1. (FATEC SP/2006) Os servos eram
constituídos pela maior parte da população camponesa, vivendo presos à terra e
sofrendo intensa exploração.
Eram
obrigados a prestar serviços ao senhor e a pagar-lhe diversos tributos, por
exemplo a corveia,
a) imposto pago à Igreja,
utilizado para a manutenção da capela local.
b) tributo cobrado pelo
uso de instrumentos ou bens do senhor (por exemplo, moinho, forno, celeiro e
pontes).
c) trabalho gratuito nas terras do senhor em
alguns dias da semana.
d) imposto pago por todos
os membros da família servil.
e) taxa cobrada quando o
camponês se casava.
2. (Mackenzie SP/2006) Os homens deste tempo
[...] dividem-se em três “ordens”. Entendamo-las como categorias nitidamente
delimitadas, estáveis, estabelecidas por Deus mesmo e, todos o creem, desde a
criação, para assegurar a ordem do mundo, e cada qual correspondente a um
“estado” particular, a uma missão especial. Na primeira classe, situam-se os
que rezam e sua missão é cantar a glória de Deus e obter a salvação de todos;
seguem-se os que combatem, encarregados de defender os fracos e impor a paz
divina; enfim, figuram os trabalhadores, que, segundo o plano providencial,
devem contribuir, pelo seu labor, para o sustento dos especialistas da prece e
do combate.
E. Perroy
- A sociedade feudal
A
respeito do trecho acima, são feitas as seguintes afirmações:
I. As três “ordens”
mencionadas são, grosso modo, o clero, a nobreza e os servos.
II. A definição das
funções sociais das “ordens” obedece a uma razão religiosa, cujo propósito é
assegurar a ordem do mundo.
III. As categorias nitidamente delimitadas
conheciam uma intensa mobilidade social em razão do enriquecimento rápido
proporcionado aos trabalhadores pela atividade agrícola.
Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é
correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas
I e II são corretas.
e) se I, II e III são
corretas.
3. (UFMS/2006) No que se refere à
estrutura econômica da Europa feudal, é correto afirmar que
a) a sociedade feudal era essencialmente
agrária e a terra, sua principal fonte de riquezas.
b) a produção econômica
estava mais concentrada nas cidades e nos monastérios do que nos próprios
feudos.
c) a propriedade coletiva
da terra era a base da economia feudal e ela assim foi mantida pelos camponeses
até o término das Cruzadas.
d) a indústria e o
comércio foram as principais atividades econômicas durante a Idade Média.
e) a concentração da
produção econômica em terras pertencentes ao clero constituía a base do poder
político e religioso da Igreja.
4. (UCS RS/2006) O feudalismo,
predominante na Europa desde o século V até o século XV, era um sistema
fundamentalmente agrário que, entretanto, se caracterizava pela baixa
produtividade e pela técnica rudimentar.
Assinale
a alternativa que apresenta os principais fatores determinantes dessa situação.
a) A mão-de-obra escrava,
mesmo com custo muito elevado, era utilizada em larga escala, mas, devido ao
risco de rebeliões, não permitia o uso de instrumentos aperfeiçoados e de novas
tecnologias.
b) O regime de trabalho
servil favorecia o aumento da produtividade agrícola, porém as constantes
guerras, pestes e acidentes climáticos ocorridos na Europa nesse período
acabaram por impedir o desenvolvimento do potencial produtivo desse sistema.
c) Havia uma preocupação,
especialmente por parte dos senhores de terras, com as inovações técnicas e a
melhoria no processo de trabalho para o aumento da produtividade. Mas, devido à
pouca escolaridade dos servos, estes acabavam não conseguindo utilizar tais
inovações.
d) O solo era arado superficialmente e as
sementes eram de má qualidade. Além disso, devido ao sistema de três campos, um
terço da terra estava sempre em repouso, o que evitava seu esgotamento, mas
diminuía a produção global.
e) Uma grande parte da
colheita era destinada à Igreja, como forma de pagamento do dízimo, o que
desestimulava senhores e camponeses a investirem no aumento da produtividade
agrícola.
5. (UEM PR/2006) "Na Idade Média,
o processo de produção predominante – o feudal – teve relações sociais e uma
ordem política e cultural específicas."
(VICENTINO,
C. História Geral. São Paulo: Scipione, 2002. p. 111.)
Sobre o
feudalismo na Europa Ocidental, assinale a alternativa correta.
a) No feudalismo, a
principal fonte de poder dos barões feudais se assentava nas manufaturas e nas
companhias
de comércio criadas e administradas por eles.
b) Politicamente, o
feudalismo pode ser caracterizado como um regime amplamente democrático, no
qual servos e senhores participam igualmente da direção política e econômica da
sociedade.
c) O feudalismo é um
sistema político e social caracterizado pela centralização do poder nas mãos do
rei e pela ausência de poder nas mãos dos integrantes do clero e da nobreza.
d) O comércio e as manufaturas contribuíram
para o fim do feudalismo europeu ocidental na medida em que possibilitaram a
ascensão social e política do Terceiro Estado e o enfraquecimento da servidão.
e) No feudalismo, a
ciência e a cultura letrada se desenvolveram fora do raio de influência da Igreja
Católica e dos ensinamentos bíblicos.
6. (UFCG PB/2006) O feudo é considerado
por boa parte dos historiadores como uma unidade econômica, política e social
na cristandade ocidental.
Assim
para a historiografia o feudo
a) entra em crise a
partir do século XVI, com o crescimento do comércio, das atividades artesanais
e com a diminuição das guerras.
b) era similar ao que na
história do Brasil foi denominado, pela literatura nacional, de a “Casa
Grande”.
c) era um minifúndio que
sobrevivia a partir das relações servis, em que se produzia trigo, aveia,
lentilhas e ervilhas e se criava animais, como porcos, galinhas e patos.
d) tinha uma política
descentralizada, em que se emprestava a juros, pagava tributos aos nobres e
concedia lotes de terras aos camponeses.
e) apresentava modelos diversificados na
Europa, tanto nas representações culturais, quanto nas relações políticas.
7. (UFPI/2006) Dentre as
características do feudalismo, podemos assinalar:
a) A existência de uma
forte concentração de poder nas mãos dos Monarcas.
b) Uma forte
monetarização das relações econômicas, favorecendo o crescimento dos núcleos
urbanos.
c) Uma base econômica
voltada ao comércio entre os vários feudos existentes.
d) Uma sociedade fundamentalmente estamental,
em que os grupos sociais, senhores e servos, tinham status fixo.
e) A terra não tinha valor,
sendo, inúmeras vezes, concedida aos servos para que cultivassem a agricultura
livremente.
8. (UFPR/2006) Em 399 d.C., ocorreu
um conflito no norte da África entre cristãos e pagãos, no qual cerca de
sessenta cristãos foram mortos. Por esse motivo, Santo Agostinho escreve uma
carta aos dirigentes locais, acusados de incitar a violência. O trecho a seguir
reproduz parte dessa carta.
“No
meio de vós, as leis romanas foram sepultadas, o terror das justas sentenças
foi calcado aos pés e, certamente, não há nenhuma veneração ou temor pelos
imperadores. (...) Então, se reclamais vosso Hércules, quando tivermos coletado
cada moeda, de vosso artífice nós compraremos um deus para vós. Devolvei,
portanto, as almas que vossa truculenta mão abateu e, assim, do mesmo modo que
por nós seja restituído vosso Hércules, sejam também por vós devolvidas tão
numerosas almas.”
(Santo
Agostinho, Carta 50.)
Sobre o
teor dessa carta, assinale a alternativa correta.
a) Com uma ironia ferina, Santo Agostinho
desvaloriza o deus pagão, insinuando que este pode ser comprado, enquanto que
as almas cristãs não.
b) A carta de Santo
Agostinho faz referência a um acordo entre cristãos e pagãos, pelo qual se
propõe a restituição de uma nova imagem de Hércules, com a finalidade de
reestabelecer a paz naqueles domínios do Império Romano.
c) As palavras de
Agostinho indicam que ele procurou defender o ponto de vista e as atitudes dos
pagãos.
d) O propósito da carta
de Santo Agostinho é a conversão de novas almas ao cristianismo.
e) A carta de Santo
Agostinho indica que as desavenças entre cristão e pagãos eram irrelevantes
para ele.
9. (UNIFESP SP/2007) O mosteiro deve ser
construído de tal forma que tudo o necessário (a água, o moinho, o jardim e os
vários ofícios) exerce-se no interior do mosteiro, de modo que os monges não
sejam obrigados a correr para todos os lados de fora, pois isso não é nada bom
para suas almas. (Da Regra elaborada por São Bento, fundador da ordem dos
beneditinos, em meados do século VI.) O texto revela
a) o desprezo pelo
trabalho, pois o mosteiro contava com os camponeses para sobreviver e
satisfazer as suas necessidades materiais.
b) a indiferença com o
trabalho, pois a preocupação da ordem era com a salvação espiritual e não com
os bens terrenos.
c) a valorização do trabalho, até então
historicamente inédita, visto que os próprios monges deviam prover a sua
subsistência.
d) a presença, entre os
monges, de valores bárbaros germânicos, baseados na ociosidade dos dominantes e
no trabalho dos dominados.
e) o fracasso da tentativa
dos monges de estabelecer comunidades religiosas que, visando a salvação,
abandonavam o mundo.
10. (FURG RS/2007) Analise as proposições
abaixo sobre o Feudalismo.
I. A sociedade feudal era
estamental, e o indivíduo era classificado segundo a forma como possuía a terra
e o seu nascimento, ou origem sanguínea.
II. Os servos tinham
mobilidade geográfica e eram soldados e artesãos, pagando a corveia, as
banalidades e o vintém, sendo dispensados da talha sobre a produção.
III. Os escravos eram muito
raros na Europa Ocidental, devido à condenação religiosa, sendo mais frequentes
entre os muçulmanos ibéricos.
IV. A nobreza tinha a posse jurídica da terra,
prestava Homenagem e Benefício, possuindo poderes políticos, militares e
jurídicos sobre os demais.
Estão
corretas as afirmativas:
a) I, III e
IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.
e) todas.
11. (UEPB/2007) “Assim como os
cristãos se tornariam membros da família cristã pelo batismo, assim como se
tornaram fiéis (fiéis, portanto, cristãos) também os vassalos que se tornaram
membros da família senhorial pela investidura se tornaram fiéis (fiéis, portanto
vassalos)”.
(Jacques
Le Goff, Por um novo conceito de Idade Média).
Sobre as
relações de suserania e vassalagem e sua finalidade, podemos afirmar que
a) desenvolviam a
economia monetária e o comércio internacional.
b) fortaleciam os poderes
reais, favorecendo o aparecimento das monarquias nacionais.
c) permitiam o estabelecimento de alianças
militares e a obtenção de ajuda financeira e apoio político.
d) apoiavam a igreja nos
conflitos com os imperadores.
e) eliminavam a rígida
hierarquia feudal, possibilitando a mobilidade social.
12. (UFC CE/2007) Acerca dos aspectos
socioeconômicos do sistema feudal, é correto afirmar que:
a) era um sistema que
tinha como base a existência da pequena propriedade fundiária, com produção de
subsistência.
b) foi uma forma de organização do Estado e da
sociedade cuja essência residia nos vínculos de subordinação pessoal.
c) impediu o
desenvolvimento das cidades e do comércio nos vários séculos em que
caracterizou o conjunto do mundo europeu.
d) significou a completa
substituição da cultura e das instituições romanas pelas organizações
germânicas, difundidas pelos invasores bárbaros.
e) caracterizou-se pelo
trabalho escravo e pelo desenvolvimento acelerado das técnicas agrícolas, que
garantiu incremento demográfico durante toda a Idade Média.
13. (UFRN/2007) O feudalismo
substituiu o escravismo antigo e estabeleceu novas relações de trabalho,
baseadas na exploração da mão-de-obra servil. Nessa condição, os servos
a) seriam tratados como
mercadorias e vendidos nas feiras realizadas nos burgos, quando aprisionados
nas guerras feudais.
b) eram
trabalhadores que deviam obediência e obrigações ao seu senhor e estavam ligados
à terra em que viviam, não podendo ser vendidos.
c) eram considerados
propriedade dos senhores feudais e poderiam ser trocados ou vendidos nos
mercados locais.
d) seriam transformados
em trabalhadores assalariados caso não pagassem regularmente os tributos
devidos ao senhor.
14. (UNIFAP AP/2015) Durante a Idade Média
a concessão de terras dos senhores feudais aos camponeses implicava no
pagamento de alguns tributos, dentre estes se destaca a corvéia, caracterizada
como:
a) Taxa paga pela
utilização do forno e do moinho pertencentes ao senhor feudal.
b) Trabalho de três dias da semana nas terras
de uso exclusivo do senhor feudal, na qual toda produção era destinada ao
senhor dessas terras.
c) Taxa paga pelo
camponês para permanecer no feudo após a morte de seu pai.
d) Pagamento de 10% da
produção a igreja.
e) Entrega da metade de
tudo o que os camponeses produziam ao senhor feudal.
15. (UFRR/2007) O cavaleiro europeu
ganhou força no início da Idade Média, sendo protegido por um elmo de ferro e
uma cota de malha, feita de elos de ferro interligados. Esse texto reflete a
força irresistível representada por um cavaleiro e seu cavalo, tais como:
a) A utilização constante
do ferro na armadura representava o único produto da engenharia militar de
proteção do cavaleiro contra armamento de fogo.
b) Algumas das principais
partes das armaduras do cavalo e do cavaleiro, como o peitoral, por exemplo,
chegavam a pesar 150 quilos.
c) Um cavaleiro
totalmente armado não era capaz de montar seu cavalo sem ajuda do auxiliar
denominado armeiro.
d) O conjunto completo de
armadura para o cavalo era feito de elos de ferro interligados para facilitar o
galope e a elegância artística.
e) Muitos cavaleiros iam para a luta portando
uma armadura composta por duzentas peças, que o protegia contra espadas,
lanças, flechas e balistas.
16. (UFT TO/2007) O feudalismo, formação
social cujas origens remontam à crise do Império Romano e que teve um longo
processo de gestação e consolidação, viveu sua fase de apogeu entre os séculos
XI e XIII.
É
INCORRETO afirmar que essa fase de apogeu se caracterizou
a) pela criação de forças militares numerosas,
controladas pelos monarcas.
b) por uma intensa
ruralização, aliada à fragmentação do poder central.
c) por uma intrincada
rede de relações de dependência pessoal.
d) por uma sociedade de
ordens, com estratos sociais rigidamente definidos.
17. (UNIFOR CE/2007) Considere o texto.
Em São
João (24 de junho), os camponeses de Verson, na Normandia (França), devem
ceifar os prados do senhor e levar os frutos ao castelo. (...) No começo do
inverno, pagavam a corveia sobre a terra senhorial, para prepará-la, semear e
passar a grade. Em Santo André (30 de novembro), paga-se uma espécie de bolo.
Pelo Natal, galinhas boas e finas.
(In: J.
Isaac e A. Alba. História universal. São Paulo: Mestre Jou, 1967. p. 33-4)
A análise
do texto permite identificar que, durante o feudalismo,
a) os senhores feudais
proporcionavam vários presentes em espécie e em trabalho aos trabalhadores das
reservas servil e senhorial.
b) havia grande
solidariedade entre os senhores feudais e os servos da gleba, demonstrada na troca
de favores entre ambos.
c) os camponeses deviam obrigações aos
senhores feudais em parcelas da produção e prestação de serviços gratuitos na
reserva senhorial.
d) as relações comerciais
entre os suseranos e os vassalos eram intensas, principalmente as realizadas no
verão e no inverno.
e) os trabalhadores eram
livres para plantar e criar animais e vendê-los aos seus próprios senhores em
determinados períodos do ano.
18. (ETAPA SP/2007) “Era uma sociedade
cujos caracteres determinantes são um desenvolvimento, levado até muito longe,
dos laços de dependência de homem para homem, com uma classe de guerreiros
especializados a ocupar os escalões superiores dessa hierarquia; um
parcelamento máximo do direito de propriedade; uma hierarquia dos direitos
sobre a terra provenientes desse parcelamento e correspondendo à hierarquia dos
laços de dependência pessoal a que se acaba de fazer referência; um
parcelamento do poder público, criando, em cada região, uma hierarquia de
instâncias autônomas que exercem, no seu próprio interesse, poderes normalmente
atribuídos ao Estado e, em épocas anteriores, quase sempre da efetiva
competência deste.”
(François-Louis
Ganshof, Que é o feudalismo? Lisboa, 1968.)
De acordo
com o texto, caracterizam o feudalismo:
a) Fragmentação da autoridade e dependência
pessoal.
b) Concentração fundiária
e Estado dependente.
c) Autoridade e
competência do poder real.
d) Fortalecimento do
Estado e do clero.
e) Centralização e hierarquias.
19. (PUC RS/2007) “Há de se notar, em
especial, que a dupla necessidade que os autores [...] sentiram de, por um
lado, utilizar a insubstituível utensilagem intelectual do mundo greco-romano e
de, por outro lado, vazá-la em moldes cristãos, facilitou ou criou, mesmo,
hábitos intelectuais muito perniciosos: a sistemática deformação do pensamento
dos autores, o perpétuo anacronismo, o raciocínio por citações isoladas do
contexto. O pensamento antigo só humilhado, deformado e atomizado pelo
pensamento cristão pôde sobreviver [...].”
(Adaptado
de Jacques Le Goff, 1964, p. 151).
O fragmento
do texto acima se refere
a) ao tratamento dado às antigas fontes pagãs
pela maioria dos pensadores medievais da Alta Idade Média, em que o essencial
era o que os autores haviam dito, e que podia ser utilizado conforme conviesse
pela elite intelectual da Igreja Católica para servir aos propósitos do
cristianismo.
b) à cultura
renascentista, que deturpou o sentido das fontes originais, atitude justificada
pela busca extremada do uso da razão, eliminando qualquer possibilidade de
expressão dos indivíduos pelo sentimento, tônica da tradição antiga, presente
nos textos.
c) ao período bizantino,
em que as fontes gregolatinas precisavam sofrer um processo de releitura para
se ajustar às concepções políticas e religiosas que combatiam as influências
orientais presentes no pensamento ocidental.
d) à educação
desenvolvida durante o Império Romano, em que a história escrita, antes da
dominação de vastos territórios pelos exércitos romanos, precisava sofrer
alterações em sua análise e interpretação, bem de acordo com a política externa
romana: um império, um pensamento.
e) ao período de
transição do feudalismo para o capitalismo, no qual a cultura precisava se
adequar às novas transformações econômicas, políticas e sociais, sendo adotada
como primeira medida a substituição do pensamento antigo pelo científico.
20. (UECE/2007) Dentre as consequências
do declínio da escravidão na Idade Média, podemos citar:
a) A melhoria das
condições de vida dos camponeses, possibilitando uma considerável diminuição da
miséria.
b) A economia, já
atingida pelo declínio do comércio e pela insegurança geral, tornou-se
gravemente prejudicada.
c) Muitas propriedades de
terras foram abandonadas em decorrência da escassez de mão-de-obra, e a
floresta e os pântanos voltaram a cobrir grande parte dos campos.
d) A busca de
soluções para tornar eficiente o trabalho humano foi incentivada, reencontrando
a técnica e desenvolvendo a reabilitação do trabalho manual.
21. (UECE/2007) A “morte” do estado,
como era concebida no mundo antigo, coincide com a afirmação do feudalismo.
Isso pode ser explicado, pois:
a) A autoridade
central delegou cada vez mais o exercício dos poderes públicos aos senhores
feudais, que
se tornaram praticamente soberanos em seus feudos.
b) A figura do soberano
se reduz àquela de um fantoche nas mãos da Igreja e dos grandes senhores
feudais.
c) A nobreza
aproveitou-se para conseguir, do poder do soberano, concessões cada vez
maiores, como a hereditariedade dos feudos.
d) O controle das frequentes
insurreições camponesas contra o abuso de poder dos senhores e do mal governo
torna-se difícil.
22. (UFMA/2006) Acerca do processo de
formação do feudalismo europeu, é correto afirmar que:
a) A ruralização da sociedade após o declínio
do império romano gerou o fim das cidades e o crescimento do comércio no
interior dos feudos.
b) A fragmentação do poder
central resultou da quebra da unidade política do Ocidente e da regionalização
do poder nas mãos dos senhores feudais.
c) A hierarquia social
baseou-se na submissão do clero à nobreza e desta aos pequenos agricultores,
comerciantes, soldados e escravos.
d) Os povos bárbaros
contribuíram com a cultura, a religião, a formação social, política e
econômica, destruindo o legado do império romano.
e) A dinastia dos
carolíngios fortaleceu a aliança entre a Igreja e a burguesia contra os
interesses dos nobres latifundiários e seus vassalos.
23. (UFPEL RS/2007)
“Os
clérigos devem por todos orar
os
cavaleiros sem demora
devem
defender e honrar
e
os camponeses, sofrer
cavaleiros
e clero sem falha
vivem
de quem trabalha
têm
grande canseira e dor
pagam
primícias, corveias, orações ou talha
e
cem coisas costumeiras
e
quanto mais pobre viver
mais
mérito terá
das
faltas que cometeu
se
paga a todos o que deve
se
cumpre com lealdade a sua fé
se
suporta paciente o que lhe cabe:
angústias
e sofrimentos”.
ESTEVÃO
DE FOURÈGES. In: COTRIM, Gilberto. História global:
Brasil e
Geral. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
O poema
está diretamente relacionado
a) à Revolução Francesa,
enfatizando as obrigações servis, como a corveia – que era a entrega da
primeira colheita ao senhor.
b) à estratificação social, no feudalismo
europeu, justificada pela Igreja, e composta pelo clero, pela nobreza e pelo
povo.
c) ao final da Idade
Média, durante a expansão colonial europeia na América, com o apoio da Igreja.
d) à ideologia burguesa,
nas Cruzadas, quando os cavaleiros defenderam os valores cristãos ocidentais
contra os muçulmanos.
e) ao período medieval,
por referir a exploração dos camponeses através de trabalho escravizado, bem
como pela talha – que era o pagamento pelo uso do moinho.
24. (UFTM MG/2007) A formação do sistema
feudal, dominante principalmente nos territórios do Império Carolíngio, durante
a Idade Média, esteve ligada
a) à integração de instituições romanas e germânicas,
tais como o colonato e o Comitatus.
b) ao fim da importância
das leis baseadas nos costumes e aos ataques vikings.
c) às constantes invasões
dos bárbaros germânicos, que levaram à queda do Império Bizantino.
d) à decadência do
escravismo romano e ao gradativo processo de êxodo rural.
e) ao fortalecimento do
poder real, devido à distribuição de benefícios aos guerreiros fiéis.
25. (FGV/2008) A palavra servo vem de
servus (latim), que significa “escravo”. No período medieval, esse termo
adquiriu um novo sentido, passando a designar a categoria social dos homens não
livres, ou seja, dependentes de um senhor. (...) A condição servil era marcada
por um conjunto de direitos senhoriais ou, do ponto de vista dos servos, de
obrigações servis.
(Luiz
Koshiba, História: origens, estruturas e processos)
Assinale
a alternativa que caracterize corretamente uma dessas obrigações servis.
a) Dízimo era um imposto
pago por todos os servos para o senhor feudal custear as despesas de proteção
do feudo.
b) Talha era a cobrança
pelo uso da terra e dos equipamentos do feudo e não podia ser paga com
mercadorias e sim com moeda.
c) Mão morta era um
tributo anual e per capita, que recaía apenas sobre o baixo clero, os vilões e
os cavaleiros.
d) Corveia foi um tributo
aplicado apenas no período decadente do feudalismo e que recaía sobre os servos
mais velhos.
e)
Banalidades eram o pagamento de taxas pelo uso das instalações pertencentes ao
senhor feudal, como o moinho e o forno.
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