CONTINENTE AMERICANO
Segundo o historiador português José Pedro Machado, o nome AMÉRICA advém de uma homenagem feita a um italiano chamado Américo Vespúcio, explorador que viveu entre 1454 e 1512.
O continente americano se destaca pela sua grande extensão Norte-Sul de aproximadamente 15 mil quilômetros.
É o segundo maior continente do mundo ocupando mais de 42.000 km², cerca de 8% da área terrestre e 28,5% das terras emersas.
É banhado, ao norte, pelo oceano glacial Ártico; ao sul, pelo oceano glacial Antártico; a leste, pelo oceano Atlântico; e, a oeste, pelo oceano Pacífico.
O continente americano é cortado por quatro paralelos principais: Círculo polar Ártico, Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio.
Ocupa terras do hemisfério norte, sul e oeste.
O continente americano apresenta grandes cadeias de montanhas, rios caudalosos, diversos tipos de clima e grande variedade de paisagens naturais.
Imagem de satélite do continente americano/NASA

PONTOS EXTREMOS DO CONTINENTE AMERICANO
Oeste (ocidental): Cabo Príncipe de Gales – península de Seward no Alasca – EUA.
Leste (oriental): Ponta do Seixas, estado da Paraíba – Brasil.
Sul (meridional): Cabo Froward – costa norte do Estreito de Magalhães – península de Brunswich – Chile.
Norte (setentrional): península de Boothia – no cabo Promontório Murchison – Canadá.

DIVISÃO FISIOGRÁFICA DA AMÉRICA
Em razão das características físicas, o continente americano pode ser dividido em:
América do Sul e América do Norte, porções territoriais que correspondem às duas grandes áreas continentais, e América Central, composta por uma estreita faixa de terra continental (istmo) e por várias ilhas (Caribe).

O CONTINENTE AMERICANO E SUAS ORIGENS GEOLÓGICAS
O continente americano, como os demais continentes, originou-se a partir da divisão das terras de Pangeia a cerca de 65 milhões de anos.
Estudos indicam que a América do Sul esteve unida a África por causa do encaixe perfeito de seus litorais e por fósseis datados do mesmo período e encontrados em ambos os continentes.

GEOMORFOLOGIA DO CONTINENTE AMERICANO
O relevo das Américas é de formação geológica antiga, apresentando um número maior de bacias sedimentares e um caráter mais acidentado ao longo da maior parte de suas áreas.
Existem escudos cristalinos na porção leste e central da América do Sul, na região da Guiana Francesa, no Norte da América do Norte e na Groelândia.
Cadeias orogenéticas recentes correspondem a Cordilheira dos Andes e a toda a costa oeste do continente.
Na costa oeste ou ocidental do continente, tanto ao norte como ao sul, observamos a presença de grandes cadeias montanhosas jovens.
Na porção sul-americana, elas formam a Cordilheira dos Andes, que se originou em função da subducção entre a Placa Tectônica de Nazca e a Placa Sul-americana.
Na porção norte-americana, elas formam acidentes geográficos como as Montanhas Rochosas (Canadá e EUA) e a Serra Madre (México), oriundos do choque entre a Placa Norte-americana e a Placa de Juan de Fuca.
A Cordilheira dos Andes (em língua quechua: Anti(s)) é uma vasta cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa ocidental da América do Sul, de formação geológica do período Terciário. A cordilheira possui aproximadamente 8.000 km de extensão. É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento). Seu ponto culminante é o pico do Aconcágua com 6.962 m de altitude (O pico mais elevado da AMÉRICA).
Cordilheira dos Andes
Na costa leste ou oriental do continente, observa-se a presença de planaltos e montanhas, de formação geológica mais antiga, logo, mais desgastada pela erosão.
Na porção sul, temos como exemplos o Planalto Brasileiro, Planalto das Guianas e Planalto da Patagônia.
Na porção norte, temos como exemplos o Planalto Laurenciano (Canadá) e Montes Apalaches (EUA).
As Montanhas Apalaches na Carolina do Norte/Wikipedia
Na região central do continente, entre as cadeias montanhosas jovens (oeste) e os planaltos e montanhas antigos (leste), observa-se a presença de planícies e depressões.
Na porção sul, temos como exemplos a Planície do Amazonas, a Planície do Pantanal e a Depressão do Chaco.
Na porção norte, temos como exemplos Planícies Centrais, com destaque para a Planície Central Canadense, Planície do Mississippi – Missouri.

CLIMAS DA AMÉRICA
O continente americano apresenta uma grande diversidade climática.
Um dos motivos é a sua grande extensão territorial no sentido norte-sul (latitudinal). Assim, possui quase todos os climas do planeta.
Os climas também são influenciados pela geomorfologia do continente e pelas massas de ar e correntes marítimas que atuam na região.
O mapa ao representa estes climas.
As grandes massas de água (oceanos e mares), amenizam as temperaturas nas áreas litorâneas deixando o clima mais ameno que no interior do continente. (salvo algumas exceções).
A maior proximidade ou não do mar caracteriza os climas como sendo oceânicos ou continentais.
A maritimidade e a continentalidade representam essa influência, respectivamente.

VEGETAÇÃO DO CONTINENTE AMERICANO
A América abriga muitos tipos de vegetação, isso acontece devido a sua variedade de climas, solos, assim como seu relevo e hidrografia.
- A Tundra se localiza no extremo Norte, onde predomina o clima polar. Suas características são vegetação baixa e rasteira, composta de musgos, liquens.

- A Floresta Boreal ou Taiga localiza-se em áreas de climas frios, apresenta pouca variedade de espécies. Sua árvore é o pinheiro. Também é conhecida como Floresta de Coníferas.

- A Floresta Temperada, acontece no clima temperado úmido. Suas árvores eliminam as folhas no outono-inverno, por isso também são chamadas de floresta caducifólia, que quer dizer que as folhas “caem”. É uma floresta característica da região Oeste da América do Norte, e que também ocorre no Chile, na América do Sul.

- A vegetação desértica ocorre no clima árido e semiárido. Apresenta árvores pequenas, arbustos espinhosos e cactos. No Brasil recebe o nome de Caatinga.

- A vegetação de pradaria é típica de clima temperado continental, com vegetação formada por gramíneas e arbustos. No Brasil essa vegetação é denominada Campos e ocorre nas áreas de clima Subtropical.

- A savana ocorre na faixa intertropical do planeta. É formada por plantas rasteiras, pequenas árvores, vegetação espinhosa. Ocorrem no norte da América Central, no nordeste e centro–oeste da América do Sul. No Brasil é chamada de Cerrado.

- A Floresta Tropical e Floresta Equatorial ocorrem nas áreas quentes e úmidas de climas tropicais e equatoriais. Possuem folhas perenes e largas (latifoliadas). A cobertura vegetal é densa e estratificada. Essa vegetação ocorre na maior parte da América do Sul e América Central. Um exemplo, no Brasil, é a Mata Atlântica e a Amazônia.

A HIDROGRAFIA DO CONTINENTE AMERICANO
Os rios da América são influenciados pela formação de relevo do continente e pelo regime de chuvas de cada região.
Os cursos dos rios estão agrupados em quatro vertentes:
- Vertente do Ártico
- Vertente do Pacífico
- Vertente do Golfo do México
- Vertente do Atlântico

O continente americano detém inúmeras bacias hidrográficas.
Dentre as grandes bacias existentes, três delas merecem destaque: a Bacia Platina (América do Sul), a Bacia do Mississipi-Missouri (América do Norte) e Bacia Amazônica (América do Sul), sendo essa última a maior do mundo tanto em extensão quanto em volume de água, propiciando uma riqueza hidrográfica sem igual em todo o mundo.
Os rios da América central são curtos e pouco caudalosos, devido as características  territoriais e do relevo da região.
LAGOS DO CONTINENTE AMERICANO
América do Norte
- Grandes Lagos: Lago Erie, Lago Huron, Lago Ontario, Lago Superior, Lago Michigan.
- Grande Lago Salgado
- Grande Lago do Escravo
- Grande Lago do Urso
- Lago Winnipeg
América Central
- Lago Nicarágua
- Lago Manágua
- Lago Ilopango

América do Sul
- Lago Titicaca
- Lago Guaíba
- Lagoa dos Patos
- Lagoa Mirim
- Lagoa da Conceição
AS CORRENTES MARÍTIMAS E O CONTINENTE AMERICANO
As correntes marítimas interferem nas dinâmicas climáticas, especialmente nas áreas litorâneas.
O fenômeno da ressurgência que ocorre no litoral da América do Sul é um exemplo de como as correntes podem influenciar a dinâmica da vida e sobrevivência no continente.
As correntes marítimas agem diretamente na temperatura e umidade do ar na região onde passam. Elas interferem no continente americano de variadas maneiras.
A corrente do Golfo (quente) se forma no golfo do México e o seu efeito é importante para moderar os climas da zona temperada, principalmente nas costas americanas (América do Norte) e da Europa (Reino Unido, principalmente).
A corrente do Caribe (quente) atua na América Central, que está localizada na faixa intertropical e possui climas quentes e úmidos, favorecendo o turismo o ano todo nesta região.
As correntes do Labrador e da Califórnia (correntes frias) provocam quedas de temperatura na costa do Pacífico, no norte do Canadá e no nordeste dos Estados Unidos, respectivamente.
A corrente de Humbolt, também chamada de corrente do Peru, é uma corrente oceânica fria que banha o litoral oeste da América do Sul e provoca o fenômeno de ressurgência no litoral do Peru.
A ressurgência ocorre quando as águas frias, ricas em plâncton ascendem no oceano no litoral, em virtude das temperaturas mais elevadas.
Por outro lado, essa mesma corrente contribui para a existência do deserto de Atacama, devido a sua influência sobre o clima.