Greve dos caminhoneiros teve reflexos diretos na economia brasileira, disse o FMI (Arquivo/Thomaz Silva/Agência Brasil)
FMI
reduz projeção de crescimento do Brasil para 1,4% este ano
A economia brasileira deve crescer menos
em 2018 e no próximo ano, de acordo com atualização de estimativas do relatório
de Perspectiva Econômica Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI),
divulgado hoje (9).
A estimativa para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país,
ficou em 1,4% este ano, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a julho.
A economia brasileira deve crescer menos
em 2018 e no próximo ano, de acordo com atualização de estimativas do relatório
de Perspectiva Econômica Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI),
divulgado hoje (9).
A estimativa para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país,
ficou em 1,4% este ano, com redução de 0,4 ponto percentual em relação a julho.
Para 2019, a projeção de crescimento do
PIB foi reduzida em 0,1 ponto percentual para 2,4%.
Segundo o FMI, a economia brasileira
crescerá nesses dois anos devido à recuperação da demanda privada. No
relatório, o fundo cita o efeito da greve dos caminhoneiros, com redução da
projeção para o PIB deste ano em relação ao estimado em abril.
“O crescimento projetado para 2018 é menor
do que no relatório de abril em 0,9 ponto percentual devido a interrupções
causadas pela greve dos caminhoneiros em todo o país e condições financeiras
externas mais apertadas, que são fonte de risco para as perspectivas”, diz o
relatório.
Inflação
Para o FMI, a inflação deve chegar a 3,7%
este ano e a 4,2% em 2019. O fundo avalia que a inflação dos preços dos
alimentos vai se recuperar após uma queda causada por uma colheita excepcional
em 2017.
O fundo acredita que a política monetária
(taxa básica de juros, a Selic) deve permanecer acomodativa, enquanto o
desemprego permanece alto e a inflação cresce gradualmente em direção à meta,
que deve ser perseguida pelo Banco Central (BC). A previsão do FMI para a taxa
de desemprego é 11,8% em 2018 e 10,7% em 2019.
No relatório, o FMI acrescenta que a
consolidação fiscal é uma prioridade no Brasil. “A reforma da Previdência é
essencial para garantir sustentabilidade e justiça, dado que as despesas
previdenciárias são altas e crescentes e as aposentadorias são indevidamente
generosas para alguns segmentos da população”, diz o documento.
O FMI defende também aumento na
flexibilidade do orçamento. “Também será necessário continuar contendo a folha
salarial do governo, harmonizando os regimes tributários federais e estaduais e
melhorando as finanças dos governos subnacionais, protegendo ao mesmo tempo
programas sociais eficazes”, destacou o fundo.
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários