Cuba
prevê um grande déficit na sua força de trabalho nas próximas décadas
Uma nova pesquisa do Centro de Estudos
de População e Desenvolvimento (Cepde) de Cuba indica que o país sofrerá
uma queda da força de trabalho no futuro próximo. Os números, divulgados ontem
(26), mostram que, entre 2028 e 2032, cerca de 180 mil cubanos darão entrada em
seus pedidos de aposentadoria, contra cerca de 120 mil que chegarão à idade
ativa, que começa aos 17 anos em Cuba. A informação é da agência chinesa
Xinhua.
De acordo com a pesquisa, publicada pelo
jornal oficial "Trabajadores", a diferença entre os dois grupos
populacionais aumentará até atingir o "diferencial máximo" de quase
61 mil pessoas em 2032. Em 2015, a ilha tinha 7,2 milhões de pessoas em idade
ativa, mas um ano depois, o número caiu para 7,1 milhões.
Recomendações
Os especialistas analisam que uma baixa
taxa de natalidade, um aumento da expectativa de vida e uma alta migração
externa são as maiores causas dessa situação, que obrigou o governo da Ilha a
criar uma comissão há quatro anos com o objetivo de "estimular a
fertilidade e atender às necessidades da crescente população dos idosos".
Os especialistas recomendaram a
reconfiguração da qualificação da mão-de-obra a fim de aumentar sua
produtividade, especialmente quando o número de trabalhadores ativos diminui.
Eles também aconselharam a investir em tecnologia para compensar a diminuição
do capital humano.
Cuba tem uma população de 11,2 milhões
de habitantes, dos quais cerca de 20% tem mais de 60 anos, de acordo com o
Escritório Nacional de Estatística. A legislação do país estabelece a idade de
60 anos para a aposentadoria de mulheres e 65 para homens.
De acordo com previsões, Cuba deverá ter
uma das populações mais velhas da América Latina até 2050.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
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