Trump
classifica relações comerciais entre EUA e Brasil de injustas
O presidente Donald Trump criticou hoje
(1º) as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos. Em entrevista
coletiva sobre o novo acordo comercial entre o país, o Canadá e o México (o
novo Nafta), firmado neste domingo (30), Trump afirmou que o comércio
Brasil-EUA é injusto e que o Brasil trata "injustamente" companhias
norte-americanas.
Ao responder a uma pergunta sobre as
relações comerciais entre a Índia e os Estados Unidos, Trump disse que o país
asiático cobra "tarifas absurdas", muito altas, e que nenhum governo anterior
"falou disso".
Ao tratar do tema tarifas, o presidente
americano citou o Brasil como exemplo de negociação difícil e injusta: "O
Brasil é outro caso. É uma beleza. Eles cobram de nós o que querem e, se você
perguntar a algumas empresas, elas irão dizer que o Brasil está entre os mais
duros do mundo, talvez o mais duro".
E completou: "E nós nunca chamamos o
Brasil para dizer: 'olha, vocês estão tratando nossas empresas injustamente,
tratando nosso país injustamente'".
Na coletiva, o presidente Trump tocou
várias vezes na questão do tratamento recebido pelos Estados Unidos nas
relações comerciais, que considerou injustas e desfavoráveis para o país.
"Somos perdedores em todos os acordos que temos. Se você olhar para quase
qualquer país, vai ver que nós temos um déficit comercial. Nós perdemos com
todos", afirmou.
Os Estados Unidos são o segundo maior
mercado exportador do Brasil, perdendo somente para a China. Os principais
itens exportados para os Estados Unidos são óleo bruto de petróleo, aviões e
produtos manufaturados de ferro e de aço.
De acordo com o Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços, no ano passado, o superávit do Brasil para com os
Estados Unidos foi de US$ 2,06 bilhões. O país exportou para os Estados Unidos
US$ 26,872 bilhões e importou de lá um total de US$ 24,846 bilhões.
No ano passado, a economia norte-americana
recebeu 12,3% do total exportado pelo Brasil. No caso da China, o percentual
foi de 21,8%.
Fonte: Agência Brasil
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