RELEVO
Podemos
identificar cinco grandes divisões no relevo no Sudeste:
Planícies e terras baixas
costeiras: Apresentam larguras variáveis, ora aparecendo na forma
de grandes baixadas, ora estreitando-se e favorecendo a formação de costas
altas, onde a serra do Mar entra diretamente em contato com o oceano Atlântico.
São comuns, ao longo da planície, muitas praias e algumas restingas, que formam
lagoas costeiras e grandes baías.
Serras e planaltos do Leste
e do Sudeste: Conhecidas como planalto Atlântico ou
planalto Oriental, é a parte mais acidentada do planalto Brasileiro,
caracterizando-se, na região Sudeste, pelo grande número de "serras"
(escarpas de planalto) cristalinas. Aparece como verdadeira muralha constituída
por rochas cristalinas muito antigas ou como um verdadeiro "mar de
morros" em áreas mais erodidas. A escarpa desse planalto voltada para o
Atlântico constitui a serra do Mar, que no sul recebe o nome de serra de
Paranapiacaba. Logo adiante, no oeste, encontramos o vale do rio Paraíba do
Sul, que separa a serra do Mar da serra da Mantiqueira. Mais para o norte, as
elevações afastam-se do litoral, dando origem à serra do Espinhaço.
Serra do Espinhaço vista da Lapinha da Serra
Ao
norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais, encontra-se a serra da Canastra.
Cachoeira Casca D'Anta na Serra da Canastra em São Roque de Minas
A
noroeste da região, atrás da serra do Espinhaço, encontram-se as chapadas
sedimentares, já na transição para a região Centro-Oeste, destacando-se o
Espigão Mestre, vasta extensão aplainada constituída por rochas antigas e
intensamente trabalhadas pela erosão. Entre ele e a serra do Espinhaço
encontra-se a Depressão Sanfranciscana, área de terras baixas cortada por um
grande rio, o São Francisco.
Planalto Meridional: De
estrutura sedimentar, ocupa todo o centro-oeste de São Paulo e o oeste de Minas
Gerais. É formado por dois blocos: o planalto Arenito-basáltico e a Depressão
Periférica.
Planalto Arenito-basáltico:
Apresenta alternância de rochas pouco resistentes, como o arenito (sedimentar),
e outras muito duras, como o basalto (vulcânica), o que favorece o aparecimento
das chamadas cuestas, acidentes do relevo que se mostram íngremes e abruptos em
uma vertente e na direção oposta descem em suave declive. Essas cuestas são
conhecidas popularmente pelo nome de serras, como por exemplo, a serra de
Botucatu.
Cuesta de Botucatu
Depressão Periférica:
Zona de contato baixa e plana, que se assemelha a uma canoa, entre as serras e
planaltos do Leste e Sudeste (de estrutura cristalina) e o planalto
Arenito-basáltico (de estrutura sedimentar).
CLIMA
A
região Sudeste apresenta os climas semiárido, tropical, tropical de altitude,
subtropical, litorâneo úmido e temperado marítimo.
O
clima tropical predomina nas baixadas litorâneas de Espírito Santo e Rio de
Janeiro, norte de Minas Gerais e oeste paulista. Apresenta temperaturas
elevadas (média anual de 22 °C) e duas estações definidas: uma chuvosa, que
corresponde ao verão, e outra seca, que corresponde ao inverno. Exemplos de
cidades com esse clima: Vitória, Rio de Janeiro e Presidente Prudente. O clima
tropical de altitude, que ocorre nos trechos mais elevados do relevo,
caracteriza-se por temperaturas mais amenas (média anual de 18 °C). Exemplos de
cidades com esse clima: Campos do Jordão, Poços de Caldas, Ouro Preto,
Petrópolis e Nova Friburgo.
O
clima subtropical, que aparece em quase todos os municípios da Grande São Paulo
e no sul do estado de São Paulo, é marcado por chuvas bem distribuídas durante
o ano (temperaturas médias anuais em torno de 16 °C a 17 °C) e por uma grande
amplitude térmica. Exemplos de cidades com esse clima: Apiaí, Itapeva,
Guapiara, Registro, Peruíbe, Itanhaém. Há ainda, no norte de Minas Gerais, o
clima semiárido, mais quente e menos úmido, apresentando estação seca anual de
cinco meses ou até mais nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha.
No
Sudeste, como em qualquer região, as temperaturas sofrem a determinante
influência da posição geográfica, ou seja, da latitude, do relevo e da altitude
e também da maritimidade. Desta forma, as regiões do Vale do Jequitinhonha e do
Vale do Rio Doce ambas no norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo,
localizadas em áreas de baixas latitudes e altitudes modestas, têm clima mais
quente. Já a serra do Mar apresenta a maior umidade da região, pois barra a
passagem dos ventos vindos do Atlântico, carregados de umidade, chovendo apenas
nas vertentes orientais. A costa também é naturalmente mais úmida, por
influência da maritimidade.
As
menores temperaturas da região são registradas nos picos da serra da
Mantiqueira, e Serra do Caparaó, localizados entre MG/SP, MG/RJ e MG/ES, que
tem altitudes próximas de 3000m.
VEGETAÇÃO
A
variedade de tipos de clima permite deduzir que primitivamente existiu uma
variedade de tipos de vegetação, hoje em grande parte devastada, devido à
expansão agrícola.
A
floresta tropical constitui a formação dominante, mas seu aspecto varia muito.
Ela é rica e exuberante nas encostas voltadas para o oceano — Mata Atlântica —,
onde a umidade é maior, favorecendo o aparecimento de árvores mais altas,
muitos cipós, epífitas e inúmeras palmáceas; encontra-se quase totalmente
devastada, exceto nas encostas mais íngremes. No interior do continente, essa
floresta apresenta-se menos densa, pois ocorre em áreas de clima mais seco;
aparece somente em manchas, pois já está quase inteiramente devastada.
Vista da Mata Atlântica a partir do Parque Estadual da Cantareira, próximo à cidade de São Paulo.
Em
algumas áreas do interior há a ocorrência de matas galerias ou ciliares, que se
desenvolvem ao longo das margens dos rios, mais úmidas. Nas áreas tipicamente
tropicais do Sudeste, onde predominam solos impermeáveis, ganha destaque a
formação conhecida como cerrado, constituída de pequenas árvores, arbustos de
galhos retorcidos e vegetação rasteira. A região apresenta pequenos trechos
cobertos de caatinga no norte de Minas Gerais. As áreas mais altas das serras e
planaltos do Leste e Sudeste, ao sul, de clima mais suave, são ocupadas por uma
ou outra espécie do que foi um dia a floresta subtropical ou Mata de
Araucárias. Em extensões também reduzidas do planalto aparecem trechos de
formações campestres: os campos limpos, ao sul do estado de São Paulo, e os
campos serranos, ao sul de Minas Gerais. Ao longo do litoral, faz-se presente a
vegetação típica das praias, conhecida por vegetação litorânea.
HIDROGRAFIA
Devido
à suas características de relevo, predominam na região os rios de planalto,
naturalmente encachoeirados. Entre as várias bacias hidrográficas, merecem
destaque:
Bacia do Paraná — O
rio principal é formado pela junção dos rios Paranaíba e Grande. Nessa bacia se
localizam algumas das maiores hidrelétricas do país, tanto no rio Paraná
(Urubupungá e Itaipu) como nos rios Paranaíba (Cachoeira Dourada e São Simão) e
Grande (Furnas e Volta Grande).
Bacia do São Francisco — O
principal rio nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, atravessa a Bahia e
alcança Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Nordeste. Recebendo alguns grandes
afluentes e outros menores, que chegam inclusive a secar. No seu alto curso,
que vai da nascente a Pirapora (Minas Gerais), o São Francisco é acidentado e não
navegável, oferecendo, por outro lado, alto potencial hidrelétrico. A Usina
Hidrelétrica de Três Marias foi aí construída a fim de regularizar o curso do
rio, fornecer energia elétrica e ampliar seu trecho navegável, através de
comportas que fazem subir o nível das águas. Já no médio curso, que estende de
Pirapora e Juazeiro (estado da Bahia), o rio é inteiramente navegável. O baixo
curso do São Francisco localiza-se inteiramente na região Nordeste.
Nascente do rio São Francisco
Bacias do Leste — São
um conjunto de bacias secundárias de diversos rios que descem das serras
litorâneas para o Atlântico, merecendo destaque as bacias dos rios Pardo, Rio
Doce e Jequitinhonha, em Minas Gerais, e Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de
Janeiro.
Bacias do Sudeste-Sul — A região Sudeste é drenada também por estas bacias, destacando-se a do rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo.
Artigo da Wikipedia revisado de acordo com os padrões do Blog Suporte Geográfico
Bacias do Sudeste-Sul — A região Sudeste é drenada também por estas bacias, destacando-se a do rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo.
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8 Comentários
Muito bom parabens
ResponderExcluirObrigado pela visita!
ExcluirMe ajudou muito para um trabalho de Geografia que estou fazendo!
ResponderExcluirObrigado pela vista!
ResponderExcluirmuitas informações corretas! parabéns! Meu trabalho de geografia vai ficar nota 10! ótimo trabalho!
ResponderExcluirO meu tbm
ExcluirKkkkk!!!
Texto muito bom. com certeza vou aproveitar, me ajudou na preparação de minha aula. Parabéns!
ResponderExcluirgostei dessa coletania de informações obrigado ��
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