1. (UNESP SP/2011) [Na Idade Média]
Homens e mulheres gostavam muito de festas. Isso vinha, geralmente, tanto das
velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.
(Jacques
Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)
Sobre
essas festas medievais, podemos dizer que
a) muitos relatos do cotidiano medieval
indicam que havia um confronto entre as festas de origem pagã e as criadas pelo
cristianismo.
b) os torneios eram as
principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos que,
montados em cavalos, se divertiam juntos.
c) a Igreja Católica
apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do culto a
alguma divindade pagã.
d) as festas rurais
representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a encenação do
ritual de sagração de cavaleiros.
e) religiosos e nobres
preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos grandes
eventos públicos cristãos.
2. (UNIFOR CE/2011) Na Europa, o período
medieval durou do século V ao XV e foi dividido em dois grandes momentos: a
Alta e a Baixa Idade Média. Entre os itens abaixo identifique o modo de
produção que substituiu o escravismo romano e cuja organização tinha como base
a servidão:
a) Toyotismo.
b) Mercantilismo
c) Feudalismo.
d) Capitalismo.
e) Socialismo.
3. (UCS RS/2011) Considere as seguintes
afirmativas sobre o feudalismo – modo de organização político, econômico e
social que se consolidou, na Europa, a partir do século VIII e teve seu período
de maior desenvolvimento até o século X.
I. A servidão feudal era
uma condição de vida na qual os trabalhadores ficavam privados da liberdade
plena, mas, em contrapartida, não eram considerados uma mercadoria, diferentemente
dos escravos.
II. A terra era o meio de
produção básico da sociedade feudal. Sua posse era o critério mais importante
para a definição das classes sociais.
III. A nobreza feudal se sustentava politicamente
no domínio das terras, dos servos e, até mesmo, da Igreja. Essa classe só não
tinha acesso às áreas de uso público, como os bosques e rios.
Das
afirmativas acima, pode-se dizer que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está
correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão
corretas.
e) I, II e III estão corretas.
4. (UEFS BA/2011) Um escritor saxão,
Aelferic, o Gramático, no seu Colloquium, deixa-nos entrever um pouco da vida
do servo:
—
Que dizes tu, lavrador, como fazes o teu trabalho? — pergunta o professor.
—
Eu, senhor, trabalho arduamente. De madrugada vou levar os bois para o campo e
os atrelo ao arado; por mais rigoroso que seja o inverno, não me atrevo a ficar
em casa, com receio do meu senhor; e depois de amarrar a relha e a sega ao
arado, tenho de lavrar um acre de terra ou mais diariamente.
—
E que fazes mais durante o dia?
—
Muita coisa mais: encher os cochos, dar água aos bois e levar o esterco fora.
—
É trabalho pesado?
— É, sim,
é pesado porque não sou livre.
(MORTON.
In: AQUINO et al., 1980, p. 390).
O papel do
servo, na sociedade medieval, descrito no texto, diferia do papel do homem
livre, o vilão, porque este tinha direito
a) a ingressar nas
categorias mais baixas da cavalaria.
b) à propriedade da terra
dentro do feudo, pagando a corveia ao senhor.
c) a ascender aos altos
escalões da Igreja, assumindo papéis de mando.
d) à posse do produto da
terra para comercializá-lo fora do território feudal.
e) à liberdade de trabalhar na terra para seu
próprio benefício, pagando apenas algumas obrigações.
5. (UFT TO/2011) [...] o domínio da fé
é uno, mas há um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: o
nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são
protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos [...]. Os servos
por sua vez têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem
sofrimento. Quem poderia reconstituir o esforço dos servos, o curso de sua vida
e seus numerosos trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a
função do servo. Nenhum homem livre pode viver sem ele. [...] A casa de Deus
que parece una é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros
trabalham.
LAON,
Adalberon de Apud FRANCO JUNIOR, Hilário. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense,
1983, p. 34.
Nesse
texto, o bispo Adalberon de Laon, por volta do século IX, descreve a integração
entre Igreja e poder feudal. Em relação ao poder da Igreja no período medieval
é INCORRETO afirmar que:
a) Com a ruralização da
economia, que se estendeu por toda a Alta Idade Média, a Igreja, antes
concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, e os bispos e
abades se tornaram verdadeiros senhores feudais.
b) O domínio da leitura e
da escrita era privilégio quase exclusivo dos bispos, padres, abades e monges.
Os membros do clero eram, por isso, as pessoas mais habilitadas para ocupar
cargos públicos, exercendo as funções de notórios, secretários, chanceleres.
c) A Igreja constituiu
seu próprio Estado na península Itálica, quando Pepino, o Breve, doou ao papado
o patrimônio de São Pedro, formado por terras tomadas aos lombardos. Desta
forma, o pontífice, que passou a exercer funções de verdadeiro monarca, teve
seu poder temporal aumentado de forma considerável.
d) Seu raio de ação limitava-se à vida
espiritual. Ao longo dos séculos, a Igreja não acumulou riquezas e nem terras,
contudo, possuía vassalos e servos – adquiridos graças a doações feitas pelos
fiéis que desejavam, por seu intermédio, serem libertados da condenação divina.
e) Para manter a
soberania espiritual, a Igreja decretou guerra sem tréguas contra os hereges,
considerados todos aqueles que interpretavam os ensinamentos cristãos de
maneira diferente do que ela pregava. Para reprimi-los, instituiu a excomunhão
e o Tribunal do Santo Ofício.
6. (FATEC SP/2011) Na Europa feudal, o
trabalho estava fundado na servidão, relação que mantinha os trabalhadores
subordinados à camada senhorial por uma série de obrigações. Sobre as relações servis
nesse período, é correto afirmar que
a) o servo feudal era
considerado apenas um “instrumento falante”, sem alma, sem individualidade ou
direitos perante a lei, assim como ocorria na Antiguidade.
b) a condição servil era
estabelecida através da cerimônia de vassalagem, quando o camponês jurava
fidelidade pessoal a seu senhor, colocando-se a seu serviço.
c) o trabalho compulsório e gratuito, na
Reserva, era uma das obrigações devidas pelo servo em troca do direito de
explorar uma parcela das terras detidas pelo senhor.
d) a condição servil era
apenas o resultado de uma relação de produção, não acarretando perda de status
social ou limitação das liberdades individuais do camponês.
e) a servidão feudal baseava-se
na reciprocidade de direitos e de obrigações: o servo devia serviço militar a
seu suserano, mas tinha o direito de receber um feudo em retribuição.
7. (UECE/2011) A sociedade feudal foi
descrita por meio de poesia épica. Sem muito refinamento e sofisticação,
utilizou-se amplamente da virilidade como tema, por meio de personagens
masculinos que possuíam qualidades essenciais de um cavaleiro: a bravura, a
habilidade com as armas, em especial a espada, a lealdade do cavaleiro em
relação ao seu suserano etc. Sobre os poemas épicos medievais é correto
afirmar-se que
a) são considerados
precursores do humanismo porque restituíram ao homem medieval a confiança em si
e a liberdade em relação à religião.
b) os mais importantes são a Canção de Rolando
(francês), o Poema de Cid (espanhol) e a Demanda do Santo Graal (britânico).
c) São Tomás de Aquino
foi o autor mais importante da épica medieval, compôs inúmeras obras
trovadorescas.
d) a estética dominante
recorre ao grotesco e pressupõe um ideal literário fundamentado em conceitos
intelectuais.
8. (UEL PR/2011) Leia o texto a seguir.
Os
camponeses que viviam nessas terras já não eram homens livres [...]. Eles
pertenciam à terra que o rei tinha atribuído a um senhor ou às terras que um
nobre já possuía. [...] Esses camponeses eram chamados “servos”. Não eram
considerados cidadãos do reino. Nem tinham direito de se deslocar conforme
quisessem, nem de decidir se estavam ou não dispostos a cultivar. [...] Esses
homens sem liberdade não eram exatamente escravos, pois pertenciam à terra, que
por sua vez pertencia ao rei, mesmo que ele a cedesse a um nobre. O nobre ou
príncipe não tinha direito de vendê-los nem de matá-los, ao contrário do que
acontecia com os donos de escravos de antes. Fora isso, tinha direito de exigir
deles o que quisesse. Sempre que ordenasse, os servos tinham de cultivar suas
terras e trabalhar para ele. Eram obrigados a lhe fornecer regularmente pão e
carne para sua alimentação, pois o nobre não trabalhava no campo. No máximo ia
à caça,
quando
tinha vontade. O domínio que o rei lhe cedera, chamado “feudo”, era sua
propriedade, e ele a transmitia ao filho por herança, a não ser que cometesse
faltas graves para com o rei. Em troca do feudo, o senhor se comprometia com o
rei a custear a formação de um exército com seus camponeses e outros senhores e
a lutar pelo rei quando houvesse guerra. Ora, guerras havia com frequência.
(GOMBRICH,
E. H. Breve história do mundo. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 160-161.)
De acordo
com o texto e com os conhecimentos sobre a sociedade feudal europeia, é correto
afirmar:
a) A instituição do
feudalismo estimulou a formação de um mercado de compra e venda de terras,
constituindo-se embrião da atual propriedade privada fundiária.
b) A Igreja de Roma
resistiu à formação dos feudos, devido à sua opção preferencial pelos pobres,
ficando segregada do sistema feudal.
c) As cidades europeias
desapareceram a partir do século XI, no período de crise da produção feudal,
porque o comércio foi extinto.
d) Os Estados medievais
constituíram estruturas poderosas e complexas, com exército regulares, cunhagem
centralizada da moeda e sistema jurídico baseado no Direito Romano.
e) As terras senhoriais eram compostas pelas
reservas senhoriais, trabalhadas pelos servos, pelas terras destinadas à
subsistência dos servos e pelas terras coletivas, para o uso de todos.
9. (UFV MG/2011) Considere as
afirmativas abaixo sobre o campo e a cidade no período medieval, atribuindo V
para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
(__) Na Alta Idade Média, as
cidades pagavam tributos aos senhores por ocupar suas terras.
(__) O uso dos campos
abertos era permitido aos servos para retirar lenha e frutos silvestres.
(__) Entre os séculos XI e XIII, a maioria da
população na Europa vivia no campo.
A
sequência CORRETA é:
a) V, V, F.
b) F, V, V.
c) V, F, F.
d) F, F, V.
10. (UNCISAL AL/2011) Chamamos de feudalismo
ao sistema social que se desenvolveu na Europa medieval, cuja característica
básica foi a dominação e exploração dos camponeses pela nobreza por meio da
servidão.
(Luiz
Koshiba, História: origens, estruturas e processos)
No
contexto da Europa medieval, essa relação de trabalho
a) colocava o servo em posição de dependência
de um senhor feudal, a quem devia um conjunto de obrigações servis, com a
corveia e a talha.
b) exigia que o servo
jurasse fidelidade ao senhor feudal, que tinha o direito de convocar todos os
seus servos para a defesa militar do feudo.
c) resumia-se na
contratação dos trabalhadores rurais como meeiros dos senhores feudais, que
recebiam parte da produção agrícola obtida pelos servos.
d) permitia que os servos
escolhessem o feudo que lhes interessasse explorar, ao mesmo tempo em que os
senhores feudais garantiam proteção militar aos seus servos.
e) determinava absoluta
fidelidade do servo ao senhor feudal, mas também garantia ao servo liberdade de
deixar o feudo após 7 anos de trabalho.
11. (FUVEST SP/2012) A palavra “feudalismo”
carrega consigo vários sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados
a
a) sociedades marcadas por dependências mútuas
e assimétricas entre senhores e vassalos.
b) relações de parentesco
determinadas pelo local de nascimento, sobretudo quando urbano.
c) regimes inteiramente
dominados pela fé religiosa, seja ela cristã ou muçulmana.
d) altas concentrações
fundiárias e capitalistas.
e) formas de economias de
subsistência pré-agrícolas.
12. (UNESP SP/2012) (...) o elemento
religioso não limitou os seus efeitos ao fortalecimento, no mundo da cavalaria,
do espírito de corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do
grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no altar, era-lhe
exigido um juramento, que especificava as suas obrigações.
(Marc
Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
O texto
mostra que os cavaleiros medievais, entre outros aspectos de sua formação e
conduta,
a) mantinham-se fieis aos
comerciantes das cidades, a quem deviam proteger e defender na vida cotidiana e
em caso de guerra.
b) privilegiavam, na sua
formação, os aspectos religiosos, em detrimento da preparação e dos exercícios
militares.
c) valorizavam os
torneios, pois neles mostravam seus talentos e sua força, ganhando prestígio e
poder no mundo medieval.
d) agiam apenas de forma
individual, realizando constantes disputas e combates entre si.
e) definiam-se como uma ordem particular dentro
da rígida estrutura feudal, mas mantinham vínculos profundos com a Igreja.
13. (Mackenzie SP/2012) A História nos mostra
que as concepções acerca do trabalho, suas funções e significações se
transformaram ao longo do tempo. A esse respeito, leia o texto que se segue:
“(...)
conforme o esquema trifuncional indo-europeu estruturado por Georges Dumézil, a
partir do século XI, a sociedade cristã é frequentemente descrita como composta
de homens que oram (oratores, os clérigos), de homens que guerreiam (bellatores,
os guerreiros) e, enfim, de homens que trabalham (laboratores, na época,
essencialmente camponeses). Mesmo que vários textos enfatizem que os
laboratores são inferiores aos oratores e bellatores, o surgimento dos
trabalhadores no esquema constitutivo da sociedade exprime a promoção do
trabalho e daqueles que o praticam”.
Jacques
Le Goff. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, v.II, pp.568-569.
Pela
análise do trecho, é incorreto afirmar que
a) a crise do feudalismo,
a partir do século XI, promoveu alterações na mentalidade medieval acerca do
trabalho, uma vez que, mesmo depreciado, reconhecia-se sua importância para a
própria existência do mundo feudal.
b) mesmo que a Idade
Média seja, tradicionalmente, um período de depreciação do trabalho manual,
houve inegáveis mudanças nesse sentido, principalmente a partir do século XI,
como apontado no texto.
c) os bellatores, terceira ordem feudal,
responsáveis pela defesa dos camponeses, determinavam todas as concepções
acerca do trabalho, uma vez que eram os donos das terras e os responsáveis pela
produção agrícola.
d) a divisão tradicional
da sociedade medieval em três ordens revela a importância que o trabalho
adquiria naquele momento, mas também nos mostra a necessidade de se justificar
o domínio sobre os camponeses.
e) diferentes
civilizações, ao longo da História, necessitam de justificativas e de padrões
culturais aceitos pelo conjunto da sociedade, com o intuito de garantir o
domínio, de certas parcelas, sobre o conjunto da população.
14. (UPE/2012) O pensamento católico
marcou as formas de ser e de pensar na Europa, durante a Idade Média. Sobre a
produção cultural, ligada ao catolicismo no medievo, marque a alternativa
CORRETA.
a) Apesar de,
inicialmente, terem sido associadas à heresia, as ideias de John Huss influenciaram
o catolicismo romano a partir do século XIII.
b) O pensamento de São
Tomás de Aquino contestava a filosofia de Aristóteles, expondo o paganismo
presente na obra do pensador clássico.
c) Os mosteiros
beneditinos serviram como polos de vulgarização do saber teológico.
d) As primeiras traduções
da Bíblia do latim para outras línguas, realizadas com o apoio da igreja
católica, datam da alta Idade Média.
e) Em sua obra, Santo Agostinho estabelece um
diálogo com o pensamento de Platão.
15. (UECE/2012) Leia com bastante
atenção a “Fórmula de Tours”, relativa ao séc. VIII d.C., que expressa um
juramento pelo qual um homem livre se encomendava a um senhor.
“Ao
magnífico Senhor [...], eu [...]. Sendo bem sabido por todos quão pouco tenho
para me alimentar e vestir, apelei por esta razão para a vossa piedade, tendo
vós decidido permitir-me que eu me entregue e encomende ao vosso mundoburdus; o
que fiz nas seguintes condições: devereis ajudar-me e sustentar-me tanto em
víveres como em vestuário, enquanto vos puder servir e merecer; e eu, enquanto
for vivo, deverei prestar-vos serviço e obediência como um homem livre, sem que
me seja permitido em toda a minha vida, subtrair-me ao vosso poder e
mundoburdus, mas antes deverei permanecer, para todos os dias da minha vida,
sob o vosso poder e defesa. Logo, fica combinado que, se um de nós quiser
deixar esta convenção, pagará [...] soldos à outra parte e o acordo permanecerá
firme. Parece-nos pois conveniente que as duas partes interessadas façam entre
si e confirmem dois documentos do mesmo teor, o que assim fizeram.”
Espinosa,
F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa Editora, 1972.
Esse
juramento era proferido em um ritual que fundamentava o sistema feudal. Após
proferi-lo, um homem passava a ser
a) senhor feudal.
b) vassalo de um senhor.
c) domínio de um
senhorio.
d) suserano de um feudo.
16. (UEMA/2012) Sobre o posicionamento
da Igreja Católica durante o período conhecido como Idade Média (séculos V a
XV), leia as assertivas abaixo.
I. Era contra a
ingerência dos leigos nas questões religiosas e, por isso, com a Reforma
Gregoriana, proibiu essa interferência e exigiu a moralização do clero,
tornando o celibato obrigatório.
II. Foi a principal
responsável pelo ensino através da criação das universidades, onde se aprendiam
o trivium (Gramática, Retórica e Lógica) e o quadrivium (Aritmética, Geometria,
Astronomia e Música).
III. Era contra a venda de
dinheiro a juros, usura, também considerada como a venda do tempo de Deus. Os
que exerciam essa atividade eram aconselhados pelos clérigos a fazer
penitências e doações para evitar o inferno após a morte.
IV. Justificava a
desigualdade social, afirmando que Deus quis que uns rezassem e outros
trabalhassem; os camponeses só atingiriam a felicidade na outra vida, após
terem sustentado com o seu trabalho os oratores e bellatores.
V. Aprovava a convivência pacífica entre todas as
religiões: cristã, judaica e muçulmana e, por esse motivo, condenou as
Cruzadas, movimento cristão que também possuía interesses econômicos e
políticos.
Estão
corretas as alternativas
a) I, II, III e IV apenas.
b) I, II, III, IV e V.
c) I, II e III apenas.
d) III, IV e V apenas.
e) I, III e V apenas.
17. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2013) Portanto, a cidade de Deus, que
se crê única, está dividida em três ordens: alguns rezam, outros combatem,
outros trabalham. Estas três ordens vivem juntas e não suportariam uma
separação.
Adalberto,
Bispo de Laon
O texto
se refere
a) à República romana, em
que sacerdotes pagãos controlavam a religião, generais comandavam o exército e
escravos trabalhavam na terra.
b) ao final do Império
Romano, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial, o exército ganhou
importância e o escravismo atingiu o seu apogeu.
c) à sociedade feudal, em que o clero fazia o
serviço religioso, a nobreza guerreava e os servos
trabalhavam
na terra para os seus senhores feudais.
d) ao final da Idade
Média, em que a Igreja tinha muito poder, os exércitos eram constituídos por
servos e os burgueses trabalhavam com o comércio.
e) ao Antigo Regime, no
qual o direito divino conferia legitimidade ao Absolutismo, as guerras eram
religiosas e a nobreza vivia na corte, em torno do rei.
18. (FATEC SP/2013) A partir do ano 1000,
a população europeia tem um grande aumento. Este crescimento demográfico se
relaciona com as tecnologias desenvolvidas naquela época, as quais aumentaram a
produção agrícola e melhoraram as condições de saúde e alimentação: a charrua,
substituindo o arado, a utilização do cavalo nas lavouras, e a rotatividade de
plantações, aproveitando melhor os solos. As populações do período agrupavam-se
em aldeias em volta da igreja e do castelo.
(Le Goff,
Jacques. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 24. Adaptado)
A partir
das informações do texto, é correto afirmar que o contexto histórico em questão
é o
a) escravismo antigo.
b) capitalismo
industrial.
c) socialismo soviético.
d) feudalismo
medieval.
e) mercantilismo moderno.
19. (IFGO/2013) Leia a descrição abaixo.
Esses
homens não recebiam salário, mas trabalhavam em troca de moradia e proteção.
Eles trabalhavam em terras que não eram suas, mas de um proprietário que exigia
parte da produção. Ali viviam até a morte, nunca podendo abandonar seu
trabalho. Porém, eles não poderiam ser negociados ou expulsos da propriedade.
Esse
trabalhador descrito identifica-se como
a) um homem que viveu sob
o regime de parceria, trabalho típico da segunda metade do século XIX no
Brasil.
b) um escravo da
Antiguidade romana, que não recebia salário nem terras, vivendo ao lado de seu
proprietário.
c) um servo feudal, preso à terra e às
tradições medievais. Morava no feudo de seu senhor e pagava pela proteção
recebida, a talha e a corveia.
d) um colono que, após 20
anos de trabalho, recebia a propriedade da terra, através da Lei de Terras de
1850.
e) um vassalo que jurava
obediência ao seu senhor, seu suserano. Além dos serviços agrícolas prestados,
esse vassalo ia à guerra, defendendo os interesses de seu senhor.
20. (PUC SP/2013) “O modo de produção
feudal, tal como apareceu na Europa ocidental, deixava em geral aos camponeses
apenas o espaço mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro das
duras limitações do sistema senhorial.”
Perry
Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1980, p.
208. Adaptado.
O texto
caracteriza o modo de produção feudal, destacando que
a) havia classes
distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social fosse atenuada pelas
amplas oportunidades de lucro que os senhores ofereciam aos camponeses.
b) as relações de
suserania e vassalagem e o caráter rural do feudalismo eliminaram as cidades e
provocaram o declínio do comércio e das atividades de serviço.
c) a possibilidade de melhoria da condição
econômica dos camponeses era bastante restrita, devido ao conjunto de
obrigações que estes deviam prestar aos senhores.
d) as longas jornadas de
trabalho nas lavouras e a ampla gama de impostos impediam os camponeses de
ascenderem socialmente e provocavam a ruína dos senhores de terras.
e) havia oportunidades de
transformação social no feudalismo, embora os camponeses raramente as
aproveitassem, pois preferiam se dedicar prioritariamente ao trabalho.
21. (UFTM MG/2013) As catedrais são imensas,
mas, acima de tudo, são altas, para impressionar aquele que as vê e as visita,
e fazer com que sinta uma coisa muito importante: a altura do lugar reflete a
altura de Deus no céu. As catedrais são dedicadas a ele, são a sua casa. E seu
prestígio se estende àquele que o representa na terra: o bispo. Um outro
aspecto mais banal teve certamente sua importância: as catedrais estão quase
sempre situadas nas cidades, que concorrem entre si para ver qual delas terá a
maior, a mais alta, a mais bela catedral.
(Jacques
Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007. Adaptado.)
Segundo o
texto, as catedrais medievais
a) demonstram o poder de
Deus na Terra e consolidam, por meio dos bispos, a supremacia do poder temporal
sobre o poder religioso.
b) revelam a
impossibilidade humana de superar limites e barreiras na adoração a Deus e na
edificação arquitetônica.
c) têm importante caráter simbólico na
construção e manutenção da fé religiosa e nas disputas políticas entre cidades.
d) manifestam o
despojamento e a pobreza sem ostentação dos líderes religiosos e políticos,
pois a edificação das catedrais é justificada como prova do amor a Deus.
e) são destituídas de
significados religiosos, pois a principal preocupação de seus edificadores é
confirmar o poder dos bispos e dos líderes políticos locais.
22. (UFTM MG/2013) Identifique a
afirmação correta sobre a Idade Média Ocidental.
a) Os “mendicantes” que
circulam pelas cidades e pelos campos são sempre religiosos que se dedicam à
obtenção de recursos para peregrinações à Terra Santa.
b) As pessoas
que, dada sua origem, ocupam as posições sociais mais elevadas recebem o nome
de “senhores”, porque as terras que possuem são designadas “senhorias”.
c) As relações de
vassalagem e de servidão ocorrem no interior da nobreza e definem a submissão
hierárquica dos senhores perante os reis.
d) São vedadas as
práticas de escravidão por dívida e guerra, mas os camponeses podem ser
considerados propriedade dos senhores.
e) Os religiosos são os
únicos que têm direito de receber rendas e tributos pagos pelos camponeses.
23. (UCS RS/2013) O feudalismo
substituiu o escravismo antigo, estabelecendo novas relações de trabalho,
baseadas na mão de obra servil. No sistema feudal, os servos
a) poderiam ser vendidos
como mercadorias e eram obrigados a trabalhar o tempo inteiro para o senhor
feudal.
b) estavam subordinados aos senhores feudais,
por meio de obrigações, tais como: a corveia e as banalidades.
c) eram trabalhadores
livres, podendo pedir demissão e procurar outro emprego sempre que quisessem.
d) eram, na sua maioria,
prisioneiros de guerra, podendo ser trocados e vendidos nos mercados locais.
e) recebiam salário
compatível com o trabalho executado: quanto mais trabalhassem, mais ganhavam.
24. (UNESP SP/2012) [Na época feudal] o
mundo terrestre era visto como palco da luta entre as forças do Bem e as do
Mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais da época:
a belicosidade.
(Hilário
Franco Junior. O feudalismo, 1986. Adaptado.)
A
belicosidade (disposição para a guerra) mencionada expressava- se, por exemplo,
a) no ingresso de homens
de todas as camadas sociais na cavalaria e na sua participação em torneios.
b) no pacto que reunia
senhores e servos e determinava as chamadas relações vassálicas.
c) na ampla rejeição às
Cruzadas e às tentativas cristãs de reconquista de Jerusalém.
d) no empenho demonstrado nas lutas contra
muçulmanos, vikings e diferentes formas de heresias.
e) na submissão de senhores
e vassalos, reis e súditos, ao Islamismo.
25. (ESPM/2012) Os vínculos e a
hierarquia entre a nobreza feudal eram estabelecidos pelos laços de suserania e
vassalagem. Um senhor feudal, possuidor de grandes porções de terra, doava uma
parcela de suas propriedades a outro nobre. O doador passava a ser considerado
suserano e o recebedor, vassalo.
(Leonel
Itaussu Mello e Luís César Amad Costa. História Antiga e Medieval)
Aponte a
alternativa que apresenta uma obrigação de vassalagem:
a) corveia: trabalho gratuito
nas terras do senhor;
b) talha: porcentagem da
produção das tenências;
c) banalidade: tributo
cobrado pelo uso de instrumentos do senhor;
d) pagamento de resgate caso o suserano fosse
feito prisioneiro;
e) capitação: imposto
pago por cada membro da família do vassalo.
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