IBGE: Brasil tem 9,85 milhões de hectares de
florestas plantadas
O Brasil
tem 9,85 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 75,2% de eucalipto e
20,6% de pinus, mostra o levantamento Produção da Extração Vegetal e da
Silvicultura (Pevs) 2017, divulgado hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A
concentração está nas regiões Sul e Sudeste, que respondem, respectivamente,
por 36,1% e 25,4% do valor da produção total, impulsionadas pelo setor de
florestas plantadas. O líder entre os estados é o Paraná, com R$ 3,7 bilhões de
valor de produção, seguido por Minas Gerais, com R$ 3,3 bilhões, e Santa Catarina,
com R$ 1,8 bilhão. Do total de áreas plantadas, 41,9% do eucalipto estão na
Região Sudeste e 87,7% do pinus ficam na Região Sul.
De acordo
com os dados, 4.837 municípios brasileiros tiveram produção primária florestal
em 2017. Em valor de produção, o destaque é Três Lagoas (MS), com R$ 389,9
milhões no ramo de floresta plantada. Em extrativismo, o destaque é São Mateus
do Sul, com produção de 67 mil toneladas de erva-mate e valor de R$ 100,5
milhões.
O valor
da produção florestal subiu 3,4%, alcançando R$ 19,1 bilhões. Desse valor, R$
14,8 bilhões, ou 77,3%, são referentes à silvicultura, um aumento de 5% em
relação a 2016. O extrativismo vegetal foi responsável por R $ 4,3 bilhões, ou
22,7% do total, uma queda de 1,9%.
Os
produtos madeireiros respondem por 90% do valor da produção florestal do país e
tiveram aumento de 3,6% no ano passado. Separados em categorias, os produtos
madeireiros plantados para fins comerciais tiveram aumento de 5% e os de
extração vegetal recuaram 2,7%. Segundo o IBGE, isso se deve ao maior controle
na exploração das espécies nativas e ao incentivo à preservação das florestas.
Silvicultura
Em
silvicultura, o Paraná se destacou com crescimento de 8,6% em 2017 e valor de
produção de R$ 3,3 bilhões. Só em madeira para papel e celulose, a produção
paranaense cresceu 15,6%, devido à ampliação do parque industrial no estado.
Com isso, o Paraná superou Minas Gerais, que teve crescimento de 3,8% e
alcançou R$ 3,2 bilhões, tendo o carvão vegetal como principal produto, que
cresceu 7,4% e atingiu valor de produção de R$ 2,1 bilhões.
Entre os
produtos da silvicultura, o carvão vegetal teve queda de 0,8% na produção, mas
registrou aumento de 4,2% no valor, chegando a R$ 2,6 bilhões, enquanto a
madeira para papel e celulose cresceu 3% na produção, mas diminuiu 1,8% no
valor total, com R$ 5,1 bilhões. A produção para outras finalidades cresceu
16,6% em 2017, atingindo R$ 4,5 bilhões. O setor de lenha cresceu 4,1% na
produção e 1,8% no valor, com R$ 2,3 bilhões. Na silvicultura, o único produto
que teve retração em 2017 foi a casca de acácia-negra, que caiu 29,4%.
Extração de madeira em queda
Nos
últimos 20 anos, a participação do extrativismo e da silvicultura no total da
produção primária florestal se inverteu. Se em 1996 o extrativismo era
responsável por 60% da produção florestal do país, os números vêm caindo e,
desde o ano 2000, a silvicultura ultrapassou o extrativismo e continua em
expansão.
Dos nove
grupos de produtos extrativistas analisados, sete apresentaram queda. Os
produtos madeireiros representam 64,1% do valor da produção da extração
vegetal, após queda de 2,7% no ano passado. A produção de lenha de origem
extrativista caiu 13,9% e a de carvão vegetal, 19,4%.
A segunda
maior participação no extrativismo é a de produtos alimentícios, que respondem
por 27,7% do valor total da produção, após crescimento de 7,3% em 2017. O
destaque é o açaí, que teve aumento de 10,5% no valor em 2017, com produção de
220 mil toneladas, e responde por 49,5% do total da produção do grupo
alimentos. O maior produtor de açaí extrativo do país é Limoeiro do Ajuru (PA),
com 18,2% do volume total nacional.
Em
segundo lugar na extração de alimentos está a erva-mate, com 35,2% do valor da
produção total do grupo, e em terceiro a castanha-do-pará, com 8,6% do valor
após queda de 24,4% no volume na produção do ano passado, afetada por questões
climáticas. O pinhão responde por 1,9% da produção, com volume total de 9,3 mil
toneladas e valor total de produção de R$ 23 milhões. O pequi tem 1,7% do valor
total no grupo, com produção total em 2017 de 21,4 mil toneladas e aumento de
39,9% no valor total da produção, que atingiu R$20,7 milhões.
As ceras
são 4,8% do valor da produção extrativista e as oleaginosas respondem por 2,7%
da produção.
Fonte: Agência Brasil
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