Países da União Europeia rejeitam proposta
de Trump de combate a droga
Dez países da União Europeia rejeitaram
hoje (24) a declaração promovida pelos Estados Unidos para pedir à comunidade
internacional maior coordenação no combate às drogas.
O documento, intitulado Chamada Global à
Ação sobre o Problema Mundial das Drogas, determina que os países signatários
deverão implantar "planos nacionais de ação" para reduzir a oferta e
a demanda de drogas, assim como ampliar o tratamento à dependência e fortalecer
a cooperação contra o tráfico.
Dos 28 Estados-membros que compõem a União
Europeia não assinaram a declaração a Bélgica, República Tcheca, Dinamarca,
Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha, Eslovênia e a Suécia.
De acordo com o Ministério das Relações
Exteriores da Espanha, o governo de Pedro Sánchez não é contrário ao texto, mas
decidiu não assinar a declaração porque a União Europeia não tem uma política
comum na luta contra os entorpecentes.
Além disso, a missão dos Estados Unidos
nas Nações Unidas não permitiu negociar o conteúdo, por isso vários países
europeus decidiram não corroborar.
Reunião
paralela
Mais cedo, Donald Trump presidiu uma
reunião multilateral, paralela à 73ª sessão da Assembleia Geral das Nações,
sobre a questão das drogas. Segundo o presidente norte-americano o objetivo da
declaração é "desmantelar a produção de drogas" e "combater a epidemia"
de dependência química que mata milhões de pessoas no mundo todo.
O breve ato na sede das Nações Unidas
contou com a presença de representantes de 130 países, mas nem todos
ratificaram o documento.
O presidente americano quis debater o tema
das drogas nas Nações Unidas devido à crise de dependência a opiáceos no país,
que deixa 175 mortos por dia por overdose, segundo dados dos Centros de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
"A dependência às drogas continua
tirando muitas vidas nos EUA e no mundo todo. Hoje nos comprometemos a combater
juntos a epidemia das drogas", afirmou Trump.
O presidente americano, sua embaixadora na
ONU, Nikki Haley, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, foram os
únicos que discursaram na reunião, copresidida por 31 países.
Fonte: Agência Brasil
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