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QUESTÕES SOBRE FEUDALISMO IX



1. (Fameca SP/2012) Leia as afirmações.
I. Todos os integrantes da sociedade feudal mantinham laços de vassalagem.
II. O ritual da concessão do feudo ao vassalo estabelecia a posição dominante de quem concedia as terras e, em caso de conflito, apoio de quem as recebia.
III. Entre os direitos senhoriais, encontrava-se a obrigação dos servos de prestarem serviços no manso senhorial.
IV. A direção militar da sociedade medieval estava nas mãos dos nobres.
V. As terras comunais incluíam as florestas onde ocorriam as caças como atividade de diversão e eram exercidas apenas pelos servos.
Sobre a sociedade feudal europeia, estão corretas as afirmações
a) I, II e III, apenas.
b) I, III e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.


2. (FMJ SP/2012) Sobre o sistema feudal, assinale a alternativa que identifica, corretamente, o que era o feudo e qual era a sua finalidade.
a) Tributo pago em gêneros pelo uso obrigatório das instalações do senhor feudal como forno, moinho e lagar, privando os vassalos do direito de abandonar as terras às quais estavam presos por sua condição e nascimento.
b) Ordem ou estamento existente nessa sociedade para restringir, de forma absoluta, qualquer tipo de mobilidade social e determinar a condição vitalícia do indivíduo a partir de sua origem familiar.
c) Bem material ou usufruto de um bem material, seja terra, cargo, pensão ou direito, recebido pelo vassalo ao jurar fidelidade a um senhor feudal e garantir-lhe auxílio militar sempre que requisitado.
d) Parcela das terras sob domínio de um senhor feudal, chamado vassalo, destinada ao uso exclusivo dos camponeses em troca do pagamento de tributos e obrigações como a talha e a corveia.
e) Imposto pago em espécie pelos familiares e dependentes do vassalo falecido para que pudessem permanecer no mesmo manso e continuar sob a proteção jurídica e militar do senhor feudal.


3. (PUC SP/2012) Mergulhados numa atmosfera social em que qualquer relação de inferior a superior reveste uma coloração diretamente humana, essas pessoas, para com o senhor, não estão obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços que oneram as casas e os campos. Devem-lhe também auxílio e obediência e contam com a sua proteção.
Marc Bloch. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 278.
O texto refere-se às relações
a) entre reis e súditos.
b) de servidão.
c) entre homens e mulheres.
d) de vassalagem.
e) entre Deus e os clérigos.


4. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) Também a medicina grega iniciou-se com os filósofos. Mais importantes ainda foram os trabalhos de Hipócrates de Cós, nos séculos V e IV a.C. Se esse grande médico não tivesse contribuído com outra coisa além da refutação da explicação sobrenatural das doenças, ainda assim mereceria ser chamado de pai da medicina. Martelava os ouvidos de seus alunos com a doutrina de que “cada doença tem uma causa natural e sem causas naturais nada acontece”. Além disso, lançou os fundamentos da clínica médica. Descobriu o fenômeno da crise na moléstia e fez progredir a prática da cirurgia.
(Edward Burns. História da civilização ocidental, 1970. Adaptado.)
É o fogo do mal dos ardentes que queima as populações do ano 1000. Uma doença desconhecida que provoca um terror imenso. Mas o pior está por vir: a peste negra devasta a Europa e ceifa um terço de sua população durante o verão de 1348. Como a Aids para alguns, essa epidemia é vivida como uma punição do pecado. [...] Contudo, os homens desse tempo temem muito uma outra doença, a lepra, considerada o sinal distintivo do desvio sexual. Nos corpos desses infelizes refletir-se-ia a podridão de sua alma. Então, os leprosos são isolados, enclausurados.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1999.)
Os textos
a) apresentam explicações místicas e sobrenaturais para as doenças, principalmente o segundo, que atribuía suas causas à ação direta de Deus.
b) enfatizam o estudo detalhado e o método experimental, principalmente o primeiro, que valorizava a crença nos dogmas para explicar a origem das doenças.
c) mostram, ambos, que as doenças eram um castigo divino aos pecados e desvios humanos, com mais ênfase na Grécia antiga do que na Europa medieval.
d) revelam visões diferentes sobre as doenças, pois, para o primeiro, suas causas eram naturais; para o segundo, eram entendidas como uma punição aos pecados.
e) possuem, em comum, a ideia de que o mundo regia-se por leis da natureza que, por sua vez, deveriam ser sistematicamente investigadas e testadas.


5. (PUC RS/2013) O feudalismo europeu foi resultante de uma lenta e complexa integração de estruturas sociais romanas com estruturas dos povos conhecidos como germanos, ocorrida entre os séculos V e IX. Uma das principais estruturas germânicas que compuseram o feudalismo foi
a) a vila, grande latifúndio que tendia à autossuficiência econômica.
b) o colonato, sistema de trabalho que vinculava o camponês à terra.
c) o burgo, cidade fortificada onde se concentravam atividades artesanais.
d) o comitatus, relação de fidelidade militar entre guerreiros e seu chefe.
e) o direito codificado, reunião simplificada de leis escritas.


6. (UEFS BA/2013) A complexa relação existente entre a Igreja e o poder político, na Idade Média europeia, pode ser exemplificada pela
a) defesa da Igreja em prol da libertação dos servos, categoria longamente explorada pelos senhores feudais.
b) cobrança de impostos, estabelecidos pelos senhores feudais, sobre as propriedades pertencentes à Igreja.
c) luta dos soberanos e cardeais contra a prática da simonia, desenvolvida pelo baixo clero, nas paróquias europeias.
d) interferência dos senhores feudais na escolha de autoridades eclesiásticas cujos templos, mosteiros e propriedades ficavam localizados nos seus feudos.
e) necessidade da aprovação da Igreja, para garantir e confirmar a coroação dos soberanos pelos seus súditos e clientes.


7. (UEPA/2012) As relações servis de produção, vigentes na Alta Idade Média da Europa Ocidental, implicavam um vínculo desigual de obrigações entre senhor e servo. Apesar de vigorar um sistema social estanque e de classes estamentais, em que as pesadas obrigações do
trabalhador adstrito à gleba eram previsíveis e inquestionáveis, algumas brechas de liberdade possíveis aos servos serviam para contrabalançar o poder dos senhores como:
a) a existência de um laço religioso de obrigações sagradas entre senhor e servo, que impedia qualquer tipo de excesso da parte dos primeiros no caso de punições aos trabalhadores.
b) a elasticidade das práticas senhoriais de patronagem e proteção necessárias para aplacar os reclamos e as privações dos servos e de suas famílias.
c) a participação nas guerras, ao lado dos senhores, quando os servos atuavam como guerreiros vinculados aos senhores, e assim poderiam tomar parte na divisão das pilhagens.
d) a dependência econômica dos senhores relativa às taxas pagas pelos servos pelo uso dos equipamentos do feudo, as chamadas “banalidades”.
e) o cultivo ou as pastagens nas terras comunais, quando os camponeses, livres ou servos, trabalhavam em conjunto e realizavam festas de colheita com sentido religioso.


8. (UNESP SP/2013) “Servir” ou, como também se dizia, “auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos tão simples que os textos mais antigos resumiam as obrigações recíprocas do fiel armado e do seu chefe.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
O mais importante dos deveres que, na sociedade feudal, o vassalo tinha em relação ao seu senhor era:
a) o respeito à hierarquia e à unicidade de homenagens, que determinava que cada vassalo só podia ter um senhor.
b) o auxílio na guerra, participando pessoalmente, montado e armado, nas ações militares desenvolvidas pelo senhor.
c) a proteção policial das aldeias e cidades existentes nos arredores do castelo de seu senhor.
d) a participação nos torneios e festejos locais, sem que o vassalo jamais levantasse suas armas contra seu senhor.
e) a servidão, trabalhando no cultivo das terras do senhor e pagando os tributos e encargos que lhe eram devidos.


9. (Unicastelo/2013) Vastos territórios pertenciam a um grande proprietário. Eles eram cultivados pelos camponeses, mas, tendo em vista a escassez de moeda, o grande proprietário lhes concedia terras para cultivarem. Em troca, os camponeses lhe pagavam em forma de trabalho (corveias) e de produtos. Pouco a pouco, os camponeses tornaram-se dependentes dos grandes proprietários. O cultivador tornava-se um servo e o grande proprietário um senhor, ou seja, “o velho”, senior em latim.
(Lucien Febvre e François Crouzet. Nós somos mestiços: Manual de história da civilização francesa, 2012. Adaptado.)
O autor refere-se no excerto ao processo de formação do
a) sistema de produção coletivista, caracterizado pela igualdade de direitos entre proprietários e trabalhadores.
b) capitalismo agrário, caracterizado pela exploração da mão de obra camponesa pelo grande capitalista.
c) mundo moderno, caracterizado pelo deslocamento da mão de obra das atividades agrícolas para as comerciais.
d) feudalismo na Europa ocidental, caracterizado pelas relações diretas entre proprietários e trabalhadores.
e) modo de exploração escravista, caracterizado pela transformação do trabalhador em mercadoria vendável.


10. (Univag MT/2013) No início do século XV, o duque de Berry (1340 – 1416), irmão do rei da França, encomendou a um grupo de artistas que ilustrasse um livro, representando a vida das pessoas em cada mês do ano.
(Irmãos Limbourg. As riquíssimas horas do duque de Berry (1411-1416). Museu de Chantilly, França.)
A ilustração em questão corresponde ao mês de março e mostra com relativa precisão a
a) organização militar da Idade Média baseada na força da cavalaria senhorial.
b) natureza de uma sociedade igualitária e despreocupada com a defesa militar.
c) diversidade do trabalho no campo e as ferramentas empregadas pelos camponeses.
d) expansão da economia do artesanato para os feudos no final da Idade Média.
e) ausência de organização racional do trabalho produtivo na Idade Média europeia.


11. (IFGO/2013) Plebeus Coloridos
Na cultura popular, o plebeu medieval é muitas vezes separado da nobreza pelas cores cinza e marrom. Essa é uma escolha artística e inapta feita pelos diretores dos filmes. É claro que os cinzas e marrons naturais da lã de ovelhas pode ter sido a cor mais comum das pessoas pobres da Idade Média, mas isso não é determinante para que se institua que o pobre do medievo não usasse roupas coloridas e vivas. Na verdade, a impressão é exatamente o oposto. O fato de que as pessoas pobres medievais também estão
representadas na cultura popular como sujos, com lama e cinzas em seus rostos, é um estereótipo, com pouca ou nenhuma evidência para apoiar tal tese.
Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2013. [Adaptado].
Assinale a alternativa incorreta:
a) As imagens dos plebeus medievais indicam que, durante a Idade Média, a escravidão deixou de existir por conta da predominância do ideário cristão e da superação das relações sociais que marcaram a Antiguidade Ocidental.
b) No quadro acima, temos a representação de várias situações de trabalho que apontam a feição ruralizada da economia medieval. Contudo, não podemos ignorar que as atividades comerciais ainda fizeram parte desse período.
c) A discussão feita sobre o vestuário medieval sugere uma ampliação das fontes no trabalho dos historiadores que pesquisam essa época. Afinal, a reconstrução do passado não é composta apenas pelos relatos dos textos oficiais.
d) O atual interesse pelas imagens medievais, em um período em que a cultura visual tem forte apelo, nos indica que os historiadores se influenciam pelo contexto do tempo em que vivem.
e) O texto revela o limite que as produções cinematográficas possuem na reconstituição do passado. Logo, algumas escolhas estéticas de um filme de temática medieval podem se afastar das informações históricas acumuladas sobre o período.


12. (IFGO/2014) A história da Europa Ocidental foi marcada por uma lenta transição entre os séculos IV e X. O poder político, antes centralizado sob o Império Romano, passou a ser fragmentado e a economia tornou-se predominantemente rural, com reduzida atividade urbana e comercial. Neste processo, o modo de produção feudal substituiu o escravismo antigo e, a partir daí, estabeleceu novas relações de produção, baseadas na exploração da força de trabalho servil. Nessa condição, os servos eram:
a) trabalhadores livres nas propriedades rurais, com exceção daqueles que não possuíam terras e prestavam serviços a alguns tipos de senhores feudais, especialmente àqueles que também detinham o poder religioso.
b) aprisionados nas guerras feudais, tratados como mercadorias e somente podiam ser vendidos nas feiras realizadas nos burgos com autorização dos reis.
c) trabalhadores marcados por laços de dependência, pois deviam obediência e obrigações aos senhores e estavam vinculados à terra em que viviam, não podendo ser vendidos.
d) transformados em trabalhadores assalariados, caso não cumprissem com suas obrigações e não pagassem os tributos devidos aos seus senhores, segundo estabelecia o contrato vassálico.
e) considerados propriedades dos senhores feudais e poderiam ser trocados ou vendidos nos mercados locais ou regionais, especialmente na época das Cruzadas.


13. (Mackenzie SP/2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo vencia a esperança.
Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.
O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto.
a) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra constante, as invasões bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de punição divina aos pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval.
b) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval, levando a crenças milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida ação da Igreja, disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradicação das várias doenças que afetam seus fiéis.
c) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu das guerras constantes entre nobres – suseranos – e servos – vassalos, contribuindo para a emergência de teorias milenaristas no continente.
d) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a demonização de algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refeições, adquirido, por sua vez, no contato com povos bizantinos.
e) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos predominava na mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período, eram constantes os autos de fé da Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo.


14. (UEA AM/2014) Uma valorização do trabalho vai ocorrer lentamente nos monastérios. A partir do século IX, a difusão, em toda a cristandade, da regra de São Bento, que insiste muito na importância do trabalho manual, representa um acontecimento muito importante para a história do Ocidente. O monge, ele próprio trabalhando, valoriza-o, considerando o trabalho uma forma de penitência e de oração.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998.)
Conclui-se, pela análise do excerto, que a atribuição de importância ao trabalho manual
a) foi um obstáculo à expansão da reforma protestante na Europa.
b) surgiu por oposição ao elogio cristão da vida dos homens pobres.
c) pode ocorrer independentemente da sua função de acumulação de capital.
d) foi fundamental para o aparecimento do capitalismo nos mosteiros cristãos.
e) evitou a fixação de grandes empresas industriais nos países católicos.


15. (UEA AM/2014) A Igreja, em torno de 1030, proclamou que, segundo o plano divino, os homens dividiam-se em três categorias: os que rezam, os que combatem, os que trabalham, e que a concórdia reside na troca de auxílios entre eles. Os trabalhadores mantêm, com sua atividade, os guerreiros, que os defendem, e os homens da Igreja, que os conduzem à salvação. Assim a Igreja defendia, de maneira lúcida, o sistema político baseado na senhoria.
(Georges Duby. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.)
Segundo essa definição do universo social, feita pela Igreja cristã da Idade Média, a sociedade medieval era considerada
a) injusta e imperfeita, na medida em que as atividades dos servos os protegiam dos riscos a que estavam submetidos os demais grupos sociais.
b) perfeita, porque era sustentada pelas atividades econômicas da agricultura, do comércio e da indústria.
c) sagrada, contendo três grupos sociais que deveriam contribuir para o congraçamento dos homens.
d) dinâmica e mutável, na medida em que estava dividida entre três estamentos sociais distintos e rivais.
e) guerreira, cabendo à Igreja e aos trabalhadores rurais a participação direta nas lutas e empreitadas militares dos cavaleiros.


16. (UEPA/2014) A ideia de Cristandade na Alta Idade Média da Europa Ocidental supunha a união entre os povos do continente sob a batuta do alto clero católico. Em termos práticos, esta articulação se fundamentava:
a) na organização centralizada da administração eclesiástica conduzida pelo alto clero, baseada nas paróquias que dividiam o território europeu.
b) na difusão da chamada “Idade da Fé”, que assinalou o domínio do fervor religioso católico encabeçado por lideranças religiosas populares.
c) na interferência de reis e nobres na administração eclesiástica, o que garantiu um pano de fundo político ao domínio ideológico católico.
d) nas guerras entre reinos medievais, cujas regras eram estabelecidas pelas lideranças eclesiásticas e, por isso, não afetavam a unidade religiosa dos fiéis.
e) no controle da vida religiosa com os mecanismos de excomunhão e batismo, o que eliminou qualquer possibilidade de formação de movimentos heréticos.


17. (UFT TO/2013) Na origem das instituições feudais, encontramos elementos germânicos e romanos, sendo um elemento característico de herança germânica:
a) ruralização, fortalecimento da vida rural e aumento das atividades comerciais urbanas.
b) colonato, sistema de trabalho servil com produção agropastoril destinado ao consumo.
c) formariage, uso generalizado do trabalho servil e o fortalecimento do processo de ruralização.
d) banalidade, pagamento de taxas ao senhor pela utilização de equipamentos e instalações do senhorio.
e) benefício, os chefes militares recompensavam seus guerreiros concedendo-lhes possessões de terra.


18. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) Em torno de 1030, os clérigos do norte da França proclamaram que, de acordo com os desígnios divinos, os homens estão divididos em três categorias, os que rezam, os que combatem e os que trabalham, e que a concórdia entre eles baseia-se numa troca mútua de serviços.
(Georges Duby. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.)
No trecho transcrito, o historiador Georges Duby descreve a
a) oposição da Igreja medieval à exploração dos servos pela nobreza.
b) razão econômica da baixa produtividade da agricultura medieval.
c) submissão dos sacerdotes cristãos ao poderio militar dos nobres medievais.
d) divisão igualitária da riqueza produzida pelos camponeses medievais.
e) maneira como eram justificadas as divisões sociais na Idade Média.


19. (IFSP/2014) Em 24 de junho, dia de São João, os camponeses de Verson (na França) colhiam os frutos dos campos de seu senhor e os levavam ao castelo. Depois, cuidavam dos fossos e, em agosto, faziam a colheita do trigo, também entregue ao senhor. Eles próprios não podiam recolher o seu trigo, senão depois que o senhor tivesse tirado antecipadamente a sua parte. No começo do inverno, trabalhavam sobre a terra senhorial para ustent-la, passar o arado e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se uma espécie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”. Depois, uma certa quantidade de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do camponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha; no forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse o seu pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável.
(LUCHAIRE, La Société française au temps de Philippe Auguste. Adaptado)
O texto nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado.
a) o servo pagava a talha quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao castelo, cuidava dos fossos e colhia o trigo.
b) o servo trabalhava apenas de 24 de junho a 30 de novembro em muitas atividades: dos cuidados com os animais ao trabalho no campo.
c) o servo trabalhava e recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos grãos e ao forneiro pelo pão assado.
d) o servo devia a seu senhor a corveia, a talha e as banalidades pelo uso das instalações senhoriais bem como presentes em datas festivas.
e) o trabalho servil era recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos bolos, finas e gordas galinhas.


20. (PUC SP/2014) “A Europa, como ideia e como realidade, é uma criação medieval. Desenhada pela geografia, ela constrói-se na história. A Idade Média assinala o momento de sua gestação e de seu desenvolvimento.”
Daniel Valle Ribeiro. “A Alta Idade Média e os prenúncios da ideia de Europa”, in Néri de Barros Almeida e Marcelo Cândido da Silva (orgs.). Poder e construção social na Idade Média. Goiânia: Editora UFG, 2011, p. 181.
A ideia principal do texto pode ser justificada pelo fato de que, na Idade Média,
a) formou-se uma poderosa aliança política e militar do conjunto dos países europeus, com o objetivo de afastar, por meio das Cruzadas, os invasores árabes e macedônios de todo o continente.
b) houve uma rejeição profunda da tradição greco-romana pelos habitantes do continente europeu, que aderiram maciçamente ao cristianismo e abandonaram os cultos de origem pagã.
c) completou-se a unidade política e administrativa europeia, por meio da forte expansão franca e da expulsão dos grupos de bárbaros procedentes do Leste do continente e da Ásia.
d) ocorreu um acelerado processo de urbanização, que permitiu a plena integração das economias dos Estados europeus, por meio da abertura de rotas comerciais terrestres e marítimas.
e) constituiu-se gradualmente um espaço político e religioso comum, capaz de articular as áreas do Mediterrâneo aos países do centro, do Norte e do Leste do continente europeu.


21. (PUCCamp SP/2014) Considere o texto abaixo.
A sociedade dos fiéis forma um só corpo; mas o Estado tem três corpos: com efeito, os nobres e os servos se regem pelo mesmo estatuto [...] uns são guerreiros, protetores das Igrejas; são os defensores do povo, tanto dos grandes como dos pequenos. [...] A outra classe é a dos servos: esta desgraçada raça nada possui senão à custa de sofrimento. Dinheiro, vestuário, alimento, tudo os servos fornecem a toda a gente; nem um homem livre poderia subsistir sem os servos [...]
(Bispo Adalbéron de Léon. In: BERUTTI, Flávio, apud Jaques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, v.II, 1984. P. 45-46. Tempo & Espaço, História. São Paulo: Saraiva, 2004. P.99)
O texto permite afirmar que, em relação à estrutura da sociedade feudal,
a) a insegurança do homem medieval restringia-se aos aspectos materiais e explica a submissão dos servos aos nobres e guerreiros.
b) as relações de dominação entre senhores e servos geravam divergências que acabavam em intensas guerras sangrentas.
c) a rivalidade entre os nobres e os servos contribuiu para a exclusão dos guerreiros de um estamento socialmente privilegiado.
d) os guerreiros deviam várias obrigações aos nobres e aos servos, que determinavam a posição de cada indivíduo na sociedade.
e) os nobres combatiam por todos, mas podiam dedicar-se a esse tipo de vida porque os servos trabalhavam para sustenta-los.


22. (UERN/2013) Apesar da cadência do samba, da presença da cultura africana e da sensualidade dos homens e mulheres, o carnaval não é originário no Brasil e nem do nosso tempo... Antes de “esquentar nossos pandeiros” muitas festas deixavam “corpos em brasa” na Antiguidade e na Idade Média.
(Campos, Flávio de. A escrita da história. Volume único. Ensino médio. Flávio Campos, Regina Claro. 2ª Ed. São Paulo: Escala Educacional, 2009. P. 135.)
Nem mesmo o processo de cristianização aboliu estas celebrações, que estavam ligadas, basicamente,
a) às expressões culturais originárias da fusão da cultura romana com a cultura macedônica, após as invasões bárbaras.
b) aos rituais tribais e religiosos, transmitidos pelas leis consuetudinárias, dos ancestrais latinos para os representantes pagãos banidos dos feudos.
c) aos dogmas da fé católica ortodoxa, que exigiam de seus seguidores o carnaval como um rito complementar à sacralização do período de Natal.
d) às atividades ligadas à agricultura, já que antes de suportar os trabalhos agrícolas e depois das colheitas, os homens e as mulheres participavam de folias.


23. (UFT TO/2014) “A construção de catedrais medievais é um fenômeno considerável em toda a Europa, conhecendo nas últimas décadas numerosos estudos que procuram esclarecer diferentes aspectos que estão relacionados com a sua edificação, tais como as várias fases da realização dos distintos edifícios e o seu impacto no tecido urbano, mas também, a importância econômica, e tecnológica dos estaleiros, as modalidades de financiamento do trabalho, assim como as suas implicações políticas, institucionais e religiosas, entre outros. Todavia, é igualmente importante ter em conta a interação entre o estaleiro e o meio que caracteriza a região, capaz de fornecer os materiais, mas também a mão-de-obra.”
Fonte: MELO, Arnaldo Sousa e RIBEIRO, Maria do Carmo. História da Construção – Os Materiais. Portugal: CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória»; Paris: LAMOP – Laboratoire de Médiévistique Ocidentale de Paris, 2012, p. 155.
Na edificação das catedrais medievais, a mão de obra empregada era, em sua maioria, de:
a) escravos artesãos e artífices franceses
b) citadinos voluntários em forma de mutirão
c) servos rurais em troca de posses fundiárias
d) camponeses que trabalhavam gratuitamente
e) artesãos especializados, livres e remunerados


24. (UNESP SP/2014) O cavaleiro é um dos principais personagens nas narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse cavaleiro é principalmente um
a) camponês, que usa sua montaria no trabalho cotidiano e participa de combates e guerras.
b) nobre, que conta com equipamentos adequados à montaria e participa de treinamentos militares, torneios e jogos.
c) camponês, que consegue obter ascensão social por meio da demonstração de coragem e valentia nas guerras.
d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a preparação militar para as Cruzadas contra os mouros.
e) nobre, que conquista novas terras por meio de sua ação em torneios e jogos contra outros nobres.


25. (Univag MT/2014) Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, é o sucessor de Bento XVI
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o novo papa. Ele foi eleito o sucessor de Bento XVI nesta quarta-feira (13.03.2013), após a 5.ª votação no segundo dia de conclave, em que participaram 115 cardeais eleitores. O anúncio em latim, “Annuntio vobis gaudium magnum: habemus papam” (“Eu vos anuncio uma grande alegria: temos papa”), foi feito na sacada da Basílica de São Pedro pelo cardeal Jean-Louis Tauran. O 266.º papa da Igreja Católica passará a ser chamado de Francisco. Ele é o 12.º papa de origem não europeia e o primeiro papa da América Latina.
(http://revistaepoca.globo.com. Adaptado.)
O texto trata da escolha do atual Papa Francisco. Apesar de ser um acontecimento de 2013, é possível identificar nele elementos que remetem à Europa medieval. Com base no texto e nas características do mundo feudal, assinale a alternativa correta.
a) Ao tratar da escolha do papa, o texto faz referência à ideia de um poder universal – o papado, que se confunde com o poder das nações na atualidade.
b) Na Idade Média, a Igreja Católica tinha grande poder sobre a vida cotidiana dos indivíduos. O texto mostra que esse poder permanece nos dias de hoje.
c) O texto aborda a escolha do papa, a maior autoridade da Igreja Católica na Idade Média. Essa autoridade, hoje em dia, é dividida entre o papa e os cardeais eleitores.
d) O texto apresenta uma instituição criada na Idade Média para a escolha de um novo papa. Essa instituição é o Colégio de Cardeais, que foi abolido recentemente.
e) No texto podem ser identificados elementos da estrutura da Igreja Católica que remontam à época feudal, como o papado, os cardeais e o conclave.

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