1. (UNIUBE MG/2003) A formação social que
predominou na Europa, como resultado do esfacelamento do antigo Império Romano
do Ocidente a partir do século IV, estendendo-se até o século X, foi chamada de
feudalismo.
A esse
respeito, assinale a alternativa correta.
a) Os servos
estavam submetidos a um conjunto de obrigações que incluía a prestação de
serviços gratuitos nas terras do senhor; esses não recebiam salários e deviam
entregar, ao senhor, o excedente do que produziam com seu trabalho.
b) A servidão implicava
em uma relação de dominação de senhores sobre servos, mas nela se admitia a
liberdade dos pequenos arrendatários de escolher para quem trabalhariam; além
de lhes possibilitar a mudança de condição social por meio do acúmulo da
produção.
c) Naquele momento
histórico, o trabalho artesanal era submetido ao ritmo imposto pelos
comerciantes e donos de manufaturas, cuja renda obtida passou a ser utilizada
no pagamento de exércitos particulares de cavaleiros e no fortalecimento do
poder dos reis.
d) Os laços de suserania
e vassalagem eram contratos assinados entre os membros mais ricos da Igreja e a
nobreza feudal, nos quais os senhores comprometiam-se a proteger as terras e os
bens do clero em troca dos títulos de nobreza.
2. (UFJF MG/2004) Leia atentamente o
trecho abaixo.
“O
medieval só conhecia um modo de modificar a ordem das coisas naturais: o
milagre. A ideia de impossível não tinha lugar. Em princípio, tudo era
possível. O universo estava completamente embebido de vontade divina. Nada deixava
de ser viável, se estivesse de acordo com este fundamento que presidia o mundo
e as vidas. O universo cotidiano estava inteiramente pontilhado por milagres,
prodígios e maravilhas. Deus não era de modo algum algo remoto”.
(RODRIGUES,
José Carlos. O corpo na História. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999, p. 44.)
A
importância do aspecto religioso no modo como o homem medieval interpretava o
mundo em que vivia demonstra o poder que a Igreja Católica detinha. Esse poder
pode ser atribuído a diversos fatores, EXCETO:
a) ao crescimento do
número de fiéis, fruto de um intenso processo de evangelização de populações
que eram antes politeístas.
b) ao controle exercido
sobre a produção intelectual deixada pela antiguidade e sobre as atividades de
ensino.
c) ao papel de
Instituição, alcançado pela Igreja, ao sobreviver ao fim político e
administrativo do Império Romano do Ocidente.
d) à posição assumida pela Igreja, na defesa
das camadas mais pobres da sociedade, contra a exploração do trabalho servil.
e) ao poderio econômico
que a Igreja alcançou por meio das inúmeras doações recebidas, inclusive de
terras.
3. (UNESP SP/2005) O homem medieval não
buscava as grandes multidões urbanas, aceitava a dispersão da sociedade agrária
e procurava a união intimista com Cristo. Os mais santos procuravam a solidão,
uma vida de monakos – isolamento, em grego. O devoto abandonava as cidades para
salvar sua alma.
(Flávio
de Campos e Renan Garcia Miranda, Oficina de História: história integrada.)
Assinale
a alternativa que contém apenas características da sociedade medieval presentes
no texto.
a) Teocentrismo e ruralismo.
b) Teocentrismo e
universalismo.
c) Teocentrismo e
utopismo.
d) Antropocentrismo e
cosmopolitismo.
e) Antropocentrismo e
agrarismo.
4. (UNICAMP SP/2015) São mais ou menos
constantes as queixas dos bispos e dos clérigos sobre a manutenção das práticas
pagãs no mínimo até o século X. Um conjunto de práticas pagãs se mantém quase
intacto, sem levar em conta festas públicas pagãs como a de 1º de janeiro, que
sobreviveu durante muito tempo.
(Adaptado
de Michel Rouche, "Alta Idade Média Ocidental", em Paul Veyne (org.),
História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia
das Letras, 2009, p.504.)
Assinale
a alternativa correta.
a) A crítica à
institucionalização da Igreja, com a consolidação da hierarquia em torno do
papa e dos bispos, teve sua principal manifestação na manutenção de práticas
pagãs.
b) As práticas pagãs eram
costumes de origem popular respeitados pelas ordens religiosas, como os
beneditinos, mas criticados pelos bispos e pelo clero tradicional.
c) A diversidade de práticas religiosas era
frequente na Alta Idade Média, apesar dos esforços institucionais do alto clero
católico em combater as crenças populares e defender a unidade religiosa na
Europa.
d) A presença do
cristianismo não significou o desaparecimento de todas as práticas religiosas
consideradas pagãs, pois algumas delas foram toleradas pela Igreja, como o sabá
e as festas populares.
5. (UNIFOR CE/2003) No sistema feudal, o
regime de trabalho baseava-se em relações servis. Os servos dependiam e eram
mantidos sob a vigilância dos senhores feudais, a quem deviam prestar serviços
e cumprir determinadas obrigações.
Dentre as
obrigações impostas aos servos, encontram-se
I. a mita, um imposto
cobrado sobre o uso das terras, dos utensílios e do maquinário de propriedade
dos senhores feudais.
II. a corvéia, que
destinava alguns dias da semana para o trabalho forçado e gratuito nas terras
dos senhores feudais.
III. a talha, imposto que
deveria ser pago com uma parte da produção agrícola obtida.
IV. os dízimos, taxas pagas pelo direito à moradia
nos limites do feudo.
Está
correto SOMENTE o que se afirma em:
a) I e III
b) II e III
c) I, II e III
d) I, III e IV
e) II, III e IV
6. (UFTM MG/2004) A casa de Deus, que
cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem e
outros, enfim, trabalham.
Estas
três partes que coexistem não sofrem com a sua disjunção; os serviços prestados
por uma são a condição da obra das outras duas; e cada uma, por sua vez, se
encarrega de aliviar o todo.
(Jacques
Le Goff, A civilização do Ocidente medieval)
O texto
revela:
a) a concepção tripartite
da sociedade, que se baseava no controle da terra pelos que oram e nas
atividades produtivas pelos que combatem e trabalham.
b) a interdependência
entre suseranos e vassalos na sociedade feudal, baseada em direitos e deveres
recíprocos e hereditários.
c) o predomínio da
servidão nas relações de trabalho e da fragmentação do poder político, sob controle
dos senhores feudais.
d) a justificativa eclesiástica para a divisão
da sociedade feudal em grupos com funções definidas: clero, nobreza e
trabalhadores.
e) a superioridade dos
trabalhadores feudais, em sua maioria camponeses servos, que eram a condição da
obra dos demais.
7. (UFTM MG/2004) O costume é que o
camponês trabalhe todo o ano dois dias por semana na reserva, e três dias da
Candelária à Páscoa. (...) Desde o início das lavras até ao S. Martinho, o
camponês deve lavrar um acre semanalmente e fazer ele próprio a sementeira na
reserva senhorial. Quando o rendeiro tiver cumprido todas as tarefas,
ser-lhe-ão entregues os utensílios de que ele necessita para cultivar o seu
manso.
(George
Duby, A economia rural e a vida dos camponeses)
O texto
do historiador descreve a situação dos rendeiros, na Idade Média da Europa,
face à prestação
a) das banalidades.
b) do soldo.
c) das corveias.
d) das postagens.
e) das indulgências.
8. (FUVEST SP/2003) Perto do ano 1000,
manifestações de medo foram verificadas em todo o Ocidente, como se o fim do
milênio trouxesse consigo o fim dos tempos. Tal situação deve ser entendida
como:
a)
manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.
b) indício do crescente
analfabetismo das camadas populares e diminuição da religiosidade clerical.
c) decorrência da tomada
do Império Bizantino pelos muçulmanos do norte da África.
d) traço típico de uma
sociedade em transição que se tornava mais clerical e menos guerreira.
e) característica do
momento de centralização política e de formação das monarquias nacionais.
9. (FUVEST SP/2005) Na representação que a
sociedade feudal, da Europa Ocidental, deixou de si mesma (em textos e em
outros documentos não escritos),
a) os nobres, por
guerrearem, ocupavam o primeiro lugar na escala social.
b) as mulheres, quando
ricas, ocupavam um alto lugar na escala social.
c) os clérigos, por
orarem, ocupavam o segundo lugar na escala social.
d) os burgueses, por
viverem no ócio, ocupavam um lugar médio na escala social.
e) os camponeses, por labutarem, ocupavam o
último lugar na escala social.
10. (Mackenzie SP/2006) Compreende-se
feudalismo como um sistema de organização econômica, política e social, que
vigorou na maior parte da Europa, entre os séculos IX e XV, e que se fundou
essencialmente na propriedade da terra e nas relações de vassalagem.
Das
características apresentadas abaixo, assinale aquelas que são próprias desse
sistema.
I. Hierarquização da
sociedade em ordens ou estados: clero, nobreza e terceiro estado.
II. Grande mobilidade
social, proporcionada pelas oportunidades frequentes de enriquecimento,
sobretudo graças ao comércio.
III. Predominância do
trabalho escravo sobre o servil, e recorrência ao emprego de mão-de-obra
assalariada, nas épocas de crise.
IV. Relações
suserano-vassálicas baseadas nos juramentos de fidelidade e obediência.
V. Atividades artesanais organizadas e
regulamentadas por grêmios e corporações.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas I, IV e V.
d) Apenas III, IV e V.
e) Apenas II, III e IV.
11. (UECE/2004) Marque a opção que
contém fato(s) ocorrido(s) no processo histórico da Alta Idade Média:
a) o movimento das
cruzadas e a retomada da unidade política na Europa;
b) o fim da unidade política e o declínio das
atividades do comércio;
c) a valorização do
legado cultural greco-romano nas universidades;
d) o renascimento
comercial e urbano na maioria dos estados.
12. (UESPI/2004) A sociedade feudal
tinha uma hierarquia social rígida, onde o clero e a nobreza gozavam de privilégios
especiais. Com relação aos servos, podemos afirmar que:
a) não tinham
privilégios; tinham o status jurídico de escravos.
b) pagavam tributos
apenas às ordens religiosas mais ricas.
c) tinham liberdade para
mudar de senhor quando desejassem.
d) prestavam serviços gratuitos
aos senhores e pagos, à Igreja Católica.
e) recebiam proteção do seu senhor, em caso de
guerra.
13. (UFAC/2002) Enquanto sistema
econômico, social, político e cultural que prevaleceu na Europa, durante o
período intitulado pelos historiadores como Idade Média, o feudalismo com sua
diversificada formação, recebeu influência de vários povos, entre os quais os
romanos.
Assim,
dentre as principais influências da civilização romana, para a formação da
sociedade feudal, é possível destacar:
a) O Comitatus, as Villas
e o Colonato.
b) O Comitatus, o Direito
Consuetudinário e o Cristianismo.
c) O Cristianismo, as Villas e o Colonato.
d) O Cristianismo, o
Direito Consuetudinário e o Colonato.
e) O Cristianismo, o
Comitatus e o Colonato.
14. (UFAC/2004) Na hierárquica
sociedade feudal, além dos servos e dos senhores que predominavam enquanto
camadas (estamentos), sobre as quais incidia pouca ou nenhuma mobilidade,
fundamentalmente, na perspectiva de ascensão social, é possível, ainda,
destacar as seguintes condições sociais:
a) Alto Clero, Baixo
Clero, Homens Livres e Vilões.
b) Escravos, Vilões, Ministeriais e Clero
(alto e baixo).
c) Vilões, Servos da
Gleba, Baixo Clero e Mercadores.
d) Mercadores, Vassalos,
Vilões e Servos da Gleba.
e) Homens Livres, Servos
da Gleba, Vilões e Clero (alto e baixo).
15. (UFAM/2005) O fator básico
determinante da posição social do indivíduo na sociedade feudal era:
a) O contrato
feudo-vassálico.
b) A submissão à Igreja
Católica.
c) A propriedade ou posse da terra.
d) A origem romana ou
bárbara.
e) Estatutos de Oxfod.
16. (UFJF MG/2005) Os versos ao lado
demonstram como a sociedade feudal era estruturada a partir de relações de
dependência pessoal. Leia-os com atenção.
“Se,
o meu senhor for morto, eu quero que me matem,
Se
ele for enforcado, enforcai-me com ele,
Se
ele for posto na fogueira, quero ser queimado,
E, se ele
se afogar, lançai-me à água com ele.”
Citado em
BLOCH, M. A sociedade feudal. Lisboa: Setenta, 1989.
A
respeito desta sociedade, é INCORRETO afirmar que:
a) o soberano mantinha um
papel predominantemente simbólico, mas, na verdade, exercia o seu poder de fato
como senhor feudal de suas próprias terras.
b) os servos, que
recebiam de seus senhores os lotes de terra para produzirem, estavam, em
contrapartida, submetidos a uma série de taxas como a talha e as banalidades.
c) os suseranos e os
vassalos estavam ligados entre si por uma relação de dependência e de
obrigações mútuas a serem cumpridas.
d) os vilões,
descendentes de pequenos proprietários rurais de origem romana, dependiam da
proteção dos grandes proprietários de terra.
e) a sociedade se dividia, basicamente, em
duas ordens dependentes entre si: uma reunia os indivíduos descendentes dos
romanos e a outra os dos germânicos.
17. (PUC RS/2006) Considere as
afirmativas abaixo, sobre a estrutura política do feudalismo na Europa
Ocidental.
I. O rei, ao doar terras
a um nobre, em geral não outorgava direitos sobre a população habitante daquela
terra, que ficava submetida à justiça real.
II. O vassalo, nobre que
recebia terras de seu suserano, devia a este obrigações, tais como serviço
militar, hospedagem e contribuição para o dote e armação de seus filhos.
III. As relações de
suserania-vassalagem limitavam-se ao rei e aos nobres mais ricos do reino, não
se estabelecendo nas relações entre os nobres mais ricos e os menos poderosos.
IV. A figura do rei conservou seu caráter sagrado,
em geral confirmado pela unção recebida do Papa no ato de sua coroação.
Estão
corretas as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
18. (UFPA/2005) São Bento de Núrsia,
funda, no século VI, o Mosteiro de Monte Cassino, na Itália, que tinha como
regra “Ora et labora” (ore e trabalhe). “O ócio é inimigo da alma. Assim, os
irmãos devem estar ocupados, em tempos determinados, no trabalho manual e em
horas determinadas também, à leitura divina.”
SÃO
BENTO, citado por FROHLICH, R. Curso Básico de História da Igreja. São Paulo,
Paulinas, 1987, p.46.
As
diferentes experiências religiosas, no século VI, oriundas de um mosaico muito
variado de expressões pagãs e cristãs, anunciavam um tempo de:
a) redenção, isto porque a noção de salvação é
o elemento constitutivo da promessa do cristianismo.
b) reclusão. A
expectativa de salvação só seria dada com a negação da vida mundana onde só se
encontra a tentação.
c) abdução. Somente com a
negação do espírito se poderia alcançar a plena satisfação material por meio do
trabalho e da oração.
d) superação. A vontade
de viver todos os prazeres era acolhida nos conventos para santificar a carne.
e) segregação. A ausência
de contato entre o mundo secular e o mundo espiritual era a única garantia de
eleição ao paraíso.
19. (UFPA/2005) Leia os textos e
responda:
TEXTO 1
“Recolhamos
as excelentes palavras que pronunciaram ... Poderíamos receber dos gregos
muitas coisas que nos dão forças contra os gregos.” São João Damasceno, Da Fé
Ortodoxa, séc. VIII.
TEXTO 2
“Eu não
procuro compreender para crer, creio para compreender pois não poderia
compreender se não acreditasse.”
Santo
Anselmo, 1033-1109.
TEXTO 3
“Não
quero ser filósofo se for para me opor a Paulo, não quero Aristóteles se isso
me separar de Cristo.”
Abelardo,
1079-1142.
Os
trechos acima, retirados de obras e documentos do período medieval, nos
permitem dizer sobre o cristianismo do medievo europeu:
a) O pensamento cristão,
a partir de sua base de tradição judaica, opunha-se ao pensamento filosófico
grego da Antiguidade Clássica.
b) O cristianismo do
medievo europeu contribuiu para o obscurantismo e o empobrecimento do
conhecimento filosófico, sendo o pensamento aristotélico expurgado da filosofia
cristã, defendida por São Tomás de Aquino, conhecida como Tomismo.
c) Fazendo defesa da
supremacia da fé sobre a razão como dogma do cristianismo, a Igreja Católica,
incorporava as bases filosóficas do pensamento grego ao pensamento cristão
medieval, tal como haviam sido formuladas por Platão e Aristóteles.
d) A filosofia grega constituiu-se em
importante influência junto ao cristianismo medieval, ainda que sofrendo a
cristianização do pensamento de seus mais influentes filósofos, entre os quais
Aristóteles.
e) A recusa por parte dos
pensadores cristãos do medievo europeu em aceitar os pensamentos e as obras da
filosofia grega contribuiu para a separação da Igreja cristã do Oriente da
Igreja de Roma, haja vista a forte influência do pensamento grego junto à fé
cristã ortodoxa.
20. (UFRRJ/2005) “O sistema feudal
formou-se de maneira lenta. Suas origens estruturais encontram-se nas
sociedades romana e germânica, cuja fusão e transformação se processaram ao longo
da Alta Idade Média. Foi então que se deu a passagem do escravismo ao
feudalismo, entre os séculos IV e X.”
(Aquino,
Rubim Santos de et alli. História das sociedades: das comunidades primitivas às
sociedades medievais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980)
Assinale
a única alternativa que caracteriza corretamente o sistema feudal:
a) “Regime marcado pela
concentração de amplos poderes nas mãos de um monarca, cuja autoridade se
sustentava na pluralidade religiosa”;
b) “Sociedade escravista,
composta de duas classes essenciais: de um lado, os grandes proprietários de
terras e de escravos; de outro os escravos”;
c) “Produção econômica destinada à
subsistência, procurando-se a autossuficiência, ou seja, adaptando-se a produção
ao consumo (ou inversamente)”;
d) “Utilização constante
de máquinas e maior divisão técnica do trabalho com o consequente aumento da
produção e da produtividade”;
e) “As massas
trabalhadoras controlam os meios de produção e o poder político e econômico com
a imposição da ditadura do proletariado”.
21. (UEM PR/2006) Sobre a cultura e o
saber na Europa Ocidental durante a Idade Média, assinale o que for incorreto:
a) Naquele período,
produziu-se um tipo de conhecimento chamado de escolástico, que procurou
harmonizar a razão com a fé.
b) A Idade Média foi
fortemente influenciada pelo teocentrismo cultural, que é a subordinação do
conhecimento do mundo às leis de Deus.
c) Pensadores racionalistas como Giordano
Bruno (1548-1600), por exemplo, foram grandes defensores das explicações
religiosas medievais sobre o universo.
d) Dante Alighieri foi um
dos grandes escritores medievais. Ele escreveu a Divina Comédia, obra de ficção
na qual descreve sua própria viagem ao inferno, ao purgatório e ao paraíso.
e) A Inquisição (ou Santo
Ofício) era encarregada de reprimir, na Idade Média, qualquer desvio dos dogmas
religiosos defendidos pela Igreja Católica.
22. (UEPB/2006) A Igreja Católica teve
um papel central na sociedade medieval, tanto no plano material quanto nos domínios
espirituais. Sobre o poder da Igreja é correto afirmar:
a) A intromissão da
Igreja nos assuntos temporais despertou a fúria de vários reis que, em reação,
tentaram determinar as áreas espirituais como de influência da Igreja.
b) A autoridade do bispo
de Roma teve como base os argumentos extraídos dos Evangelhos, nos quais o
apóstolo João foi nomeado chefe fundador da Igreja.
c) A ruralização da
economia, na baixa Idade Média, deslocou a Igreja para o campo, transformando
bispos e abades em poderosos senhores feudais.
d) O domínio do
conhecimento pela Igreja permitiu que o clero alçasse cargos públicos, o que
aos poucos favoreceu o conflito com os reis.
e) O título “Papa” foi empregado pela primeira
vez por Teodósio, que oficializou o cristianismo como religião no Império
Romano.
23. (UFRN/2006) Nas regras que
orientavam a vida dos monges, São Bento (480-543), fundador do monasticismo
ocidental, prescrevia:
Ora et
labora – ora e trabalha.
O ócio é
o inimigo da alma. Assim os irmãos devem estar ocupados, em tempos determinados,
no trabalho manual, e em horas determinadas também à leitura divina. [...] Aos
irmãos doentes e de saúde frágil dar-se-á um serviço ou um trabalho apropriado,
de maneira que não fiquem ociosos.
FRÖHLICH,
Roland. Curso básico de história da Igreja. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 46.
Comparando-se
as percepções sobre o trabalho expressas no documento acima com aquelas que
eram dominantes na Grécia Antiga, é correto afirmar:
a) as concepções da regra
beneditina favoreciam a ociosidade e a guerra na sociedade cristã,
diferentemente dos ideais gregos, que incentivavam o trabalho em todas as
classes sociais.
b) os ideais
da vida monástica valorizavam o trabalho e enalteciam sua importância para a
salvação eterna, diferentemente da concepção grega, que via o trabalho como
atividade própria de seres inferiores.
c) os princípios da regra
beneditina reafirmaram os conceitos sobre o trabalho que tinham sido defendidos
na Grécia Clássica, reservando aos monges apenas o serviço divino.
d) as orientações dos monges
beneditinos perpetuaram o regime escravocrata grego, durante a Idade Média, no
Ocidente, uma vez que os religiosos deveriam dedicar-se apenas às orações.
24. (UFAM/2006) Da Sociedade Feudal europeia
é correto afirmar que
a) Possuía uma estrutura
social imóvel, não admitindo mobilidade entre as três camadas (guerreiros,
sacerdotes e trabalhadores) que a estruturavam
b) Foi marcada pela expansão dos preceitos
religiosos cristãos e pelo fortalecimento da Igreja no Ocidente
c) Foi marcada pelo total
desaparecimento das cidades e consequente concentração da população nos feudos
d) A concentração do
poder nas mãos dos senhores feudais descentralizou a estrutura de poder e
inviabilizou o surgimento de reinados e monarquias
e) A autossuficiência dos
feudos foi a principal responsável pelo desaparecimento do comércio, existindo
este apenas em escala local.
25. (UFPA/2006) “Na civilização deste
tempo [Medieval] o campo é tudo. Vastas regiões, a Inglaterra e quase toda a
Germânia, não têm uma única cidade.” (Georges Duby. Economia rural e vida no
campo no Ocidente Medieval. Lisboa: edições 70, 1987, volume 1, p. 19). Sobre o
universo do trabalho no campo no mundo feudal, é correto afirmar que
a) o camponês estava
preso ao poder político e social centralizado pelo rei, o qual, de seu castelo,
controlava, de forma absoluta, a vida e o trabalho de seus suseranos e
vassalos.
b) a servidão
atrelada à terra e aos senhores feudais decorre do enfraquecimento das cidades
pelas guerras e pelos saques que marcaram o fim do Império Romano.
c) as cidades foram
devassadas pela peste negra e os camponeses fugiram para o campo, tornando-se
servos dos senhores feudais.
d) As cidades eram
lugares perigosos e repletos de doenças e ataques, onde o comércio era
insignificante, e o campesinato numeroso e marcado pela relação escravista.
e) o camponês fugia para
as cidades medievais, para escapar do domínio dos senhores feudais, que
atacavam as cidades, fazendo-as alvo de guerra.
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