Brasil será um dos países
mais afetados por mortes em ondas de calor
Um estudo revelou que o Brasil, junto de
Colômbia e Filipinas, serão os países mais afetados pelas mudanças climáticas,
que poderão aumentar o número de mortes causadas por ondas de calor entre os
anos de 2031 e 2080.
As projeções, publicadas na revista PLOS
Medicine em julho, consideram ondas de calor com ocorrências baixas, médias e
altas.
Neste caso, o Brasil terá um aumento de
até 25% nas mortes por causa desses eventos climáticos, pois o país se enquadra
nas ocorrências baixas. Se um país for afetado por uma ocorrência alta, as
mortes podem aumentar em até 75%.
De acordo com o estudo, de todas as
regiões analisadas (Américas do Norte, Central e do Sul, Europa setentrional,
central e meridional, Leste da Ásia, Sudeste Asiático e Oceania), as áreas
próximas ao Equador são as que têm mais riscos. A Europa e os Estados Unidos
serão as regiões menos afetadas.
De acordo com o Jornal da USP, para as
pesquisas, foram considerados dados sobre a mortalidade e séries históricas de
temperaturas registradas em 412 cidades de 20 países.
As projeções de aumento de mortalidade
foram calculadas usando dados disponibilizados de modelos climáticos globais,
os mesmos que o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na
sigla em inglês) usa para produzir seus relatórios.
As ondas de calor não são definidas por um
conceito universal na comunidade científica, mas expressa-se como um fenômeno
em que há mais calor do que o comum ao longo de vários dias, o que pode causar
problemas de saúde na população.
Isso apenas corrobora com uma pesquisa
realizada pelo Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, em que os
cientistas disseram há algum tempo que, entre 2018 e 2022, há 58% de chance de
que a temperatura da Terra seja anormalmente quente, além de haver 69% de
chances de que os oceanos também aqueçam absurdamente.
Fonte: Ciberia
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