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QUESTÕES SOBRE A BAIXA IDADE MÉDIA IV


1. (UNESP SP/2002) No período denominado Baixa Idade Média, houve desenvolvimento do comércio e florescimento de cidades. O crescimento econômico da Europa ocidental intensificou-se com a expansão ultramarina do século XV.
Considera-se essencial para tal expansão:
a) a crise e o enfraquecimento comercial das cidades-estados italianas, fornecedoras na Europa dos produtos orientais.
b) a centralização do poder político e a possibilidade de investimento de recursos monetários estatais em expedições marítimas.
c) a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim dos contatos pacíficos entre o ocidente e o oriente.
d) a abundância de metais na Europa e o crescimento de circulação monetária em condições de financiar empreendimentos dispendiosos.
e) a ruptura da unidade cristã do ocidente e a formação de religiões cristãs adaptadas à ética da acumulação capitalista.


2. (UNESP SP/2002) "... tenho sido, durante muitos anos, um aderente à teoria de Copérnico. Isto me explica a causa de muitos fenômenos que são ininteligíveis por meio de teorias geralmente aceitas. Eu tenho coligido muitos argumentos para refutar estas últimas, mas eu não me arriscaria a levá-los à publicação. Há muito tempo que estou convencido de que a Lua é um corpo como a Terra. Descobri também uma multidão de estrelas fixas, a princípio invisíveis, ultrapassando mais de dez vezes as que se podem ver a olho nu, formando a Via Láctea."
(Carta de Galileu a Kepler, 1597.) Galileu não se arriscava a publicar essas ideias por temer:
a) a oposição que sofreria por parte de seus alunos e colegas da Universidade de Pisa, onde lecionava.
b) ser considerado um plagiador das ideias heliocêntricas defendidas por Copérnico e por alguns sábios florentinos.
c) que seus pressupostos geocêntricos contribuíssem para aumentar as hostilidades contra a Igreja Católica.
d) que seus superiores o expulsassem da Ordem dos Franciscanos, à qual pertencia desde a adolescência.
e) ser acusado de heresia e ter de enfrentar o poderoso Tribunal do Santo Ofício, mantido pela Igreja.


3. (UNIFOR CE/1998) O século XI marcou o início de profundas transformações que atingiram a ordem feudal, até então, predominante. Entre estas destacam-se:
a) a manutenção da produção para a subsistência.
b) o desenvolvimento do comércio, acompanhado pelo renascimento urbano.
c) a realidade belicosa, causada pelas invasões normandas no norte da Europa.
d) a superação das atividades agrícolas, em detrimento do comércio.
e) a preservação da descentralização política, elemento fundamental para a formação das Monarquias Nacionais.


4. (UNIFOR CE/1998) O término da Guerra dos Cem Anos, acabando com as pretensões inglesas na França, provocou um conflito interno, na Inglaterra, a Guerra das Duas Rosas, que trouxe como resultado principal:
a) o enfraquecimento do poder da nobreza.
b) o enfraquecimento do grande Parlamento inglês.
c) a ruralização da economia e da sociedade inglesa.
d) a descentralização do poder político da Inglaterra.
e) a instituição dos Estatutos de Oxford.


5. (UNIFOR CE/1999) "Deixai os que outrora estavam acostumados a se bater contra os fiéis em guerras particulares, lutar contra os infiéis (...). Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora contra os bárbaros, como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixos salários, receber agora a recompensa eterna. (...) uma vez que a terra que habitais, fechada de todos os lados pelo mar e circundada por picos de montanhas, é demasiado pequena para a vossa grande população: a sua riqueza também não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores (...). Tomai o caminho do Santo Sepulcro; arrebatai-o àquela raça perversa e submetei-o a vós mesmos."
O texto é um trecho do Sermão do Papa Urbano II, convocando os cristãos a organizarem a Cruzada. De acordo com as palavras do papa pode-se deduzir que as Cruzadas, além da libertação do Santo Sepulcro, visavam:
a) conter o crescimento populacional na Europa e a invasão muçulmana, na Península Ibérica.
b) anular o interesse da Igreja na união da cristandade e o crescimento da produção agrícola.
c) aliviar as tensões internas da cristandade e expandir o seu território.
d) incentivar os cristãos a lutarem contra os infiéis e a estimular o interesse do clero pelo comércio oriental.
e) glorificar o esforço da Igreja em combater as guerras entre os nobres e a consequente diminuição da população.


6. (UNIFOR CE/1999) "Normalmente (...) é concebida como um grupo de pessoas unidas por laços naturais e portanto eternos – ou pelo menos existentes – e por causa desses laços se torna a base necessária para a organização do poder sob forma de Estado (...). Em nome dela se fazem guerras, revoluções, modificou-se o mapa político do mundo (...). Na história recente do continente europeu (...) adquiriu uma posição de total preponderância sobre qualquer outro sentimento."
O texto refere-se à:
a) pátria.
b) família.
c) nação.
d) religião.
e) ideologia.


7. (UNIFOR CE/2000) Analise os textos abaixo.
I) "Agravaram-se as contradições entre o campo e a cidade. A produção agrícola não respondia mais às exigências das cidades em crescimento."
II) "(...) a atividade comercial se estagnou devido, principalmente, à falta de moedas e à insuficiência de mercados. As minas de ouro e prata haviam se esgotado na Europa."
III) "(...) a insuficiente produção agrícola e a estagnação do comércio provocou a fome que se alastrou pela Europa. A desnutrição e as más condições de higiene propiciaram a ocorrência de sucessivos surtos epidêmicos, dos quais o mais desastroso foi a chamada Peste Negra (...)."
IV) "(...) Os levantes dos servos, promovidos pela superexploração, foram tornando inviável a manutenção das relações de servidão."
Eles identificam fatores responsáveis:
a) pela crise do século XIV que anunciou o final da época medieval.
b) pela extinção do escravismo que anunciou o final da época moderna.
c) pelo declínio do Império Romano que anunciou o final da época antiga.
d) pelo surgimento do feudalismo e a descentralização política da Europa.7
e) pela ruralização da Europa Ocidental e as invasões dos bárbaros no século IV.


8. (UNIFOR CE/2000) Nos últimos anos do século XI tiveram início as Cruzadas, expedições de cunho religioso-militar organizadas como uma contra ofensiva cristã em relação ao cerco muçulmano.
É correto afirmar que, ao mesmo tempo, essas expedições:
a) responderam pela ruralização da Europa Ocidental e deixaram como principal consequência o esfacelamento do sistema feudal.
b) promoveram a reunificação da Igreja romana do Ocidente e do Oriente e contribuíram para o fortalecimento do poder papal.
c) foram um meio utilizado pela Igreja para reconstruir o Antigo Império Romano e transformar o Mediterrâneo num mare nostrum cristão.
d) conquistaram as rotas comerciais terrestres das cidades italianas e impediram a difusão das crenças religiosas islâmicas no Mediterrâneo.
e) foram uma forma de aliviar as pressões demográficas sobre o sistema feudal e trouxeram como principal consequência a reabertura do Mediterrâneo ao comércio europeu.


9. (UNIFOR CE/2001) Alguns intelectuais dos séculos XIV e XV podem ser considerados precursores do movimento reformista. Entre eles está o inglês John Wycliffe, professor de Oxford, que:
a) organizou a Igreja ortodoxa com um corpo doutrinário católico sem a hegemonia do papa.
b) pretendeu repensar os dogmas do catolicismo, abalados pelas críticas e dos reformadores protestantes.
c) contribuiu para modificar as instituições políticas, sociais e econômicas europeias através de movimentos contra a Igreja Católica.
d) denunciou a corrupção do clero e desafiou a autoridade da Igreja ao afirmar que qualquer um que tivesse fé poderia conseguir a salvação eterna.
e) ofereceu aos burgueses uma justificativa religiosa sólida às suas atividades econômicas ao pregar o rigor da disciplina, a valorização moral do trabalho e da poupança.


10. (UNIFOR CE/2002) O renascimento urbano, caracterizado pelo acelerado crescimento das vilas e cidades na Idade Média, relaciona-se com:
a) as transformações políticas resultantes da Guerra dos Cem Anos.
b) o desenvolvimento da burguesia, a invenção das máquinas e a consolidação do trabalho assalariado.
c) as crises do século XIV, que incentivaram a migração dos servos para os centros urbanos.
d) as melhorias de saneamento e habitação realizadas pela dinastia Carolíngia.
e) o desenvolvimento do comércio que provocou as aglomerações populacionais em que se mesclaram o artesanato e as atividades de troca.


11. (UNIFOR CE/2002) Cerimônia de consagração de um cavaleiro no século XIV
(Luiz Koshita. História: origens, estruturas e processos. São Paulo: Atual, 2000, p. 160)
Essa cerimônia era o momento:
a) do pagamento de uma porcentagem da produção da terra arroteada, ou seja, uma terra que se tornara arável devido ao esforço do servo.
b) em que os nobres cumpriam seu papel de mecenas na sociedade feudal.
c) da realização de um ritual que tinha grande importância para a manutenção da ordem feudal.
d) em que os nobres eram investidos de isenções fiscais.
e) em que o patriciado urbano liderava o processo de emancipação das cidades.


12. (UNIFOR CE/2002) Analise os itens abaixo.
I) Pregam doutrina puramente humana os que dizem que “logo que o dinheiro cai na caixa a alma de liberta” do purgatório.
II) Serão condenados para toda a eternidade, com seus mestres, aqueles que crêem estar seguros da sua salvação por cartas de indulgências.
No tocante às reformas religiosas, ocorridas na Europa Ocidental, no século XVI, pode-se afirmar que os itens:
a) abordam, ainda que contraditoriamente entre si, o pensamento dos anglicanos contra as práticas utilizadas pela Igreja Protestante.
b) contêm os fundamentos da contestação que os católicos fizeram à doutrina da salvação pela fé, defendida por Martinho Lutero.
c) tratam, igualmente, de uma crítica contundente desencadeada pelos luteranos contra a doutrina clerical dominante.
d) são contraditórios entre si, uma vez que, ao longo da história, os papas sempre condenaram a prática da indulgência.
e) foram rechaçados pela população da Alemanha, haja vista o grau de fanatismo da população em relação às pregações católicas.


13. (Mackenzie SP/2005) No processo conhecido como Revolução Comercial, que ocorreu no século XII e culminou no século XV, verificou-se:
a) a decadência do Feudalismo e a queda de Constantinopla, tomada pelos turcos otomanos em 1453, favorecendo o comércio no Mediterrâneo.
b) a descoberta do Novo Mundo, que teve seu ponto máximo nas viagens de Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e Francis Drake.
c) um conjunto de transformações políticas e sociais na Europa e Ásia, que tiveram seu ponto culminante nas viagens marítimas.
d) a substituição dos instrumentos de produção feudais pela tecnologia industrial, responsável pelo reaparecimento das atividades comerciais.
e) a gradual superação da relação de produção feudal pela atividade comercial e manufatureira, que deu início à atividade industrial.


14. (UNESP SP/2005) Entre as formas de organização econômica pré-fabris no continente europeu, estão as oficinas artesanais, em que:
a) um mestre trabalhava juntamente com aprendizes e vendia seus produtos para compradores locais.
b) o produtor submetia-se a um comerciante que lhe fornecia a matéria-prima e adquiria o produto acabado.
c) um proprietário possuía máquinas sofisticadas e explorava um grande número de trabalhadores.
d) os mestres e os assalariados dividiam as tarefas produtivas e usufruíam com igualdade dos lucros obtidos.
e) a unidade produtora supria as necessidades da família e não comercializava os produtos excedentes.


15. (UFTM MG/2006) A peste negra devasta a Europa e ceifa um terço de sua população durante o verão de 1348. Como a Aids para alguns, essa epidemia é vivida como uma punição do pecado. Então, procuram-se bodes expiatórios e encontram-se judeus e os leprosos, acusados de envenenarem os poços. As cidades isolam-se, proibindo a entrada ao estrangeiro suspeito de trazer o mal. A morte está em toda parte, na vida, na arte, na literatura. Contudo, os homens desse tempo temem muito uma outra doença, a lepra, considerada o sinal distintivo do desvio sexual. Nos corpos desses infelizes refletir-se-ia a podridão de sua alma. Então leprosos são isolados, enclausurados. Uma rejeição radical que evoca algumas atitudes em relação à Aids.
(Georges Duby, Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos)
De acordo com o texto,
a) tanto a sociedade medieval quanto a contemporânea desenvolveram atitudes solidárias em relação aos doentes.
b) explicações científicas acerca das epidemias medievais e da Aids predominaram, desde o início, sobre as sobrenaturais.
c) a peste negra serviu para abrandar o preconceito em relação a judeus e leprosos, levando ao questionamento dos valores feudais.
d) a sociedade medieval encontrou, nos estrangeiros, os verdadeiros culpados pelas epidemias, assim como se fez com a Aids.
e) em diferentes épocas, algumas pessoas consideraram a peste negra e a Aids como castigos divinos aos pecados.


16. (EFOA MG/2002) Sobre as comunas medievais entre os séculos XI e XIII, é INCORRETO afirmar que:
a) favoreciam o poder arbitrário que os senhores, laicos ou eclesiásticos, exerciam sobre as cidades e feudos.
b) baseavam-se, inicialmente, em princípios igualitários contra a ideologia dominante das três ordens providenciais.
c) apoiavam a emancipação das cidades e a autonomia administrativa, limitando a arbitrariedade dos domínios senhoriais.
d) originaram-se da expansão econômica e comercial, que provocou um aumento do número de comerciantes e artesãos.
e) surgiram da necessidade de combater as ações de cobranças abusivas de obrigações e exações por parte da nobreza.


17. (PUC MG/2003) A contextualização histórica das informações apresentadas no mapa abaixo reproduzido permite afirmar que, EXCETO:
Rotas Comerciais no final da Idade Média
a) as diversas cidades localizadas nas rotas comerciais, da Europa e fora dela, tornaram-se centros urbanos importantes e prósperos.
b) a expansão das atividades mercantis foi muito mais intensa no leste europeu, o que estimulou o avanço das forças capitalistas naquela região.
c) as mercadorias vindas do Extremo Oriente e do norte da África entravam na Europa a partir da Itália e dela se distribuíam por todo o continente.
d) o comércio se estendeu até o Mar do Norte e o Mar Báltico, fortalecendo as chamadas Hansas, poderosas associações de comerciantes.


18. (Mackenzie SP/2006) (...) Porém, as intenções dessas várias pessoas eram diferentes. Algumas, na realidade, ávidas de novidade, iam para saber coisas sobre novas terras. Outras eram levadas pela pobreza, por estarem em situação difícil na sua casa; esses homens foram para combater não apenas os inimigos da Cruz de Cristo, mas mesmo os amigos do nome cristão, onde quer que vissem a oportunidade de aliviar a sua pobreza.
Annales herbipolenses, ano de 1147
A partir do texto acima, assinale a alternativa correta a respeito das Cruzadas:
a) Foram expedições originariamente organizadas pelo Papa e senhores feudais, que acabaram por se voltar contra os próprios cristãos e o papado, provocando assim a crise do feudalismo.
b) Tiveram como resultado a dominação cristã, ao longo da Baixa Idade Média, de toda a região do Oriente, bem como de todo o seu comércio.
c) Inspiravam-se no propósito religioso-militar de recuperação da Terra Santa do domínio turco; mas, delas, participaram também grupos de indivíduos leigos, geralmente impelidos por situações de miséria urbana e rural.
d) Permitiram às cidades europeias, utilizando um pretexto religioso, escoar para o Oriente seus excessos demográficos, e, assim, diminuir os problemas de superpopulação urbana.
e) Levaram à decadência os valores religiosos europeus, em razão do contato com a religião islâmica e com a filosofia árabe.

19. (PUC PR/2003) “Como instituição, a Universidade possuía simultaneamente uma influência limitadora e libertadora. Como aspecto limitador, ela era o baluarte da fé e da Igreja, o instrumento dos papas, reis, prelados e das ordens religiosas, que dela obtinham um novo estamento clerical formado por especialistas e nas leis civis, tais homens tornaram-se auxiliares valiosos para o ascendente poder da Igreja e das monarquias.
Mas as universidades eram também oásis de liberdade, onde todas as questões cuja discussão estava proibida em outras partes eram debatidas com o que críticos hostis consideram descarado atrevimento.
Seria difícil pensar qualquer problema espinhoso relativo a Deus, o mundo, a Igreja, o cristianismo e o dogma que não tenha sido discutido em tais bases nas universidades dos séculos XIII e XIV.”
(Inácio, Inês C. e Luca, Tania Regina de. O Pensamento Medieval. Sâo Paulo. Ática. 1988).
Analise as afirmações sobre as universidades medievais.
I) A palavra universidade significava inicialmente uma associação ou corporação de ofícios, reunindo professores e estudantes.
II) O ensino nas universidades era ministrado somente em grego por ser uma língua clássica e de acesso a apenas poucos privilegiados.
III) Medicina, Direito, Teologia e Artes eram cursos encontrados nas universidades medievais.
IV) Salerno ficou famosa pelos estudos de Medicina enquanto que Bolonha distinguiu-se nos estudos de Direito.
V) A Igreja Católica não reconheceu o valor das universidades e inclusive proibiu suas ordens de nelas lecionarem.
Estão corretas:
a) apenas I, III e IV
b) apenas I, II e III
c) apenas I, III e V
d) I, II, III e V
e) I, II, III e IV


20. (UEPB/2003) (…) para satisfazer as faltas e necessidades dos da fortaleza, começaram a afluir diante da porta, junto da saída do castelo, negociantes, (…) em seguida, taberneiros, depois hospedeiros para alimentação e albergue dos que mantinham negócio com o senhor, (…) e dos que construíam casas para as pessoas que não eram admitidas no interior da praça. (…) Os habitantes de tal maneira se agarravam ao local que em breve aí nasceu uma cidade (…)
Jean Lelong, cronista de Saint-Bertin (Séc. XIII)
Com base na narrativa acima, assinale a alternativa correta:
a) Trata-se da formação de uma cidade-estado na Grécia Antiga.
b) São evidentes os indícios de que o texto faz referência a uma vila romana na fase final do Império.
c) No período medieval o povo concentrava-se na periferia das muralhas dos mosteiros para o pagamento do dízimo.
d) Na Baixa Idade Média, generalizou-se a formação de cidades mercantis (burgos), a partir de um castelo que servia de núcleo.
e) Durante a fase final do predomínio do feudalismo, evidenciou-se um processo de ruralização da economia e um crescente esvaziamento das cidades medievais.


21. (Mackenzie SP/2006) As cidades medievais tiveram origem nas aglomerações de mercadores – os burgos, de onde surgiu o termo burguês para designar seu morador.
Luiz Koshiba, História: Origens, Estruturas e Processos
Assinale a alternativa que apresenta o papel das cidades na transição da Idade Média para a Idade Moderna.
a) Foram as principais válvulas de escape para o excedente populacional que surgiu após a abolição das relações servis de produção no campo.
b) Favoreceram a fusão de elementos da antiga ordem feudal com o novo sistema econômico, impedindo as contradições socioeconômicas durante esse processo.
c) Foram as responsáveis pela promoção da centralização do poder político e pelo fortalecimento econômico da nobreza feudal.
d) Desenvolveram-se independentemente da economia de mercado, produzindo produtos artesanais apenas para o uso de seus habitantes mais abastados, os burgueses.
e) Representaram um indício da incompatibilidade entre o tipo restrito da produção do feudo e a nova realidade econômica que emergia graças ao renascimento comercial.


22. (UESPI/2003) Tradicionalmente divide-se a era medieval da era moderna elegendo-se como referência factual a ‘tomada de Constantinopla’, em meados do século XV. No entanto, raciocinando em termos de processo histórico, sabemos que a Europa do tempo passava por uma transição de caráter estrutural.
a) Fundada na mudança da mentalidade européia sobre os sentidos da vivência religiosa;
b) De uma sociedade baseada no trabalho sob compulsão para um modelo de relação de trabalho baseada em formas de assalariamento;32
c) Anunciadora de um sentido de universalidade da existência humana que logo se refletiria na busca pela expansão marítima;
d) Como desfecho político de inumeráveis guerras entre as velhas nações mediterrânicas e as nações germanizadas do norte;
e) Caracterizada pela mudança das políticas pontifícias que passaram a contemplar de maneira definitiva a espiritualidade dos fiéis cristãos em detrimento do poder imperial que o papa exercia sobre reis e imperadores.


23. (UFRN/2003) Em 1215, os grandes senhores feudais da Inglaterra impuseram ao rei João a assinatura da Magna Carta, na qual o obrigavam a reconhecer os antigos direitos da nobreza. Em um dos seus trechos, o rei João admitia que para melhor pacificação da Nossa disputa com os barões, [...] lhes concedemos a garantia seguinte: os Barões que elejam, entre seus pares no Reino, vinte e cinco, segundo a sua vontade, e estes vinte e cinco devem cumprir a paz e as liberdades que Nós lhes concedemos e confirmamos pelo documento presente...
FRISCHAUER, Paul. Está escrito: documentos que assinalaram épocas. São Paulo: Melhoramentos, 1972. p. 199.
A Magna Carta, apesar de ser um estatuto jurídico tipicamente feudal, posteriormente veio a se tornar importante documento para garantir liberdades a todas as categorias sociais, na medida em que:
a) a alta nobreza teve seus poderes políticos e econômicos limitados, devido às medidas tomadas pelo rei João em favor dos camponeses.
b) o rei João concedia aos nobres rebeldes o direito de confiscarem seus castelos, terras e outras possessões, caso ele violasse a Magna Carta.
c) a Assembleia dos Barões, prevista na Magna Carta, levou à formação do Parlamento, com duas câmaras, que exerciam funções legislativas e limitavam os poderes reais.
d) a Câmara dos Lordes, que reunia os nobres leigos e eclesiásticos escolhidos pelo rei, tornou-se o órgão legislativo do Parlamento, cabendo-lhe o controle da cobrança dos tributos do Estado.


24. (UFG GO/2004)
I. Só a Igreja romana foi fundada por Deus.
II. Só o pontífice romano, portanto, tem o direito de ser chamado universal.
III. Só ele pode nomear e depor bispos. [...]
VIII. Só ele pode usar a insígnia imperial.
IX. O papa é o único homem a quem todos os príncipes beijam os pés.
XII. É-lhe lícito destituir os imperadores.
GREGÓRIO VII, Dictatus papae. Apud SOUZA, José Antonio C. R. de; BARBOSA, João Morais. O reino de Deus e o reino dos homens. Porto Alegre: Edipucrs, 1997. p. 47-48.
O documento expressa a concepção do poder papal de Gregório VII (1073-1085) que se relaciona com:
a) o Cisma do Oriente, que selou a separação entre as duas Igrejas, a católica romana e a ortodoxa grega.
b) o Cativeiro de Avinhão, período de 70 anos em que os papas submeteram-se à autoridade do rei da França.
c) a Querela das Investiduras, conflito político que demarcou as esferas do poder papal e as do poder imperial.
d) a Doação de Constantino, que serviu como justificativa para o estabelecimento do Patrimônio de São Pedro.
e) o Cisma do Ocidente, que dividiu a autoridade suprema da Igreja entre dois papas, o de Roma e o de Avinhão.


25. (UNESP SP/2005) A obra de Jan van Eyck – O casal Arnolfin i (1434) – revela traços marcantes da pintura renascentista. Entre esses traços presentes na obra de van Eyck, pode-se identificar a temática:
a) burguesa e o liberalismo.
b) religiosa e os valores greco-romanos.
c) profana e a busca do transcendente.
d) pagã e o cientificismo.
e) profana e a perspectiva.

GABARITO

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