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QUESTÕES SOBRE A BAIXA IDADE MÉDIA VII


1. (Mackenzie SP/2007) (...) Resta enfim a inatividade sagrada: a vida terrestre do homem é uma prova que, em caso de sucesso, conduz à felicidade eterna; o culto de Deus e dos santos é, portanto, uma atividade espiritual mais importante que o trabalho material. Este é imposto ao homem como resgate do pecado e como meio de santificação, mas não tem por fim senão a subsistência do homem. Nem o trabalho nem o produto do trabalho são um fim em si.
O calendário litúrgico impunha, pois, aos fiéis a cessação de toda atividade laboriosa por ocasião de um grande número de festas, a fim de que eles se consagrassem inteiramente ao culto. Assim, em razão do número de festas e de vigílias, a duração média do trabalho semanal não parece ter sido superior a quatro dias! No século XV suprimiu-se um bom número de festas com folga, mas no século XVI contavam-se ainda, anualmente, além dos domingos, umas sessenta delas. É evidente que a mentalidade medieval ignorava a obsessão pelo trabalho e pela produtividade, que seria rigorosa na época mercantilista (...).
Guy Antonetti - A economia medieval
Segundo o trecho acima, sobre a Idade Média, é correto afirmar que:
a) a economia, naquela época, conheceu períodos de profunda estagnação em razão do absoluto desinteresse dos homens pelo trabalho material e pelo lucro, preocupados que estavam apenas com o culto de Deus e dos santos.
b) um traço próprio da mentalidade medieval, quando comparada à de uma época posterior, é a ausência da obsessão pelo trabalho material e sua produtividade.
c) o excessivo número de festas religiosas imposto pela Igreja reduzia drasticamente os dias úteis de trabalho, provocando períodos de escassez de alimentos e, em consequência, uma maior preocupação dos homens com a vida eterna.
d) o anseio por resgatar-se do pecado original e por santificar-se levou o homem medieval a considerar o trabalho e seu produto um bem em si, ou seja, o caminho único que conduziria à felicidade eterna.
e) na época mercantilista, a supressão de um bom número de feriados religiosos foi a causa de ter nascido nos homens a obsessão pelo trabalho e pela produtividade, bem própria da mentalidade capitalista então nascente.


2. (UFV MG/2008) NÃO é característica do Período Medieval:
a) teocentrismo.
b) valorização do corpo.
c) valorização da razão.
d) vida simples e afastada dos desejos.


3. (UNIFESP SP/2007) Sobre as cidades europeias na época moderna (séculos XVI a XVIII), é correto afirmar que, em termos gerais,
a) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade Média.
b) ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância econômica.
c) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de serem transpostas.
d) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na Idade Média.
e) conquistaram um tal grau de autossuficiência econômica que puderam viver isoladas do entorno rural.


4. (UEL PR/2007) "Durante os séculos XI a XIII verificou-se nas atividades agrícolas e artesanais da Europa Centro-Ocidental um conjunto de transformações (...) que repercutiram no crescimento das trocas mercantis. Situa-se aí historicamente o chamado renascimento urbano medieval."
Fonte: RODRIGUES, A. E.; FALCON, F. A formação do mundo moderno. 2a. ed. Rio de Janeiro: Elesevier, 2006, p.9.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que tais mudanças econômicas:
a) Caracterizaram-se pelo desenvolvimento das técnicas de produção e amplo emprego de recursos energéticos, tais como carvão e petróleo.
b) Implicaram no capitalismo mercantil incrementado pelo amplo comércio atlântico, fomentado por negociantes italianos e príncipes alemães.
c) Aumentaram a produção no campo e na cidade e fomentaram a circulação de bens e moedas, viabilizados por novos instrumentos de crédito a governantes e comerciantes.
d) Privatizaram as terras e introduziram um modelo de produção fabril, promovido pelo governo britânico.
e) Reforçaram o predomínio político e comercial dos senhores feudais sobre os governos citadinos.


5. (UEPB/2007) O revigoramento do comércio na Europa ocidental, durante a Idade Média (séc. XI e XIII) aconteceu devido
a) à ação direta do clero católico, interessado em ampliar os ganhos da igreja, através da cobrança de dízimos.
b) ao desenvolvimento de técnicas náuticas que permitiram a navegação a longa distância superando os limites da navegação de cabotagem.
c) à existência de excedentes agrícolas provenientes da generalização de técnicas que ampliaram a produção além das necessidades de subsistência.
d) ao declínio do comércio das cidades italianas, envolvidas em conflitos com os árabes pelo controle do Mediterrâneo.
e) ao fim das obrigações feudais, que liberou o servo do trabalho pouco lucrativo dos campos.


6. (UFAM/2007) Um dos eventos mais marcantes do cenário político europeu na baixa Idade Média foi a eclosão da Guerra dos Cem Anos. Entre suas causas podem ser indicadas:
a) A reivindicação do direito ao trono francês feita por Eduardo III, da Inglaterra e a disputa do controle sobre a região de Flandes.
b) A invasão do noroeste francês pelos bretões e a interrupção do comércio marítimo francês no Mar do Norte.
c) O casamento de Henrique VIII com Ana Bolena e seu desejo de suceder Felipe IV no trono francês.
d) A transferência do papado de Roma para Avinhon, desagradando o clero e a nobreza da Inglaterra.
e) O desenvolvimento das manufaturas na Inglaterra e o consequente controle da rota comercial do mar do Norte.


7. (UFMA/2007) Identifique as proposições verdadeiras (V) e falsas (F) sobre a Inquisição na Europa.
Marque a sequência correta.
(__) Foi criada no período medieval e reativada pelo Concílio de Trento em reação à Reforma protestante no século XVI.
(__) Foi uma necessidade do Catolicismo para purificar os seus fiéis diante das heresias, sem o uso de violência corporal.
(__) Utilizava técnicas de tortura corporal por meio de suplícios que trariam a redenção dos denunciados.
(__) Foi um instrumento de controle social da Igreja e do Estado, exercido sobretudo pelos países ibéricos que a estenderam até a América.
(__) Restringiu-se ao período medieval quando a Igreja Católica dominou a sociedade, impondo os seus padrões morais e religiosos.
a) VFFVF
b) VFVVF
c) VFVFV
d) FVFVF
e) VVFFV


8. (UFPA/2007) No prólogo da Summa Teológica, S. Tomás de Aquino afirma que a Teologia consiste “no estudo de Deus considerado em si mesmo, do homem na medida em que se ordena a Deus, e do caminho pelo qual o homem pode alcançar a Deus, que é Cristo”.
Este pensamento representa a essência da nova cristandade medieval porque
a) percebe Deus e a teologia como o centro do conhecimento humano e fator de formação intelectual para o novo clero cristão medieval.
b) demarca o terreno de estudo cristão no homem como medida de todas as coisas, pois ele seria a imagem e semelhança de Deus.
c) delimita que a nova cristandade medieval deveria seguir a Suma Teológica, tornando-se especialista na leitura da Bíblia e aprendendo diretamente com ela.
d) cria a ideia democrática de Deus, na qual Ele deixou de ser considerado o ícone máximo do cristianismo, abrindo terreno para os santos e santas católicos.
e) inventa uma nova ideia de cristandade, na qual a fé era menos importante do que a razão e a lei na vida social medieval.


9. (UFRR/2007) Nos últimos séculos da Idade Média as transformações históricas foram drásticas. As novas circunstâncias impuseram igualmente aos homens que alterassem suas atitudes com relação a seu destino, à sociedade, à natureza e ao próprio campo do sagrado. Sobre os humanistas, conjunto de indivíduos desse período, é ERRADO afirmar que:
a) eram pessoas que desejavam dinamizar e revitalizar os estudos tradicionais procurando incluir estudos humanos que levava em conta a poesia, a filosofia, a história, a matemática e a eloquência.
b) eram um grupo de pessoas que se posicionavam contra a mensagem do evangelho e qualquer influência da Igreja, além de desejarem o retorno à Antiguidade, para viver tal qual os indivíduos daquela época.
c) exaltavam o indivíduo, os feitos históricos, a vontade e a capacidade de ação do homem, sua liberdade de atuação e participação na vida das cidades.
d) ao contrário dos teólogos, que tinham preocupação voltada para as almas e para Deus, ou seja, para os fenômenos espirituais e imateriais, os humanistas valorizavam o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir suas forças, a criar e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-lo, de acordo com sua vontade e seu interesse.
e) viveram um clima de insegurança e perseguição, alguns conheceram o exílio, outros foram submetidos à prisão e à tortura ou, ainda, condenados à fogueira pela inquisição ou decapitados por ordem real.


10. (UNIMONTES MG/2007) A passagem da Idade Média para a Idade Moderna, na Europa, não foi repentina, de uma hora para outra. Na verdade, as gerações que viveram naquele período nem sempre tiveram consciência de que experimentavam mudanças importantes na história.
(SCHMIDT, Mário F. Nova História Crítica: São Paulo: Nova Geração, 2005, p. 102)
A partir da análise do texto, considere as afirmativas abaixo e assinale C para as corretas e I para as incorretas.
(__) O autor entende que os períodos históricos, apesar de apresentarem marcos e características que os diferenciam entre si, não são homogêneos, e elementos de um período podem permanecer existindo em outros.
(__) O autor afirma que as características da Idade Média se prolongaram até o final da Idade Moderna, o que significa que a Europa feudal não aderiu às transformações socioeconômicas que ocorriam em outras partes do mundo.
(__) Pode-se inferir que a divisão histórica em períodos históricos tem um caráter didático, servindo principalmente para localização temporal do leitor, não sendo estática, porque as mudanças históricas geralmente não são bruscas ou definitivas.
(__) O autor afirma que a população da Europa Medieval, considerada pelos intelectuais da época como ignorante, selvagem e analfabeta, permaneceu, ao longo dos séculos XV ao XVIII, presa aos valores e costumes feudais, não aderindo aos projetos e práticas modernizantes advindos da Ásia e da Europa Oriental.
Você obteve:
a) C, C, I, I.
b) C, I, C, I.
c) I, C, I, C.
d) C, C, I, C.


11. (UNIOESTE PR/2007) Mas o que confia dinheiro seu a um mercador ou a um artífice, constituindo com ele certo tipo de sociedade, não lhe transmite o domínio desse dinheiro, que permanece seu, de tal sorte que o mercador negocia ou o artífice trabalha com tal dinheiro sob a responsabilidade do proprietário; por conseguinte, desta maneira, pode este licitamente receber uma parte dos ganhos, como fruto do seu dinheiro”.
O texto acima foi escrito por um filósofo e teólogo do século XIII, São Tomás de Aquino, na obra “Suma Teológica”, e expressa a posição da Igreja sobre a questão do lucro. A justificativa do recebimento da remuneração pelo empréstimo está baseada:
a) na legitimação da usura, procedida pela Igreja no período medieval.
b) na ideia de que somente o trabalho que criava algo podia ser recompensado.
c) na legitimação do comércio de forma geral pela Igreja, pelos riscos que o mercador assumia.
d) na legitimação do trabalho dos banqueiros, condenando-se apenas o do mercador ávido de lucros.
e) na necessidade de regulamentar as trocas comerciais, instituindo mecanismos como as letras de câmbio.


12. (FFFCMPA RS/2007) Sobre a Igreja Medieval, considere as seguintes afirmativas:
I. Seus membros eram os principais detentores do saber escrito e, por isso, controlavam o ensino formal;
II. Com o intuito de manter-se soberana nos assuntos espirituais, a Igreja passou a perseguir os hereges usando de expedientes como a excomunhão e o Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição;
III. O corpo da Igreja estava dividido em duas partes: o clero secular, que vivia em reclusão e era formado por monges e abades; e o clero regular, composto pelo Papa, arcebispos, abades e sacerdotes, os quais desenvolviam atividades voltadas para o público;
IV. Além do poder espiritual, a Igreja detinha grande poder material, acumulado graças às doações feitas pros fervorosos fiéis interessados em escapar da condenação divina.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e III são verdadeiras.
b) Apenas III e IV são verdadeiras.
c) Apenas I e IV são verdadeiras.
d) Apenas II e III são verdadeiras.
e) Apenas I, II e IV são verdadeiras.


13. (PUC SP/2007) A Idade Média é muitas vezes chamada de “era das trevas”. A expressão
a) revela análise cuidadosa da inexpressiva produção intelectual e artística do período, voltada apenas à temática religiosa.
b) permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.
c) nasceu do esforço medieval de negar a antiguidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas.
d) demonstra o desprezo do racionalismo contemporâneo pelas concepções mágicas tão em voga no período medieval.
e) descreve o único período da história ocidental em que os Estados nacionais, criados na antiguidade e recriados no século XV, não existiram.


14. (UECE/2007) O fenômeno das cruzadas se estende ao longo de dois séculos de história européia. Desde a conquista de Jerusalém pelos turcos (séc. XI) até a queda de São João D’Acre, última fortaleza cristã (séc.XIII) dominada pelos turcos muçulmanos. Das inúmeras causas da difusão do “espírito da cruzada”, destaca-se:
a) A necessidade dos abastados nobres europeus de encontrar aventura, glória e de obter o principal prêmio: o casamento com uma jovem nobre, bela e rica.
b) O cumprimento de uma obrigação religiosa: combater o infiel muçulmano era uma ação santa e representava a possibilidade de salvação eterna.
c) A presença de um profundo zelo religioso, característico da medievalidade, acompanhada de motivos econômicos e sociais da Europa.
d) A predominância de interesses econômicos das cidades comerciais que desejavam expandir suas atividades mercantis.


15. (UEM PR/2007) O período da história situado entre a queda do Império Romano (século V) e a tomada de Constantinopla pelos turcos (século XV) é conhecido como Idade Média. Sobre o Ocidente europeu, ao longo desse período, assinale a alternativa incorreta.
a) O feudalismo, que predominou durante uma parte desse período, era um sistema fundamentalmente agrário, baseado em formas específicas de exploração da propriedade rural, chamada domínio ou senhorio.
b) Para a Igreja medieval, o indivíduo tinha um destino espiritual, isto é, uma outra vida após a morte e, na sua curta passagem pela Terra, ele devia preocupar-se com a busca da salvação.
c) O renascimento comercial, ocorrido após as Cruzadas, promoveu o crescimento urbano e o desenvolvimento da economia monetária.
d) A expansão da cristandade, no século XI, não se limitou às cruzadas no Oriente. Concomitantemente às cruzadas no Oriente, os reinos cristãos da Península Ibérica começaram um movimento chamado “Reconquista”, para expulsar os muçulmanos daquela Península.
e) No feudalismo, as relações entre senhores e servos eram chamadas de suserania e vassalagem e caracterizavam-se pela inexistência de direitos por parte dos camponeses.


16. (UFC CE/2007) O surgimento das grandes cidades (burgos) na Europa ocidental, no período da Baixa Idade Média, esteve relacionado:
a) à mudança no perfil da economia, em que a economia de subsistência e de trocas naturais tendia a ser suplantada pela economia monetária centrada na necessidade de centros de produção e entrepostos comerciais.
b) à transformação da nobreza em burguesia, que passou a explorar suas terras, de forma a atender ao mercado em expansão, e mudou-se para as áreas urbanas a fim de comercializar seus produtos.
c) à eclosão de revoltas populares, que resultaram no deslocamento de grandes contingentes populacionais das áreas rurais, a fim de fugir da exploração servil nos campos.
d) ao desaparecimento das corporações de ofício, que permitiu uma ampliação do contingente de mão–de–obra dedicada à produção manufatureira e às plantações, antes restrita aos mestres e aprendizes.
e) à Peste Negra que se alastrou pelo campo e empurrou as populações rurais para as áreas mais urbanizadas, onde existiam melhores condições de higiene e salubridade e ocupação ordenada do espaço.


17. (UFCG PB/2007) “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”.
(Marcos, cap. 10, v. 25. BÍBLIA SAGRADA. Revista e Corrigida. São Paulo: SBB, 1995)
O texto acima, que institui as identidades de pobreza e de riqueza no discurso cristão, é uma metáfora que tem o poder de representar os lugares de (in)felicidade. Sobre esta temática, é INCORRETO afirmar que:
a) a Ordem Franciscana associava a pobreza a um estado pecaminoso do sujeito e a riqueza a um estado de santidade.
b) na Idade Moderna, o mendigo era identificado como marginal e um estorvo que ameaçava a sociedade.
c) na Idade Média, o mendigo era representado, pelo ideário cristão, como instrumento necessário para a salvação do rico.
d) na Europa entre os séculos XVII e XIX, as Leis dos Pobres eram ordenações do Estado que tornavam compulsória a caridade.
e) no “Ensaio sobre o princípio da população”, Thomas Malthus advoga a tese de que os pobres eram os principais responsáveis pela miséria.


18. (UFCG PB/2007) O filósofo Jostein Gaarden, em O Mundo de Sofia. Romance da História da Filosofia, escreveu o seguinte diálogo entre duas personagens de seu livro:
- A Idade Média começou às quatro horas? – perguntou Sofia, confusa.
- Mais ou menos às quatro horas, sim. E depois o relógio bateu cinco e seis e sete horas. Mas o tempo parecia ter parado. Depois oito e nove e dez. E ainda era a Idade Média, compreende?(...) Então o relógio bateu onze e doze e treze: um período que chamamos de Baixa Idade Média, quando se construíram as grandes catedrais da Europa. Só ali pelas catorze horas é que um galo começa a cantar. Um aqui, outro ali. E então... a longa Idade Média começa a caminhar rumo ao seu fim.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa.
(GAARDEN, J. O Mundo de Sofia. Romance da História da Filosofia. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p.187)
A partir da metodologia do marco temporal apresentado no fragmento textual acima, que associa uma hora a um século, assinale V para as questões verdadeiras e F para as falsas:
(__) a principal inovação educacional medieval realizada pelos europeus foi a instituição universitária, fundada “entre dez e onze horas”.
(__) a filosofia escolástica desenvolvida por Santo Agostinho ganhou visibilidade a partir das seis horas.
(__) a educação calvinista e anglicana teve muita influência na construção da identidade religiosa européia a partir das treze horas.
(__) a disseminação do ensino superior teve relação com o ressurgimento urbano e comercial, que ocorreu, aproximadamente, a partir das treze horas.
(__) nas universidades européias, os cursos de Artes, Direito, Medicina e Teologia assumiram um caráter mais secular a partir das quinze horas.
A sequência CORRETA é:
a) FFFVV.
b) VFVVF.
c) VVVFF.
d) VFFVV.
e) VFVFV.


19. (UFJF MG/2007) Sobre o contexto social e econômico do século XIV na Europa medieval, marque a alternativa INCORRETA.
a) A mão de obra disponível para atuar no campo foi reduzida devido às epidemias e guerras existentes no período.
b) As revoltas camponesas, como a jacquerie, acabaram por ocasionar alterações nas obrigações típicas do sistema feudal.
c) A reduzida oferta de metais preciosos, como a prata, contribuiu para a expansão do processo inflacionário.
d) A burguesia teve seu prestígio econômico reduzido pela crise das atividades urbanas o que fortaleceu o poderio dos senhores feudais.
e) A instabilidade climática, com chuvas constantes, levou a uma grande retração nas colheitas, diminuindo fortemente a produção agrícola.


20. (UFJF MG/2007) Leia, atentamente, o trecho abaixo, através do qual o autor demonstra aspectos da realidade vivida por parte da população da Europa Ocidental, no início da Idade Moderna:
“Chamava-se Domenico Scandella, conhecido por Menocchio. Nascera em 1532 (...), em Montereale, uma pequena aldeia nas colinas de Fruili (...). Era casado e tinha sete filhos; outros quatro haviam morrido (...). Em 28 de setembro de 1583 Menocchio foi denunciado ao Santo Ofício, sob a acusação de ter pronunciado palavras “heréticas e totalmente ímpias” sobre Cristo.”
(GUINZBURG, C. O queijo e os Vermes).
Agora, leia as afirmativas abaixo e, em seguida, marque a alternativa CORRETA.
I. O trecho acima aponta para a atuação da Inquisição como meio de julgar e punir aqueles que fossem suspeitos de difundir ideias e práticas religiosas contrárias à fé católica.
II. Para além das grandes transformações pelas quais a Europa estava passando, com o desenvolvimento da vida urbana e instituições comerciais, grandes contingentes populacionais viviam sob péssimas condições de vida, perceptíveis nas variações demográficas da instituição familiar.
III. Nesse período, grandes contingentes de camponeses migravam para as áreas urbanas e ingressavam no trabalho fabril, submetendo-se a longas jornadas de trabalho e a baixos salários.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas a I e a II estão corretas.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e III estão corretas.


21. (UFPE/2007) O predomínio da Igreja Católica marcou o mundo feudal. A sua presença se fez também nas realizações culturais. Dentro dessa perspectiva e analisando a arquitetura medieval, a sua literatura e a sua arte, podemos afirmar que:
a) a Igreja Católica definiu os princípios estéticos, levando a que não houvesse manifestações artísticas profanas.
b) apesar do domínio da Igreja, houve manifestações críticas que mostravam as injustiças existentes.
c) a influência da Igreja prevaleceu mais nas obras arquitetônicas que definiram os estilos das construções existentes.
d) os princípios da arte clássica não foram usados na Idade Medial Ocidental, pois a Igreja Católica os proibia.
e) a arte medieval não teve originalidade, sendo sufocada pelo excesso de religiosidade e de misticismo da época.


22. (UFRGS/2007) Durante a Baixa Idade Média, ocorreu em Portugal a denominada Revolução de Avis (1383–1385), que resultou em uma mudança dinástica, cuja principal consequência foi
a) o enfraquecimento do poder monárquico diante das pressões localistas que ainda sobreviviam nas pequenas circunscrições territoriais do Reino.
b) o surgimento de uma burguesia industrial cosmopolita e afinada com a mentalidade capitalista que se instaurava na Europa.
c) o início das grandes navegações marítimas, que resultaram no descobrimento da América e no reconhecimento da Oceania pelos lusitanos.
d) o início do processo de expansão ultramarina, que levaria às conquistas no Oriente, além da ocupação e do desenvolvimento econômico da América portuguesa.
e) o surgimento de uma aristocracia completamente independente do Estado, que tinha como projeto político mais relevante a expansão do ideal cruzadista.


23. (UNIFOR CE/2007) Considere o texto.
Como se aproximasse já aquele termo que o Senhor Jesus anuncia quotidianamente aos seus fiéis, especialmente no Evangelho onde diz: “Se alguém me quiser seguir, renuncie a si próprio, tome a sua cruz e siga-me”, deu-se um grande movimento por todas as regiões das Gálias (França), a fim de que, de coração e espírito puros, [o povo] desejasse seguir o Senhor com zelo e quisesse transportar fielmente a cruz e não tardasse em tomar apressadamente o caminho do Santo Sepulcro.
(In: Fernanda Spinosa. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1976. p 294)
O texto de um cronista anônimo do período medieval traduzia o sentimento
a) dos turcos otomanos durante a conquista das cidades cristãs.
b) da cristandade nas cruzadas contra os povos muçulmanos.
c) dos protestantes contra as autoridades eclesiásticas católicas.
d) da nobreza feudal na sua investida contra os bispos e abades.
e) dos islamitas nos movimentos em defesa da ordem feudal.


24. (UNESP SP/2007) O ventre contraído pelo temor da privação, pelo medo da fome e do amanhã, assim segue o homem do ano 1000, mal alimentado, penando para, com suas ferramentas precárias, tirar seu pão da terra. Mas esse mundo difícil, de privação, é um mundo em que a fraternidade e a solidariedade garantem a sobrevivência e uma redistribuição das magras riquezas.
Partilhada, a pobreza é o quinhão comum. Ela não condena, como hoje, à solidão o indivíduo desabrigado, encolhido numa plataforma de metrô ou esquecido numa calçada. A verdadeira miséria aparece mais tarde, no século XII, bruscamente, nos arredores das cidades onde se amontoam os marginalizados.
(Georges Duby, Ano 1000 ano 2000: na pista de nossos medos.)
A partir do fragmento, pode-se concluir que o surgimento da miséria no século XII associou-se
a) aos valores medievais, que favoreciam a concentração de riquezas.
b) às ações do clero, que desestimulavam a livre iniciativa e a busca do lucro.
c) à estrutura produtiva medieval, que assegurava apenas a subsistência.
d) ao crescimento do comércio, que trouxe consigo a busca do lucro individual.
e) à economia solidária, que não estimulava o aumento da produção.


25. (FGV/2008) (...) as cruzadas não foram as responsáveis pelas grandes transformações econômicas, mas produtos delas. Contudo, elas não deixaram de contribuir para os avanços daquelas transformações. (...) O intenso comércio praticado pelas cidades italianas, Gênova e Veneza, cresceu bastante com a abertura dos mercados
orientais, para o que as cruzadas desempenharam papel decisivo (...)
(Hilário Franco Júnior, As cruzadas)
Além da decorrência apresentada, pode-se atribuir a essas expedições
a) o desaparecimento das ordens mendicantes – especialmente franciscanos e dominicanos –, assim como a superação das heresias católicas.
b) o fortalecimento nas relações de vassalagem em toda a Europa Ocidental e um forte retraimento do poder econômico da burguesia comercial.
c) a estagnação das atividades comerciais entre algumas cidades comerciais do mar do Norte – como Bruges e Gand – e as cidades do litoral oeste da África.
d) a radicalização no processo de fragmentação político-territorial da Europa, com a importante ampliação do poder econômico da nobreza togada.
e) a relação entre os cruzados com bizantinos e muçulmanos, permitindo que a Europa voltasse a ter contato com algumas obras de filosofia greco-romana.

GABARITO

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