RELEVO
As
mais importantes unidades geomorfológicas do relevo sul-brasileiro são:
Planalto Cristalino: Sua
área é apresentada com maior amplitude no Paraná, na qual sua escarpa que se
volta para o oceano é a unidade geomorfológica formadora da serra do Mar, e em
Santa Catarina, esse planalto torna-se afunilado. Suas elevações são os
aspectos constituintes daquilo que os geógrafos chamam-se "mares de
morros".
Planalto Meridional: É a
unidade geomorfológica pela qual é recoberta a maioria do território da Região
Sul do Brasil, com alternância de arenito e basalto. O basalto é uma rocha
vulcânica a qual formou os solos de "terra roxa", de grande
fertilidade. Na região Sul, com a exceção do norte e oeste do Paraná, há um
pequeno número de áreas possuidoras de tais solos, porque na maioria das vezes
os arenitos justapõem as rochas basálticas. A elevação mais destacada do
planalto Meridional é a Serra Geral, a qual no Paraná e em Santa Catarina, é
visível na parte de trás da serra do Mar, porém no Rio Grande do Sul é
terminada juntamente ao litoral, sendo a unidade geomorfológica formadora de
falésias como as quais são visíveis nas praias da cidade de Torres, no Rio
Grande do Sul. Para caracterizar mais facilmente toda essa unidade
geomorfológica, o planalto Meridional divide-se habitualmente em planalto
Arenito-basáltico e Depressão Periférica.
Planalto Arenito-basáltico:
Nele, o basalto e o arenito, diferentemente resistentes à erosão, são os
materiais formadores das cuestas, as quais se chamam localmente
"serras", como por exemplo, a Serra Geral, em Santa Catarina.
Depressão Periférica:
Área caracterizada pelo seu rebaixamento pela sua estreiteza, a qual se chama
planalto dos Campos Gerais, no Paraná, e Depressão Central, no Rio Grande do
Sul.
Escudo
Sul-Rio-Grandense: Planalto o qual também se chama Serras de
Sudeste, localizado no sudeste do Rio Grande do Sul, caracteriza-se pelas
coxilhas, as quais são formas de relevo com ondulações de colinas.
Mapa geomorfológico do Sul do Brasil
CLIMA
No
Brasil, país em que predomina o clima tropical, apenas a Região Sul encontra-se
sob o domínio do clima subtropical (um clima de transição entre o tropical
predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o
clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde
são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as
temperaturas variam de 16°C a 20°C ao ano, porém, o inverno é costumeiramente
muito frio para os padrões brasileiros, com frequência de geadas e em lugares
onde há altitudes de maior elevação, neve cadente. As estações do ano
apresentadas possuem grande diferenciação e a amplitude térmica anual é
relativamente muito grande. As chuvas, na quase totalidade do território
regional, são distribuídas regularmente durante todo o ano, entretanto, no
Norte do Paraná — transição para a zona intertropical — as chuvas são concentradas
nos meses de verão.
Também
podem ser encontradas características tropicais nas baixadas litorâneas do
Paraná e Santa Catarina, onde as temperaturas estão acima de 20 °C e,
principalmente, há queda de chuvas no verão.
As
temperaturas também são afetadas pelos ventos. No verão, as temperaturas
aumentam por causa do calor e da umidade dos ventos alísios que vêm do sudeste,
depois as chuvas caem com força. O inverno no Sul do Brasil é muito frio com
geada e neve por causa das frentes frias que são massas de ar vindas do Polo
Sul. Esse vento frio é chamado de minuano ou pampeiro pelos paranaenses,
catarinenses e gaúchos.
É
importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do
Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e
úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua
atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste.
Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.
Neve na zona rural de São Joaquim, Santa Catarina, em 2010.
HIDROGRAFIA
Tanto
a serra do Mar como a Serra Geral se localizam nas proximidades do litoral.
Assim, o relevo da Região Sul do Brasil é inclinado para o interior e a maioria
dos rios — que é de planalto — segue no sentido leste-oeste. Esses rios são
concentrados em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a
bacia do rio Uruguai, ambas as subdivisões que fazem parte da Bacia Platina. Os
rios de maior importância têm grande volume de água e são possuidores de grande
potencial hidrelétrico, o que já está se explorando no rio Paraná, com o fato
de ter sido construída a Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a segunda
maior do mundo). Os rios sulistas que fazem seu percurso até desaguarem no mar
integram um conjunto de bacias secundárias, como as do Atlântico Sul e do
Atlântico Sudeste.
VEGETAÇÃO
Quando
as pessoas dizem respeito ao sul do Brasil, é frequente ter na memória a Mata
de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e o grande pampa gaúcho, formações
vegetais típicas que aparecem na região, apesar de não existirem somente lá.
A
Mata de Araucárias, que praticamente se extinguiu, é o bioma visível nas partes
de maior elevação dos planaltos do Paraná e Santa Catarina, no formato de
manchas que existem entre as demais formações vegetais. A Araucária
angustifolia (pinheiro-do-paraná) é mais facilmente adaptada às menores
temperaturas, frequentemente nas partes da maior altitude do relevo, e ao solo
rochoso que mistura arenito com basalto, com uma grande concentração no
planalto Arenito-basáltico, no interior da região.
A Mata de Araucárias é a paisagem típica da vegetação de planalto da região Sul.
Nessa
mata se extraem principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, utilizadas em
marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas se utilizam para preparar o chimarrão.
A
devastação desta floresta, que foi o bioma típico da região na qual hoje há
poucos remanescentes dessa paisagem, teve início no final do Império, porque o
governo fazia concessões com o objetivo de abrir estradas de ferro, e a
situação tornou-se grave devido à indústria madeireira.
Além
da Mata de Araucárias, propriamente dita, a serra do Mar, com grande umidade
por estar mais próxima do oceano Atlântico, faz com que se desenvolva a mata
tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, com grande densidade e várias
espécies. A Mata Atlântica é iniciada no Nordeste sendo continuada pelo Sudeste
até a sua chegada ao Sul. No Norte do Paraná, a floresta tropical praticamente
extinguiu-se, porque a agricultura foi expandida. Ultimamente, o governo está
procurando novas tentativas de implantação de uma política de reflorestamento.
As
vastas extensões de campos limpos também ocupam a Região Sul do Brasil. Estas
vastas extensões de campos limpos chamam-se pelo nome de campos meridionais. Os
campos meridionais dividem-se em duas áreas distintas. A primeira é
correspondente aos campos dos planaltos, que são manchas ocorrentes a partir do
Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. A segunda área — os campos da campanha
— é de maior extensão e está localizada inteiramente no Rio Grande do Sul, em
uma região que chama-se Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das
coxilhas e uma camada visível de ervas rasteiras pela qual é constituída a
melhor pastagem natural do Brasil.
Finalmente, juntamente ao
litoral, destaca-se a vegetação costeira de mangues, praias e restingas, que se
assemelham às de outras regiões do Brasil.Artigo da Wikipedia revisado de acordo com os padrões do Blog Suporte Geográfico
2 Comentários
bigadu me ajudou no meu trabalho de geografia[erros propositais]
ResponderExcluirObrigada me ajudou no meu trabalho de geografia.
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