Foram selecionadas algumas erupções, às
quais aparecem em ordem cronológica:
Vesúvio
A erupção vulcânica mais famosa da
história é a do Vesúvio. Golfadas de gases e lascas de material vulcânico, que
avançaram a mais de 200 km/h, queimando tudo pela frente, soterrou Pompéia e
Herculano, no sul da Itália, no ano 79 d.C., legando para a posteridade um
museu calcinado do cotidiano da civilização romana no início da Era Cristã.
Taupo
Hoje ele é um pacato lago, cheio de
atrativos turísticos para quem vai pescar ou se deslumbrar com a paisagem. Mas
há cerca de 1.800 anos ele foi o palco da maior erupção do planeta nos últimos
cinco milênios. Numa região vulcânica no norte da Nova Zelândia, as águas do
Lago Taupo cobrem atualmente uma série de antigas crateras. Alcançou a
intensidade 7 na Escala VEI, (Índice de Explosão Vulcânica, em inglês), que vai
de 0 até 8, semelhante a Escala Richter. A intensidade 7 na Escala VEI é
definida como uma erupção que expele entre 100 e 1000 Km³ de resíduo ou
material vulcânico, descrita como “colossal”, e no seu limite máximo, equivale
a vazão ininterrupta do Rio Amazonas durante 52 dias. Entre as 28 erupções
desse vulcão nos últimos 27 mil anos, a de 180 foi a pior: expeliu 100 Km³ de
material, equivalente a 148 mil vezes o maior navio petroleiro do mundo.
Tambora
Em 1815, o Tambora, na Indonésia, deu
seu espetáculo de destruição com uma intensidade dez vezes maior que o Krakatoa
(citado abaixo), sendo, portanto, a mais colossal explosão já registrada.
Calcula-se que a erupção e seus efeitos posteriores tenham causado a morte de
70.000 pessoas. As cinzas e os gases liberados na atmosfera resfriaram o
planeta e provocaram grandes perdas na agricultura. A Europa viveria no ano seguinte,
1816, uma era de fome e crises sociais, no que se chamou de "ano sem
verão".
Krakatoa
Em agosto de 1883, Krakatoa (ou
Krakatau, em javanês), uma ilhota encravada no estreito entre as ilhas de
Sumatra e Java, foi pulverizada numa das maiores explosões já registradas na
história. O jato de cinzas, pedras e fumaça atingiu mais de 20 mil metros de
altitude, mergulhando toda a região em trevas total. Saldo da catástrofe: mais
de 36 mil mortos, na maioria afogados por gigantescas paredes de água, os tsunamis,
que invadiram as ilhas próximas.
Monte
Santa Helena
O Monte Santa Helena, no Estado de
Washington (EUA), entrou em erupção em 18 de maio de 1980. Uma avalanche de
lava incandescente jorrou da montanha a uma velocidade de mais de 480km/h,
lançando fragmentos e cinzas a uma altura de 16km. As cinzas caíram a uma
distância de até 1.500km e a explosão foi ouvida na Califórnia e Montana. Cinza
superaquecida, gases e lava devastaram as áreas próximas e causaram 57 mortes.
As explosões e os tremores de terra fizeram o lado norte do vulcão entrar em
colapso, devastando 600 km² de floresta e liberando na atmosfera toneladas de
poeira que obscureceram o céu por dias. Desde então, cientistas têm monitorado
de perto atividades no vulcão, esperando pelo desastre novamente. Em setembro
de 2004, a montanha começou a mexer e ganhar vida novamente, com erupções que
levaram cinzas a quilômetros de distância nas Cascades. A partir daí, a lava
vem escapando por dentro da cratera e o teto formado ainda está crescendo. O
vulcão foi colocado em alerta nível dois, o que significa que pode haver mais
erupções.
Nevado
del Ruiz
Em novembro de 1985, os deslizamentos de
terra devastaram a cidade de Armero, na Colômbia, fazendo quase 25 mil mortos.
O vulcão Nevado del Ruiz, situado a 40 km, entrou bruscamente em erupção duas
horas antes. Seu calor derreteu parte do gelo e neve que cobriam o vulcão. Os
vulcões têm outras armas de destruição em massa — uma delas, a perigosa
combinação de água com o magma. Uma geleira ou um lago acomodados na cratera de
um vulcão entram facilmente em ebulição com a saída do magma. Então, uma
avalanche mortal de lama fervente, chamada lahar, escorreu encosta abaixo. Foi
isso, uma locomotiva de toneladas de pedras, cinzas, terra e água, que causou
esse número de vítimas do lahar, que só foi menor que a erupção do filipino
Pinatubo (citado abaixo), porque houve tempo de evacuar os centenas de milhares
de moradores dos arredores. Tão ou mais perigosos do que o lahar são os fluxos
piroclásticos — golfadas de gases e lascas de material vulcânico, que avançam a
mais de 200 quilômetros por hora, queimando tudo pela frente.
Pinabuto
Em junho de 1991, nas Filipinas, o
despertar do vulcão Pinabuto fez mais de 800 mortos. Dezenas de milhares de
hectares foram destruídos e mais de um milhão de pessoas foram deslocados. A
erupção lançou na atmosfera 20 milhões de toneladas de dióxido de enxofre —
substância responsável pela chuva ácida —, mais do que é emitido nos Estados
Unidos durante um ano inteiro.
Etna
Em dezembro de 1991, o Etna, na Sicília,
registrou uma das maiores erupções dos últimos três séculos, em termos de
duração (473 dias, até o dia 1º de abril de 1993) e em distância percorrida
pela lava e sua quantidade (mais de 250 milhões de metros cúbicos). Em maio de 1992,
a defesa civil salvou a vila de Zafferana, impedindo o avanço da lava com
explosivos e blocos de concreto. Em agosto de 1997, Plymouth, a capital da
pequena colônia britânica de Montserrat, no Caribe, foi riscada do mapa. A
capital foi inundada por colunas de fogo e cinzas provocadas pela erupção do
vulcão Soufriere Hills, que continua ativo até hoje. Em janeiro de 2002, a
erupção do vulcão Nyiragongo, próximo a Goma (leste da República Democrática do
Congo), destruiu completamente o centro da cidade, bem como diversos bairros
residenciais e parte da infraestrutura foi carbonizada.
SAIBA MAIS
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Elaborado
com base em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br Acesso: 19/11/2017
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