96. Enem Zuenir
Ventura, em seu livro Minhas memórias dos outros (São Paulo: Planeta do
Brasil, 2005), referindo-se ao fim da "Era Vargas" e ao suicídio do
presidente em 1954, comenta:
Quase como castigo do destino, dois anos
depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de
Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio).
Diante daquele contexto histórico, muitos
estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a
si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação
que aparece "entre parênteses" no comentário e uma consequência
política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, RESPECTIVAMENTE, em:
a) a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos elementos
do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos conservadores devido ao
impacto da reação popular.
b) a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por
apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas ideias e o avanço
dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares.
c) o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos, como
Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados do presidente
teriam que aguardar mais uma década para concretizar a democracia progressista.
d) o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do
presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos
conservadores.
e) o presidente cometeu o suicídio para garantir uma definitiva e
dramática vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou
as estratégias de regimes autoritários no país.
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