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Não confunda os temos amazônicos


Não confunda os temos amazônicos
Bacia Amazônica – Desde sua nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a foz, o Amazonas tem uma extensão de 6.400 quilômetros, superando o Nilo, segundo as últimas pesquisas. É também o maior rio do Planeta em vazão, com volume variando de 120 milhões a 200 milhões de litros de água por segundo, e também em termos de área de drenagem, com cerca de 7 milhões de km², ou seja, 40% do continente sul-americano. Essa vazão de água doce corresponde a 20% de todos rios do Planeta somados. Estima-se que por dia ele lance no Oceano Atlântico 1,3 milhões de toneladas de sedimentos.
Bioma Amazônia – Corresponde ao conjunto de ecossistemas que formam a Bacia Amazônica. Está presente em nove países da América do Sul. Além das florestas tropicais, sua paisagem também é composta por mangues, cerrados, várzeas, entre outros. No Brasil, o núcleo central dessa paisagem, a hiléia amazônica, com grande concentração de árvores de grande porte, com até 50 metros de altura, tendo o rio Amazonas como eixo que domina 300 quilômetros para cada lado do seu curso, ocupa 3,5 milhões de km².
Amazônia Clássica – É uma divisão geográfica, que inclui seis estados: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre e Amapá. São aquelas unidades com predominância da floresta tipo hiléia.
Amazônia Legal – É uma criação administrativa do governo federal, de 1996, que juntou os estados da Amazônia Clássica aos que se situavam em suas bordas (Maranhão, Tocantins e Mato Grosso), tendo com ela certa identidade física, humana e histórica, seja no Meio-norte (pelo lado do nordeste), como no Planalto Central (pelo Centro-Oeste). Essa região poderia receber recursos dos incentivos fiscais, um fundo formado pela renúncia da União à cobrança de impostos de empreendedores dispostos a investir nessa fronteira ainda pouco conhecida e ocupada. Ao invés de nela aplicarem capitais próprios novos, esses investidores podiam se habilitar a receber dinheiro que, sem os incentivos, teriam que ser recolhidos ao tesouro nacional na forma de imposto de renda. Esse fundo foi administrado por duas agências federais, primeiro a SPVEA (entre 1953 e 1966) e, em seguida, pela Sudam, que foi extinta em 2000 sob acusações de corrupção. Sua recriação foi prometida, mas até hoje não foi efetivada.
Amazonas – Maior estado em extensão do Brasil, com 1,5 milhão de km2 (20% do País). Como sua atividade econômica principal, surgida em função da Zona Franca, se concentra em Manaus (sede de 95% do Produto Interno Bruto), metade de sua população afluiu para a capital, atualmente a maior cidade da Amazônia. Por isso é o Estado proporcionalmente menos alterado da Amazônia. Pelo mesmo motivo, sua fraca densidade demográfica é motivo de preocupação para as autoridades que vêem a região pelo prisma geopolítico da segurança nacional. Inquietam-se com as extensas fronteiras sem a presença de brasileiros.
Amazonense – Quem nasce no Estado do Amazonas.
Amazônico – Quem nasce na região amazônica.
Amazônida – Aquele que tem consciência da especificidade regional e da condição colonial da Amazônia. Ou seja: é um cidadão consciente da sua posição no tempo e no espaço regional.
Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental (2008)

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