Em entrevista ao Brasil de Fato, o
sindicalista Alexandre Castilho analisa o primeiro dia de paralisação dos
petroleiros
"Essa política implementada pelo
Pedro Parente é um autossabotagem", denunciou Alexandre Castilho, do
Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (SindipetroSP), ao comentar a
decisão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, de atrelar o valor cobrado
na bomba para a população brasileira aos preços praticados no mercado
internacional.
"Não tem justificativa para ter custo
alto [dos combustíveis], se eu tenho tudo integrado, sendo produzido no
Brasil", alertou o petroleiro em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato
nesta quarta (30). Antes da nomeação de Parente por Michel Temer em 2016, a
política de preços da estatal acompanhava os custos internos de produção.
Castilho revelou que as refinarias da
Petrobras estão operando com apenas 70% de sua capacidade de produção, algumas
delas com não mais de 50%, fazendo com que o país importe 30% dos derivados de
petróleo - gasolina e diesel. Para ele, trata-se de uma "política
insana".
"Esta é uma greve de advertência.
Serão 72 horas. Não existe outra alternativa senão uma forte resistência dos
petroleiros e também uma mudança dessa política de equiparação dos preços
nacionais com os internacionais", explicou.
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