Modo
de produção capitalista
No capitalismo, o direito da propriedade
dos meios de produção pertence à minoria capitalista, e o trabalhador é
obrigado a vender a sua força de trabalho aos membros desta classe em troca de
um salário. Uma das características centrais do modo de produção capitalista é
a relação assalariada de produção (trabalho assalariado). As relações de
produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção
pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado,
que substituiu o trabalho servil do feudalismo. Portanto existem basicamente
duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O sistema capitalista organiza a
produção conforme as necessidades da burguesia, detentora dos meios de produção.
Trata-se de uma produção essencialmente voltada à acumulação e à obtenção de
lucros, com base na exploração dos trabalhadores, os quais encontram-se
obrigados, pelas determinações da economia de mercado, a vender sua força de
trabalho para sobreviver. No capitalismo, ao contrário do que vimos no feudalismo,
o produtor direto (o trabalhador) deixa de exercer o controle de fato dos meios
de produção, ao ser violentamente expropriado deles, no processo de cercamento
de terras, ocorrido no campo inglês entre os séculos XV e XVIII. Os cercamentos
aconteceram em função do crescente desenvolvimento da produção voltada ao
mercado, movida na lógica da competição e do aumento da produtividade, outras
características fundamentais do sistema capitalista. O capitalismo agrário
desencadeou um processo de expansão de suas leis de funcionamento ao conjunto
da sociedade inglesa, fazendo com que, no século XVIII, os imperativos de uma
economia de mercado atingissem a indústria, provocando a chamada Revolução
Industrial. Ao longo dos séculos XIX e XX, as relações capitalistas
desenvolveram-se e se consolidaram em quase todo o mundo.
Disponível em: http://www.pcb.org.br/portal/docs/modosdeproducao.pdf - Acesso em: 04/01/2018
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