ALAGOAS
Localizado
na Região Nordeste do Brasil, o Estado de Alagoas ocupa área de 27.848,1 km²,
limitando-se ao norte e noroeste com o Estado de Pernambuco, ao sul com o
Estado de Sergipe, a sudoeste com o Estado da Bahia e a leste com o Oceano
Atlântico. Divide-se em três regiões naturais: (1) o Litoral arenoso com suas
praias cobertas de coqueirais e numerosas lagoas costeiras; (2) a Zona da Mata,
estreita faixa paralela à anterior, coberta pela Mata Atlântica no passado e
hoje transformada em zona agrícola; (3) e o Agreste, região caracterizada por
altitudes maiores, que chegam a alcançar 600 metros no planalto da Borborema em
sua porção norte. O clima no Estado é tropical, com temperatura média anual de
24º C, chuvas abundantes na faixa do litoral atlântico e mais escassas no
interior, onde se caracteriza como semiárido. Quase todos os rios da bacia
hidrográfica do Estado nascem no planalto da Borborema e correm para o rio São
Francisco, ou diretamente para o oceano Atlântico. Entre os principais, se
destacam o Mundaú e o Paraíba do Meio. O nome Alagoas é derivado dos numerosos
lagos que se comunicam uns com os outros e também com os diversos rios que
banham a região.
O Estado
de Alagoas tem população de 3.120.494 habitantes, com densidade populacional de
112,33 habitantes por km² (IBGE 2010).
O Estado
de Alagoas está dividido em 102 municípios e sua cidade mais importante é
Maceió, a capital. Destacam-se ainda com importância secundária, as cidades de
Arapiraca, Palmeira, União dos Palmares e Rio Largo.
Economia - As principais atividades econômicas desenvolvidas no Estado de Alagoas
relacionam-se à indústria, à agricultura, à pecuária e à extração de petróleo.
Entre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado encontram-se o
abacaxi, o coco, a cana-de-açúcar, o feijão, o fumo, a mandioca, o arroz e o
milho. Na pecuária, destacam-se as criações de equinos, bovinos, bubalinos,
caprinos, ovinos e suínos. Existem também no Estado, reservas minerais de sal-gema,
gás natural, além do petróleo já mencionado. A atividade industrial tem como subsetores
predominantes o químico, a produção de açúcar e álcool, de cimento e o
processamento de alimentos.
Formação Histórica - A região onde hoje se encontra o Estado de
Alagoas foi invadida por franceses no início do século XVI, sendo retomada
pelos portugueses em 1535, sob o comando de Duarte Coelho, donatário da
capitania de Pernambuco, que organizou duas expedições e percorreu a área
fundando alguns vilarejos, como o de Penedo. Também incentivou a plantação de
cana-de-açúcar e a formação de engenhos. Em 1630, os holandeses invadiram
Pernambuco e também ocuparam a região de Alagoas até 1645, quando os
portugueses voltaram a conquistar o controle da região. Em 1706 Alagoas é
elevada à condição de comarca, primeiro passo para o alcance de sua autonomia.
Em torno de 1730 a comarca possuía cerca de 50 engenhos, 10 freguesias e
razoável prosperidade. A emancipação política aconteceu em 1817, quando a
comarca foi elevada à condição de capitania. Durante os períodos subsequentes,
várias sublevações contra os portugueses se sucederam em Alagoas. A Primeira
Constituição do Estado foi assinada em 11 de junho de 1891, em meio a graves
agitações políticas, que assinalaram o início da vida republicana.
Palmares - Aconteceu em Alagoas por volta de 1630, a maior revolta de escravos
ocorrida no País, onde se organizou o famoso Quilombo dos Palmares, uma
confederação de quilombos organizada sob a direção de Zumbi, o chefe guerreiro
dos escravos revoltosos. Palmares chegou a ter população de 30 mil habitantes,
distribuídos em várias aldeias, onde plantavam milho, feijão, mandioca,
batata-doce, banana e cana-de-açúcar. Também criavam galinhas e suínos,
conseguindo extrair um excedente de sua produção, que era negociado nos
povoados vizinhos. A fartura de alimentos em Palmares foi um dos fatores
fundamentais para a sua resistência aos ataques dos militares e brancos em
geral, durante 65 anos. Foi destruído em 1694. Em 1695, Zumbi fugiu e foi
morto, acabando assim o sonho de liberdade daqueles ex-escravos, que só viriam
a conhecer a sua libertação oficial em 1888.
Zumbi dos Palmares
Maceió - Capital do Estado de Alagoas, a cidade de Maceió ocupa área de 509 km²
na região litorânea, entre a lagoa de Mundaú e o oceano Atlântico. Sua
população é de 932.748 habitantes (IBGE 2010). A cidade está ligada pela
rodovia BR-101 a todas as cidades da costa atlântica brasileira, sendo que as
capitais de Estados mais próximas, as cidades de Recife e Aracaju, estão a 285
km e 305 km de distância, respectivamente. O município se desenvolveu a partir
do século XVIII, principalmente em função das plantações de cana-de-açúcar. Em
1815, recebeu o status de vila e em 1839 tornou-se a capital do Estado. A
economia do município de Maceió baseia-se na atividade industrial, no comércio
e no turismo. Além das praias, destacam-se entre os principais pontos de
atração turística da cidade, a Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres,
construída em 1840, o Teatro Deodoro e o Mercado Municipal, local onde podem
ser encontrados artigos artesanais típicos da região. O Museu do Instituto
Histórico constitui-se também uma das atrações da cidade, juntamente com o
Palácio Floriano Peixoto, sede do Governo estadual, e do Museu Pierre Chalita,
que é a Galeria de Arte do Estado. Nos arredores da cidade encontram-se algumas
das mais lindas praias do litoral nordestino brasileiro. Em alguns locais as
praias formam lagos a cerca de 2 km do litoral, oferecendo oportunidades para
banhos de mar relaxantes e passeios de jangadas, o meio de transporte utilizado
para se chegar aos lagos. Nas proximidades das lagoas de Mundaú e Manguaba, na
parte oeste da cidade, há vilas de pescadores, entre as quais encontram-se
centenas de canais navegáveis, onde são encontrados moluscos e crustáceos em
grande quantidade. Na porção sul da cidade existem as praias da Avenida, a
praia Sobral, as praias do Trapiche, do Pontal da Barra, todas com acesso a
lagoas, além da praia do Francês, com uma pequena vila de pescadores, que
recebeu este nome por causa dos inúmeros barcos franceses que ali aportaram
para contrabandear madeira no século XVI.
Marechal Deodoro - Localizada 21 km a sudoeste de Maceió, nas
margens da lagoa Manguaba, a cidade de Marechal Deodoro foi a antiga capital de
Alagoas e o local de nascimento do Marechal Deodoro da Fonseca, que em 1889
proclamou a República e se tornou o primeiro presidente do Brasil. A cidade
preserva alguns monumentos e prédios dos séculos XVII e XVIII, como o Largo do
Pelourinho, com o Oratório da Forca, onde os condenados faziam suas últimas
orações; o convento de São Francisco, construído entre 1684 e 1689, que se
tornou o Museu de Arte Sacra de Alagoas; a igreja de Nossa Senhora da
Conceição, construção com fachada barroca de 1755; a Igreja do Senhor do
Bonfim, datada do século XVII; e algumas igrejas em ruínas também do século
XVII, como a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, o convento das Carmelitas e a
Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Outra atração da cidade é a casa em estilo
colonial onde nasceu Deodoro da Fonseca, hoje um museu. Na direção norte de
Maceió existem também praias muito procuradas por turistas, como a praia
Pajuçara, onde jangadas levam visitantes para passeios pelas lagoas formadas
por recifes de coral e bancos de areia que surgem quando a maré está baixa.
Algumas jangadas foram convertidas em bares que servem drinks e comidas
típicas. Anexas à praia de Pajuçara encontram-se as praias de Sete Coqueiros e
Ponta Verde. A 6 km de Maceió, a praia Jatiúca é o paraíso dos surfistas e pescadores.
No local há pousadas para turistas e hotéis de luxo. Mais distante um pouco, 14
km ao norte, encontram-se as praias da Garça-Torta e Pratagi, onde existe uma colônia
de pescadores e mangues repletos de plantas aquáticas que alimentam o
peixe-boi, mamífero que pode pesar até 600 kg e está atualmente em perigo de
extinção.
Porto Calvo - Localizado 105 km a nordeste de Maceió, o lugarejo surgiu durante a
invasão holandesa do século XVII e nele se encontram construções coloniais da
época, como as ruínas da igreja de Nossa Senhora da Apresentação, datada de
1630. Ali se encontra a fonte batismal de Domingos Calabar, o soldado
brasileiro que passou para o lado dos holandeses durante o período da ocupação,
no século XVII.
Fonte: Domínio Público - Ministério das Relações Exteriores
Fonte: Domínio Público - Ministério das Relações Exteriores
0 Comentários