Mudança no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está prevista para 20 21 - Arquivo/Agência Brasil
Estudante
poderá escolher área a ser avaliada no segundo dia do Enem
Exame
não muda em 2019; novas regras estão previstas para 2021
Os estudantes inscritos no Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) poderão escolher qual avaliação farão no segundo dia do
teste. No primeiro dia, será cobrado o conteúdo comum ensinado a todos os
estudantes do país. O novo modelo foi apresentado hoje (20) pelo ministro da
Educação, Rossieli Soares. O exame, no entanto, não será mudado no ano que vem,
o que deve ocorrer em 2021.
As mudanças são necessárias para adequar o
Enem ao novo ensino médio, cuja lei foi aprovada em 2017. Pela nova lei, os
estudantes passarão por uma formação comum a todo o país, definida pela chamada
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que ainda está em discussão no Conselho
Nacional de Educação (CNE), e por uma formação específica, que poderá ser em
linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino
técnico.
O Enem seguirá o mesmo modelo. No primeiro
dia, será cobrada a BNCC e, no segundo, o estudante será avaliado de acordo com
o itinerário escolhido. “O Enem tem que ser reflexo do ensino médio que a gente
deseja. Se vai ter flexibilidade, o itinerário não é só aprofundamento, são
caminhos diferenciados, tem que fazer avaliação desses itinerários”, disse
Rossieli Soares.
As mudanças no Enem estão previstas nas
novas Diretrizes Curriculares Nacionais do ensino médio, homologadas nesta
terça-feira pelo ministro.
Para entrar em prática, no entanto, é
preciso que a BNCC seja aprovada pelo CNE. O Ministério da Educação (MEC)
pretende ver a Base Nacional Curricular aprovada ainda este ano, mas isso
depender da agenda do CNE.
Questionado sobre a possibilidade de as
mudanças previstas no Enem não serem implementadas no próximo governo, o
ministro Rossieli Soares disse que, para isso, o novo presidente teria que
mudar as normas vigentes. “Cabe ao novo governo avaliar e implementar as
políticas, mas o que é normal é que deve ser cumprido, a não ser que ele mexa
na norma. As diretrizes são normas que estarão vigentes para o Brasil, então,
deverão ser seguidas em todo o Brasil”, afirmou o ministro.
Ele ressaltou que muito da implementação
do novo ensino médio caberá ao novo governo, que terá que cuidar da escolha dos
livros didáticos, da formação de professores e de novas avaliações da etapa. “A
construção da matriz de avaliação, a construção real do Enem e do novo Enem
caberá ao novo governo, que deverá, nos primeiros anos fazer uma série de
construções.”
Até o fim do ano, o governo deve definir
os referenciais que serão usados pelas as escolas e as redes de ensino na
oferta dos itinerários formativos. Pelas novas diretrizes, os itinerários
deverão estar organizados, cada um deles seguindo os seguintes requisitos:
investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção
sociocultural e empreendedorismo. Cada município deverá ofertar pelo menos dois
itinerários em áreas distintas para que os estudantes possam escolher.
Fonte: Agência Brasil
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