Prédio de 26 andares em chamas desaba no centro de São Paulo/Rovena Rosa/Agência Brasil
Prefeito diz que SP tem 70
prédios em situação semelhante
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse hoje (1º) que a cidade tem
atualmente 70 prédios ocupados, em situação similar ao edifício que desabou
nesta madrugada após ser atingido por um incêndio. De acordo com ele, a
prefeitura chegou a fazer seis reuniões com os moradores do local, alertando-os
sobre os riscos.
“Nós temos 70
prédios em situação semelhante a esse. São 200 áreas invadidas na cidade de São
Paulo, uma situação preocupante. Mas hoje a preocupação zero da prefeitura de
São Paulo é o bom atendimento a essas famílias”, disse.
As reuniões,
segundo Covas, foram feitas pela Secretaria de Habitação de fevereiro a abril.
“O núcleo de intermediação da Secretaria da Habitação para áreas invadidas fez
seis reuniões com eles, alertando desses riscos. A gente tinha uma ação em
andamento com o governo federal para receber essa propriedade. A prefeitura não
pode ser acusada de se furtar da responsabilidade”, disse.
O prefeito
ressaltou ainda que o governo do estado irá fornecer um auxílio-aluguel para os
moradores do prédio. Até a liberação dos recursos, os moradores poderão ficar
em albergues da prefeitura. A orientação, segundo Covas, é que as famílias permaneçam
juntas. Na manhã de hoje, a prefeitura verificou que 92 famílias - ou 248
pessoas - estavam morando no prédio.
Segundo o
Corpo de Bombeiros, na última vistoria foi identificada uma série de problemas
no edifício em relação ao acúmulo de lixo, a materiais combustíveis, e ao
impedimento de rota de fuga. “Isso foi relatado [às autoridades], o Corpo de
Bombeiros não tem o poder de vir aqui e fechar o prédio”, disse o capitão
Marcos Palumbo, porta-voz dos Bombeiros.
De acordo com
ele, cães farejadores estão ajudando nas buscas. Os bombeiros não confirmam o
número de desaparecidos. Os bombeiros chegaram a confirmar a morte de uma
pessoa que estava sendo resgatada no momento do desabamento, mas segundo o
capitão, um “milagre” pode acontecer.
“Os escombros
estão em alta temperatura, estamos resfriando. Os cães estão fazendo buscas
tentado localizar vítimas. Não vamos usar máquinas para remoção dos escombros
para não atingir possíveis sobreviventes”, disse.
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