1. (UFTM MG) Imperador de Roma entre 253 e 260,
Valeriano escreveu:
Não
consideramos que os coloni [colonos] tenham a liberdade de abandonar a terra à
qual estão presos por sua situação e nascimento. Se o fizerem, que sejam
trazidos de volta, acorrentados e castigados.
(Apud
Gordon V. Childe. O que aconteceu na história, 1973.)
A
determinação imperial ocorreu
a) por ocasião da
abolição da escravatura e consequente desorganização gerada pela mudança do
regime de trabalho.
b) em um momento de crise do Império, quando a situação de arrendatários e
camponeses deteriorou-se.
c) em função das invasões
dos povos que viviam fora do Império, o que propiciou a fuga dos colonos.
d) em represália às
atitudes dos cristãos, que condenavam os trabalhos forçados e promoviam
revoltas.
e) por conta do início da
expansão do Império, que exigiu um grande exército e causou o despovoamento dos
campos.
2. (UNESP SP) A escravatura [na Roma
antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento
em grande escala foi consequência das guerras de conquista […].
(Patrick
Le Roux. Império Romano, 2010.)
Sobre a
escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que
a) assemelhava-se à
escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e
pela raça.
b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar
Mediterrâneo.
c) atingiu o auge com a
ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central.
d) diminuiu bastante após
a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos.
e) diferenciava-se da
escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam
se tornar livres.
3. (ESPM) Conquistada a Itália, o imperialismo
romano começou a projetar-se no Mediterrâneo ocidental. A expansão por essa
área correspondia aos interesses de várias camadas sociais romanas: plebeus
enriquecidos que pretendiam ampliar suas atividades comerciais; latifundiários
e pequenos agricultores, que viam nas terras férteis da Sicília e de outras
ilhas uma fonte de riquezas.
(Raymundo
de Campos. Estudos de História Antiga e Medieval)
As
pretensões expansionistas romanas que o texto descreve contribuíram para:
a) as Guerras Médicas
contra os persas.
b) a Guerra do Peloponeso
contra os gregos.
c) as Guerras Púnicas contra os cartagineses.
d) a guerra contra
Mitridates, rei do Ponto.
e) a Guerra da Gália
contra os gauleses.
4. (FMJ SP) É(são) fator(es) da crise estrutural
que, a partir do século III, contribuiu(ram) para o declínio e posterior
fragmentação do Império Romano do Ocidente:
a) a intolerância
cultural e a intervenção permanente nos costumes dos povos subjugados para o
estabelecimento da política conhecida como Pax Romana.
b) a ampliação dos gastos
e os esforços militares com o objetivo de expandir as fronteiras do Império
Romano e alcançar sua máxima extensão territorial.
c) o enfraquecimento e a
desmontagem gradual do sistema de colonato devido ao desinteresse econômico dos
grandes proprietários rurais em mantê-lo.
d) a diminuição dos espólios de guerra e da arrecadação de tributos
obtidos por meio de conquistas, gerando grande instabilidade militar e
política.
e) o aumento da oferta e
a consequente diminuição do preço dos escravos, reduzindo os lucros obtidos
pelos comerciantes que se dedicavam a essa atividade.
5. (UECE) As Guerras Púnicas foram uma série de
combates entre Roma e Cartago entre o III e o II século a.C.; receberam esse
nome, porque os romanos chamavam os cartagineses de púnicos. Tiveram
importância significativa na história de Roma e do mundo antigo, porque
a) Roma não superou
várias derrotas para Aníbal.
b) o embate entre Roma e
Cartago durou muito tempo, mais de um século.
c) após a vitória, Roma
entrou em contato com diversas civilizações e adquiriu maior progresso.
d) Roma se afirmou como primeira potência e dominou política e
culturalmente os povos do Mediterrâneo.
6. (PUC RS) Durante o período monárquico (cerca de
750 a.C. a 509 a.C.), a organização social básica do mundo romano era a
_________, comunidade formada por um grupo extenso de membros que se
reconheciam como descendentes de um antepassado comum e onde se concentravam
propriedades e fortunas. Os líderes de tais comunidades eram homens conhecidos
como _________, chefes de família com direito de vida e morte sobre os demais
membros. Não faziam parte dessas comunidades os _________, indivíduos
originários de povos submetidos pela população nativa de Roma. Esses indivíduos
eram súditos livres, proprietários e contribuintes, mas não podiam exercer
funções públicas, exceto serviços militares.
a) tribo patrícios servos
b) tribo monarcas
clientes
c) gens patrícios plebeus
d) cúria eupátridas
clientes
e) gens monarcas plebeus
7. (UEFS BA) Em meados do século II d.C. [...], a
secular e incessante expansão do Império Romano chegara ao fim. Roma dependia
de uma rede de fortes, paredões de pedra e barreiras naturais para isolar o
Império dos bárbaros, termo utilizado para todos que viviam além de suas
fronteiras. Elas eram mantidas intactas por uma mescla de diplomacia, comércio
e violência. No século V, as incursões bárbaras levaram à queda da parte
ocidental do Império. (CURRY; CLARK, 2012, p. 47).
CURRY,
A.; CLARK, R. Fronteiras do passado. National Geographic Brasil. São Paulo:
Abril, no 13, n. 150, set. 2012.
O texto e
os conhecimentos sobre a história do Império Romano indicam como uma das
soluções encontradas para contornar o problema da extensão territorial, no
século IV,
a) o estabelecimento do
governo dos triunviratos, como estratégia militar para impedir a invasão dos
bárbaros.
b) a conquista da Gália
por Marco Antônio, que, após esse fato, foi coroado como primeiro imperador
romano.
c) a aliança firmada com
os turcos otomanos, garantindo a proteção às fronteiras do norte.
d) a concessão da
liberdade de cultos aos cristãos, garantindo seu apoio à defesa do Império.
e) a divisão do Império entre Ocidente e Oriente, ficando as cidades de
Roma e Bizâncio como suas respectivas capitais.
8. (UEG GO) Ele completou o senado, criou novos
patrícios, aumentou o número de pretores [...]. Compartilhou com o povo o poder
dos comícios de tal forma que, com exceção dos candidatos ao consulado, metade
dos eleitos eram escolhidos da lista proposta pelo povo e a outra metade
composta por escolhidos por ele próprio.
Suetônio.
In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 2009. p.
84.
O trecho
acima foi extraído da biografia de Júlio César, escrita pelo historiador romano
Suetônio. Mostra o imenso poder que acumulou após se tornar o último
sobrevivente do Primeiro Triunvirato, impondo-se como Ditador de Roma. Em
decorrência dessa concentração de poder, Júlio César
a) desafiou o Senado,
cruzando o rio Rubicão com o objetivo de entrar em Roma com suas legiões,
ocasião em que teria dito que “a sorte está lançada”.
b) recusou-se a deixar a
província da Gália, onde estava enriquecendo, descumprindo uma ordem do Senado,
que o declarou “inimigo do povo”.
c) entrou em Guerra Civil
com o maior general de Roma, Pompeu, forçando-o a fugir para o Egito, onde foi
assassinado logo que desembarcou.
d) sofreu um atentado fatal movido por membros de uma facção descontente do
senado, que temia que César se proclamasse rei de Roma.
9. (UEPA)
Até
então, nunca houvera tamanha produção em massa de pintura, nunca a pintura
tinha sido empregada com objetivos tão triviais e tão efêmeros como agora em
Roma. Quem quer que apelasse para o público, que o informasse a respeito de
questões importantes, ávido por pleitear sua causa ou conquistar adeptos para
seus interesses, recorria sabiamente à pintura com tal propósito. O general
vitorioso, em seu desfile triunfal, ia rodeado de cartazes que exibiam conquistadas
e retratavam a humilhação do inimigo aos olhos do povo extasiado.
(HAUSER,
Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes,
1995.p.110 In CATELLI JÙNIOR, Roberto. História: texto e contexto. Ensino médio,
volume único. São Paulo. Scipione, 2006.p.107)
A partir
da leitura do texto, do historiador Arnold Hauser, é correto afirmar que:
a) em algum momento da história do Império Romano, a produção de obras de
arte, como a pintura de cartazes, citada acima, glorificava as conquistas e
humilhava os povos conquistados, perante o povo que assistia extasiado ao
desfile militar.
b) as guerras eram um
aspecto constante no cotidiano dos povos da Antiguidade Greco-Romana, e a
vitória naturalizava a dominação cultural que os impérios vencedores impunham
aos vencidos, fazendo com que artistas as imortalizassem em obras de arte.
c) nos impérios, as
conquistas eram fundamentais para manter a organização política do Estado, por
isso, tanto na Grécia quanto em Roma, eram promovidos os desfiles militares em
que as vitórias eram celebradas com a exposição dos vencidos.
d) a guerra, em Roma,
fazia parte do cotidiano de sua população, e para mantê-la como um valor de
cidadania e superioridade sobre os demais povos, foi instituído o mecenato pelo
Estado Imperial romano, de modo a incentivar os artistas a imortalizá-la em
suas obras.
e) os impérios
vitoriosos, em diferentes épocas da humanidade, disseminaram seus hábitos
culturais sobre os povos dominados, com exceção dos romanos, como bem retratam
suas pinturas, que impunham taxações e escravização aos derrotados.
10. (UFPB)
Considerando
o período da República romana (509 a.C. – 27 a.C.), é correto afirmar:
a) As grandes disputas
políticas entre patrícios e plebeus provocaram um período de decréscimo
territorial em Roma.
b) A concentração de terras nas mãos dos patrícios, além das conquistas
militares, levou a um aumento exponencial do número de escravos.
c) As derrotas romanas
nas Guerras Púnicas, contra Cartago, levaram à guerra civil, provocando o fim
da República e o início do Império.
d) Os dois grupos em
disputa na sociedade romana, patrícios e plebeus, aliaram-se para diminuir o
poder estrangeiro em Roma.
e) Os romanos entraram em
contato com várias religiões estrangeiras, como o Cristianismo, resultando
disso um período de grande riqueza cultural.
11. (Unifev
SP) Com o passar dos séculos, desenvolveram-se muitas
diferenças entre a Igreja bizantina e a Igreja romana. O papa (bispo de Roma)
resistiu às tentativas de domínio do imperador bizantino, e os bizantinos não
queriam aceitar o papa como o chefe de todos os cristãos. Discordavam em
relação às cerimônias, dias santificados, culto a imagens e direitos do clero.
O rompimento final ocorreu em 1054. A Igreja cristã foi dividida em Católica
Romana, no Ocidente, e Ortodoxa Oriental (grega), no Oriente, divisão essa que
perdura até hoje. Divergências políticas e culturais ampliaram a separação. No
Império Bizantino, o grego era a língua da religião e da vida intelectual; na
cristandade latina, era o latim.
(Flavio
de Campos. A escrita da história, 2005.)
O texto
afirma que
a) a separação das duas
igrejas não afetou a liderança do papa, que continuou a ser considerado líder
supremo de todos os cristãos.
b) as negociações entre o
papado e o Império Bizantino permitiram que, apesar do cisma, os rituais e
cultos permanecessem idênticos nas duas Igrejas.
c) as implicações do
cisma ultrapassaram os aspectos religiosos e afetaram a produção cultural e
intelectual no Ocidente e no Oriente.
d) as divergências entre
a Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa derivaram da influência
helenística sobre o Ocidente europeu.
e) a divisão da Igreja
ocorreu devido à não separação, na Igreja Ortodoxa, entre o poder secular e o
poder religioso.
12. (FUVEST
SP) César não saíra de sua província para fazer mal
algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus
poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da
Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção
minoritária.
Caio
Júlio César. A Guerra Civil. São
Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67.
O texto,
do século I a.C, retrata o cenário romano de
a) implantação da
Monarquia, quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao
ostracismo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.
b) transição da República ao Império, período de reformulações provocadas
pela expansão mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da plebe.
c) consolidação da
República, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais
e pela implementação de amplo programa de reforma agrária.
d) passagem da Monarquia
à República, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder
e da influência política dos militares.
e) decadência do Império,
então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas
rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.
13. (ESPM) Os hunos em geral e Átila em particular
têm uma merecida fama de homens endurecidos pela atividade militar. As fontes
históricas revelam a imagem que fazemos do huno: um soldado montado. Todos os
nômades andavam a cavalo, o meio de locomoção habitual do tempo. Mas a destreza
dos cavaleiros hunos impressiona os observadores contemporâneos.
Sua arma
mais importante era o arco. Mais forte do que um arco simples, ele tinha um
alcance de 150 metros. No galope ele controlava seu cavalo com os joelhos,
enquanto disparava uma flecha.
(Revista
História Viva, no. 116, pag. 34, 2013)
A partir
do texto, e levando em consideração o que se sabe sobre os hunos, é correto assinalar:
a) os hunos foram
bárbaros que, graças a sua destreza de cavaleiros, derrubaram o Império
Bizantino.
b) os hunos foram
bárbaros cujo poderio naval atormentou o Império Romano.
c) hábeis cavaleiros, os
hunos foram nômades que assolaram o mundo grego e devastaram Atenas e Esparta.
d) capazes de ataques rápidos, e notáveis pela destreza de seus
cavaleiros, os hunos promoveram uma ofensiva contra a região da Itália, no
Império Romano.
e) famosos pela força de
sua infantaria, os hunos foram os responsáveis diretos pela derrubada do
império romano.
14. (Fac. Direito de Sorocaba SP) Aventureiros políticos
exploravam a venda de cereais a baixo custo e a distribuição de terras, para beneficiar
suas carreiras. Esses novos defensores da reforma social eram os demagogos, que
encantavam e manipulavam a plebe marginalizada com pão e circo (...). Seu
principal objetivo era fragilizar o Senado e concentrar o poder nas próprias
mãos. A plebe marginalizada, depois de décadas de ociosidade e de alimentos e
entretenimentos gratuitos, estava pronta a apoiar aquele que lhes acenasse com
promessas mais sedutoras.
(Flávio
de Campos e Renan Miranda, A escrita da História)
O texto
ajuda a compreender
a) as rivalidades entre
as cidades-Estado gregas, que desencadearam guerras e fragilizaram seus
governos.
b) o enfraquecimento
político das cidades gregas que, em breve, cairiam sob domínio do Império
Macedônio.
c) os efeitos do choque
entre os imperialismos grego, cartaginês e romano na bacia do Mar Mediterrâneo.
d) a decadência da República romana, que não atendia mais às exigências de
controle dos territórios conquistados.
e) a crise das
instituições do Império Romano, que seria abalado por invasões dos povos
germânicos.
15. (Fac. Santa Marcelina SP) Outro aspecto
importante da participação da cidadania na vida pública da sociedade romana
consistia nos jogos de gladiadores. Pode parecer estranho relacionar cidadania
e esses jogos sangrentos, mas esses espetáculos foram importantes na afirmação
da cidadania. A luta de gladiadores não se destinava à mera diversão do povo,
nem a luta era até a morte. Ao final de cada combate, o perdedor deveria
retirar o capacete e oferecer o pescoço ao vencedor, que não podia tirar-lhe a
vida por iniciativa própria. Também não cabia ao magistrado ou ao imperador
decidir o destino do perdedor: apenas os espectadores podiam fazê-lo.
(Pedro
Paulo Funari. A cidadania entre os romanos In: Jaime Pinsky e Carla Bassanezi
Pinsky (orgs.). História da cidadania, 2008. Adaptado.)
Dentre as
características da sociedade romana à época retratada no excerto, é correto
afirmar que
a) havia uma extrema
centralização política, que impedia a participação popular em quaisquer
circunstâncias, fosse nas decisões políticas ou nos jogos e espetáculos.
b) existiam restrições à participação política da maior parte da
população, mas o princípio da soberania popular manifestava- se na arena, no
momento dos jogos, pois lá todos podiam expressar-se.
c) valorizava-se a noção
de cidadania, por meio da contínua ampliação dos mecanismos de participação dos
romanos na vida pública e nas decisões de interesse coletivo.
d) era fortemente
hierarquizada e militarizada, e os jogos e espetáculos serviam como expressões
simbólicas do autoritarismo vigente, que excluía toda forma de manifestação
popular.
e) caracterizava-se como
uma democracia, pois as decisões, desde as lutas de gladiadores aos rumos da
vida política do Império, derivavam da vontade popular.
16. (Fameca
SP) É impossível apontar a “causa” da crise do Império
Romano. Simplificar o problema é um equívoco. A chamada crise do século III
atingiu o setor interno, mas sua manifestação mais evidente foi a ameaça
exterior contra as províncias romanas.
(Maria
Luiza Corassin. Sociedade e política na Roma antiga, 2001. Adaptado.)
Dois
exemplos dessa “ameaça exterior” foram
a) o expansionismo
macedônio na parte ocidental do Império e os ataques dos vikings.
b) a unificação dos
árabes sob o Islã e a desestruturação do exército romano na África.
c) a política expansionista do Império Persa e as investidas dos germanos
nas fronteiras.
d) o avanço do
catolicismo no Oriente e os confrontos com as cidades-Estado gregas.
e) a hegemonia de Cartago
na bacia do Mediterrâneo e as sucessivas invasões bárbaras.
17. (FGV)
O
anfiteatro era, para os romanos, parte de sua normalidade cotidiana, um lugar
no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros
eram expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se
haviam insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também,
bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e
dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam
os valores normais da sociedade.
(Norberto
Luiz Guarinello, A normalidade da violência em Roma In http:// www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/
a_normalidade_da_violencia_em_roma.html)
Sobre as
relações entre os cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que
a) a violência durante a
República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos
povos bárbaros dentro das fronteiras romanas.
b) a prática do
cristianismo foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as
ocorrências violentas podem ser consideradas exceções.
c) o cristianismo sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua
recusa em aceitar a divinização dos imperadores.
d) a ação cristã foi
consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião
restringiu-se aos seus principais líderes.
e) a intensa violência
praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período,
apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana.
18. (Mackenzie
SP) O
Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele
resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa
importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir
que Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o
dinamismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra
decorrentes das conquistas.
b) Após a derrota romana
nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de
Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a
conquista do mar Mediterrâneo.
c) A explosão demográfica
e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas por
parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península
itálica a fim de minimizar as tensões sociais.
d) A necessidade de
expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião
oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova
doutrina para os povos bárbaros.
e) A crescente produção
de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão
de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as
demais províncias romanas.
19. (UEA
AM) Pois a plebe, que nada ousa por si, e a nenhum
conselho é admitida, quase é tida no lugar de escravos. Os mais dela, quando se
veem oprimidos, ou por dívida, ou pela grandeza dos tributos, ou pela
prepotência dos poderosos, escravizam- -se aos nobres, que exercem sobre eles
os mesmos direitos, que os senhores sobre os escravos.
(Júlio
César. Comentários sobre a guerra
gálica, s/d.)
Júlio
César publicou seu livro sobre a conquista romana da Gália em 51 a.C., ano de
conclusão da ação militar. O excerto, extraído desse livro, mostra a indignação
do general diante da sociedade gaulesa, na qual, ao contrário de Roma, a plebe
a) estava isenta de
compromissos econômicos de qualquer espécie, vivendo isoladamente nas suas
terras.
b) pouco participava das
guerras, beneficiando-se dos alimentos ofertados gratuitamente pelo Estado c) tinha um baixo grau de instrução
militar e, por isso, era desprezada pela culturalmente refinada nobreza
gaulesa.
d) submetia-se aos
vencedores romanos na tentativa de se libertar da severidade dos senhores
gauleses.
e) mal se distinguia
dos escravos, além de estar afastada dos direitos políticos.
20. (UECE) “[...] com seus 10 a 15 mil habitantes,
a Pompeia dos anos 70 d.C. apresentava-se como uma cidadezinha provinciana
enriquecida. Possuía uma agricultura desenvolvida, que alguns autores
consideram capitalista devido à sua orientação para o mercado. No campo,
predominavam fazendas escravistas voltadas para a produção de mercadorias,
trigo, azeite e, principalmente, vinhos de diversas qualidades: populares,
aromatizados, para aperitivo, medicinais, para citar apenas alguns. A criação
de gado e a floricultura também eram praticadas no campo. As principais
manufaturas encontravam-se concentradas no interior do recinto urbano: fábricas
de cerâmica, construção civil, tinturarias, lavanderias, manufaturas têxteis e
de confecções, de conservas de peixe e panificadoras. Embora não possamos falar
em revolução industrial, não cabe dúvida que a urbanização ligava-se ao papel
articulador do mercado numa economia baseada no consumo de massa.”
FUNARI,
Pedro Paulo A. A vida quotidiana na Roma antiga. São Paulo: Annablume, 2003.
p.54-55.
No
fragmento acima, Pedro Paulo de Abreu Funari se refere a
a) uma cidade medieval
que vivenciou o lento processo de transição da economia rural e agrícola do
feudalismo para uma economia urbana e mercantil da modernidade.
b) uma cidade romana
que viveu o seu apogeu no período do Império, com grande pujança econômica e
desenvolvimento urbano grandioso, até sua destruição pela erupção vulcânica do
monte Vesúvio.
c) uma colônia inglesa na
América que se desenvolveu autonomamente em relação a sua metrópole, praticando
comércio com áreas vizinhas e diversificando suas atividades econômicas.
d) uma cidade europeia
que teve seu desenvolvimento econômico ligado ao processo de industrialização
de manufaturas têxteis e de confecções desenvolvidas a partir da evolução
técnica oportunizada pela revolução industrial moderna.
21. (UEG GO) Como chamar a guerra que Espártaco
iniciou e conduziu? Escravos soldados sob generais gladiadores, os mais vis
comandados pelos piores, se constitui no escárnio aliado à calamidade.
FLORO.
In: PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 2009. p.
13.
O texto
citado foi escrito pelo historiador romano Floro e trata da revolta dos
escravos liderada pelo gladiador Espártaco contra o poder de Roma. Essa
história tão célebre que inspirou livros, filmes e séries de tevê terminou com
a) o fim da prática
escravista em Roma, que não resistiu à pressão dos rebeldes e dos romanos
contrários à escravidão.
b) a derrota do exército
romano liderado pelo cônsul Crasso, permitindo a fuga dos escravos da Península
Itálica.
c) a crucificação de
milhares de escravos rebeldes ao longo da Via Apia, a estrada que ligava Roma a
Cápua.
d) o crescimento da fé
cristã entre os escravos, permitindo uma maior integração desse grupo na
sociedade romana.
22. (UEPA) Além dos fervores e
das delícias do calendário religioso, havia outros prazeres que nada tinham de
sagrado e só eram encontrados na cidade; faziam parte das vantagens da vida
urbana. Tais prazeres consistiam nos banhos públicos e nos espetáculos
(teatros, corridas de carros no Circo, lutas de gladiadores ou de caçadores de
feras na arena do anfiteatro, ou em terra grega, no teatro) [...] Homens
livres, escravos, mulheres, crianças, todo mundo tinha acesso aos espetáculos e
aos banhos, inclusive os estrangeiros, vinha gente de longe para ver os
gladiadores numa cidade.
Por
alguns cêntimos, os pobres passavam horas num ambiente luxuoso que constituía
uma homenagem das autoridades. Além das complicadas instalações de banhos frios
e quentes, os pobres encontravam passeios e campos de esporte. [...] Nessa vida
de praia artificial, o maior prazer era de estar na multidão, gritar, encontrar
pessoas, escutar as conversas, saber de casos curiosos que seriam objetos de
anedota e exibir-se.
(ARIÈS,
Philippe; DUBY, Georges. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.p.193-194, In BRAICK, Patrícia Ramos e
MOTA, Myriam Becho.História:das cavernas ao terceiro milênio.vol.1.São
Paulo:Editora Moderna,2010).
A partir
da leitura do texto, é correto afirmar que o Estado romano propiciava:
a) espaços públicos luxuosos destinados aos banhos frios e quentes, que
tinham a finalidade de promover o lazer e estimular a comunicação e socialização
entre as diversas camadas sociais de Roma.
b) locais insalubres para
as camadas populares se divertirem, nos quais encontravam os banhos públicos e
espetáculos gratuitos como a luta de gladiadores, dentro da política do pão e
circo.
c) espaços privados de
lazer para as camadas mais abastadas da sociedade romana, onde eram cultivadas
rodas de conversação e espetáculos teatrais.
d) divertimentos
populares a todos os segmentos sociais, os quais eram realizados em espaços
públicos e privados, sendo nestes últimos instaladas as famosas termas onde
ocorriam os banhos quentes e frios.
e) oportunidades para os
segmentos sociais mais abastados se comunicarem com sujeitos vindos de outros
lugares, especialmente da Grécia, objetivando a interação de costumes e valores.
23. (UEPA) “As Catilinárias” são um célebre
discurso de Marco Túlio Cícero, filósofo e cônsul romano do século I a.C.,
contra Lucius Catilina. O discurso denuncia a trama do jovem patrício e de seus
seguidores para obter riquezas com a derrubada do governo republicano. O
discurso é representativo da obra ciceroniana que, em geral, apresenta a
política como tema central, mesmo em textos cujo propósito seja tratar de
questões jurídicas e filosóficas. Essa inclinação na obra de Cícero se explica
pelo (a):
a) ligação entre
pensamento filosófico e vida política na Roma republicana, cuja ordem
democrática ensejava uma prerrogativa utilitária para o exercício filosófico.
b) fato de Cícero ocupar
cargos políticos no Império Romano, o que demarca a peculiaridade da sua obra.
c) força do pensamento
jurídico na vida pública romana, o que limitava as possibilidades temáticas de
especulação filosófica.
d) fragilidade reflexiva
da filosofia romana se comparada às obras gregas dos séculos anteriores.
e) espaço ocupado pela oratória nas obras filosóficas romanas, empregada
como valioso instrumento para a ação política.
24. (UFG GO) Leia o verbete a seguir.
vândalo
(do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros que, na
Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que
destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo destrói,
quebra, rebenta.
FERREIRA,
Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua
portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (Adaptado).
O verbete
“vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O sentido
predominante no dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura
midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na
cultura ocidental, de uma
a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos
germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie.
b) mentalidade medieval,
que, após a queda do Império Romano, se apropriou da herança cultural dos povos
germânicos conquistadores, valorizando-a.
c) concepção
renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana, reprimidos
desde as invasões dos povos bárbaros.
d) imagem construída por
povos dominados pelo Império, que identificaram os vândalos como símbolo de
resistência à expansão romana.
e) percepção resultante
dos conflitos internos entre os povos germânicos que disseminou uma imagem
negativa em relação aos vândalos.
25. (UFPR) Sobre a religião da Roma Antiga,
considere as afirmativas abaixo:
1. Os Jogos Olímpicos
eram a principal cerimônia pública de adoração aos deuses, com a consagração de
atletas de diversas partes do domínio romano, representando as mais diferentes
divindades dos territórios conquistados.
2. Roma Antiga era
politeísta, com deuses antropomórficos incorporados de povos conquistados,
especialmente dos gregos. A expansão do domínio romano promoveu a coexistência
dessa religião com religiões locais que não conflitassem com os rituais
romanos.
3. Havia dois tipos de
cultos: os promovidos pelo Estado romano, que dedicava rituais, festivais e
templos aos grandes deuses, e o culto doméstico, voltado para antepassados e
espíritos domésticos (denominados Lares).
4. O fim da pax romana ocorreu com a expansão do
cristianismo, que substituiu o culto doméstico romano pelo monoteísmo,
promovendo contestação do poder do Imperador entre os cidadãos romanos.
Assinale
a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas
1, 2 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas
2, 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas
1 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
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