Conselho de Segurança
rejeita pedido da Rússia para condenar ataques à Síria
Em reunião de emergência, o Conselho de
Segurança da ONU rejeitou hoje (14) uma resolução apresentada pela Rússia para
condenar o ataque lançado nas últimas horas contra a Síria por Estados Unidos,
Reino Unido e França.
A minuta da resolução da Rússia afirmava
que o ataque representa uma violação ao direito internacional e à Carta das
Nações Unidas e pedia às três nações que evitassem, no futuro, o uso da força
contra o regime de Bashar al Assad.
O texto também expressava a "grave
preocupação" pela "agressão" contra a soberania territorial da
Síria e solicitava à comunidade internacional que permitisse os trabalhos de
uma equipe de especialistas que chegou hoje ao país para investigar denúncias
sobre o suposto uso de armas químicas, em ataques ocorridos no último dia 7 de
abril.
O documento só conseguiu o apoio de três
representantes do Conselho (Rússia, Bolívia e China), enquanto quatro se
abstiveram (Peru, Cazaquistão, Etiópia e Guiné Equatorial).
Votaram contra os demais integrantes (EUA,
Reino Unido, França, Suécia, Costa do Marfim, Kuwait, Holanda e Polônia). Para
ser aprovada, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU precisa de nove
votos a favor e nenhum veto pela Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados
Unidos, países com direito a veto.
A votação aconteceu na parte final de uma
reunião do Conselho de Segurança convocada com urgência para analisar a
situação na Síria, após o ataque das últimas horas realizado pelos EUA e seus
aliados.
De acordo com o Departamento de Defesa dos
Estados Unidos, foram lançados 105 mísseis contra alvos supostamente
relacionados à produção de armas químicas.
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