1. (ENEM/2010) A serraria construía ramais ferroviários que adentravam as grandes
matas, onde grandes locomotivas com guindastes e correntes gigantescas de mais
de 100 metros arrastavam, para as composições de trem, as toras que jaziam
abatidas por equipes de trabalhadores que anteriormente passavam pelo local.
Quando o guindaste arrastava as grandes toras em direção à composição de trem,
os ervais nativos que existiam em meio às matas eram destruídos por este
deslocamento.
MACHADO P. P. Lideranças do Contestado. Campinas: Unicamp. 2004 (adaptado).
No início do século XX, uma série de
empreendimentos capitalistas chegou à região do meio-oeste de Santa Catarina –
ferrovias, serrarias e projetos de colonização. Os impactos sociais gerados por
esse processo estão na origem da chamada Guerra do Contestado. Entre tais
impactos, encontrava-se
a) a absorção dos trabalhadores rurais como
trabalhadores da serraria, resultando em um processo de êxodo rural.
b) o desemprego gerado pela introdução das
novas máquinas, que diminuíam a necessidade de mão de obra.
c) a desorganização da economia tradicional, que sustentava os posseiros
e os trabalhadores rurais da região.
d) a diminuição do poder dos grandes coronéis
da região, que passavam disputar o poder político com os novos agentes.
e) o crescimento dos conflitos entre os
operários empregados nesses empreendimentos e os seus proprietários, ligados ao
capital internacional.
2. (CEFET MG/2015) Sobre a economia na Primeira República, assinale (V) para as
verdadeiras ou (F) para as falsas.
(__) As medidas econômicas priorizaram a
valorização do café.
(__) Os primeiros governos republicanos
estimularam a indústria de base.
(__) Os lucros do café impulsionaram a
industrialização brasileira.
(__) Os governos adotaram a política de valorização cambial.
A sequência correta encontrada é
a) V V F V.
b) V F F V.
c) V F V
F.
d) F V V F.
3. (UNESP SP/2008) As estradas de ferro paulistas dos séculos XIX e XX dirigiam–se para as
regiões do interior do estado. Sua importância para o complexo econômico
cafeeiro e para o desenvolvimento de São Paulo pode ser vista sob múltiplos
aspectos. O cultivo do café e as ferrovias provocaram mudanças ambientais em
várias regiões paulistas, porque
a) as estradas de ferro formavam redes no
interior das matas e permitiam o acesso do capital norte-americano à exploração
e à exportação de madeiras para o mercado europeu.
b) a economia cafeeira foi responsável pelo
predomínio da agricultura de subsistência sobre as áreas florestais e as
locomotivas levaram à exploração do carvão mineral no planalto paulista.
c) o emprego nos cafezais de defensivos
agrícolas contaminava as nascentes de água e as ferrovias favoreciam a fixação
de pequenas propriedades nas áreas agrestes.
d) as
locomotivas eram movidas a vapor, cujo combustível era a madeira, e os
cafezais, por esgotarem o solo, exigiam a incorporação de novas terras para o
plantio.
e) a expansão da frente pioneira devastava as
matas e abria grandes reservas de territórios e de terras agricultáveis para os
indígenas.
4. (FEI SP/2008) Ao longo da Primeira República (1889-1930) o Brasil passou por muitas
transformações. As alternativas abaixo apontam para essas mudanças, exceto:
a) expansão demográfica acelerada,
intensificada pela imigração europeia.
b) aceleração do processo de urbanização,
notadamente no centro-sul do país.
c) desenvolvimento da industrialização,
sobretudo em São Paulo.
d) aumento da diversificação social, sobretudo
nas cidades.
e) aumento
da dependência externa, principalmente de insumos agrícolas.
5. (PUC RS/2009) Em relação ao Brasil, a crise de 1929 atingiu nossa economia
inviabilizando a manutenção da política de valorização do café, firmada em 1906
pelo Convênio de Taubaté, e também
a) provocando
retração do mercado consumidor, suspensão do financiamento da estocagem do café
e liquidação imediata dos débitos anteriores.
b) suspendendo a produção do café por alguns
anos, o financiamento das lavouras e a liquidação dos débitos dos
cafeicultores.
c) convocando todos os exportadores de produtos
agrícolas a criarem mecanismos de estabilização de preços.
d) possibilitando aumento no consumo do café
brasileiro e consequente aumento de preços no mercado nacional.
e) contribuindo para a manutenção da política
de preços dos produtos industrializados brasileiros e para a revitalização da
política de valorização do café.
6. (UFF RJ/2009) Segundo Antonio Barros de Castro, o café foi, entre nós, uma “cultura
itinerante”, “uma atividade em movimento”, compreendendo, simultaneamente, “uma
faixa pioneira, onde o café estaria penetrando; uma zona onde estaria consolidado
e plenamente produtivo e uma região decadente, onde a cultura se encontra em
regressão.” (7 Ensaios sobre a economia brasileira).
Aplicando a classificação contida no texto
acima à cafeicultura brasileira na primeira década do século XX, é possível
associar:
a) a
faixa pioneira à fértil região do Oeste paulista; a região madura ao vale do
Paraíba de São Paulo e o setor decadente aos velhos cafezais do Vale do Paraíba
fluminense;
b) a faixa pioneira à região de Vassouras e
Valença; a área consolidada à região de Campinas e a retaguarda ao oeste do
Paraná;
c) a frente pioneira de terras férteis e
produtivas ao vale do Paraíba paulista; a região madura e plenamente produtiva
ao vale do Paraíba fluminense e a área de retaguarda aos velhos cafezais da
Bahia;
d) a região pioneira a Cantagalo; a zona
consolidada aos municípios da baixada fluminense e a área decadente a Angra dos
Reis e Parati;
e) a região do Vale do médio Paraíba à produção
paulista; a frente de expansão à baixada do Rio Jequitinhonha e a área
decadente ao oeste paulista.
7. (IBMEC RJ/2010) Decorrência natural da expansão industrial, particularmente do setor
automobilístico, a produção de borracha desenvolveu-se na segunda metade do
século XIX na região amazônica. Sobre este período são feitas a seguintes
afirmativas:
I. foi fator de estabilidade econômica para o
país, permitindo um desenvolvimento acelerado inclusive da região centro-oeste;
II. não teve uma duração maior em função da
produção sul-africana, liderada pelos holandeses, que oferecia um preço mais
baixo que o do produto brasileiro;
III. possibilitou um notável desenvolvimento para a cidade de Manaus, sendo
a construção do Teatro Amazonas uma clara demonstração desse processo.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for correta.
b) se apenas a afirmativa II for correta.
c) se
apenas a afirmativa III for correta.
d) se as afirmativas I e II forem corretas.
e) se as afirmativas II e III forem corretas.
8. (UEPB/2010) Em “Literatura como Missão” o historiador Nicolau Sevcenko fala
de um promitente Rio de Janeiro que, no início do século XX, exercia o papel de
intermediador dos recursos vindos da economia cafeeira, além de ser o centro
político do país. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A
democratização do crédito, imposta pelo Encilhamento, impediu a aproximação do
Rio com centros comerciais do mundo, pois sua população era majoritariamente de
ex-escravos desabituados ao consumo, e os hábitos rurais obstavam uma pretensa
visão cosmopolita.
b) Núcleo da maior rede ferroviária do Brasil,
o Rio conectava-se com o Vale do Paraíba, São Paulo, Mato Grosso, os Estados do
Sul, e complementava sua transmissão viária com o comércio de cabotagem para o
Nordeste e o Norte até Manaus.
c) As finanças pátrias convergiam para o Rio.
As maiores casas bancárias nacionais e internacionais, o Banco do Brasil e a
maior Bolsa de Valores do país estavam lá sediados. Com a maior população do
Brasil, fornecia às suas indústrias um amplo mercado consumidor e de
mão-de-obra.
d) Entre os séculos XIX e XX, o Rio era o 15°
porto do mundo em volume de negócios. O aumento das importações e do comércio
de cabotagem compensou a concorrência feita pelo Porto de Santos, que recebia
toda a produção cafeeira do Oeste paulista.
e) O desenvolvimento das atividades econômicas
contribuiu sensivelmente para que o Rio assumisse o posto de maior centro
cosmopolita da nação. E isso propiciava um íntimo contato com a produção e os
comércios da Europa e dos Estados Unidos.
9. (ESPM/2010) A exploração da borracha na grande região amazônica iniciou-se por volta
de 1870, sendo que no fim do século sua produção atingiu vinte toneladas por
dia. Aumentando sempre, em 1910, a extração do látex proveniente da seringueira
e do caucho chegou a 40.800 toneladas, e rendeu quase tanto como o café. Esse
ano marcou o apogeu da borracha, pois ela começou a ser aplicada em diversas
atividades industriais. (Heródoto Barbeiro. Curso de História do Brasil.)
Apesar da importância que a borracha alcançou
na economia brasileira, entre 1898 e 1910, quando ocupou o segundo lugar entre
os produtos brasileiros de exportação, após 1910 sobreveio um declínio
avassalador. Assinale a alternativa que explica tal declínio:
a) com a Primeira Guerra Mundial o mercado
internacional entrou em retração;
b) o governo brasileiro daquele tempo decidiu
priorizar a industrialização que deslanchava na região sudeste;
c) a partir de então o governo brasileiro
investiu na pecuária, visto que na república do café com leite havia uma
preocupação com o aprimoramento do gado de raça;
d) com a Primeira Guerra Mundial o mercado
comprador de borracha se expandiu, mas as exportações brasileiras sofreram com
a guerra submarina praticada pelos alemães;
e) as
plantações organizadas principalmente pelos ingleses em suas colônias na Ásia
superaram nossa produção, pois a borracha produzida por eles era de boa
qualidade e de baixo custo.
10. (IBMEC RJ/2011) Sobre o fracasso do chamado “ciclo da borracha”, na região amazônica,
são feitas as seguintes afirmativas:
I. faltou mão-de-obra especializada, afinal a
migração nordestina não foi capaz de atender a demanda;
II. a produção desenvolvida pelos ingleses em
áreas como a Malásia e o Ceilão resultou em um produto com custo menor,
dificultando a comercialização do nosso látex;
III. a ocorrência da Primeira Guerra Mundial paralisou o comércio
internacional, dificultando as exportações brasileiras.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for correta.
b) se
apenas a afirmativa II for correta.
c) se apenas a afirmativa III for correta.
d) se as afirmativas I e II forem corretas.
e) se as afirmativas II e III forem corretas.
11. (UEFS BA/2011) Não foi o café que degradou a natureza no Sudeste brasileiro. Foi o
espírito mercantil imediatista, em busca de lucro e riqueza a qualquer custo,
que importou essa planta, originária da Ásia, as máquinas e os homens, para
fazer deles dinheiro. (MARTINEZ, 2010, p. 29).
O “espírito mercantil imediatista”, referido
no texto, levou às crises de superprodução e à queda dos preços do café. Como
medida para amenizar os prejuízos que atingiram a economia brasileira, no
início do século XX, foi adotada a
a) diversificação dos produtos de exportação,
beneficiando antigas regiões produtoras do Nordeste.
b) prática de queima de cafezais e de estoques
prontos para a exportação, como forma de desencorajar novos plantadores.
c) política de valorização do café, que registrou a primeira intervenção
do Estado para a proteção do produto.
d) proibição de investimentos estrangeiros na
economia cafeeira, visando à reserva do mercado para o comércio nacional.
e) política de dinamização dos transportes
rodoviários, como contribuição para a maior rapidez no escoamento do produto.
12. (PUC RS/2011) O café foi o principal produto de exportação brasileiro, desde meados de
1890 até a década de 1930. Mas esta produção não esteve isenta de crises, como
a ocorrida ao final do século XIX, devido ao excesso de produção mundial e
consequente queda nos preços. Como medida para combater a crise no período,
destaca-se
a) o lançamento do II Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND), que iniciou o processo de abertura política e garantiu,
em curto prazo, o declínio do poder dos senhores de engenho, que ofereciam
resistência ao crescimento da produção cafeeira.
b) a política de imigração de mão de obra
europeia, principalmente alemães, italianos e poloneses, que passam a ser
empregados em regime escravista nas fazendas de café do interior paulista.
c) a política de incentivo à criação de
rodovias e novas fábricas, que pudessem incrementar o escoamento e
processamento da grande safra de café brasileira, assim como a abertura de
mercado para obtenção de financiamentos de investidores franceses.
d) o
Convênio de Taubaté, em 1906, um plano de intervenção do estado, mediante a
garantia de compra pelos governos (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais),
criando estoques reguladores, promovendo a falta do produto no mercado, com o
objetivo de elevar os preços.
e) a chamada “socialização das perdas”, pela
qual os lucros são distribuídos entre a população, e as perdas ficam destinadas
à elite cafeeira e aos governos estaduais, que recorrem a empréstimos
estrangeiros e queimam os estoques excedentes do produto.
13. (UFPA/2011) Borracha e borracheiro, segundo o dicionário Houaiss, podem significar:
“Borracha: substância elástica e impermeável,
resultante da coagulação do látex de vários vegetais, esp. de árvores dos gên.
Hevea e Ficus, com propriedades diversas e inúmeros usos industriais, segundo
os vários tipos de tratamento a que é submetida; caucho, goma-elástica”.
“Borracheiro: 1) aquele que produz,
industrializa ou vende borracha ('substância') 2) Regionalismo: Brasil.
Indivíduo que repara e/ou vende pneus; 3) Regionalismo: Norte do Brasil. m.q.
seringueiro ('trabalhador').
Houaiss (Dicionário
da Língua portuguesa. Verbetes Borracha e borracheiro. Versão digital, SP:
Instituto Antônio Houaiss, Editora Objetivo, 2009).
Os verbetes acima esclarecem os significados
do termo “borracha” no Brasil. Um desses significados põe em evidência o Norte
do país, em que a palavra tem um emprego diferenciado historicamente porque
a) o
norte do Brasil teve um contato mais próximo com a produção do látex e, nesta
região, a palavra borracheiro passou a significar mais do que a produção da
borracha em si, definindo também o seu produtor (trabalhador), o seringueiro.
b) o Brasil, como um todo, conheceu a borracha
como um produto que se industrializa, pois esse produto era extraído da
Amazônia e industrializado no Centro Sul. Assim, no Norte o significado da
borracha ligou-se ao campo do trabalho e no Sul vinculou-se ao da produção.
c) o Norte do Brasil percebe a goma elástica de
maneira mais ampla e correta, pois, distinguindo-se do resto do Brasil, os
nortistas conhecem o processo de produção e trabalho com o látex,
diferentemente do que ocorre com os nordestinos e sulistas.
d) o Centro-Sul do Brasil visualiza a borracha
em seus produtos como os pneus; já o povo do Norte e Centro-Oeste percebem o
produto em todo o seu processo produtivo, desde a extração do látex até a sua
produção e comercialização.
e) o Centro-Sul do Brasil é o reduto da
produção e do trabalho com o látex, por isso o significado da palavra é mais
amplo. Já no Norte e Nordeste apenas se sabe que a borracha tem utilidades como
a fabricação do pneu, o que justifica o uso mais simplificado da palavra.
14. (PUC RS/2012) Diante das crises de superprodução cafeeira, os governos de São Paulo e
Minas Gerais intervieram no mercado com a assinatura do Convênio de Taubaté, em
1906.
Dentre as medidas estabelecidas por esse
Convênio, NÃO se pode
citar:
a) A
autorização para os bancos emitirem cédulas do Tesouro com a criação de novas
linhas de crédito.
b) A compra antecipada da safra, pelo governo,
por um preço pré-fixado.
c) O fornecimento de empréstimos, aos governos
estaduais, por bancos estrangeiros.
d) O armazenamento dos estoques e posterior
fornecimento ao mercado, de acordo com a procura.
e) O aumento dos impostos pagos pela população,
de maneira a “socializar os prejuízos”.
15. (ESPM/2013) A partir do
fim do século XIX, a cotação do café no mercado internacional havia começado a
cair, pois outros países também produziam café. O excesso de oferta do produto
derrubou os preços. Os produtores brasileiros não se conformavam com a queda na
cotação do produto. Em 1906, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio
de Janeiro reuniram-se para
tratar da situação. (Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação)
Assinale a alternativa que apresente
respectivamente o nome da reunião mencionada no texto, bem como a política dela
derivada:
a) Convênio de Taubaté – fechamento da Caixa de
Conversão;
b) Convênio
de Taubaté – compra do excedente pelo governo a fim de manter o equilíbrio
entre oferta e procura;
c) Pacto de Pedras Altas – manutenção do preço
mínimo por saca;
d) Pacto de Pedras Altas – empréstimos externos
de 15 milhões de libras;
e) Tratado de Petrópolis – queima dos estoques
excedentes.
16. (Fac. Direito de Franca SP/2013) Em suma, a Primeira Guerra Mundial aumentou
consideravelmente a procura de artigos manufaturados nacionais, mas tornou
quase impossível a ampliação da capacidade produtiva para satisfazer essa
procura. […]Poder-se-á até perguntar se a industrialização de São Paulo não se
teria processado mais depressa se não tivesse havido guerra.
A industrialização
brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 81.
O texto acima questiona uma famosa explicação
sobre a industrialização brasileira nas primeiras décadas do século XX. Tal
explicação é normalmente chamada de industrialização por
a) desenvolvimentismo.
b) aceleração do crescimento.
c) substituição
de importações.
d) impulso tecnológico-militar.
e) dependentismo.
17. (PUCCamp SP/2013) Os ciclos econômicos que ocorreram em nossa
história (do ouro, do açúcar, do café, do cacau, da borracha e outros), em suas
causas, fastígio e decadência, podem ser reconhecidos nos eventos centrais ou
na periferia das tramas e imagens da nossa literatura. Há que se reconhecer
nossa dívida para com escritores como José Lins do Rego e Jorge Amado, por
exemplo, que tramaram belas narrativas imbricadas nos antigos engenhos de
açúcar ou nos cacaueiros baianos. O valor artístico da linguagem literária não
está, obviamente, em documentar fenômenos econômicos ou eventos históricos de
qualquer natureza, mas na capacidade de potenciá-los inventivamente por meio de
uma perspectiva autoral. Realização estética e realidade transfigurada
encontram-se no caminho e instigam o leitor a avaliá-las nessa precisa
convergência. (Bernardim Quintanilha, inédito)
A exploração da seringueira, para a
fabricação da borracha, na região amazônica brasileira teve seu período
mais produtivo no final do século XIX e início do século XX. O sucesso
econômico que essa atividade obteve nessas décadas deveu-se
a) à utilização clandestina de mão de obra
escrava, a despeito da abolição já ter acontecido, uma vez que não havia
fiscalização do trabalho dos seringueiros nos rincões da Amazônia.
b) ao grande subsídio estatal concedido pelo
governo republicano aos produtores, que resultou no enriquecimento da cidade de
Manaus, visível nos vestígios de sua Belle Époque presentes em seu
patrimônio arquitetônico.
c) à
fase de expansão da indústria automobilística, que gerou uma grande demanda
pelo látex, matéria-prima essencial na fabricação de pneus e existente em abundância
nos seringais, nativos da Amazônia.
d) à instalação, pelo empresário Henry Ford, da
Fordlândia, um enorme polo agroindustrial de exploração de látex no Pará, que
transformou o Brasil no principal exportador de borracha em escala mundial.
e) ao menor preço da borracha brasileira no
mercado internacional, comparado ao da borracha produzida pelos ingleses na
Ásia, dado que favoreceu a vitória sobre a concorrência e a expansão dessa
cultura.
18. (UNIMONTES MG/2014) A “socialização das perdas”, praticada durante a República Velha,
consistia, prioritariamente, em
a) desvalorização do câmbio, visando facilitar
a aquisição de maquinários e matérias-primas essenciais à criação do parque
industrial brasileiro.
b) manipulação da atividade cambial, de modo a
proteger os gastos realizados pelo empresariado com o pagamento dos salários,
impedindo o desemprego generalizado e o caos econômico.
c) supervalorização da cotação cambial
destinada a favorecer a exportação agropecuária nacional em frente ao
protecionismo e concorrências internacionais praticadas pelos ingleses.
d) manipulação
da cotação cambial, de modo que, nos momentos de alta e baixa da atividade
econômica, se garantissem lucros aos cafeicultores, deixando à população em
geral o ônus dos impostos.
0 Comentários