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QUESTÕES SOBRE ROMA ANTIGA VII



1. (FATEC SP) “A principal diferença entre as pessoas, quanto ao direito, é esta: todos os homens são ou livres ou escravos. Os homens livres subdividem-se, por sua vez, em nascidos livres e libertos ou forros. São nascidos livres os que assim nasceram; são libertos os que foram alforriados. Os libertos são de três tipos: cidadãos romanos, cidadãos latinos ou não-cidadãos.”
(FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma. Vida pública e vida privada. São Paulo: Editora Atual, 1993. p. 29.)
O documento acima retirado do Institutas, cap. I, versículos 9-17, demonstra a existência em Roma de uma
a) sociedade dividida por classes, onde a diferenciação era feita pelo acúmulo de riquezas dessa ou daquela classe.
b) divisão bastante clara dos homens, mas ao mesmo tempo, deixa evidente que havia possibilidade de mobilidade, mudança de um grupo para outro.
c) sociedade igualitária, onde todos eram cidadãos romanos com direitos e deveres muito claros.
d) divisão entre homens livres e não livres que se mantinha por toda a vida, uma vez que era proibida a mobilidade entre os grupos.
e) sociedade capitalista em que o crescimento pela força do trabalho definia o lugar de cada indivíduo dentro da sociedade.


2. (FATEC SP) As civilizações da antiguidade clássica – Grécia e Roma – desenvolveram uma estrutura socioeconômica alicerçada no escravismo. Sobre essa temática, pode-se afirmar que
I. A escravidão foi indispensável para a manutenção do ideal democrático em Atenas, uma vez que os cidadãos ficavam desincumbidos dos trabalhos manuais e das tarefas ligadas à sobrevivência.
II. A escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles estabeleceu o direito político a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social da população da Grécia.
III. Os escravos romanos, por terem pequenas propriedades e direitos políticos, conviveram pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de evitar conflitos e a perda de direitos.
IV. Os escravos romanos, que se multiplicavam com o expansionismo de Roma, estavam submetidos à autoridade de seu senhor, e sua condição obedecia mais ao direito privado do que ao direito público.
É correto apenas o que se apresenta em:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.


3. (FMJ SP) A chamada “civilização ocidental” tem suas bases alicerçadas na cultura greco-romana, situada historicamente no período conhecido como Antiguidade. Entre as contribuições advindas desses dois povos, pode-se citar
a) a invenção da pólvora e a filosofia.
b) a astrologia e a organização militar.
c) a geometria e a utilização do zero.
d) o conceito de democracia e o Direito.
e) o cristianismo e a invenção do papel.


4. (UCS RS) A mais notável contribuição romana à cultura ocidental ocorreu no campo do Direito. Até hoje, os Códigos de Leis romanos permanecem entre os fundamentos do Direito contemporâneo.
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação ao Direito Romano.
(__) Era um código que tratava apenas da esfera pública, pois o Direito Privado, tal como entendemos hoje, estava ausente da preocupação dos juristas romanos.
(__) As leis romanas foram criadas para dar uma solução prática aos problemas decorrentes das lutas entre os grupos sociais e pelas guerras de conquista.
(__) Estava dividido em Civil, que regulamentava a vida dos cidadãos; Estrangeiro, aplicado aos que não eram cidadãos; e Natural, que regulamentava a vida de todos os habitantes de Roma.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – V – V
b) V – F – F
c) V – V – F
d) F – F – V
e) F – V – V


5. (UECE) As fronteiras do grandioso Império Romano foram, aos poucos, ocupadas. Ao longo dos Rios Reno e Danúbio, se instalaram grandes massas de Germanos. Sobre as principais causas dessa ocupação é correto afirmar que os Germanos
a) almejavam o controle dos itinerários e das rotas comerciais do mar Mediterrâneo que conduziam à Ásia.
b) ocuparam as fronteiras do Império Romano, pois foram derrotados, pressionados e expulsos de suas terras pelos Partos.
c) eram ambiciosos e tinham aversão e desprezo pelo modo de vida dos romanos, especialmente, sobre suas práticas políticas corruptas.
d) foram pressionados por povos oriundos da Ásia central e para fugir da miséria e da guerra expandiram-se para o Ocidente.


6. (UFAC) O historiador que criou a versão lendária sobre a fundação de Roma na Antiguidade, em sua obra História de Roma, foi:
a) Tito Lívio
b) Tucídides
c) Homero
d) Heródoto
e) Patrício


7. (UNIFOR CE) Considere o documento histórico.
As feras que percorrem os bosques da Itália têm cada uma o seu abrigo e os que morrem pela defesa da Itália têm como bens somente a luz e o ar que respiram. Sem teto para se abrigar, eles vagueiam com suas mulheres e seus filhos. Os generais os enganam quando os exortam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra.
(Plutarco. Vidas paralelas. In: Luiz Koshiba e Denise M. F. Pereira. História Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 2004. p.54)
As ideias do documento são atribuídas a um tribuno da plebe que atuou na vida política da antiga República Romana no século II a.C. A partir do conhecimento histórico, é possível considerar que essas ideias justificavam
a) a implantação de uma política de importação de escravos para as propriedades dos patrícios, como forma de liberar os camponeses dos trabalhos braçais.
b) a política de "pão e circo" adotadas pelos imperadores romanos com o objetivo de conter as revoltas da plebe e dos clientes nos grandes centros urbanos.
c) o estabelecimento do sistema de colonato nos latifúndios que perderam seus escravos em razão da crise da escravidão, que atingiu o império romano.
d) a aprovação de uma lei urbana que estimulava a distribuição de terras na cidade de Roma para as camadas empobrecidas da população romana.
e) a proposição de um projeto que previa a desapropriação de parte dos latifúndios e distribuição de pequenos lotes para as famílias de camponeses.


8. (UNIR RO) O texto abaixo faz referência à tentativa do tribuno da plebe Tibério Sempronio Graco de coibir um dos principais desdobramentos da expansão romana dos séculos III e II a.C. Foi, então, quando Tibério Sempronio Graco, cidadão nobre animado por uma grande ambição [...] pronunciou [...] um discurso de extrema gravidade para os povos da Itália; falou de como povos particularmente aptos para a guerra e vizinhos dos romanos pelo sangue, mas em via de deslizar pouco a pouco para a miséria [...] Depois de pronunciar este discurso, pôs em vigor a lei que proibia a posse de mais de 500 medidas de terras.
(APIANO. Guerras civis, I, 9, 35-36.)
Qual desdobramento intencionou-se coibir?
a) Crescimento de latifúndios
b) Uso de escravos no exército romano
c) Aumento do poder pessoal dos generais romanos
d) Favorecimento econômico aos aliados em detrimento dos senadores romanos
e) Aumento de impostos para a plebe romana


9. (UFS) A civilização romana teve grande espaço político nos tempos da Antiguidade. Venceu, dominou, governou povos de diferentes culturas. Entre suas contribuições para o mundo ocidental, destacam-se:
a) os seus feitos militares, marcados pelo respeito à cultura dos povos conquistados.
b) as formulações dos seus códigos de leis, até hoje expressivos para a sociedade.
c) as importantes reflexões filosóficas, nas quais prevaleceram os princípios platônicos.
d) as grandes obras literárias, embora sem influências de mitos do mundo grego.
e) as obras arquitetônicas, que, sem influência de outras civilizações, homenageavam os governantes.


10. (CEFET PR) Desde seu início, em 27 a.C., o Império Romano enfrentou graves problemas sociais. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. O Imperador ficou receoso de que pudesse acontecer alguma revolta nessa massa popular urbana empobrecida e adotou uma política pública que consistia em oferecer a eles gratuitamente alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios, onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta. Essa prática ficou conhecida por:
a) Política do Bem Estar Imperial.
b) Política da Doutrina Social do Império.
c) Política da Economia Romana Solidária.
d) Política do Pão e Circo.
e) Política da Nova Administração da Plebe.


11. (CEFET PR) Roma foi um estado militarista cuja história sempre foi muito relacionada às suas conquistas guerreiras, durante os treze séculos de existência do Estado romano. Todavia, um outro povo, conhecido pela coragem em combate e pelas terríveis pilhagens que fazia, criou um vasto império no sudeste e centro da Europa e empurrou os povos germânicos em direção ao interior do Império Romano. Em 451, esse povo lançou-se contra a Gália, mas foi detido pelas tropas unidas de romanos e visigodos, que o derrotou nos campos catalúnicos de onde caminharam diretamente para Roma, cujos habitantes entraram em pânico. Para incredulidade geral, o papa Leão I, o Grande (440 - 461), tomou a iniciativa de negociar com eles e ofereceu uma enorme riqueza para poupar o ataque à Roma. Para surpresa de todos, eles aceitaram a oferta e se retiraram da Itália. Trata-se dos:
a) Macedônicos.
b) Hunos.
c) Ostrogodos.
d) Cartagineses.
e) Bretões.


12. (CEFET PR) Por volta do século III, o Império Romano passava por uma enorme crise econômica e política, pois com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caía o pagamento de tributos originados nas províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. Sobre esse assunto, estabeleça correspondência entre a primeira e a segunda coluna.
1ª coluna
1) Teodósio
2) Constantinopla
3) Povo Hérulo
4) Tetrarquia
5) Edito de Milão
2ª coluna
(__) Capital do Império Romano do Oriente.
(__) Depôs Rômulo Augusto, o último soberano do Império Romano do Ocidente.
(__) Declarava que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso.
(__) Sistema de governo criado pelo imperador romano Diocleciano.
(__) Estabeleceu que o Cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do Império Romano.
A sequência correta é:
a) 2, 3, 5, 4 e 1.
b) 1, 2, 5, 4 e 3.
c) 2, 5, 1, 4 e 3.
d) 2, 5, 4, 3 e 1.
e) 4, 5, 2, 3 e 1.


13. (UEG GO) O advento do cristianismo representou uma revolução na história ocidental, ultrapassando a dimensão religiosa. Ele influenciou de maneira decisiva as estruturas políticas, sociais, culturais e econômicas do Ocidente. Tendo sido perseguido de forma implacável durante um longo período, o cristianismo foi incorporado pelo Império Romano no governo de Constantino. Ao longo do processo histórico que propiciou a expansão do movimento cristão, observa-se que:
a) a ampliação e consolidação do Império Romano resultaram essencialmente de sua aliança precoce com o movimento cristão, sendo que este representou um instrumento formidável de sustentação para o governo imperial.
b) o cristianismo proporcionou a dinamização da economia do Império Romano, acelerando o processo do colonato que havia sido iniciado na crise do século III, garantindo a hegemonia de Roma sobre todo o mundo mediterrâneo.
c) o cristianismo apresentava um caráter herético e subversivo, na medida em que rompia com os dogmas judaicos e, ao mesmo tempo, representava um fator de desestruturação social e política para o governo de Roma.
d) o Império Romano apresentou uma forte expansão de suas fronteiras a partir da conquista da Gália e da Germânia, tendo sido favorecido nesse processo pela conversão das populações dessas regiões ao cristianismo.


14. (UEPB) As relações políticas na República Romana, a partir do século II a. C., foram marcadas por rivalidades e muita violência. Quanto a este fenômeno, é correto afirmar:
a) Após o governo dos irmãos Graco, a República Romana erradicou todo o prestígio militar, vivenciando tempo de paz e prosperidade.
b) Os demagogos eram novos defensores da reforma social na República Romana, que encantavam e manipulavam a plebe marginalizada com a política do “pão e circo”.
c) Os demagogos não queriam contestar o Senado, porque não aspiravam ao cargo de Tribunos da Plebe.
d) As conquistas enfraqueceram por demais o exército romano, e o senado tornou-se a instituição mais forte durante toda a crise da República Romana, tendo o exército como principal instrumento do governo.
e) A unificação do partido aristocrático com o partido popular gerou o fim dos conflitos neste período, porque os interesses tanto dos patrícios quanto dos plebeus e escravos foram respeitados.


15. (UEPB) Dentre os movimentos sociais que marcaram a República Romana, podemos destacar as lutas entre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto afirmar:
a) O casamento entre patrícios e plebeus não foi permitido, apesar das conquistas do povo romano nas lutas contra os patrícios.
b) Apesar da marginalização política, não havia discriminação entre patrícios e plebeus.
c) Os plebeus conquistaram, em 367 a.C, o direito de participar do consulado com a promulgação da Lei Licínia, que também regulamentou a exploração das terras públicas.
d) Quando um patrício tornava-se insolvente, sem condições de pagar dívidas, tinha de se submeter ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os conflitos entre plebeus e patrícios.
e) Em 450 a.C, foi publicada a Lei das Doze Tábuas, um dos fundamentos do Direito Romano, que não assegurou a igualdade jurídica entre patrícios e plebeus.


16. (ESPM) O mundo romano mergulhou num prolongado período de crises. O Baixo Império foi marcado pela decadência e pela anarquia. Finalmente as invasões bárbaras minaram as forças imperiais já agonizantes, tomando pouco a pouco seus territórios e colocando fim ao império romano em 476.
(Cláudio Vicentino. História Geral)
Sobre o mundo romano no Baixo Império é correto afirmar que:
a) o período foi caracterizado pela continuidade da política de guerras de conquistas.
b) ocorreu uma expansão das áreas cultivadas em consequência da expansão territorial derivada das guerras.
c) o fim das guerras de conquistas fez escassear o número de prisioneiros e prejudicou a produção, acarretando a crise do escravismo.
d) as guerras e as conquistas permitiram obter ouro e prata abundantes, ocasionando uma inflação crescente.
e) para proteger as fronteiras do império romano, ameaçadas pelos bárbaros, foi criada a guarda pretoriana.


17. (FUVEST SP) Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.


18. (UEL PR) Leia o documento transcrito a seguir:
Voltando-se, a partir daí, para a reorganização do Estado, César reformou o calendário [. . .]. Completou o Senado, criou patrícios, ampliou o número dos pretores, edis, questores e também dos magistrados inferiores; reabilitou os cidadãos cassados por decisão dos censores, ou condenados por crime eleitoral em sentença judicial. Passou a partilhar com o povo as eleições: exceção feita aos que concorriam ao consulado, uma metade dos candidatos às outras magistraturas era eleita por vontade popular, a outra metade ele é que escolhia. [. . .] Promoveu o recenseamento do povo, não de acordo com o costume e o lugar tradicional, mas por bairros, através dos proprietários das habitações coletivas. Dos trezentos e vinte mil que recebiam trigo do Estado ele os reduziu a cento e cinquenta mil; para que algum dia, em razão do recenseamento, não viessem a ocorrer novos distúrbios, determinou que anualmente, para a vaga dos mortos, fosse feito pelo pretor o sorteio dos que não tinham sido incluídos entre os inscritos. [. . .] Dissolveu todas as associações, salvo as constituídas desde tempos remotos. Aumentou as penas dos crimes; e como os ricos tinham mais facilidade para delinquir, porque podiam se exilar mantendo seus patrimônios, ele, de acordo com o que escreve Cícero, puniu os assassinos com a perda total dos bens e os demais, com a metade.
(Adaptado de: Suetônio, O divino Júlio, 40-42. In: SUETÔNIO e PLUTARCO, Vidas de César, tradução e notas de Antônio da S. Mendonça e Ísis B. da Fonseca. São Paulo: Estação Liberdade, 2007, p. 67-73.)
Suetônio descreve, nessa passagem, uma atividade reformadora de uma nova etapa da história romana. Nesse contexto e com base no documento transcrito, analise as afirmativas abaixo quanto à significação dessas reformas:
I. A ampliação do número de senadores e de magistrados, a criação de novos patrícios e a reforma do sistema eleitoral revelam o apreço de César pelas tradições republicanas e sua tentativa de restaurá-las.
II. O esvaziamento das eleições e a dissolução das associações populares inserem-se no contexto da substituição da política de massa pela política dos favores, centrada em um governo forte e pessoal à maneira helenística.
III. O recadastramento do número dos assistidos pelo Estado com direito à alimentação gratuita tinha por objetivo garantir o sustento exclusivo dos mais pobres, para evitar tumultos que poderiam ser causados pelos desocupados.
IV. A diminuição do número de assistidos pelo Estado não contestava o direito dos cidadãos a esse privilégio, mas representava um afastamento do programa de distribuição indiscriminada de subsídios, defendida pelos líderes “populares” e reivindicada pela plebe urbana de Roma, como forma de participação nos benefícios das conquistas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.


19. (UEL PR) Leia o texto a seguir:
[Senhor] segui os seguintes procedimentos em relação aos que se me apresentaram como cristãos. Perguntei-lhes, pessoalmente, se eram cristãos. Aos que confessavam, perguntei-lhes duas, três vezes. Os que não voltavam atrás foram executados. Qualquer que fosse o sentido de sua fé, sabia que sua pertinácia e obstinação tinham de ser punidas. Outros, possuidores da cidadania romana, mantiveram-se na loucura e foram enviados para julgamento em Roma. [. . .] Afixou-se, então, um cartaz, sem assinatura, com um grande número de nomes. Os que negavam serem, ou terem sido, cristãos, se evocassem os deuses, segundo a fórmula que lhes ditava, e se [...] blasfemassem Cristo
[...] – considerei apropriado liberar. . . A questão pareceu-me digna de sua atenção, em particular devido ao grande número de envolvidos. Há muita gente, de toda idade, condição social, de ambos os sexos, que estão ou estarão em perigo. Não apenas nas cidades, como nos vilarejos e nos campos, expande-se o contágio dessa superstição.
(Carta de Plínio, o moço, ao imperador Trajano, de 112 d.C. (Cartas 10,96), “Processos contra os cristãos”. In: FUNARI, P. P. A. Antiguidade Clássica. A história e a cultura a partir dos documentos. 2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, p. 91-92.)
Essa carta de Plínio, então governador da Bitínia, ao imperador Trajano é um documento importante sobre a natureza e as razões das primeiras perseguições aos cristãos.
Com base no documento e nos conhecimentos sobre o tema, considere as seguintes afirmativas:
I. Os cristãos eram acusados de perturbar a tranquilidade social e religiosa, por se mostrarem, aos olhos da maioria pagã, loucos, ímpios e desdenhosos dos deuses e das autoridades.
II. O cristianismo, nos tempos de Trajano, era considerado uma ameaça à segurança do Estado romano por se tratar do contágio de um culto estrangeiro, promovido por pobres e escravos.
III. Sob o governo do imperador Trajano, o cristianismo já era visto como um grave problema pelo poder central, que se responsabilizava pela promoção da perseguição como uma questão de política deliberada.
IV. As primeiras perseguições tinham um caráter essencialmente local, sendo, muitas vezes, promovidas por governadores como Plínio, pressionados pela população local e pelos líderes cívicos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.


20. (UFPR) Toda a Gália está dividida em três partes, uma habitada pelos belgas, outra pelos aquitanos, a terceira por aqueles que nós chamamos de gauleses (em sua língua, celtas). Essas nações diferem entre si pela língua, pelos costumes e pelas leis.
(Júlio César, Guerra das Gálias.)
Esse trecho de Júlio César se refere às conquistas da Roma Antiga e à maneira como os romanos viam os povos que conquistavam. Sobre as conquistas romanas, é correto afirmar:
a) O exército romano era composto somente por escravos.
b) Os povos conquistados eram considerados incultos e menosprezados pelos romanos.
c) As estruturas administrativas construídas pelos romanos foram pouco duráveis, o que limitou a sua capacidade de expansão.
d) Os romanos não tinham uma política de destruição, nem de integração cultural dos povos conquistados, preservando a posição das elites que se aliassem a eles.
e) Durante as guerras de conquista, houve uma diminuição do número de escravos capturados pelos romanos.


21. (UFTM MG) Os romanos deram o nome de pax romana ao período de estabilização das fronteiras. Nesse período, 300 mil soldados, deslocando-se rapidamente pelas estradas do Império, defenderam as fronteiras junto aos rios Reno e Danúbio contra as incursões das tribos germânicas, contiveram invasões orientais e sufocaram rebeliões internas. A paz romana foi, antes de tudo, uma “paz armada”, o maior símbolo do apogeu do Império, que, no entanto, já carregava em seu interior os sinais de sua decadência.
(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História)
O fim das conquistas romanas
a) fortaleceu os plebeus, em especial os mais ricos, que conquistaram a instituição do tribunato da plebe e a permissão do casamento com os patrícios.
b) provocou a guerra de Roma contra Cartago – as Guerras Púnicas –, pois os cartagineses colocaram em risco as conquistas romanas na Sicília e no norte da África.
c) gerou o término do suprimento de escravos, decorrendo disso todo um processo de desordem econômica em Roma, com a fragilização do Exército e o avanço dos germanos.
d) estabeleceu uma nova condição jurídica para os plebeus, que não podiam mais ser vítimas da escravização por dívidas e foram beneficiados com a distribuição de terras.
e) motivou o crescimento dos espaços urbanos no Império, com o consequente aumento das atividades manufatureiras e comerciais, além do crescimento da população.


22. (UFV MG) Assinale a alternativa em que NÃO aparece representada uma das características do Império Romano durante a Antiguidade Clássica:
a) Pax Romana.
b) Surgimento do Colonato.
c) Difusão e triunfo do cristianismo.
d) Apogeu do Triunvirato.


23. (UESPI) Na Antiguidade, Roma passou por várias disputas. Suas conquistas foram grandiosas, lembrando feitos de países imperialistas da modernidade. No governo de Júlio César, destacado pelas suas aventuras militares, Roma viveu:
a) um período de maior estabilidade, devido à liderança de César e à solidariedade que teve do seu exército.
b) uma administração descentralizada, na qual os governadores de províncias tiveram autonomia política destacada.
c) um governo com iniciativas ditas democráticas, semelhantes às dos governos da Grécia, defensores da cidadania universal.
d) uma fase de construção de obras, que favoreceram seu embelezamento, embora as insatisfações políticas continuassem.
e) um momento de reformas sociais, com a participação dos irmãos Gracos, interessados em efetivar uma reforma agrária.


24. (UFCG PB) Eixo temático: As leituras do saber histórico sobre as relações de poder na formação do Mundo Antigo
Durante a Roma Imperial, os cidadãos que moravam na cidade de Roma viviam em condições urbano-sanitárias bastante precárias. Todavia, morar na cidade era um dos primeiros requisitos para demonstrar a sua civitas (sua condição de cidadão). Era o primeiro passo para ser considerado cidadão ou encontrar uma forma de adquirir a tão sonhada liberdade.
Sobre a vida cotidiana durante o período imperial romano é INCORRETO afirmar que:
a) Os banhos públicos não eram uma prática de higiene, mas um prazer recusado pelos cristãos que só se banhavam uma ou duas vezes por mês.
b) Os romanos são, de alguma forma, clientes uns dos outros e têm como obrigação saudar os seus patrões todos os dias pela manhã, conferindo-lhe honorabilidade, que para o romano é um símbolo de riqueza e poder.
c) O serviço de abastecimento de água em Roma surgiu no século 11 a.C, acompanhado por uma vasta rede de esgotos que despejava água servida no rio Tibre, servindo indistintamente tanto a ricos quanto a pobres.
d) A “cena” (ceia), principal refeição do dia, era feita a partir das 21 horas, quando os cidadãos ricos se recolhiam às suas residências, acompanhados de escravos que, carregando tochas, iluminavam as perigosas ruas romanas.
e) A habitação era uma realidade para o romano médio. Não há sem-tetos e todos aqueles que não possuiam uma casa podem se instalar num albergue público, financiado pelo Estado romano.


25. (UNIOESTE PR) Antiguidade é um período da História do Ocidente que se inicia com o aparecimento da escrita e termina com a queda do Império Romano. Dentro deste contexto podemos evidenciar as sociedades grega e romana, consideradas modelares pelo pensamento ocidental e portanto, denominadas “clássicas”.
Com relação às civilizações grega e romana, é INCORRETO afirmar que
a) eram chamados de patrícios os que descendiam das antigas famílias fundadores de Roma, únicos detentores do status civitatis, qualidade que lhes conferia o título de cidadãos romanos.
b) a Polis representa um tipo original de organização política que apareceu no século VIII antes de Cristo.
c) o Edito de Caracala publicado em 212 d.C.) tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano no Ocidente.
d) no seu princípio, a filosofia grega se ocupou do problema da origem do mundo e a razão era um conceito essencial estudado pelos gregos.
e) o regime republicano romano acabou com a realeza e instaurou magistraturas, cargos anuais com mais de um ocupante.



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