1. (FATEC SP) Sócrates, grande filósofo grego, formou numerosos discípulos, que
seguiram diferentes caminhos para buscar o conhecimento real.
A grande preocupação socrática era:
a) interpretar o mundo como sendo espiritual e
organizado segundo uma moral baseada em verdadeiros conceitos imutáveis.
b) compreender as causas primeiras e os fins
últimos de todas as coisas, pois só se pode dizer que se conhece alguma coisa
quando se conhece sua causa primeira.
c) o
autoconhecimento que poderia ser obtido por meio da ironia e da maiêutica,
métodos que consistiam em fazer indagação, fingindo ignorância, para despertar
no interlocutor o conhecimento latente.
d) fazer um estudo crítico da História,
comparando a História Grega com a dos povos orientais, a fim de mostrar que o
mundo era mais amplo do que se imaginava.
e) mostrar que todo o conhecimento era obtido
por intermédio dos sentidos humanos e que, por esses serem falhos, era relativo
e limitado.
2. (UESPI) “De tal modo nossa cidade se distanciou dos outros homens, no que toca
ao pensamento e à palavra, que os seus alunos se tornaram mestres dos outros, e
o nome de Gregos já não parece ser usado para designar uma raça, mas uma
mentalidade, e chamam-se Helenos mais os que participam na nossa cultura do que
os que ascendem a uma origem comum.
(Apud Figueira, Divalte G. História. São
Paulo: Ática, 2000. p. 53).
Pensando o conjunto do legado cultural da
Antiguidade Clássica ao ocidente, a leitura desse trecho atribuído a Sócrates,
permite afirmar acertadamente o seguinte, EXCETO:
a) Os
gregos transformaram-se de tribo nômade em nação sedentarizada.
b) O ser grego ou heleno é como ser sinônimo de
uma certa forma de pensar.
c) A cultura filosófica grega fixou e
desenvolveu suas raízes de tal maneira e perenidade que no ocidente dos séculos
seguintes essa herança se tornou fundamental.
d) A invenção da cidade grega é, em certo
sentido, a invenção da própria ideia contemporânea de república e de democracia.
e) A força e transcendência das ideias
sistematizadas pelos gregos antigos era percebida por eles próprios em face do
mundo então conhecido.
3. (Fac.
Cultura Inglesa SP) Sócrates foi julgado e condenado à morte pelo
tribunal da cidade de Atenas por volta do ano de 399 a.C. O filósofo fez a sua
defesa no tribunal ateniense, procurando refutar seus acusadores:
Cidadãos atenienses, eu vos respeito e vos
amo, mas enquanto eu respirar e estiver na posse de minhas faculdades, não deixarei
de filosofar e de vos exortar ou de instruir cada um, dizendo-lhe, como é meu
costume: – Ótimo homem, tu que és cidadão de Atenas, da cidade maior e mais
famosa pelo saber e pelo poder, não te envergonhas de fazer caso das riquezas,
para guardares quanto mais puderes e da glória e das honrarias, e de não fazer
caso da sabedoria, da verdade e da alma?
(Platão. Apologia de Sócrates, 1969.
Adaptado.)
O sentido que Sócrates dava à razão pode ser
relacionado, no aspecto político, com a implantação, em Atenas, da
a) Oligarquia.
b) Teocracia.
c) Tirania.
d) Democracia.
e) Talassocracia.
4. (UFPE) Os gregos construíram reflexões importantes para a formação do
pensamento ocidental, contribuindo para compreender o mundo e a sua
complexidade.
Sócrates, um dos seus filósofos mais
conhecidos:
a) defendeu a existência da democracia e a
organização de uma Assembleia Popular para definir o governo ateniense.
b) polemizou com os filósofos sofistas que
defendiam princípios religiosos diferentes dos princípios gregos.
c) teve
muitas das suas teorias incorporadas ao pensamento idealista de Platão, outro grande pensador grego.
d) foi contra as reformas políticas defendidas
por Aristóteles, pois era favorável à existência de um governo democrático.
e) propagou a necessidade do fortalecimento
militar de Atenas, para evitar os ataques dos inimigos asiáticos.
5. (UEG GO) A Grécia foi o berço da filosofia, destacando-se pela presença dos
filósofos que pensaram o mundo em que viveram utilizando a ferramenta da razão.
O período da história grega e o filósofo que afirmou que “só sei que nada sei”
foram respectivamente o
a) período pós-clássico e Sócrates.
b) período helenístico e Platão.
c) período
clássico e Sócrates.
d) período clássico e Platão.
6. (UEG GO) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo
período, os teatros estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez
mais a atenção. Outro aspecto importante da civilização grega da época eram os
discursos proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses
pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso,
alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso
favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da
oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em
troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são
conhecidos como
a) maniqueistas.
b) hedonistas.
c) epicuristas.
d) sofistas.
7. (Mackenzie
SP) “Ele supõe saber alguma coisa e não sabe,
enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais
sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei.”
Sócrates, 469-399 a. C.
O filósofo grego Sócrates, nascido em Atenas,
por ensinar seus discípulos a se libertar do orgulho e da pretensão de que
sabiam algo e que, somente ao se libertarem dessa postura prepotente poderiam
iniciar a construção de suas próprias ideias, foi considerado subversivo pelo
governo ateniense. Para o filósofo, não importava a condição socioeconômica de
seus discípulos e, sim, suas qualidades interiores. Acusado de corromper a
juventude, foi condenado a tomar cicuta (veneno). Suas ideias contrariavam os
valores dominantes da sociedade ateniense da época, porque
a) permitiriam que todo grego pudesse ser
considerado “heleno”, pois participaria do processo de educação e cultura grega
e, não mais, apenas os atenienses.
b) Atenas, considerada a “educadora da Hélade”,
não seria mais a única cidade-estado grega a monopolizar o direito à educação,
podendo tal direito ser exercido por qualquer outra pólis.
c) para
a democracia ateniense, a maioria da população (composta de escravos, mulheres
e estrangeiros) não tinha direito de cidadania e, portanto, não deveria
participar das decisões políticas.
d) não respeitavam os valores religiosos
atenienses, influenciando seus jovens discípulos a não se submeterem a nenhuma
imposição ou princípio religioso, pois seria prejudicial à sua formação
acadêmica.
e) o regime democrático ateniense nunca
incentivou o desenvolvimento intelectual de seus cidadãos, por considerar que
os valores tradicionais deveriam ser respeitados e preservados.
8. (UNICAMP
SP) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense
que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei
que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma
resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar
artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se
diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida
para a Filosofia, pois
a) aquele
que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da
cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir
os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e
a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos
rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e
permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas
abstratas.
9. (Fac.
Cultura Inglesa SP) Procurei demonstrar-lhe que ele parecia sábio
sem o ser. [...] Então, pus-me a considerar, de mim para mim, que eu sou mais
sábio do que esse homem, pois que, ao contrário, nenhum de nós sabe nada de
belo e de bom, mas aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la,
enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber. Parece, pois,
que eu seja mais sábio do que ele, nisso – ainda que seja pouca coisa: não
acredito saber aquilo que não sei.
(Platão. Apologia de Sócrates, 1969.)
A Apologia de Sócrates trata da resposta de
Sócrates aos seus acusadores no tribunal da cidade de Atenas. No excerto,
Sócrates, referindo-se ao diálogo que teve com um indivíduo que se considerava
sábio, definiu a filosofia como
a) saber absoluto sobre o mundo terrestre e
celestial.
b) definição de beleza artística e de ações
virtuosas dos homens.
c) crítica das imperfeições políticas dos
regimes das cidades gregas.
d) consciência
dos limites do saber humano.
e) comprovação racional da existência dos
deuses da cidade.
10. (UDESC SC)
Os gregos da antiguidade clássica
desenvolveram métodos de explicação do mundo, observando o que acontecia à sua
volta, para depois buscar explicações racionais e lógicas para o que haviam
percebido. Esse método recebeu o nome de filosofia.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa
incorreta.
a) Na fase socrática, os filósofos passaram a
se preocupar também com os problemas relacionados com o indivíduo e com a
organização da humanidade.
b) O surgimento da filosofia fez nascer uma das
grandes criações do pensamento humano, base das ciências modernas.
c) A preocupação dos primeiros filósofos era
principalmente com a origem do mundo e da natureza.
d) A
obra mais famosa de Sócrates, A República, defende uma forma de governo para a
sociedade; para o filósofo, governar deveria visar ao bem comum e não aos
interesses particulares.
e) No final do século V a.C., com o
desenvolvimento da democracia ateniense, a filosofia grega inicia uma segunda
fase, conhecida como socrática, cujo principal filósofo foi Sócrates.
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