Exportações do setor agropecuário
crescem mais de 150% em um ano
O
indicador mensal de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre/Icomex), que traz os principais dados da
balança comercial brasileira, mostram aumento de 31,7% no volume exportado no
país em outubro último, em comparação a outubro do ano passado. Já o volume das
importações no mesmo período cresceu 26%.
Os
dados divulgados pela FGV revelam crescimento de 151% no volume exportado pelo
setor agropecuário. O resultado é recorde e supera o de setembro, que também já
havia sido recorde e, consequentemente, todas as variações registradas nos
meses anteriores entre 2016 e 2017.
Já a
indústria de transformação apresentou a segunda maior variação, com crescimento
de 25,7%, superando pela primeira vez no ano o crescimento das exportações da
indústria extrativa, que fechou em outubro com crescimento de 21,4% sobre o
mesmo mês do ano passado.
Os
destaques da indústria de transformação foram as vendas de automóveis para os
mercados da América do Sul e para novos mercados, como a Arábia Saudita,
justificando, segundo a FGV, “o bom desempenho do setor de bens duráveis da
indústria de transformação”.
Os
dados indicam que o preço das exportações aumentou em relação a setembro e
cresceu 4,7% na comparação entre os meses de outubro de 2016 e 2017. “As
principais contribuições para esse aumento foram do minério de ferro, com
crescimento de 51% e petróleo e derivados (17,3%).
As
contribuições foram importantes para o saldo positivo na balança, uma vez que o
preço de alguns dos principais produtos agrícolas caiu, como foi o caso do
complexo da soja, cujo recuou chegou a 10,3%.
A
nota da FGV indica ainda que, no caso das importações, a liderança no volume importado
coube aos bens semiduráveis, que chegou a crescer 34%, seguido dos bens
duráveis, com expansão de 26%.
A
FGV também observou desaceleração no ritmo de crescimento das importações de
capital em relação ao resultado da comparação mensal de setembro, passando dos
71,5% da comparação setembro 2016/setembro 2017 para 25,6% entre outubro
2016/17.
“Observa-se,
porém, que é o terceiro resultado seguido de variação positiva, o que sinaliza
uma possível recuperação da taxa de investimento da economia”, ressaltou a nota
da FGV.
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