O Mar
Mediterrâneo pode desaparecer
O Mar Mediterrâneo, que tem uma área de
2,5 milhões de quilômetros quadrados e está localizado entre a África e a
Europa, pode vir a desaparecer da superfície da Terra dentro de 50 milhões de
anos.
De acordo com um artigo publicado na
segunda-feira (27) no The Economist, a deriva continental – teoria que descreve
o movimento gradual dos continentes da Terra –, seria a principal responsável
pelo eventual desaparecimento do Mar Mediterrâneo. Caso o mar desapareça, o
mundo como o conhecemos será muito diferente no futuro.
O fenômeno geológico da deriva continental
ocorre porque as placas tectônicas sob a superfície da Terra estão em constante
movimento, à deriva sobre uma camada de rocha. Este movimento é impulsionado
pelas correntes de calor provenientes do manto terrestre.
Neste momento, a África e a Europa se
movem lentamente em direção um do outro ao longo do Mediterrâneo, em um
movimento que levará a uma colisão intercontinental que, por consequência, dará
origem a um megacontinente – a Eurafrica.
A maioria dos geólogos acredita que,
quando se der a colisão entre os dois continentes, o Mediterrâneo irá se
fechar, tornando-se montanhoso à medida que os grandes fragmentos dos
continentes forem colidindo. No entanto, não há motivo para alarde: o fenômeno
geológico só acontecerá em um futuro muito distante.
É inevitável associar a teoria à Pangeia,
o supercontinente cercado por um só oceano que foi descrito pela primeira vez
no século XX pelo alemão Alfred Wegener. A Pangeia teria se fragmentado depois
em dois megacontinentes – Gondwana e Laurásia – que deram depois origem aos
continentes que conhecemos hoje.
Os cientistas teorizam que os
supercontinentes se formaram durante grandes ciclos ao longo da história da
Terra. Pangeia teria sido o mais recente a ter se fragmentando, há 200 milhões
de anos, ainda durante a era Paleozoica.
Alguns cientistas acreditam que estamos
atravessando outro ciclo e, uma nova Pangeia, que incluirá montanhas na área
agora ocupada pelo Mediterrâneo, pode estar no horizonte.
Fonte: Ciberia
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