A área plantada do milho cresceu 10,4% em 2017 - Elza Fiúza/Agência Brasil
País
tem safra recorde de frutas, cereais, leguminosas e oleaginosas
Em 2017, o país teve safra recorde de
cereais, leguminosas e oleaginosas, chegando a 238,4 milhões de toneladas. Os
dados estão na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) – 2017, divulgada hoje (13)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento foi de 28,2% na comparação com
2016, com crescimento da área colhida em 5,9%. Segundo o IBGE, a produtividade
foi impulsionada pelas condições climáticas favoráveis, depois de um ano
influenciado pelo fenômeno El Niño.
Soja
A soja responde por 48,1% da produção do
grupo, seguida do milho, com 41%.
Um dos destaques, segundo o gerente de
agricultura do IBGE, Alfredo Guedes, é o avanço da soja sobre a Região Norte -
com produção de 5 milhões de toneladas e atrás apenas do açaí. “A soja não
entra direto sobre as áreas de floresta. Geralmente, essas áreas já deixaram de
ser floresta há alguns anos, eram pastagens, e os produtores tiram a pastagem e
colocam a soja”.
Milho
A área plantada do milho cresceu 10,4%, o
que elevou a produção em 52,3%, alcançado safra recorde de 97,7 milhões de
toneladas. Porém, o crescimento não se refletiu no valor da produção, que somou
R$ 32,9 bilhões, ante os R$ 37,7 bilhões de 2016. A explicação é a quebra de
safra naquele ano, que elevou o valor da saca para R$ 29,15 em média. Com a
volta das chuvas e da normalidade em 2017, o produtor recebeu R$ 13,89 por
saca.
Arroz
e feijão
A produção de arroz teve aumento de 17,4%
e a de feijão 15,9%, o que resultou em queda no valor ao consumidor final, após
o aumento de preço em 2016. O país produziu, em 2017, 12,5 milhões de toneladas
de arroz e 3 milhões de toneladas de feijão. A redução no valor da produção de
feijão foi de 56,9%, com R$ 6,9 bilhões no total. No arroz, o valor ficou em R$
9,8 bilhões, aumento de 12,6% em relação ao ano anterior.
Somados, os 14 produtos do grupo cereais,
leguminosas e oleaginosas respondem por 77,4% da área colhida no país e 54,6%
do valor de produção.
Fruticultura
Os 23 produtos frutíferos pesquisados pelo
IBGE somaram R$ 38,9 bilhões em 2017, um aumento de 4,6% em relação a 2016 e um
novo recorde. O destaque é a laranja, com R$ 8,6 bilhões, 2% a mais do que no
ano anterior. A área colhida de laranja foi de 631,7 mil hectares, sendo que
77,8% estão nos estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais.
Guedes explica que o açaí foi incluído na
pesquisa a partir da safra de 2016 e apresenta dados surpreendentes, alcançando
o posto de terceiro lugar na produção de frutas. Na pesquisa, é levado em conta
o açaí plantado, excluída a produção extrativista.
“A gente já vinha monitorando, mas só
incorporou ele em 2016, retroagindo os dados a 2015. A gente já vinha acompanhando
o consumo do açaí pela população, que vinha aumentando bastante, e 2017 veio a
confirmar que continua o crescimento do consumo e produção do açaí, que se
encontra principalmente na Região Norte”.
A produção de açaí em 2017 foi de 1,3
milhão de toneladas, com valor total da produção de R$ 5,5 bilhões. Isso elevou
o Pará ao posto de segundo estado produtor de frutas, com crescimento de 25,1%
no valor de produção no ano, chegando a R$ 6,8 bilhões. O Pará também se
destacou com o aumento de 49,9% na colheita de laranja, de 107,9% no limão e de
2.462,4% de tangerina.
São Paulo é o principal produtor de
frutas, com destaque para a laranja; e o Rio Grande do Sul vem em terceiro, tendo
como principal produto a uva.
Em 2017, o país produziu 17,5 milhões de
toneladas de laranja, 6,7 milhões de toneladas de banana, 1,9 milhão de
toneladas de uva e 1,5 milhão de toneladas de abacaxi.
Fonte: Agência Brasil
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