1. (Fameca SP/2012) Leia as afirmações.
I. Todos os integrantes
da sociedade feudal mantinham laços de vassalagem.
II. O ritual da concessão
do feudo ao vassalo estabelecia a posição dominante de quem concedia as terras e,
em caso de conflito, apoio de quem as recebia.
III. Entre os direitos
senhoriais, encontrava-se a obrigação dos servos de prestarem serviços no manso
senhorial.
IV. A direção militar da
sociedade medieval estava nas mãos dos nobres.
V. As terras comunais incluíam as florestas onde
ocorriam as caças como atividade de diversão e eram exercidas apenas pelos
servos.
Sobre a
sociedade feudal europeia, estão corretas as afirmações
a) I, II e III, apenas.
b) I, III e V, apenas.
c) II, III e
IV, apenas.
d) II, III, IV e V,
apenas.
e) I, II, III, IV e V.
2. (FMJ SP/2012) Sobre o sistema
feudal, assinale a alternativa que identifica, corretamente, o que era o feudo
e qual era a sua finalidade.
a) Tributo pago em
gêneros pelo uso obrigatório das instalações do senhor feudal como forno,
moinho e lagar, privando os vassalos do direito de abandonar as terras às quais
estavam presos por sua condição e nascimento.
b) Ordem ou estamento
existente nessa sociedade para restringir, de forma absoluta, qualquer tipo de
mobilidade social e determinar a condição vitalícia do indivíduo a partir de
sua origem familiar.
c) Bem material ou usufruto de um bem
material, seja terra, cargo, pensão ou direito, recebido pelo vassalo ao jurar
fidelidade a um senhor feudal e garantir-lhe auxílio militar sempre que
requisitado.
d) Parcela das terras sob
domínio de um senhor feudal, chamado vassalo, destinada ao uso exclusivo dos
camponeses em troca do pagamento de tributos e obrigações como a talha e a
corveia.
e) Imposto pago em
espécie pelos familiares e dependentes do vassalo falecido para que pudessem
permanecer no mesmo manso e continuar sob a proteção jurídica e militar do
senhor feudal.
3. (PUC SP/2012) Mergulhados numa
atmosfera social em que qualquer relação de inferior a superior reveste uma
coloração diretamente humana, essas pessoas, para com o senhor, não estão
obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços que oneram as
casas e os campos. Devem-lhe também auxílio e obediência e contam com a sua
proteção.
Marc
Bloch. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 278.
O texto
refere-se às relações
a) entre reis e súditos.
b) de servidão.
c) entre homens e
mulheres.
d) de vassalagem.
e) entre Deus e os
clérigos.
4. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) Também a medicina grega
iniciou-se com os filósofos. Mais importantes ainda foram os trabalhos de
Hipócrates de Cós, nos séculos V e IV a.C. Se esse grande médico não tivesse
contribuído com outra coisa além da refutação da explicação sobrenatural das
doenças, ainda assim mereceria ser chamado de pai da medicina. Martelava os
ouvidos de seus alunos com a doutrina de que “cada doença tem uma causa natural
e sem causas naturais nada acontece”. Além disso, lançou os fundamentos da
clínica médica. Descobriu o fenômeno da crise na moléstia e fez progredir a
prática da cirurgia.
(Edward
Burns. História da civilização ocidental, 1970. Adaptado.)
É o fogo
do mal dos ardentes que queima as populações do ano 1000. Uma doença
desconhecida que provoca um terror imenso. Mas o pior está por vir: a peste
negra devasta a Europa e ceifa um terço de sua população durante o verão de
1348. Como a Aids para alguns, essa epidemia é vivida como uma punição do
pecado. [...] Contudo, os homens desse tempo temem muito uma outra doença, a
lepra, considerada o sinal distintivo do desvio sexual. Nos corpos desses
infelizes refletir-se-ia a podridão de sua alma. Então, os leprosos são
isolados, enclausurados.
(Georges
Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1999.)
Os textos
a) apresentam explicações
místicas e sobrenaturais para as doenças, principalmente o segundo, que
atribuía suas causas à ação direta de Deus.
b) enfatizam o estudo
detalhado e o método experimental, principalmente o primeiro, que valorizava a
crença nos dogmas para explicar a origem das doenças.
c) mostram, ambos, que as
doenças eram um castigo divino aos pecados e desvios humanos, com mais ênfase
na Grécia antiga do que na Europa medieval.
d) revelam visões diferentes sobre as doenças,
pois, para o primeiro, suas causas eram naturais; para o segundo, eram
entendidas como uma punição aos pecados.
e) possuem, em comum, a
ideia de que o mundo regia-se por leis da natureza que, por sua vez, deveriam
ser sistematicamente investigadas e testadas.
5. (PUC RS/2013) O feudalismo europeu
foi resultante de uma lenta e complexa integração de estruturas sociais romanas
com estruturas dos povos conhecidos como germanos, ocorrida entre os séculos V
e IX. Uma das principais estruturas germânicas que compuseram o feudalismo foi
a) a vila, grande latifúndio
que tendia à autossuficiência econômica.
b) o colonato, sistema de
trabalho que vinculava o camponês à terra.
c) o burgo, cidade
fortificada onde se concentravam atividades artesanais.
d) o comitatus, relação de fidelidade militar
entre guerreiros e seu chefe.
e) o direito codificado,
reunião simplificada de leis escritas.
6. (UEFS BA/2013) A complexa relação
existente entre a Igreja e o poder político, na Idade Média europeia, pode ser
exemplificada pela
a) defesa da Igreja em
prol da libertação dos servos, categoria longamente explorada pelos senhores
feudais.
b) cobrança de impostos,
estabelecidos pelos senhores feudais, sobre as propriedades pertencentes à
Igreja.
c) luta dos soberanos e
cardeais contra a prática da simonia, desenvolvida pelo baixo clero, nas
paróquias europeias.
d) interferência dos senhores feudais na
escolha de autoridades eclesiásticas cujos templos, mosteiros e propriedades
ficavam localizados nos seus feudos.
e) necessidade da
aprovação da Igreja, para garantir e confirmar a coroação dos soberanos pelos
seus súditos e clientes.
7. (UEPA/2012) As relações servis de
produção, vigentes na Alta Idade Média da Europa Ocidental, implicavam um
vínculo desigual de obrigações entre senhor e servo. Apesar de vigorar um
sistema social estanque e de classes estamentais, em que as pesadas obrigações
do
trabalhador
adstrito à gleba eram previsíveis e inquestionáveis, algumas brechas de
liberdade possíveis aos servos serviam para contrabalançar o poder dos senhores
como:
a) a existência de um
laço religioso de obrigações sagradas entre senhor e servo, que impedia
qualquer tipo de excesso da parte dos primeiros no caso de punições aos
trabalhadores.
b) a elasticidade das
práticas senhoriais de patronagem e proteção necessárias para aplacar os
reclamos e as privações dos servos e de suas famílias.
c) a participação nas
guerras, ao lado dos senhores, quando os servos atuavam como guerreiros
vinculados aos senhores, e assim poderiam tomar parte na divisão das pilhagens.
d) a dependência econômica
dos senhores relativa às taxas pagas pelos servos pelo uso dos equipamentos do
feudo, as chamadas “banalidades”.
e) o cultivo ou as pastagens nas terras
comunais, quando os camponeses, livres ou servos, trabalhavam em conjunto e
realizavam festas de colheita com sentido religioso.
8. (UNESP SP/2013) “Servir” ou, como
também se dizia, “auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos tão simples que os
textos mais antigos resumiam as obrigações recíprocas do fiel armado e do seu
chefe.
(Marc
Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
O mais
importante dos deveres que, na sociedade feudal, o vassalo tinha em relação ao
seu senhor era:
a) o respeito à
hierarquia e à unicidade de homenagens, que determinava que cada vassalo só
podia ter um senhor.
b) o auxílio na guerra, participando
pessoalmente, montado e armado, nas ações militares desenvolvidas pelo senhor.
c) a proteção policial
das aldeias e cidades existentes nos arredores do castelo de seu senhor.
d) a participação nos
torneios e festejos locais, sem que o vassalo jamais levantasse suas armas
contra seu senhor.
e) a servidão,
trabalhando no cultivo das terras do senhor e pagando os tributos e encargos
que lhe eram devidos.
9. (Unicastelo/2013) Vastos territórios
pertenciam a um grande proprietário. Eles eram cultivados pelos camponeses,
mas, tendo em vista a escassez de moeda, o grande proprietário lhes concedia
terras para cultivarem. Em troca, os camponeses lhe pagavam em forma de
trabalho (corveias) e de produtos. Pouco a pouco, os camponeses tornaram-se
dependentes dos grandes proprietários. O cultivador tornava-se um servo e o
grande proprietário um senhor, ou seja, “o velho”, senior em latim.
(Lucien
Febvre e François Crouzet. Nós somos mestiços: Manual de história da
civilização francesa, 2012. Adaptado.)
O autor
refere-se no excerto ao processo de formação do
a) sistema de produção
coletivista, caracterizado pela igualdade de direitos entre proprietários e
trabalhadores.
b)
capitalismo agrário, caracterizado pela exploração da mão de obra camponesa
pelo grande capitalista.
c) mundo moderno,
caracterizado pelo deslocamento da mão de obra das atividades agrícolas para as
comerciais.
d) feudalismo na Europa ocidental,
caracterizado pelas relações diretas entre proprietários e trabalhadores.
e) modo de exploração
escravista, caracterizado pela transformação do trabalhador em mercadoria
vendável.
10. (Univag MT/2013) No início do século
XV, o duque de Berry (1340 – 1416), irmão do rei da França, encomendou a um
grupo de artistas que ilustrasse um livro, representando a vida das pessoas em
cada mês do ano.
(Irmãos
Limbourg. As riquíssimas horas do duque de Berry (1411-1416). Museu de
Chantilly, França.)
A
ilustração em questão corresponde ao mês de março e mostra com relativa
precisão a
a) organização militar da
Idade Média baseada na força da cavalaria senhorial.
b) natureza de uma
sociedade igualitária e despreocupada com a defesa militar.
c) diversidade do trabalho no campo e as
ferramentas empregadas pelos camponeses.
d) expansão da economia
do artesanato para os feudos no final da Idade Média.
e) ausência de
organização racional do trabalho produtivo na Idade Média europeia.
11. (IFGO/2013) Plebeus Coloridos
Na
cultura popular, o plebeu medieval é muitas vezes separado da nobreza pelas
cores cinza e marrom. Essa é uma escolha artística e inapta feita pelos
diretores dos filmes. É claro que os cinzas e marrons naturais da lã de ovelhas
pode ter sido a cor mais comum das pessoas pobres da Idade Média, mas isso não
é determinante para que se institua que o pobre do medievo não usasse roupas
coloridas e vivas. Na verdade, a impressão é exatamente o oposto. O fato de que
as pessoas pobres medievais também estão
representadas
na cultura popular como sujos, com lama e cinzas em seus rostos, é um
estereótipo, com pouca ou nenhuma evidência para apoiar tal tese.
Disponível
em: . Acesso em:
03 set. 2013. [Adaptado].
Assinale
a alternativa incorreta:
a) As imagens dos plebeus medievais indicam
que, durante a Idade Média, a escravidão deixou de existir por conta da
predominância do ideário cristão e da superação das relações sociais que
marcaram a Antiguidade Ocidental.
b) No quadro acima, temos
a representação de várias situações de trabalho que apontam a feição ruralizada
da economia medieval. Contudo, não podemos ignorar que as atividades comerciais
ainda fizeram parte desse período.
c) A discussão feita
sobre o vestuário medieval sugere uma ampliação das fontes no trabalho dos
historiadores que pesquisam essa época. Afinal, a reconstrução do passado não é
composta apenas pelos relatos dos textos oficiais.
d) O atual interesse
pelas imagens medievais, em um período em que a cultura visual tem forte apelo,
nos indica que os historiadores se influenciam pelo contexto do tempo em que
vivem.
e) O texto revela o
limite que as produções cinematográficas possuem na reconstituição do passado.
Logo, algumas escolhas estéticas de um filme de temática medieval podem se
afastar das informações históricas acumuladas sobre o período.
12. (IFGO/2014) A história da Europa
Ocidental foi marcada por uma lenta transição entre os séculos IV e X. O poder
político, antes centralizado sob o Império Romano, passou a ser fragmentado e a
economia tornou-se predominantemente rural, com reduzida atividade urbana e
comercial. Neste processo, o modo de produção feudal substituiu o escravismo
antigo e, a partir daí, estabeleceu novas relações de produção, baseadas na
exploração da força de trabalho servil. Nessa condição, os servos eram:
a) trabalhadores livres
nas propriedades rurais, com exceção daqueles que não possuíam terras e
prestavam serviços a alguns tipos de senhores feudais, especialmente àqueles
que também detinham o poder religioso.
b) aprisionados nas
guerras feudais, tratados como mercadorias e somente podiam ser vendidos nas
feiras realizadas nos burgos com autorização dos reis.
c) trabalhadores marcados por laços de
dependência, pois deviam obediência e obrigações aos senhores e estavam
vinculados à terra em que viviam, não podendo ser vendidos.
d) transformados em
trabalhadores assalariados, caso não cumprissem com suas obrigações e não
pagassem os tributos devidos aos seus senhores, segundo estabelecia o contrato
vassálico.
e) considerados
propriedades dos senhores feudais e poderiam ser trocados ou vendidos nos
mercados locais ou regionais, especialmente na época das Cruzadas.
13. (Mackenzie SP/2014) Aquilo que dominava a
mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de
insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida
futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o
concurso do Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão
fracas que, forçosamente, o medo vencia a esperança.
Jacques
Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.
O mundo
medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto
acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto.
a) A crise econômica decorrente do final do
Império Romano, a guerra constante, as invasões bárbaras, a baixa demográfica,
as pestes, tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de punição divina aos
pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval.
b) A peste bubônica
provocou redução drástica na demografia medieval, levando a crenças
milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida ação da
Igreja, disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradicação das
várias doenças que afetam seus fiéis.
c) O clima de insegurança
que predominou em toda a Idade Média decorreu das guerras constantes entre
nobres – suseranos – e servos – vassalos, contribuindo para a emergência de
teorias milenaristas no continente.
d) As enfermidades que
afetavam a população em geral contribuíram para a demonização de algumas
práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refeições, adquirido, por
sua vez, no contato com povos bizantinos.
e) A certeza da punição
divina a pecados cometidos pelos humanos predominava na mentalidade medieval;
por isso, nos vários séculos do período, eram constantes os autos de fé da
Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo.
14. (UEA AM/2014) Uma valorização do trabalho
vai ocorrer lentamente nos monastérios. A partir do século IX, a difusão, em
toda a cristandade, da regra de São Bento, que insiste muito na importância do
trabalho manual, representa um acontecimento muito importante para a história
do Ocidente. O monge, ele próprio trabalhando, valoriza-o, considerando o
trabalho uma forma de penitência e de oração.
(Jacques
Le Goff. Por amor às cidades, 1998.)
Conclui-se,
pela análise do excerto, que a atribuição de importância ao trabalho manual
a) foi um obstáculo à
expansão da reforma protestante na Europa.
b) surgiu por oposição ao
elogio cristão da vida dos homens pobres.
c) pode ocorrer independentemente da sua
função de acumulação de capital.
d) foi fundamental para o
aparecimento do capitalismo nos mosteiros cristãos.
e) evitou a fixação de
grandes empresas industriais nos países católicos.
15. (UEA AM/2014) A Igreja, em torno de
1030, proclamou que, segundo o plano divino, os homens dividiam-se em três
categorias: os que rezam, os que combatem, os que trabalham, e que a concórdia
reside na troca de auxílios entre eles. Os trabalhadores mantêm, com sua
atividade, os guerreiros, que os defendem, e os homens da Igreja, que os
conduzem à salvação. Assim a Igreja defendia, de maneira lúcida, o sistema
político baseado na senhoria.
(Georges
Duby. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.)
Segundo
essa definição do universo social, feita pela Igreja cristã da Idade Média, a
sociedade medieval era considerada
a) injusta e imperfeita,
na medida em que as atividades dos servos os protegiam dos riscos a que estavam
submetidos os demais grupos sociais.
b) perfeita, porque era
sustentada pelas atividades econômicas da agricultura, do comércio e da
indústria.
c) sagrada, contendo três grupos sociais que
deveriam contribuir para o congraçamento dos homens.
d)
dinâmica e mutável, na medida em que estava dividida entre três estamentos
sociais distintos e rivais.
e) guerreira, cabendo à
Igreja e aos trabalhadores rurais a participação direta nas lutas e empreitadas
militares dos cavaleiros.
16. (UEPA/2014) A ideia de Cristandade
na Alta Idade Média da Europa Ocidental supunha a união entre os povos do
continente sob a batuta do alto clero católico. Em termos práticos, esta articulação
se fundamentava:
a) na organização centralizada da
administração eclesiástica conduzida pelo alto clero, baseada nas paróquias que
dividiam o território europeu.
b) na difusão da chamada
“Idade da Fé”, que assinalou o domínio do fervor religioso católico encabeçado
por lideranças religiosas populares.
c) na interferência de
reis e nobres na administração eclesiástica, o que garantiu um pano de fundo
político ao domínio ideológico católico.
d) nas guerras entre
reinos medievais, cujas regras eram estabelecidas pelas lideranças
eclesiásticas e, por isso, não afetavam a unidade religiosa dos fiéis.
e) no controle da vida
religiosa com os mecanismos de excomunhão e batismo, o que eliminou qualquer
possibilidade de formação de movimentos heréticos.
17. (UFT TO/2013) Na origem das
instituições feudais, encontramos elementos germânicos e romanos, sendo um
elemento característico de herança germânica:
a) ruralização,
fortalecimento da vida rural e aumento das atividades comerciais urbanas.
b) colonato, sistema de
trabalho servil com produção agropastoril destinado ao consumo.
c) formariage, uso generalizado
do trabalho servil e o fortalecimento do processo de ruralização.
d) banalidade, pagamento
de taxas ao senhor pela utilização de equipamentos e instalações do senhorio.
e) benefício, os chefes militares
recompensavam seus guerreiros concedendo-lhes possessões de terra.
18. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) Em torno de 1030, os
clérigos do norte da França proclamaram que, de acordo com os desígnios
divinos, os homens estão divididos em três categorias, os que rezam, os que
combatem e os que trabalham, e que a concórdia entre eles baseia-se numa troca
mútua de serviços.
(Georges
Duby. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.)
No trecho
transcrito, o historiador Georges Duby descreve a
a) oposição da Igreja
medieval à exploração dos servos pela nobreza.
b) razão econômica da
baixa produtividade da agricultura medieval.
c) submissão dos
sacerdotes cristãos ao poderio militar dos nobres medievais.
d) divisão igualitária da
riqueza produzida pelos camponeses medievais.
e) maneira como eram justificadas as divisões
sociais na Idade Média.
19. (IFSP/2014) Em 24 de junho, dia de
São João, os camponeses de Verson (na França) colhiam os frutos dos campos de
seu senhor e os levavam ao castelo. Depois, cuidavam dos fossos e, em agosto,
faziam a colheita do trigo, também entregue ao senhor. Eles próprios não podiam
recolher o seu trigo, senão depois que o senhor tivesse tirado antecipadamente
a sua parte. No começo do inverno, trabalhavam sobre a terra senhorial para ustent-la,
passar o arado e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se
uma espécie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”. Depois, uma certa
quantidade de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do
camponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha; no
forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse o seu
pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável.
(LUCHAIRE,
La Société française au temps de Philippe Auguste. Adaptado)
O texto
nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a
alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado.
a) o servo pagava a talha
quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao castelo, cuidava dos
fossos e colhia o trigo.
b) o servo trabalhava apenas
de 24 de junho a 30 de novembro em muitas atividades: dos cuidados com os
animais ao trabalho no campo.
c) o servo trabalhava e
recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos grãos e ao forneiro pelo
pão assado.
d) o servo devia a seu senhor a corveia, a
talha e as banalidades pelo uso das instalações senhoriais bem como presentes
em datas festivas.
e) o trabalho servil era
recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos bolos, finas e gordas
galinhas.
20. (PUC SP/2014) “A Europa, como ideia
e como realidade, é uma criação medieval. Desenhada pela geografia, ela
constrói-se na história. A Idade Média assinala o momento de sua gestação e de
seu desenvolvimento.”
Daniel
Valle Ribeiro. “A Alta Idade Média e os prenúncios da ideia de Europa”, in Néri
de Barros Almeida e Marcelo Cândido da Silva (orgs.). Poder e construção social
na Idade Média. Goiânia: Editora UFG, 2011, p. 181.
A ideia
principal do texto pode ser justificada pelo fato de que, na Idade Média,
a) formou-se uma poderosa
aliança política e militar do conjunto dos países europeus, com o objetivo de
afastar, por meio das Cruzadas, os invasores árabes e macedônios de todo o
continente.
b) houve uma rejeição
profunda da tradição greco-romana pelos habitantes do continente europeu, que
aderiram maciçamente ao cristianismo e abandonaram os cultos de origem pagã.
c) completou-se a unidade
política e administrativa europeia, por meio da forte expansão franca e da
expulsão dos grupos de bárbaros procedentes do Leste do continente e da Ásia.
d) ocorreu um acelerado
processo de urbanização, que permitiu a plena integração das economias dos
Estados europeus, por meio da abertura de rotas comerciais terrestres e
marítimas.
e) constituiu-se gradualmente um espaço
político e religioso comum, capaz de articular as áreas do Mediterrâneo aos
países do centro, do Norte e do Leste do continente europeu.
21. (PUCCamp SP/2014) Considere o texto
abaixo.
A
sociedade dos fiéis forma um só corpo; mas o Estado tem três corpos: com
efeito, os nobres e os servos se regem pelo mesmo estatuto [...] uns são
guerreiros, protetores das Igrejas; são os defensores do povo, tanto dos
grandes como dos pequenos. [...] A outra classe é a dos servos: esta desgraçada
raça nada possui senão à custa de sofrimento. Dinheiro, vestuário, alimento,
tudo os servos fornecem a toda a gente; nem um homem livre poderia subsistir
sem os servos [...]
(Bispo
Adalbéron de Léon. In: BERUTTI, Flávio, apud Jaques Le Goff. A civilização do
Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, v.II, 1984. P. 45-46. Tempo &
Espaço, História. São Paulo: Saraiva, 2004. P.99)
O texto permite
afirmar que, em relação à estrutura da sociedade feudal,
a) a insegurança do homem
medieval restringia-se aos aspectos materiais e explica a submissão dos servos
aos nobres e guerreiros.
b) as relações de
dominação entre senhores e servos geravam divergências que acabavam em intensas
guerras sangrentas.
c) a rivalidade entre os
nobres e os servos contribuiu para a exclusão dos guerreiros de um estamento
socialmente privilegiado.
d) os guerreiros deviam
várias obrigações aos nobres e aos servos, que determinavam a posição de cada
indivíduo na sociedade.
e) os nobres combatiam por todos, mas podiam
dedicar-se a esse tipo de vida porque os servos trabalhavam para sustenta-los.
22. (UERN/2013) Apesar da cadência do
samba, da presença da cultura africana e da sensualidade dos homens e mulheres,
o carnaval não é originário no Brasil e nem do nosso tempo... Antes de
“esquentar nossos pandeiros” muitas festas deixavam “corpos em brasa” na
Antiguidade e na Idade Média.
(Campos,
Flávio de. A escrita da história. Volume único. Ensino médio. Flávio Campos,
Regina Claro. 2ª Ed. São Paulo: Escala Educacional, 2009. P. 135.)
Nem mesmo
o processo de cristianização aboliu estas celebrações, que estavam ligadas,
basicamente,
a) às expressões
culturais originárias da fusão da cultura romana com a cultura macedônica, após
as invasões bárbaras.
b) aos rituais tribais e
religiosos, transmitidos pelas leis consuetudinárias, dos ancestrais latinos
para os representantes pagãos banidos dos feudos.
c) aos dogmas da fé
católica ortodoxa, que exigiam de seus seguidores o carnaval como um rito
complementar à sacralização do período de Natal.
d) às atividades ligadas à agricultura, já que
antes de suportar os trabalhos agrícolas e depois das colheitas, os homens e as
mulheres participavam de folias.
23. (UFT TO/2014) “A construção de
catedrais medievais é um fenômeno considerável em toda a Europa, conhecendo nas
últimas décadas numerosos estudos que procuram esclarecer diferentes aspectos
que estão relacionados com a sua edificação, tais como as várias fases da
realização dos distintos edifícios e o seu impacto no tecido urbano, mas
também, a importância econômica, e tecnológica dos estaleiros, as modalidades
de financiamento do trabalho, assim como as suas implicações políticas,
institucionais e religiosas, entre outros. Todavia, é igualmente importante ter
em conta a interação entre o estaleiro e o meio que caracteriza a região, capaz
de fornecer os materiais, mas também a mão-de-obra.”
Fonte:
MELO, Arnaldo Sousa e RIBEIRO, Maria do Carmo. História da Construção – Os
Materiais. Portugal: CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura,
Espaço e Memória»; Paris: LAMOP – Laboratoire de Médiévistique Ocidentale de
Paris, 2012, p. 155.
Na
edificação das catedrais medievais, a mão de obra empregada era, em sua
maioria, de:
a) escravos artesãos e
artífices franceses
b) citadinos voluntários
em forma de mutirão
c) servos rurais em troca
de posses fundiárias
d) camponeses que trabalhavam
gratuitamente
e) artesãos especializados, livres e
remunerados
24. (UNESP SP/2014) O cavaleiro é um dos
principais personagens nas narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse
cavaleiro é principalmente um
a) camponês, que usa sua
montaria no trabalho cotidiano e participa de combates e guerras.
b) nobre, que conta com equipamentos adequados
à montaria e participa de treinamentos militares, torneios e jogos.
c) camponês, que consegue
obter ascensão social por meio da demonstração de coragem e valentia nas
guerras.
d) nobre, que ocupa todo
seu tempo com a preparação militar para as Cruzadas contra os mouros.
e) nobre, que conquista
novas terras por meio de sua ação em torneios e jogos contra outros nobres.
25. (Univag MT/2014) Jorge Mario Bergoglio,
da Argentina, é o sucessor de Bento XVI
O cardeal
argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o novo papa. Ele foi eleito o
sucessor de Bento XVI nesta quarta-feira (13.03.2013), após a 5.ª votação no
segundo dia de conclave, em que participaram 115 cardeais eleitores. O anúncio
em latim, “Annuntio vobis gaudium magnum: habemus papam” (“Eu vos anuncio uma
grande alegria: temos papa”), foi feito na sacada da Basílica de São Pedro pelo
cardeal Jean-Louis Tauran. O 266.º papa da Igreja Católica passará a ser
chamado de Francisco. Ele é o 12.º papa de origem não europeia e o primeiro
papa da América Latina.
O texto
trata da escolha do atual Papa Francisco. Apesar de ser um acontecimento de
2013, é possível identificar nele elementos que remetem à Europa medieval. Com
base no texto e nas características do mundo feudal, assinale a alternativa
correta.
a) Ao tratar da escolha
do papa, o texto faz referência à ideia de um poder universal – o papado, que
se confunde com o poder das nações na atualidade.
b) Na Idade Média, a
Igreja Católica tinha grande poder sobre a vida cotidiana dos indivíduos. O
texto mostra que esse poder permanece nos dias de hoje.
c) O texto aborda a
escolha do papa, a maior autoridade da Igreja Católica na Idade Média. Essa
autoridade, hoje em dia, é dividida entre o papa e os cardeais eleitores.
d) O texto apresenta uma
instituição criada na Idade Média para a escolha de um novo papa. Essa
instituição é o Colégio de Cardeais, que foi abolido recentemente.
e) No texto
podem ser identificados elementos da estrutura da Igreja Católica que remontam
à época feudal, como o papado, os cardeais e o conclave.
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