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QUESTÕES SOBRE A CAVALARIA MEDIEVAL




1. (FUVEST SP/2001) "...o desejo de dar uma forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da arte e da literatura; desenvolve-se também na própria vida: nas conversas da corte, nos jogos, nos desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os motivos e as formas, a literatura, afinal, não faz mais do que copiar a vida."
(Johan Huizinga, O Declínio da Idade Média).
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi exercida principalmente pela:
a) vassalagem
b) guilda
c) cavalaria
d) comuna
e) monarquia


2. (UFMA/2009) “Perante a assembleia atenta, o rei de França, Felipe Augusto, voltou-se para um amigo barão: ‘– Ouviste o que me disseram? – O que lhe disseram, Alteza? – Por minha fé, vieram-me dizer que Guilherme Marechal está enterrado... Em nosso tempo não houve em lugar algum melhor cavaleiro. – O que dizes? – Afirmo que jamais conheci melhor cavaleiro que ele em toda a minha vida’... Escorada nas proezas, sustentada de um lado pela lealdade, de outro pela prudência, aqui temos a cavalaria, a mais exaltada ordem que Deus criou. Nesse tribunal de valor e valentia reunido em torno do rei, primeiro lugar tenente de Deus na terra, Guilherme Marechal, mais valoroso, mais leal e mais sábio, foi assim proclamado o melhor cavaleiro do mundo”.
(Adaptado de: DUBY, Georges. Guilherme Marechal ou o melhor cavaleiro do mundo. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1987, p. 36-8).
Sobre a sociedade e a cultura da cavalaria, no Ocidente medieval, são corretas as afirmações:
I. A vassalagem era constituída por uma série de obrigações dos cavaleiros para com os senhores feudais, tais como a corveia, a talha e a homenagem.
II. Em uma sociedade militarizada, a moral da cavalaria exaltava valores como: a fidelidade ao suserano, a coragem em combate e a defesa do cristianismo.
III. As ordens de cavalaria foram fundamentais no movimento das Cruzadas, que combateu o domínio muçulmano em Jerusalém e estimulou o comercio no Mar mediterrâneo.
IV. O processo de centralização do poder, justificado pela teoria de direito divino, foi favorecido pela aliança entre a monarquia e a cavalaria.
V. A poesia épica e o trovadorismo retratavam uma sociedade feudal guerreira, a exemplo do livro Dom Quixote que exaltava os feitos heroicos dos cavaleiros.
a) II e III
b) I e II
c) I, III e V
d) II, IV e V
e) III, IV e V


3. (UFPA/2009) Sobre a Cavalaria Medieval, leia o enunciado abaixo:
“O escudeiro, antes de entrar na Ordem da Cavalaria durante a Idade Média europeia, deve confessar-se das faltas que cometeu contra Deus (...)”.
(Libro de la Orden de Caballeria apud PEDRERO-SANCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: UNESP, 2000. p. 102)
Sobre esse primeiro “mandamento” que regia o ingresso do jovem na Cavalaria, é importante observar que a
a) estrutura original da Cavalaria era de natureza guerreira e religiosa, demasiado próxima das ordens monástico-religiosas, o que ameaçava o poder terrenal da nobreza e a unidade espiritual e física da instituição.
b) obrigação para com os preceitos religiosos forjou nos cavaleiros uma moral militar que se sobrepunha à defesa de Deus, da Igreja e da nobreza, quebrando a unidade da Cristandade consolidada desde os tempos imperiais de Roma.
c) Igreja gerou no seio da Cavalaria um sentimento de fraternidade militar, despojando-a de seu papel guerreiro, visando apenas ao combate àqueles que não seguissem os ensinamentos evangélicos, conforme determinavam os príncipes.
d) religiosidade dos cavaleiros determinará o fim da prática dos torneios e das guerras justas, sendo a Cavalaria mais tarde absorvida pelos Estados Absolutistas, servindo apenas para o aparato das cortes reais europeias.
e) Igreja teve um papel fundamental em relação à Cavalaria, incutindo a fé e cristianizando-lhe os rituais, tanto que na oração da Investidura era pedido a Deus que abençoasse a espada do Cavaleiro para que ele pudesse defender a Igreja, as viúvas, os órfãos e todos os servidores de Deus.


4. (UFRR/2007) O cavaleiro europeu ganhou força no início da Idade Média, sendo protegido por um elmo de ferro e uma cota de malha, feita de elos de ferro interligados. Esse texto reflete a força irresistível representada por um cavaleiro e seu cavalo, tais como:
a) A utilização constante do ferro na armadura representava o único produto da engenharia militar de proteção do cavaleiro contra armamento de fogo.
b) Algumas das principais partes das armaduras do cavalo e do cavaleiro, como o peitoral, por exemplo, chegavam a pesar 150 quilos.
c) Um cavaleiro totalmente armado não era capaz de montar seu cavalo sem ajuda do auxiliar denominado armeiro.
d) O conjunto completo de armadura para o cavalo era feito de elos de ferro interligados para facilitar o galope e a elegância artística.
e) Muitos cavaleiros iam para a luta portando uma armadura composta por duzentas peças, que o protegia contra espadas, lanças, flechas e balistas.


5. (UNESP SP/2012) (...) o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas obrigações.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre outros aspectos de sua formação e conduta,
a) mantinham-se fieis aos comerciantes das cidades, a quem deviam proteger e defender na vida cotidiana e em caso de guerra.
b) privilegiavam, na sua formação, os aspectos religiosos, em detrimento da preparação e dos exercícios militares.
c) valorizavam os torneios, pois neles mostravam seus talentos e sua força, ganhando prestígio e poder no mundo medieval.
d) agiam apenas de forma individual, realizando constantes disputas e combates entre si.
e) definiam-se como uma ordem particular dentro da rígida estrutura feudal, mas mantinham vínculos profundos com a Igreja.


6. (UNESP SP/2014) O cavaleiro é um dos principais personagens nas narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse cavaleiro é principalmente um
a) camponês, que usa sua montaria no trabalho cotidiano e participa de combates e guerras.
b) nobre, que conta com equipamentos adequados à montaria e participa de treinamentos militares, torneios e jogos.
c) camponês, que consegue obter ascensão social por meio da demonstração de coragem e valentia nas guerras.
d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a preparação militar para as Cruzadas contra os mouros.
e) nobre, que conquista novas terras por meio de sua ação em torneios e jogos contra outros nobres.

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