Literatura
de Cordel é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil
O Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) reconheceu hoje (19) a literatura de cordel como
Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A decisão foi tomada por unanimidade
pelo Conselho Consultivo, que se reúne no Forte de Copacabana, no Rio de
Janeiro.
"Poetas, declamadores, editores,
ilustradores, desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores, e folheteiros,
como são conhecidos os vendedores de livros, já podem comemorar, pois agora a
Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro", anuncia
o Iphan.
A reunião contou com a presença do
Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente do Iphan, Kátia Bogéa e do
presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo
Ferreira.
O gênero literário é ofício e meio de
sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros. Segundo o instituto, apesar
de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por
todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações.
História
O cordel foi inserido na cultura
brasileira ao final do século 19. O gênero resultou da conexão entre as
tradições orais e escritas presentes na formação social brasileira e carrega
vínculos com as culturas africana, indígena e europeia e árabe. Tem ligação com
as narrativas orais, como contos e histórias; à poesia cantada e declamada; e à
adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores
portugueses.
Originalmente, a expressão literatura de
cordel não se refere em um sentido estrito a um gênero literário específico,
mas ao modo como os livros eram expostos ao público, pendurados em barbantes,
em uma espécie de varal.
De acordo com o Iphan, os poetas
brasileiros no século 19 conectaram todas essas influências e difundiram um
modo particular de fazer poesia que se transformou numa das formas de expressão
mais importantes do Brasil.
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários