A poluição das águas no Brasil
Todos os ecossistemas naturais têm uma capacidade própria de decompor
até um certo limite a matéria orgânica gerada pelas atividades humanas. O problema
começa a existir quando a entrada de efluentes orgânicos passa a ser maior que
a capacidade que os ecossistemas aquáticos possuem para degradá-los, causando
profundas e negativas transformações nesses ambientes.
As águas superficiais são em grande parte poluídas por causa de esgotos
não tratados e lixos que são jogados todos os dias em seus leitos, ficando a
água em alguns casos tão contaminada que não serve nem para ser tratada
novamente.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE (2008),
apenas 55% dos municípios brasileiros possuem sistema de coleta de esgotos,
sendo o maior número de municípios localizados na região Sudeste (95%) e o
menor, na região Norte (13%). Já em relação ao tratamento dos esgotos
domésticos, a situação é ainda pior: apenas 27% dos municípios brasileiros
tratam seus esgotos, a maior parte destes municípios está situada na região
Sudeste do país (47%) e a menor, na região Norte (8%).
O lançamento de esgotos e lixos na água eleva a poluição dos corpos
d’água devido ao aumento da quantidade de nutrientes provenientes de materiais
orgânicos. Este processo é chamado de eutrofização. As águas utilizadas na
irrigação de plantações das fazendas, quando arrastam adubos e pesticidas para
os corpos d’água mais próximos do local de aplicação, também pode contribuir
para a eutrofização. Na eutrofização a água fica turva e a quantidade de
oxigênio dissolvido na água diminui bastante, o que leva à morte de espécies
animais e vegetais.
Fonte: A poluição das águas e as cianobactérias. / Eduardo José Alécio
de Oliveira, Renato José Reis Molica. – Recife : IFPE, 2017.
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