Pelo
menos 29 morrem nas Filipinas após passagem do tufão Mangkhut
Um dia depois de o Tufão Mangkhut passar
pelas Filipinas, as autoridades confirmaram a morte de pelo menos 29 pessoas,
enquanto há buscas por 10 desaparecidos. Os números são atualizados a partir de
informações das equipes de resgate. O assessor Francis Tolentino, designado
pelo presidente Rodrigo Duterte para supervisionar a resposta ao desastre nas
regiões afetadas, confirmou o último balanço.
Muitas pessoas morreram em consequência
dos deslizamentos de terra nas regiões montanhosas que receberam as fortes
chuvas e ventos trazidos pelo Mangkhut em sua passagem ontem (15) pelo norte da
ilha de Luzon, no extremo norte do país.
O presidente Rodrigo Duterte visitou hoje
a província de Cagayan, onde realizou uma "inspeção aérea" para
avaliar os danos e se reuniu na capital, Tuguegarao, com seu gabinete para
discutir os trabalhos de resposta imediata e de reconstrução.
"Compartilho minhas condolências com
quem perdeu seus entes queridos", afirmou o presidente em pronunciamento
ao vivo na televisão, no qual afirmou que o governo está fazendo de tudo para
"o país voltar à normalidade o mais rápido possível".
A expectativa é que amanhã (17) Duterte
visite a região de Cordillera, onde, por enquanto, foram registradas mais
vítimas – 24 mortos e 13 desaparecidos. Na província de Nueva Ecija foram
confirmadas quatro mortes e, em Ilocos, uma.
Em Cordillera, uma família de seis membros
morreu quando sua casa na cidade de Baguio foi soterrada por um deslizamento de
terra. Em Nova Vizcaya um homem de 36 anos e três de seus filhos – um de dois
anos e outro de oito meses - morreram nas mesmas circunstâncias enquanto o
resto de sua família estava em um abrigo.
Segundo Tolentino, por enquanto não há
notícias de vítimas nas províncias de Cagayan e Isabela, no litoral nordeste da
ilha de Luzon, e que foram as primeiras a receber as chuvas do tufão.
O assessor do presidente ressaltou que
devem ser encerradas hoje as tarefas de busca e resgate para poder começar
amanhã os trabalhos de reconstrução nas áreas afetadas, com o objetivo
principal de restabelecer o fornecimento de energia e as comunicações.
Mais de 130 mil pessoas permaneciam neste
domingo ainda nos abrigos montados pelo governo e cerca de 15 mil estavam
refugiados em casas mais seguras de parentes, segundo os últimos dados
divulgados pelo Centro Nacional de Redução de Desastres.
Apesar das dificuldades de acesso, a ajuda
internacional já começou a fluir, precisamente 20 mil sacos de arroz do
Programa Mundial de Alimentos; além de US$ 570 mil doados pela Austrália em
artigos de primeira necessidade para 25 mil pessoas, que serão distribuídos
pela Cruz Vermelha.
A passagem do temporal, o pior que chega
às Filipinas desde o supertufão Haiyan em 2013, afetou, por enquanto, mais de
250 mil pessoas de maneira direta, segundo a Cruz Vermelha, embora mais de 5
milhões de filipinos vivam nas áreas atingidas pelo Mangkhut.
Antes do passagem do tufão, o governo
filipino destinou mais de US$ 30 milhões para os trabalhos de emergência.
Após tocar terra na cidade de Baggao, no
litoral nordeste do país, na sexta-feira (14), o Mangkhut tinha ventos de até
305 quilômetros por hora (km/h), fortes chuvas e provocou ondas de até 6
metros.
Em sua trajetória para o oeste, o tufão
foi enfraquecendo aos poucos e saiu da área de responsabilidade das Filipinas
no sábado por volta das 21h, hora local, rumo a Hong Kong (China) com ventos
entre 120 km/h e 170 km/h.
Fonte: Agência Brasil
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