temperatura entre 20° e 28° C. Nas áreas situadas acima de 200 metros e no litoral oriental as temperaturas variam de 24° a 26°C. As médias anuais inferiores a 20°C encontram-se nas áreas mais elevadas da chapada Diamantina e do planalto da Borborema. O índice de precipitação anual varia de 300 a 2000 mm. Quatro tipos de climas estão presentes no Nordeste:

- Equatorial Úmido: presente no oeste do estado do Maranhão, na divisa com o Pará;

- Litorâneo úmido: presente do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte;

- Clima tropical: presente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí;

- Clima semiárido: presente em todo o sertão nordestino.

Com precipitação média de chuvas de menos de 300 mm por ano, às quais ocorrem durante no máximo três meses, dando vazão a estiagens que duram às vezes mais de dez meses, Cabaceiras na Paraíba tem o título de município mais seco do país.

VEGETAÇÃO

A vegetação nordestina vai desde a Mata Atlântica no litoral até a Mata dos Cocais no Meio Norte, com ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, dentre outros, que possuem fauna e flora exuberantes, diversas espécies endêmicas e animais ameaçados de extinção. Hoje restam apenas pequenas manchas dessa vegetação original, na porção sul da Bahia, e mesmo essas áreas correm riscos de ser destruídas, pois as pastagens e a ocupação urbana destinada ao turismo avançam sobre a mata nativa.

Mata Atlântica: também chamada de Floresta tropical úmida de encosta, a mata atlântica estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém em consequência dos desmatamentos que ocorreram em função, principalmente, da indústria açucareira, hoje só restam cerca de 5% da vegetação original, dispersos em "ilhas". Foi na mata atlântica nordestina que começou o processo de extração do pau-brasil. Também existem em partes úmidas (barlavento) de planaltos, serras e chapadas cristalinas ou sedimentares, no interior da região em estados como Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, vegetações sobre a denominação geral de mata tropical ou brejos, subdivididas​ em floresta ombrófila aberta e floresta estacional semidecidual.
Remanescentes de Mata Atlântica no Nordeste perdem biodiversidade - Divulgação/Adriano Gambarini
Mata dos Cocais: formação vegetal de transição entre os climas semiárido, equatorial e tropical. As espécies principais são o babaçu e a carnaúba. Ocorre em parte do Maranhão, do Piauí, do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Tocantins na região Norte. Representa menos de 3% da área do Brasil.
A mata dos Cocais no estado do Maranhão.
Cerrado: ocupa 25% do território brasileiro, mas no Nordeste sua região contínua só abrange o sul do estado do Maranhão, o sudoeste do Piauí e o oeste da Bahia, sendo as demais regiões em que ocorrem esse ecossistema, como chapadas em todo o Nordeste e em algumas regiões litorâneas de estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe apenas fragmentos vegetacionais relacionados aos climas e solos locais. Apresenta árvores de baixo porte, com galhos retorcidos. O chão é coberto por gramíneas. O solo é de alta acidez.

Caatinga: vegetação típica do sertão, tem como principais espécies o pereiro, a aroeira, as leguminosas e as cactáceas. É uma formação de vegetais xerófitos (vegetais de regiões secas), mas é rica ecologicamente. Ocorre em todos os estados nordestinos exceto o Maranhão e no norte de Minas Gerais na Região Sudeste.
Caatinga - Sertão nordestino
Vegetações Litorâneas e Matas Ciliares: na categoria de vegetação litorânea podemos incluir os mangues, um riquíssimo ecossistema, local de moradia e reprodução dos caranguejos e importante para a preservação de rios e lagoas. Também podemos incluir as restingas e as dunas. As matas ciliares ou matas de galeria são comuns em regiões de cerrados, mas também podem ser vistas na Zona da Mata. São pequenas florestas que acompanham as margens dos rios, onde existe maior concentração de materiais orgânicos no solo, e funcionam como uma proteção para os rios e mares.

HIDROGRAFIA

A Região Nordeste encontra-se com 72,24% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Suas bacias hidrográficas são:

Bacia do São Francisco: é a principal da região, formada pelos rios São Francisco e seus afluentes. São praticadas atividades de pesca, navegação e produção de energia elétrica pelas hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó.

Bacia do Parnaíba: é a segunda mais importante, ocupando uma área de cerca de 344.112 km² (3,9% do território nacional) e drena quase todo o estado do Piauí, parte do Maranhão e Ceará. O rio Parnaíba é um dos poucos no mundo a possuir um delta em mar aberto, com uma área de manguezal de, aproximadamente, 2.700 km².

Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: ocupa uma área de 287.384 km², que abrange os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os rios principais são o Jaguaribe, Piranhas-Açú, Capibaribe, Acaraú, Curimataú, Mundaú, Paraíba, Itapecuru, Mearim e Una, (esses três últimos no estado do Maranhão).

Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental: situada entre o Nordeste e a região Norte, fica localizada, quase que em sua totalidade, no estado do Maranhão. Algumas de suas sub-bacias constituem ricos ecossistemas, como manguezais, babaçuais, várzeas, etc.

Bacia do Atlântico Leste: compreende uma área de 364.677 km², dividida entre 2 estados do Nordeste (Bahia e Sergipe) e dois do Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo). Na bacia, a pesca é utilizada como atividade de subsistência.

Artigo da Wikipedia revisado de acordo com os padrões do Blog Suporte Geográfico 

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20 Comentários

  1. eu adorei o texto nao a nada de ruim

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  2. ESTA TUDO OTIMO MUITO OBRIGADA ME AJUDOU MUITO NA PROVA DE MINHA FILHA

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  3. AMEI A PESQUISA AJUDOU NOS ESTUDOS MEU NOME É GREIBISON

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  4. Tudo que tem aqui, va cair na prova da PM PE 😉

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  5. Muitíssimo obrigada!Foi essencial na realização da pesquisa

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  6. Obg msm por fazer esse texto... tá incrível!
    ...

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  7. Esse texto aj8dou muito no meu trabalho

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  8. Seu site ajudou bastante, muito obrigada! :D

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  9. Bom dia. Obrigada pelas informações. Ajudou bastante no trabalho do meu filho.

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  10. Obrigada pelo conteúdo. Bem objetivo. Ajudou muito no trabalho do meu sobrinho.

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