1. (MACKENZIE) Naquele comício, passando por cima das decisões do Congresso, João Goulart decretou a nacionalização das refinarias particulares de petróleo e assinou a reforma agrária (…) Jango saiu daquele comício carregado em triunfo nos braços do povo.
Francisco de Assis Silva – História do Brasil
Esses acontecimentos provocaram:
a) o fim do pacto populista e o golpe de 1964, liderado pelos segmentos conservadores que temiam o avanço das forças populares e das reformas sociais.
b) a consolidação do governo João Goulart e a exe­cução das reformas de base.
c) a mobilização maciça das Forças Armadas para sustentar militarmente o governo Goulart.
d) a negociação entre governo e setores conserva­dores, adotando-se a solução parlamentarista.
e) o acirramento dos conflitos no campo entre forças populares e conservadoras, forçando o governo Goulart a renunciar à presidência.


2. (MACKENZIE) A democracia populista durante o governo Goulart apoiou várias reivindicações populares que assustaram os setores conservadores, terminando por acelerar o golpe de 1964. Dentre elas citamos:
a) as reformas de base.
b) a extinção dos partidos políticos.
c) o fim da política externa independente.
d) o monopólio estatal sobre os meios de comuni­cação.
e) a preservação da estrutura fundiária do país.


3. (MACKENZIE) Entre os fatores que precipitaram o golpe militar de 1964 esteve o programa de Reformas de Base, do presidente João Goulart.
Não estava entre as reformas:
a) a agrária, que pretendia uma divisão de terras socialmente mais justa.
b) a educacional, que buscava ampliar o ensino público, quer básico quer universitário.
c) a política, substituindo o regime presidencialista pelo parlamentarista.
d) a administrativa, lutando pela desburocratização das instituições públicas.
e) a urbana, que visava o combate aos problemas relacionados à pobreza nas cidades.


4. (FUVEST) “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil. ”
(Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto de 1961).
Esse Manifesto revela que os militares
a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial.
b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista.
c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático.
d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país.
e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício.


5. (MACK) A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964, na cidade de São Paulo, foi:
a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de esquerdismo e comunismo do governo João Goulart. 
b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores brasileiros ao governo do presidente Goulart.
c) uma resposta das massas populares, apoiando as Reformas de Base, após o Comício na Central do Brasil (RJ/março de 1964).
d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a uma possível intervenção militar, com apoio norte-americano, ao governo de Goulart.
e) uma manifestação, de setores conservadores da sociedade brasileira, de revolta contra a tentativa de se derrubar o governo constitucional.


6. (MACKENZIE) "O modelo político de desenvolvimento que hoje se esboça no Brasil poderia ser chamado de técnico burocrático capitalista. Está baseado em uma aliança entre a tecnoburocracia militar e civil de um lado e o capitalismo internacional do outro".         
(Luís Carlos Bresser Pereira).
O texto identifica o modelo econômico adotado no país a partir de:
a) 1962, com o Plano Trienal, no governo João Goulart.
b) 1939, com a implantação do Estado Novo.
c) 1889 até 1894, pelos governos militares da República da Espada.
d) 1964, após a deposição do Presidente João Goulart e ascensão dos militares ao poder.
e) 1930, com a Revolução liderada por Getúlio Vargas.


7. (UFMG) O golpe político-militar de 1964 acarretou transformações na economia brasileira originadas das mudanças nas relações de trabalho, das novas necessidades do desenvolvimento capitalista no país e das mudanças na conjuntura internacional. Todas as alternativas apresentam indicadores corretos das transformações na economia brasileira pós-64, EXCETO:
a) A abertura do país às empresas multinacionais a partir da abolição das restrições à remessa de lucros para o exterior.
b) A adoção de uma nova política salarial e a implantação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) substituindo o sistema de estabilidade no emprego.
c) A consolidação do setor industrial nacional através da elevação dos salários urbanos e do aumento da oferta e do consumo de bens não duráveis.
d) A elevação do volume de impostos e a consequente falência de um grande número de pequenas e médias empresas.
e) A expansão da indústria petroquímica, siderúrgica e do alumínio, realizada sob o patrocínio do Estado, com a participação de conglomerados nacionais e estrangeiros.


8. (CESGRANRIO) A vitória do golpe militar de 1964 foi fruto da:
a) decisão dos militares de implementarem o programa nacionalista e reformista proposto pelo Governo Goulart, desde que o povo não participasse ativamente das decisões políticas.
b) crise do Estado Populista, da radicalização do movimento de massas exigindo reformas de base e da retirada do apoio ao Governo Goulart de significativos setores da burguesia nacional.
c) incapacidade do Governo Goulart de levar avante a luta anti-imperialista e do compromisso dos militares com o programa de nacionalização das empresas estrangeiras, defendido pela burguesia nacional.
d) união dos interesses dos militares e do capital estrangeiro contra a totalidade dos interesses da burguesia nacional, defensoras ferrenhas do nacionalismo econômico.
e) decisão da maioria absoluta do Congresso de votar as reformas de base e do descontentamento dos militares, que representavam as forças conservadoras e os interesses americanos.


9. (UFMG) O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) esteve no centro da crise que resultou no golpe político-militar de 1964. Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o PTB, EXCETO:
a) Alguns setores do PTB, após o suicídio de Vargas, conseguiram uma grande autonomia e defenderam a formação de uma frente popular, a Frente Parlamentar Nacionalista, para neutralizar a ala de centro do Partido.
b) O fortalecimento da ARENA (Aliança Renovadora Nacional) junto às classes trabalhadoras urbanas deslocou o PTB de sua posição hegemônica e rompeu o equilíbrio político da década de 60.
c) O partido surgiu como instrumento de manipulação do governo Vargas e buscou, em especial, conter o avanço do Partido Comunista Brasileiro no controle da classe trabalhadora.
d) O PTB manteve uma coligação eleitoral histórica com o PSD (Partido Social Democrático), que tinha sua base política no campo e era sustentado pelo localismo e coronelismo.
e) O PTB tinha características marcadamente nacionalistas, defendia uma política estatizante em relação à economia e apresentava feição reformista.


10. (FMJ SP) Em 31 de março de 1964, os militares brasileiros, apoiados pelos Estados Unidos e por parcelas da classe política e empresarial do país, assumiram o controle do Estado por meio de um golpe. A justificativa para esse golpe de Estado baseava-se na proteção contra:
a) o comunismo internacional, visto como ameaça às instituições democráticas no panorama de polarização política pós 2ª guerra.
b) as ditaduras fascistas em franco processo de expansão no continente sul-americano, já instaladas na Argentina e no Chile.
c) a tentativa dos partidos de esquerda de implantar um regime parlamentarista, considerado estranho à tradição brasileira.
d) a violação dos direitos individuais garantidos na Constituição que vinha sendo praticada desde a renúncia de Jânio Quadros.
e) a hiperinflação que paralisava a economia do país, e cuja origem estava no endividamento externo do período Vargas.


11. (MACKENZIE) "Quem manda agora não são os políticos profissionais, nem o Congresso, é uma instância decisória importante. Mandam a alta cúpula militar, os órgãos de informação e repressão, a burocracia técnica de Estado (...) O regime pôs fim ao populismo."   Boris Fausto
O texto caracteriza uma fase histórica brasileira. Identifique-a nas alternativas a seguir.
a) Estado Novo.
b) República Nova.
c) Governos militares entre 1964 e 1985.
d) República Oligárquica.
e) República da Espada.


12. (UDESC) “Organizadas em oposição a João Goulart, as Marchas da Família se transformaram em forte apoio ao governo militar, reunindo uma massa de civis, nas capitais e interior do país.”
(REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. Ano 1, n. 8, fev./mar. de 2006. p. 60.)
Relacionando o fragmento acima ao golpe militar no Brasil, é correto afirmar:
a) As torturas e as perseguições políticas são matérias para ficção, pois o Brasil sempre foi um país estável politicamente.
b) Havia receio dos setores mais progressistas do Brasil de que os norte-americanos invadissem o país.
c) O medo, em relação ao comunismo, não existia no meio social, posto que o país, em especial suas elites, sempre foi simpático às ideias comunistas.
d) Por ocasião do golpe houve um movimento civil conservador, inicialmente organizado em oposição ao governo do presidente trabalhista João Goulart, manifestado nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade. 
e) Não houve exílio de brasileiros, pois a Constituição de 1967 garantia a liberdade de expressão política.


13. (FGV) No fundo, chegamos à conclusão de que fizemos a revolução contra nós mesmos. Essa lamentosa frase de Ademar de Barros sintetizava o ânimo de alguns conspiradores civis com os rumos do governo militar. Após duras críticas ao regime, Ademar chegou a exigir a renúncia do presidente Castelo Branco em um ma­nifesto à nação. Em junho de 1966 teve seus direitos políticos cassados por dez anos.                                                           
Flávio Campos, Oficina de História: história do Brasil.
Carlos Lacerda, outro importante civil articulador do golpe de 1964, reagiu contra o regime por meio:
a) da criação, no Rio de Janeiro, do Comitê pela Anistia, em 1968, com o apoio de militares e civis cassados pelo regime de exceção.
b) da defesa de eleições diretas para a presidência da República e governos estaduais e apoiou, em 1968, contraditoriamente, o AI-5.
c) de um mandado de segurança apresentado, em 1969, ao Supremo Tribunal Federal, reivindicando o afastamento de Costa e Silva.
d) de uma representação ao Congresso Nacional, exigindo a imediata reconsideração acerca do AI-2, que criou a ARENA e o MDB.
e) da organização da Frente Ampla, em 1967, que contou com a participação dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart.


14. (FGV) Em relação ao Golpe Militar de 1964 no Brasil, pode-se dizer:
I - Foi fruto de uma conspiração civil-militar alarmada com os rumos nacionalistas do governo João Goulart.
II - Foi a forma encontrada pelos comandos militares para garantir a posse do novo presidente.
III - Representou a repulsa de setores da sociedade brasileira à tentativa de João Goulart de aumentar a presença do capital estrangeiro no país.
IV - Evitou a tentativa do Partido Comunista Brasileiro, de sindicatos de trabalhadores e de setores do Partido Trabalhista Brasileiro de exigir do presidente, a implementação imediata das “reformas de base”.
Estão corretas as frases:
a) III e IV.
b) III e V.
c) I, II e III.
d) I, IV.
e) II, III e IV.


15. (FAAP) Um golpe de Estado interrompeu o mandato presidencial de:
a) Juscelino Kubitscheck
b) Costa e Silva
c) João Goulart
d) Emílio Médici
e) Ernesto Geisel



GABARITO