Avião de combate Eurofighter Typhoon
Vinte e três países da UE concordam em
criar uma união militar
Vinte
e três dos 28 países membros da União Europeia (UE) concordaram hoje (13) em
expandir significativamente sua cooperação militar. Os ministros das Relações
Exteriores e da Defesa do bloco assinaram um documento em Bruxelas que deveria
lançar as bases para uma futura união de defesa europeia. A informação é da
agência alemã DPA.
Segundo
os líderes, a decisão de criar uma união de defesa europeia visa tornar a UE
menos dependente dos Estados Unidos e fortalecer a cooperação entre parceiros
europeus em projetos militares.
"É
importante para nós assumir uma posição independente, [principalmente] após a
eleição do presidente dos EUA (Donald Trump). Assim, se houver uma crise no
nosso bairro, devemos ser capazes de agir", disse a ministra da Defesa
alemã, Ursula van der Leyen.
O
ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, falou da união como
um "marco no desenvolvimento europeu". A cooperação projetada é
"um grande passo em direção à independência e ao fortalecimento da
política de segurança e defesa da UE", ressaltou.
Projetos militares conjuntos
Com
a assinatura do documento, os 23 países europeus também se comprometeram a
respeitar 20 condições específicas para a sua participação na futura união de
defesa, incluindo um aumento periódico das despesas militares, a participação
em projetos militares conjuntos e o contributo dos soldados para as forças de
reação rápida da UE.
Esses
últimos grupos foram criados em 2007, com o nome de Combat Groups (Grupos de
Combte), mas até agora eles nunca entraram em ação.
Entre
os países que não participarão do novo projeto de cooperação militar estão o
Reino Unido e a Dinamarca. O Reino Unido porque pretende deixar a UE em 2019 e
a Dinamarca não participa na política europeia comum de segurança e defesa. Os
restantes três parceiros da UE que não assinaram - Irlanda, Malta e Portugal -
ainda não decidiram se participarão ou não da união militar.
Oficialmente,
o novo projeto, chamado "cooperação permanente estruturada", está
programado para começar em dezembro. Provavelmente, os primeiros projetos
concretos a serem executados referem-se à criação de um comando sanitário
europeu e centros de conexão logística para o transporte de tropas e
equipamentos.
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