1 de
maio: Dia do Trabalhador
No dia 1º de maio de 1886, houve uma
manifestação de milhares de trabalhadores nas ruas de Chicago, nos Estados
Unidos, para reivindicar a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas
diárias. No mesmo dia, foi deflagrada uma greve geral naquele país. Em 3 de
maio, uma nova manifestação dos grevistas foi reprimida pela polícia, resultando
na morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, durante novo protesto, um
desconhecido lançou uma bomba que matou sete policiais. Em represália, a polícia atirou na multidão,
matando doze pessoas e ferindo dezenas.
Em 1989, a Segunda Internacional
Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente uma manifestação com
o objetivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário, e a data escolhida foi o
1º de maio, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. No ano seguinte,
milhões de trabalhadores da Alemanha, Áustria, Hungria, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, Holanda, Grã-Bretanha, Itália, Suíça e dos Estados Unidos mostraram
seu apoio à redução da jornada de trabalho fazendo uma greve no dia 1º de maio
e desfilando pelas ruas de suas cidades.
Os EUA até hoje não reconhecem essa data
como Dia do Trabalhador, mas em 1890 o Congresso americano aprovou a redução da
jornada de trabalho para 8 horas diárias. Em 1919 o senado francês também
aprovou a jornada de 8 horas e proclamou o 1º de maio como dia dos
trabalhadores e feriado nacional. Em 1920 foi a vez da Rússia incorporar a data
ao seu calendário de feriados nacionais e, daí em diante, muitos outros países
seguiram o exemplo. No Brasil, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional
pelo presidente Artur Bernardes em 1924.
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