Países
comemoram suspensão de testes nucleares pela Coreia do Norte
A Coreia do Sul, a China, os EUA e o Reino
Unido foram algumas das potências mundiais que celebraram a decisão da Coreia
do Norte de fechar seu centro de testes nucleares.
A suspensão dos testes e a interrupção de
lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais foram anunciadas ontem (20)
pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O anúncio foi veiculado pela
agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Neste sábado (21), o governo da Coreia do
Sul classificou o anúncio de um “progresso significativo” para desnuclearização
da Coreia do Norte. Em um comunicado enviado pelo gabinete presidencial
sul-coreano, Seul considerou que "a decisão da Coreia do Norte é
significativa para a desnuclearização da península coreana" e disse, além
disso, que “ajudará a criar um ambiente muito positivo para o sucesso das
próximas cúpulas intercoreana e entre o Norte e Estados Unidos”.
O governo chinês, por meio de um comunicado
publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, destacou que a “China
acredita que a decisão da Coreia do Norte ajudará a melhorar a situação na
Península”, por isso “dá boas-vindas” a este movimento.
O Ministério de Relações Exteriores
britânico divulgou um comunicado neste sábado no qual considerou o anúncio da
Coreia do Norte como "um passo positivo". O texto acrescenta que o
Reino Unido segue "comprometido a trabalhar com seus parceiros
internacionais" para atingir o objetivo "de uma desnuclearização
completa, verificável e irreversível" da península da Coreia e fazer isso
"através de meios pacíficos".
Já a Rússia qualificou de um "passo
importante" para a distensão na península coreana, segundo informou o
Ministério de Relações Exteriores em comunicado. Moscou disse esperar que a
situação se desenvolva "de forma positiva" e "em consonância com
o 'roteiro ' proposto pela Rússia e a China". A chancelaria lembrou que
esse documento prevê a suspensão das atividades militares na região e o
estabelecimento dos contatos diretos entre Pyongyang, Seul e Washington.
Por outro lado, Moscou pediu aos EUA e à
Coreia do Sul que respondam com reciprocidade e tomem medidas
"adequadas" para conseguir resultados mutuamente aceitáveis nas
próximas cúpulas bilaterais.
EUA
Os comentários de Coreia do Sul, China e
Reino Unido ocorrem após manifestações do presidente dos EUA, Donald Trump, que
em uma rede social chamou o anúncio da Coreia do Norte de "muito boa
notícia" e de "grande progresso" tanto para o país asiático como
para o mundo.
Dentro de uma semana, em 27 de abril, está
previsto um encontro entre Kim Jong-un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in,
na militarizada fronteira entre as duas Coreias, no que será a primeira reunião
entre governantes coreanos em 11 anos.
Está previsto também, para entre o final
de maio e começo de junho, outra reunião de cúpula entre o líder norte-coreano
e Trump, a primeira da história entre os líderes de Coreia do Norte e EUA.
*com informações da Agência EFE
*texto ampliado às 12h33 para incluir
informações do comunicado russo
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