91. Enem Após a
Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão
internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se
na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a
Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia
por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e
tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia
confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais
toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era
do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado",
marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do
povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que
permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de
energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e
vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.).
Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações anteriores,
relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política
(1822), é correto afirmar que o país
a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no
período colonial.
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção
no trabalho livre.
c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua
industrialização em relação a outros países.
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no
país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu
capitais em vários setores produtivos.
0 Comentários