Postagens recentes

10/recent/ticker-posts

QUESTÕES SOBRE ANTIGO EGITO II



1. (UFCG PB/2009) O Rio Nilo favoreceu a construção da identidade territorial do Egito. Tanto a agricultura quanto a navegação foram fundamentais para o desenvolvimento econômico dessa “civilização” antiga.
Sobre as suas relações com a sociedade no Egito Antigo, é correto afirmar que o Rio Nilo:
I. Representou um espaço de instabilidade econômica para o Egito, pois as suas cheias anualmente destruíam as colheitas e provocavam calamidades econômicas.
II. Favoreceu o desenvolvimento de técnicas de identificação das estações climáticas, dividindo o ano em três grandes estações.
III. Permitiu ao povo hebreu fazer as tendas às suas margens durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto.
IV. Contribuiu para garantir a identidade político-territorial e o domínio simbólico dos faraós.
V. Permitiu as navegações a remo e a vela, as quais eram aperfeiçoadas continuamente.
Estão corretas:
a) I e III.
b) II, IV e V.
c) IV e V.
d) III e IV.
e) I, II e V.


2. (UFRN/2010) Com a formação do Estado, no Egito Antigo,
“O faraó passou a concentrar todos os poderes em suas mãos, sendo cada vez mais considerado um deus vivo. Boa parte das terras passou a ser controlada por ele, a quem a população deveria pagar tributos e servir, por meio de trabalho compulsório. A personificação do Estado na figura do faraó e a sua identificação com um deus, permite-nos, portanto, falar em uma monarquia teocrática no Egito Antigo.” VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio: história geral e do Brasil: volume único. São Paulo: Scipione, 2001. p. 40.
Muitos Estados nacionais, no mundo contemporâneo ocidental, orientam-se pelo ideário laico e liberal-democrático, diferentemente do Estado organizado no antigo Egito, no qual predominava
a) o caráter autocrático, fundamentado na Teoria do Direito Divino dos Reis, formulada pelos pensadores Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
b) a vinculação entre religião e política, que norteou a organização do antigo Estado, originado com a unidade entre o Alto e o Baixo Egito.
c) o papel desempenhado pelos sacerdotes na construção de uma proposta política que contemplasse os interesses dos camponeses.
d) a organização de uma diarquia teocrática, segundo os princípios propostos por Amenófis IV, quando da implantação da reforma religiosa.


3. (UFTM MG/2011) A irrigação não pode ser vista como a causa do surgimento do Estado centralizado e da civilização egípcia: pelo contrário, um sistema centralizado de obras hidráulicas para a agricultura irrigada surgiu como resultado tardio de um Estado forte.
(Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982.)
A partir do texto conclui-se que, no Egito Antigo,
a) as cheias do Nilo, irregulares e responsáveis por inundações que destruíam tudo o que havia nas margens, não favoreceram o processo de sedentarização.
b) o poder do Faraó era simbólico, uma vez que o soberano não dispunha de exércitos nem de burocracia para fazer valer sua vontade.
c) a concentração do poder nas mãos de uma dinastia centralizadora não pode ser explicada a partir das necessidades agrícolas.
d) dependia-se do comércio externo para alimentar a população, uma vez que a produção agrícola era muito limitada.
e) o sistema político em vigor resultava de necessidades impostas pelas características geográficas da região.


4. (UFTM MG/2011) (...) um dos traços mais visíveis da economia egípcia antiga era, sem dúvida, o estatismo faraônico: a quase totalidade da vida econômica passava pelo faraó e seus funcionários, ou pelos templos. Estes últimos devem ser considerados parte integrante do Estado, mesmo se, em certas ocasiões, houve atritos entre a realeza e a hierarquia sacerdotal (...). As atividades produtivas e comerciais, mesmo quando não integravam os numerosos monopólios estatais, eram estritamente controladas, regulamentadas e taxadas pela burocracia governamental.
(Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982. Adaptado.)
A partir do texto, conclui-se que, no antigo Egito,
a) a economia era ineficiente, pois funcionários corruptos exploravam os camponeses e desviavam os impostos devidos ao Estado.
b) as constantes disputas entre a burocracia estatal e os sacerdotes levaram à separação entre o poder político e religioso, o que comprometeu o poder do faraó.
c) o domínio do poder público sobre a sociedade inibiu o surgimento de iniciativas privadas, capazes de racionalizar a produção e evitar o desperdício.
d) a cobrança de impostos constituía-se na principal atividade do Estado, que não dispunha de exércitos organizados para enfrentar inimigos externos.
e) a organização da economia garantia ao estado o controle dos excedentes de produção, que se constituíam em importante fator de poder político.


5. (UNCISAL AL/2011) No Egito Antigo, a mumificação do corpo de um morto era uma arte. O corpo passava por várias fases. Uma delas era a dessecação; para tanto, o cadáver era coberto com natrão e estendido sobre uma mesa por quarenta dias, onde perdia 75% de seu peso.
Para os egípcios, a mumificação relacionava-se à crença de que
a) o corpo que se deteriorasse após a morte estava condenado à separação do deus Anúbis.
b) os sacerdotes e o faraó somente abençoavam os corpos que se encontravam conservados.
c) a manutenção do corpo perfeito, mesmo sem vida, era necessária para a prática diária do culto aos mortos.
d) a vida perpétua era real e os corpos tinham de ser preservados para o seu reencontro pela alma.
e) o tratamento do corpo do morto garantiria sua salvação e o encontro com Rá, o deus-sol.


6. (UECE/2012) Segundo o historiador grego Heródoto, os egípcios, dentre todos os povos da Antiguidade, eram os mais religiosos. Efetivamente a vida religiosa que se desenvolveu no Egito foi extremamente rica e articulada. A característica fundamental da religiosidade egípcia era o culto
a) a divindades antropoformes.
b) a divindades zoomorfas, cuja divindade principal é Rá.
c) dedicado aos heróis caçadores representados na forma de animais.
d) dedicado exclusivamente ao deus Rá, o sol.


7. (UECE/2013) A sociedade egípcia estruturava-se em um sistema hierárquico. A pirâmide, imagem típica da arquitetura do Egito, representa simbolicamente a organização social, com os escravos na base, seguidos, em ordem crescente, pelos mercadores e artesãos, militares, burocratas, sacerdotes, culminando com o faraó no topo.
Assinale a opção que corresponde a uma função (ou a funções) dos escribas nessa sociedade.
a) Além de dirigir a vida religiosa, guardar o conhecimento científico.
b) Aconselhar o faraó, por isso recebiam também o nome de vizir.
c) Organizar e gerir os ofícios públicos, núcleo fundamental da burocracia.
d) Coletar o papiro e decorar as tumbas reais ou privadas.


8. (UEPA/2013) No Antigo Egito, as crenças religiosas estavam na base de manifestações culturais como a arte, a medicina, a astronomia, a literatura e o próprio governo. Por isso, deve-se considerar que para além do desenvolvimento das técnicas de embalsamamento dos corpos, o processo de mumificação indicava:
a) o respeito à memória dos mortos que tinham seus corpos mumificados com vistas à perpetuação das tradições da linhagem familiar a que o morto pertencia.
b) a veneração dos mortos como princípio da religião egípcia que era politeísta e, portanto, concebia em seu panteão a existência de semideuses.
c) a crença na vida após a morte, pressupondo que o corpo do morto deveria ser preservado para retorno do espírito que o faria renascer para a nova vida.
d) o ritual de passagem dos mortos que eram julgados pelos sacerdotes e considerados dignos de terem seus corpos preservados para o dia da ressurreição dos mortos. e a crença na proteção dos templos através da presença e exposição pública dos corpos embalsamados dos antigos faraós e de seus guerreiros.


9. (UEPA/2014) Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:
a) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.
b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.
c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.
d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.
e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.


10. (IFGO/2014) Leia o fragmento a seguir:
“Ó senhor de todos! Rei de todas as casas. Nas regiões mais distantes, fazes o Nilo celeste para que desça como chuva e açoite as montanhas, como um mar para regar os campos e jardins estranhos. Acima de tudo, porém, fazes o Nilo do Egito que emana do fundo da terra. E assim, com os teus raios, cuidas de nossas hortas. Nossas colheitas crescem; e crescem por ti. Tu estás em meu coração. Eu te conheço, sou teu filho, Aquenaton. Tu me revelaste os teus planos e o teu poder.”
Hino a Aton. [Adaptado]
O fragmento acima foi extraído do Hino a Aton, obra do Faraó Aquenaton. Durante o exercício de seu poder, Aquenaton promoveu a substituição do politeísmo pelo monoteísmo solar. Essa reforma religiosa apresentou Aton como o Sol, sendo, por isso, representado pelo disco solar. A respeito desse Faraó egípcio e a importância do Rio Nilo para essa sociedade, é correto afirmar que
a) embora a sociedade egípcia tenha se desenvolvido às margens do Rio Nilo, não se pode superdimensionar a sua importância para a organização dessa civilização da antiguidade oriental.
b) o trecho retirado do Hino a Aton referência o período do poder do Faraó Aquenaton que não foi apenas uma exceção do ponto de vista religioso, mas também do ponto de vista político, com a interrupção do poder despótico.
c) o hino em questão demonstra o culto ao Sol como deus principal, ao mesmo tempo em que legitima o poder do Faraó Aquenaton ao apresentá-lo como o eleito, o favorito, o filho de Aton.
d) a construção de reservatórios de água, drenagem dos pântanos e de canais de irrigação aperfeiçoaram os métodos de cultivo no Egito sem, com isto, caracterizar a domesticação do Rio Nilo.
e) entendido pela sociedade egípcia como vital à sua existência, o aproveitamento das águas restringiu-se à atividade agrícola e à criação e domesticação de animais, as quais não avançaram os limites dos leitos do rio Nilo.


11. (UERN/2012) “Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários â agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o trigo (para fazer o pão), a cevada (para fazer cerveja) e o linho (para fazer tecido). Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva (para fazer o vinho) e frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e, posteriormente, cavalos. Para a maioria da população, a carne era um alimento de luxo – os mais pobres só a consumiam em ocasiões especiais. As atividades agropastoris eram complementadas pela pesca (no Nilo, nos pântanos e nos canais) e, também, pela caça. Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte da colheita e do rebanho, como forma de tributo, aos moradores do palácio do faraó e aos sacerdotes dos templos. Nos períodos em que diminuíam os trabalhos no campo (época das cheias), eram, muitas vezes, convocados a trabalhar compulsoriamente em obras como, por exemplo, construção de palácios, templos, pirâmides, etc.” (Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p 51)
O Egito foi uma das primeiras civilizações que existiu, tendo sido responsável pelo desenvolvimento de várias técnicas, como nas áreas da medicina e da arquitetura, entre outras. A citação se refere ao modo de vida do camponês egípcio. A partir dela, pode-se afirmar que

a) a vida do camponês egípcio demonstra que viviam em uma sociedade nômade.
b) o Egito foi uma civilização sem, necessariamente, uma hierarquia social.
c) a sociedade egípcia era extremamente desenvolvida, devido, principalmente, à produção de tecidos que eram amplamente comercializados.
d) descreve um modo de vida camponês em uma civilização que possui estado forte e centralizado.


12. (UFT TO/2014) A construção das pirâmides do Egito antigo ainda está envolta em mistérios e curiosidades, sendo fonte de estudos na História, na Engenharia, na Matemática e na Arte.
O processo de construção das pirâmides caracteriza-se pela:
a) despreocupação em edificar um templo duradouro.
b) arquitetura dissociada de funções de ordem funerária.
c) aplicação de diversos materiais como a madeira e o estanho.
d) grandiosidade em suas dimensões e em uma estrutura sólida.
e) utilização de tijolos de argila na edificação de suas paredes internas.


13. (UESPI/2014) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque:
a) se opunham ao politeísmo dominante na época.
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio.
c) depois da morte, a alma podia voltar ao corpo mumificado.
d) acreditavam que a preservação do corpo de um faraó poderia torna-lo mais rico e poderoso que os outros faraós do Egito.
e) os camponeses constituíam categoria social inferior.


14. (ENEM/2009) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo.
O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois
a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.
c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.
d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.


15. (UEPA/2015) O politeísmo presente na cosmologia religiosa do antigo Egito resultou da combinação de divindades cultuadas nos vários nomos (comunidades camponesas) submetidos à autoridade do Faraó desde o Antigo Império. A organização e a hierarquia do panteão de divindades egípcias foram abaladas ao longo da sucessão de faraós em função da(s):
a) disputas políticas entre o faraó e a classe sacerdotal, elite controladora dos templos e da administração burocrática do Império.
b) divergências religiosas entre os nomos, fator permanente de instabilidade política e religiosa do Império.
c) constantes invasões de povos estrangeiros no Egito como hicsos e assírios, que impuseram suas crenças religiosas às populações nativas.
d) disparidade entre a religião dos nobres, antropomórfica, e as crenças zoomórficas dos camponeses.
e) penetração do monoteísmo hebreu no Egito, quando do estabelecimento de sua condição de servos do estado no século XIII a.C.



Postar um comentário

0 Comentários