1. (UDESC SC/2010) Tradicionalmente o termo República Velha foi cunhado para identificar o
período que vai de 1889 a 1930. Sobre as características deste período e outras
questões subjacentes, assinale V (verdadeiro) para as proposições verdadeiras e
F (falso) para as falsas.
(__) Os dois primeiros governos da recém
inaugurada República brasileira eram militares.
(__) Com o novo regime, surgiram divergências
tanto no meio militar quanto no civil. No meio civil, as disputas ocorriam,
sobretudo, no campo ideológico entre três correntes: liberalismo, jacobinismo e
positivismo.
(__) Pode-se afirmar que os governos do período
conhecido como República Velha implementaram medidas sociais de grande alcance,
beneficiando a sociedade brasileira como um todo e visando acabar com as
desigualdades sociais do país.
(__) O Brasil da chamada República Velha era um
país, sobretudo, rural; a agricultura permanecia como principal atividade
econômica.
(__) Durante o período denominado República Velha, paulistas e mineiros se
alternaram na Presidência da República; este revezamento ficou conhecido como
“política do café com leite”.
Assinale a alternativa que contém a sequência
correta, de cima para baixo.
a) F – V – V – F – V
b) V – V
– F – V – V
c) V – F – F – V – V
d) V – V – F – V – F
e) V – V – V – V – V
2. (UNESP SP/2010) Na Primeira República (1889-1930) houve a
reprodução de muitos aspectos da estrutura econômica e social constituída nos
séculos anteriores. Noutros termos, no final do século XIX e início do XX
conviveram, simultaneamente, transformações e permanências históricas.
(Francisco de
Oliveira. Herança econômica do Segundo Império, 1985.)
O texto sustenta
que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e
mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889
e que se estendeu até 1930, foi caracterizado
a) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de
bens duráveis e de capital.
b) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária
liderado pelos antigos monarquistas.
c) pelo poder político da
oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos primários.
d) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão
exercida pelos operários anarquistas.
e) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços
dos produtos manufaturados.
3. (ESPM/2014) Além de ser inútil, votar era muito perigoso.
Desde o império, as eleições na capital eram marcadas pela presença dos
capoeiras, contratados pelos candidatos para garantir os resultados.
(José Murilo de
Carvalho, in Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: Uma interpretação)
No Brasil a
Primeira República foi, por excelência, uma república de “coronéis”, traço
dominante da cultura política daquela época. Quanto ao coronelismo e às
eleições praticadas na Primeira República é correto afirmar que:
a) a instituição do voto secreto pela Constituição de 1891 contribuiu
para a moralização das eleições;
b) o coronelismo, fenômeno típico da urbanização, contribuiu para o
afastamento dos grandes oligarcas do processo eleitoral.
c) a mudança do império para a república produziu uma ruptura completa
quanto aos procedimentos eleitorais, com a supressão das fraudes.
d) as eleições continuaram sendo
turbulentas, a fraude era comum e se o candidato eleito fosse da oposição era
“degolado”, ou seja, não era diplomado.
e) ocorriam fraudes, a ação de jagunços era frequente, porém com a
criação da Comissão Verificadora de Poderes, em 1900, o processo eleitoral
tornou-se limpo e transparente.
4. (ESCS DF/2011) Os primeiros anos da República Brasileira
foram caracterizados pelo domínio político e econômico da elite rural,
sobretudo a paulista e a mineira, gerando um modelo oligárquico agroexportador
dependente da venda do café. A República Velha ou Primeira República
(1889/1930) teve a marca do “coronelismo”, que se evidencia no plano político
pelas seguintes práticas:
a) voto universal e democracia plena.
b) voto censitário e compra de votos.
c) voto universal e compra de votos.
d) voto censitário e democracia plena.
e) voto de cabresto e manipulação
eleitoral.
5. (IBMEC RJ/2011)
Durante a chamada
República Velha (1894-1930) ocorreu uma hegemonia política dos Estados
economicamente mais fortes e mais populosos, São Paulo e Minas Gerais. Para que
esta prática fosse viabilizada foi determinante:
a) o apoio do
s setores
militares, que baseiam nesses estados, desde os tempos da monarquia, as suas
tropas de elite;
b) a adoção do voto secreto, que contribuiu de forma decisiva para o fim
do coronelismo:
c) a entrada em vigor da Constituição de 1891, estabelecendo o Estado
Unitário, privilegiando as unidades federativas mais ricas;
d) o compromisso dos tenentes de moralizar a vida pública brasileira
combatendo práticas que beneficiavam áreas como o Nordeste, onde era maior a
corrupção;
e) a execução a partir do governo
Campos Salles da chamada “Política dos Governadores”, dificultando a ação das
forças de oposição.
6. (UESPI/2011) As oligarquias fizeram-se presentes, mesmo
com a chegada dos governos republicanos. O seu poder político era:
a) maior nos centros rurais, limitado ao Norte e ao Sudeste, onde havia
poderosos latifúndios.
b) restrito aos Estados mais agrícolas, como o Maranhão e o Piauí, e
estava em decadência em São Paulo.
c) marcante nas decisões
nacionais, influenciando a organização administrativa do país.
d) centralizador e violento, embora não tivesse presença nos centros
urbanos do Sul.
e) monopolizado por latifundiários poderosos, isolados de outros grupos
sociais.
7. (UNICAMP
SP/2011) A denominação de
república oligárquica é frequentemente atribuída aos primeiros 40 anos da
República no Brasil. Coronelismo, oligarquia e política dos governadores fazem
parte do vocabulário político necessário ao entendimento desse período.
(Adaptado de Maria
Efigênia Lage de Resende, “O processo político na Primeira República e o
liberalismo oligárquico”, em Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado
(orgs.), O tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da República à
Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 91.)
Relacionando os
termos do enunciado, a chamada “república oligárquica” pode ser explicada da
seguinte maneira:
a) Os governadores representavam as oligarquias estaduais e controlavam
as eleições, realizadas com voto aberto. Isso sustentava a República da Espada,
na qual vários coronéis governaram o país, retribuindo o apoio político dos
governadores.
b) Diante das revoltas populares do período, que ameaçavam as oligarquias
estaduais, os governadores se aliaram aos coronéis, para que chefiassem as
expedições militares contra as revoltas, garantindo a ordem, em troca de maior
poder político.
c) As oligarquias estaduais se
aliavam aos coronéis, que detinham o poder político nos municípios, e estes
fraudavam as eleições. Assim, os governadores elegiam candidatos que apoiariam
o presidente da República, e este retribuía com recursos aos estados.
d) Os governadores excluídos da política do “café com leite” se aliaram
às oligarquias nordestinas, a fim de superar São Paulo e Minas Gerais. Essas
alianças favoreceram uma série de revoltas chefiadas por coronéis, que
comandavam bandos de jagunços.
8. (PUC RS/2011) O tema do Coronelismo é retratado em obras de
escritores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Jorge Amado, que
procuraram demonstrar a dominação política do país pela oligarquia cafeeira.
Esta era composta por grandes proprietários de terras que exerciam o monopólio
do poder local. Os eleitores, ao votar de forma aberta, por meio do chamado
“voto de cabresto”, eram obrigados a eleger os candidatos indicados pelo
“coronel” e seus jagunços.
Esta realidade é
característica
a) da República Velha.
b) da Segunda República.
c) do Segundo Reinado.
d) da Era dos Extremos.
e) da Era Vargas.
9. (UFV MG/2011) A expansão da lavoura cafeeira durante o
século XIX no Brasil promoveu a formação de elites rurais ainda em um período
de transição para o regime republicano. As formas eleitorais na época foram o
sustentáculo dessa situação, chamada por alguns autores de uma “República de
Coronéis”. Com base na Constituição de 1891, tinham direito a voto os
eleitores:
I. do sexo masculino e alfabetizados.
II. com renda mínima e do sexo masculino.
III. com renda mínima e de ambos os sexos.
IV. do sexo masculino e maiores de 21 anos.
V. maiores de 18
anos e alfabetizados.
Está CORRETO o que
se afirma apenas em:
a) I e IV.
b) III e IV.
c) I e III.
d) II e V.
10. (UNIFICADO RJ/2010) “Socialmente, o coronel exerce uma série de funções que o fazem temido e
obedecido. (...) Aos agregados, ele dispensa favores, dá-lhes terras, tira-os
da cadeia e ajuda-os, quando doentes; em compensação, exige fidelidade,
serviços, permanência infinita em suas terras, participação nos grupos armados,
etc... Aos familiares e amigos, ele distribui empregos públicos, empresta
dinheiro, obtém crédito, protege-os das autoridades policiais e jurídicas,
ajuda-os a fugir dos compromissos fiscais do Estado, etc...”
CARONE, Edgard. A República Velha. SP: Difel, p 106.
Analisando o texto acima e considerando o
fenômeno político-social característico da República Velha no Brasil,
conclui-se que o coronel
a) constituiu,
através do exercício de um poder político local ilimitado, o suporte das
oligarquias que controlavam a política estadual.
b) representou a consolidação de uma economia
agroexportadora nordestina, na qual os subsídios do governo federal
beneficiavam os trabalhadores rurais do sertão semiárido.
c) foi o sustentáculo de todas as intervenções
realizadas pelo Exército na história republicana brasileira desde a ascensão e
a deposição de Vargas até o golpe militar de 1964.
d) era o grande fazendeiro cujo poder local
cresceu tanto que o governo republicano decidiu criar a Guarda Nacional para
combater esse poder paralelo.
e) foi o responsável pela reorganização
política dos anos 30 do século XX, com o objetivo de aumentar o controle sobre
a terra agricultável.
11. (UNIMONTES MG/2011) Foi na presidência de Campos Sales (1898-1902) que se consolidou o
arranjo oligárquico que viabilizou a chamada “política do café com leite”. Essa
política significou que
a) os Estados de São Paulo e Minas Gerais
monopolizaram o exercício da presidência da República.
b) apenas candidatos de Minas Gerais e de São
Paulo poderiam disputar as eleições presidenciais.
c) a união de paulistas e mineiros foi um traço
fundamental de toda a chamada Primeira República.
d) os
Estados de São Paulo e Minas Gerais passaram a ter o predomínio político na
República.
12. (FATEC SP/2012) Entre as principais características do modelo político adotado no Brasil
durante a República Velha (1889-1930), destacaram-se
a) a política do Regresso Conservador, o
militarismo e o voto censitário.
b) a “política
dos governadores”, o coronelismo e o “voto de cabresto”.
c) o “parlamentarismo às avessas”, o
clientelismo e o voto a descoberto.
d) a “política do café com leite”, o
coronelismo e o voto secreto censitário.
e) a política de valorização do café, o
populismo e o voto universal.
13. (ESPM/2012) O presidente de Minas Gerais, João Pinheiro,
ao orientar um senador de seu estado, cuja bancada no Congresso era conhecida
como “carneirada” por causa da obediência cega às determinações da cúpula do
Partido Republicano Mineiro disse:
– Não há nenhuma
dificuldade, diga sempre que é solidário com o governo. Tudo se reduz a
obedecer. Obedeça e terá politicamente acertado. Do contrário, o senhor sabe,
estou aqui com o facão na mão, para chamar à ordem aqueles que se insurgirem. A
minha missão é essa: manobrar o facão, ou em cima quando se trata da política
federal, ou em baixo, quando da estadual. O nosso meio de orientação é esse.
Portanto olho no facão, não esqueça, e boa viagem.
(P. Rache. Homens
de Minas, in: Ernesto Carone. A República Velha)
O sistema adotado
no Brasil, durante a Primeira República, a que João Pinheiro se refere ao
orientar o senador de seu estado ficou conhecido como:
a) Política dos Governadores ou
Política dos Estados.
b) Parlamentarismo às Avessas.
c) Estado Novo.
d) Populismo.
e) República da Espada.
14. (Fameca SP/2013) Em 1889, o Brasil tornou-se uma República. Na
visão de alguns ideólogos e defensores do regime republicano, esta seria uma
possibilidade de eliminar muitas desigualdades, com a ampliação do poder
popular no lugar do poder centralizado do imperador, por exemplo. Significaria
a possibilidade de os brasileiros exercerem sua cidadania, participando
diretamente da vida política.
(Roberto Catelli Jr. História em rede: conhecimentos do Brasil e do mundo, 2011.)
As práticas políticas vigentes na Primeira
República permitem afirmar corretamente que
a) o
voto aberto e as fraudes eleitorais impediram a liberdade de escolha e o pleno
exercício democrático.
b) os anseios desses ideólogos
concretizaram-se, pois houve efetiva participação do povo nas decisões
políticas.
c) o federalismo determinado pela Constituição
era apenas teórico, pois ainda predominava o centralismo do Império.
d) a extensão do direito de voto aos
analfabetos e às mulheres significou, de fato, a ampliação da cidadania.
e) as desigualdades foram, gradativamente,
eliminadas com a aprovação da reforma agrária e do voto universal.
15. (ESCS DF/2013) No Brasil, inicia-se, por volta de 1870, o plano inclinado do Império,
que chega ao fim com o golpe republicano de 15 de novembro de 1889. Logo nos
primeiros anos do regime, o senador Saldanha Marinho, expressando opinião por
muitos compartilhada, lamentou não ser aquela a República com que sonharam. A
República oligárquica perdura até 1930, quando outro golpe de Estado dá início
à Era Vargas.
Relativamente à substituição do Império pela
República e aos aspectos marcantes do novo regime, assinale a opção correta.
a) Eleições
fraudulentas, voto a descoberto e reduzido número de eleitores caracterizaram o
regime republicano, que a Revolução de 1930 buscou encerrar.
b) As crises que abalaram a Primeira República
nos anos 1920 foram essencialmente civis e, a rigor, deixaram o segmento
militar à margem.
c) A vitória militar brasileira na Guerra do
Paraguai fortaleceu as instituições monárquicas, proporcionando duas décadas a
mais de estabilidade ao Império.
d) A vigorosa participação popular a favor da
República explica a rapidez com que os acontecimentos de 15 de novembro de 1889
selaram o fim do Império.
e) Os governos dos marechais Deodoro e Floriano
representavam o ideário republicano histórico e os interesses da nova burguesia
do café.
16. (UNIFOR CE/2012) A proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil, a 15 de
Novembro de 1889, foi um movimento militar que contou com o apoio das classes
dominantes agrárias, particularmente os produtores de café. A partir deste
movimento constitui-se o que é conhecido como a Velha República (1889 – 1930).
Não faz parte das características do período:
a) A descentralização do poder político em
favor dos estados.
b) A supremacia dos estados de São Paulo e
Minas gerais na alternância do poder.
c) O dinamismo e o domínio econômico da
agricultura de exportação.
d) O crescimento industrial induzido pelo
crescimento do setor exportador.
e) A
proteção especial concedida aos produtores de cana-de-açúcar, a partir do
Convênio de Caruaru.
17. (Unifra RS/2012) A Primeira República Brasileira (1.889 – 1.930) foi instituída a partir
de um golpe de Estado de feições militares. Essa característica marcou o
período em que esta experiência de governo esteve em vigor. Nesse sentido,
pode-se considerar incorreta a
afirmação
a) Houve mudanças urbanas nas capitais, com
reformas que afetaram a arquitetura e o saneamento das cidades.
b) Um processo de modernização do Estado e da
própria sociedade foi movido pela crença da influência positiva das descobertas
científicas.
c) Greves operárias e revoltas urbanas e rurais
mostraram as contradições do momento histórico vivido.
d) Fraudes eleitorais constantes e
autoritarismo mostraram que a busca pela manutenção do poder esteve marcada
pela corrupção.
e) Apesar
dos percalços políticos, pode-se considerar um ganho para essa sociedade a
conquista do voto feminino nos anos finais dessa época.
18. (ACAFE SC/2013) Patriarcalismo, patrimonialismo e autoritarismo são três expressões que
atravessam a formação histórica do Brasil. Acerca desses fenômenos no passado e
presente do Brasil é correto afirmar, exceto:
a) O patriarcalismo, marca das relações sociais
brasileiras, se expressa numa visão conservadora e tradicional dos papéis
sociais desempenhados por homens e mulheres desde o período colonial.
Tem ampla influência na adoção de práticas
machistas nas relações de gênero no país.
b) A ideia de patrimonialismo refere-se à
atitude de parcela das elites brasileiras que julgam ser o Estado parte de seus
interesses pessoais, não separando a esfera pública da privada. Evidentemente
isso tem reflexo e impacto negativo na condução das funções do Estado, com
possíveis atos de corrupção e nepotismo.
c) O autoritarismo marcou as estruturas
políticas brasileiras desde a criação do Estado até o século XX. O atual Estado
democrático brasileiro nasceu no fim da Ditadura Militar que governou o Brasil
de 1964 até 1985.
d) O
período clássico do patrimonialismo na História Brasileira foi o da 1ª
República. Tanto a Constituição Brasileira da época, como as leis comuns,
permitiam amplamente o favorecimento de indivíduos pelo Estado. Após as
eleições, que ocorriam pelo sistema de voto censitário, o político podia usar
práticas patrimonialistas de forma legal.
19. (UNESP SP/2013) A disputa pelo Acre, entre Brasil e Bolívia, na passagem do século XIX
para o XX, envolveu
a) guerra entre os dois países, que durou mais
de dez anos e provocou a destruição de boa parte das áreas de plantio e
extrativismo na região.
b) atuação militar e política da Grã-Bretanha,
que mediou as negociações entre os países sul-americanos e estabeleceu a
hegemonia britânica na região amazônica.
c) interesses
dos dois países relacionados à exploração do látex, que atraíra grande
contingente de brasileiros para a região, na segunda metade do século XIX.
d) intervenção dos Estados Unidos, que
aproveitaram o conflito entre os países sul-americanos para assumir o controle
sobre a exploração do gás natural boliviano.
e) conflitos armados, que se alastraram por
toda a região amazônica no princípio do século XX e dos quais participaram,
também, a Colômbia e a Venezuela.
20. (UNIMONTES MG/2013) O Coronelismo é um fenômeno político brasileiro típico da República
Velha porque
a) a
base da política nacional até 1930 era representada pelo domínio dos
latifundiários sobre os grandes contingentes eleitorais do meio rural.
b) os oficiais do Exército, a partir de 1922,
começaram a fazer oposição ao governo central através dos coronéis que
comandavam tropas estaduais.
c) a Constituição de 1891 colocava nas mãos dos
produtores municipais, minifundiários, a competência para fiscalizar os atos do
regime republicano.
d) os oficiais do Exército gozavam de grande
poder e popularidade no início da vida republicana brasileira devido à
disciplina e patriotismo.
21. (ESPM/2014) A República dos Estados Unidos do Brasil e a República da Bolívia,
animadas do desejo de consolidar para sempre a sua antiga amizade, removendo
motivos de ulterior desavença, e querendo ao mesmo tempo facilitar o
desenvolvimento das suas relações de comércio e boa vizinhança convieram em
celebrar um tratado de permuta de territórios e outras compensações.
(Eugênio Vargas Garcia. Diplomacia Brasileira
e Política Externa: documentos históricos 1493-2008)
O texto pertence ao Tratado de Petrópolis
concluído em 17 de novembro de 1903. Assinale a alternativa que apresente,
respectivamente, o território adquirido pelo Brasil por permuta e uma
compensação prometida ao governo da Bolívia de acordo com o tratado.
a) Rondônia – Porto de Paranaguá.
b) Rondônia – Rodovia Transamazônica.
c) Acre
– Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
d) Acre – Rodovia Transamazônica.
e) Roraima – Estrada de Ferro Norte-Sul.
22. (Mackenzie SP/2014) Os reflexos da Primeira Guerra Mundial para economia brasileira, durante
o governo de Wenceslau Brás (1914–1918), ocasionaram
a) o aumento do déficit orçamentário, pois para
corrigir os problemas financeiros do governo anterior, Wenceslau Brás teve de
recorrer a um novo Funding Loan.
b) a
ampliação da produção industrial brasileira e a criação de novas fábricas para
suprir o mercado nacional, devido à queda das importações de produtos
industrializados estrangeiros.
c) a sensível diminuição na produção industrial
brasileira, devido à enorme evasão de mão de obra das indústrias, pois grande
contingente de operários foi enviado, como soldados, para lutar no conflito.
d) o aumento de empréstimos e investimentos em
diversos setores da nossa economia, por parte de banqueiros e industriais
estrangeiros que, temerosos dos rumos do conflito mundial, passaram a investir
no país.
e) a drástica redução dos investimentos no
setor industrial e a queda de sua produção, uma vez que o governo brasileiro
incentivou os produtores agrícolas a aumentarem suas safras a fim de abastecer
o mercado externo.
23. (UECE/2014) No Brasil, o Coronelismo, fenômeno político da Primeira República, tinha
como uma de suas principais prerrogativas a
a) limitação
do exercício da cidadania, com o voto de cabresto, que assegurava o controle do
voto.
b) autonomia política resultante da organização
da economia rural da época.
c) prática da cidadania política vinculada à
estrutura social dominante no período.
d) adoção de valores éticos para o atendimento
das demandas políticas da sociedade.
24. (Unicastelo/2014) Para a consolidação do poder das oligarquias
agrárias, capitaneadas pelos cafeicultores paulistas, sobre a República
brasileira, era necessária uma sistemática de controle. Em um Estado como o da Primeira
República, formalmente liberal, democrático e representativo, mas
essencialmente oligárquico, exclusivo, a serviço de uma pequena elite, o núcleo
de poder necessitava de uma sistemática de dominação consentânea com esse
caráter. Se havia sufrágio universal, este deveria ser burlado; se havia um
Congresso, esse devia estar ao serviço do poder executivo; se havia uma
política econômica, essa deveria ser posta ao serviço exclusivo dos setores
mais poderosos da classe dominante. (Antonio Mendes Jr. et al. Brasil História, 1983. Adaptado.)
Essa “sistemática de controle” pode ser
expressa
a) na Política do Café com Leite e na
implantação da Justiça Eleitoral.
b) na
“degola” dos candidatos oposicionistas e na Política dos Governadores.
c) no voto aberto manipulado pelos coronéis e
no centralismo político.
d) no protecionismo alfandegário e na autonomia
das assembleias estaduais.
e) na alternância de paulistas e gaúchos na
presidência e nas fraudes eleitorais.
25. (UNISC RS/2014) São características da República Velha brasileira (1889-1930):
I - O modelo econômico agroexportador.
II - O coronelismo e as fraudes eleitorais na
política.
III - A adoção de volumosa legislação trabalhista
que deu origem à CLT.
IV - Uma forte centralização política e administrativa do poder no Rio de
Janeiro, o que provocou uma série de conflitos de caráter federalista no país.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente
as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV estão
corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV estão
corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV estão
corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV estão
corretas.
26. (PUC RJ/2014) “É de lá [dos estados] que se governa a República, por cima das
multidões que tumultuam, agitadas, nas ruas da capital da União. A política dos
estados [...] é a política nacional.”
(Manoel Ferraz Campos Sales. Da propaganda à
presidência, 1908).
A partir do diagnóstico acima, o presidente
Campos Sales (1898-1902) criou a “Política dos Governadores”, esquema político
que deu ao país uma estabilidade de configuração oligárquica.
Assinale a opção que resume o funcionamento
daquela política.
a) Pela Constituição republicana de 1891, as
pessoas de baixa renda não tinham direito de voto, sendo, portanto, o congresso
nacional composto somente por membros das elites e dos sindicatos oficiais.
b) A inacessibilidade das camadas populares aos
poucos serviços públicos tornava-as dependentes dos chefes locais para o
atendimento de suas necessidades básicas, destituindo-as, na prática, da cidadania
e, portanto, do exercício do voto.
c) A Constituição de 1891 estabeleceu uma tal
superposição do executivo federal sobre todas as outras instâncias de poder que
os municípios e os estados ficaram alijados da política nacional.
d) Os executivos estaduais, apoiados pelo executivo federal, garantiam a
eleição dos candidatos oficiais graças às suas ligações com o poder local dos
“coronéis”, o que estabeleceu uma cadeia nacional de troca de favores.
e) A inexistência de uma legislação trabalhista
na Primeira República (1898-1930) afastou os trabalhadores urbanos da vida
política, entregando, dessa forma, o comando do Estado brasileiro aos grandes
empresários.
27. (PUC RJ/2014) A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, exigiu que o país
adotasse um novo texto constitucional. Sobre a nova Constituição, aprovada em
1891, podemos afirmar que
a) instituiu uma República Federativa no
Brasil, transformando as antigas províncias em Estados, mas sem conferir-lhes
grande autonomia, pois eles permaneceram dependentes do Governo Federal para
prover suas despesas administrativas.
b) estabeleceu o direito de voto para todos os cidadãos maiores de 21
anos; entretanto, o contingente de eleitores era restrito, pois estavam
excluídos os analfabetos, as mulheres e os mendigos, que constituíam a maioria
da população brasileira.
c) implementou o regime republicano, com a
eleição direta para presidente da República, para o Senado e para a Câmara
Federal, sendo que os Estados também podiam eleger seus governadores e suas
Assembleias Legislativas, mas não podiam dispor de uma constituição própria.
d) estabeleceu a separação entre o Estado e a
Igreja Católica, mas o catolicismo continuou sendo considerado a religião
oficial do país, tendo em vista o receio dos novos dirigentes republicanos de
que as religiões protestantes, introduzidas pelos imigrantes europeus,
dividissem a população brasileira.
e) aceitou a livre associação e a reunião dos
cidadãos brasileiros – exceto em casos de mobilização sediciosa –, tendo sido,
por isso, considerada uma constituição liberal; mas também mostrou seu lado
conservador ao não instituir o habeas
corpus, por julgá-lo excessivamente perigoso à ordem social.
28. (ENEM/2009) A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da
República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente,
tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede
de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de
cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral
eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto,
os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem
de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras
estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores,
fraudes na apuração dos escrutínios e violência.
Disponível em:
http:/www.histotiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008 (adaptado).
Com relação ao processo democrático do
período registrado no texto, é possível afirmar que
a) o
coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos
públicos.
b) o eleitor não podia eleger o presidente da
República.
c) o coronel aprimorou o democrático ao
instituir o voto secreto.
d) o eleitor era soberano em sua relação com o
coronel.
e) os coronéis tinham influência maior nos
centros urbanos.
29. (ENEM/2010) Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos
inimigos aplica-se a lei.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São
Paulo: Alfa Omega.
Esse discurso, típico do contexto histórico
da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade
caracterizada
a) pela força política dos burocratas do
nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para
controlar e dominar o poder nos municípios.
b) pelo controle político dos proprietários no
interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais,
enfraquecer a nascente burguesia brasileira.
c) pelo
mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes
mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos
votos.
d) pelo domínio político de grupos ligados às
velhas instituições monárquicas e que não encontraram espaço de ascensão
política na nascente república.
e) pela aliança política firmada entre as
oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no
poder federal de presidentes originários dessas regiões.
30. (ENEM/2011) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo
jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador
rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No
plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de
cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto.
São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
O coronelismo, fenômeno político da Primeira
República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o
controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse
período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
a) igualitária, com um nível satisfatório de
distribuição da renda.
b) estagnada, com uma relativa harmonia entre
as classes.
c) tradicional, com a manutenção da escravidão
nos engenhos como forma produtiva típica.
d) ditatorial, perturbada por um constante
clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
e) agrária,
marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.
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