1. (FGV/2013)
Entre os séculos XIII e XV, havia um intenso comércio de
cerâmicas, produtos agrícolas, de cobre vindo da Zâmbia e de Chaba, de sal,
ouro e marfim, enviados até a costa. De fora, chegavam (...) porcelana da China
e da Pérsia, peças de vidro da Síria e outras mercadorias de luxo. O Grande
Zimbábue (...) tinha o monopólio do comércio de ouro que era levado para Sofala
e de lá embarcado para Quíloa.
(Regiane Augusto de Mattos, História
e cultura afro-brasileira)
A partir do trecho, é
possível considerar que
a) o
oceano Índico e a Península Arábica foram importantes “portas de entradas” de
ideias e mercadorias da África, mesmo antes da costa atlântica.
b) a economia
africana apenas ganhou importância em fins do século XV, quando ocorreu a
chegada dos grandes negociantes europeus.
c) o
isolamento cultural e político africano não impediu que esporádicas relações
comerciais fossem travadas com outros continentes.
d) desde a
Antiguidade a África esteve aberta às influências externas, mas o continente só
passou a ter história com o contato com a Europa moderna.
e) até meados
do século XVI, a costa mediterrânea foi o único espaço africano com contato
externo, em função da expansão do Império carolíngio.
2. (FGV/2013)
Guerra dos Cem Anos - Denominação dada a uma série de conflitos
ocorridos entre a França e a Inglaterra no período 1337-1475. O termo, que vem
sendo considerado impróprio, é uma criação moderna dos historiadores do século
XIX, introduzido nos manuais escolares. (...) Alguns historiadores têm mesmo
proposto que seja utilizada a expressão “cem anos de guerra” e não a
tradicional.
(Antônio Carlos do Amaral
Azevedo, Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos apud Luiz
Koshiba, História: origens, estruturas e processos)
Sobre essa guerra, é correto
afirmar que
a) decorreu diretamente
da chamada Crise do Século XIV, pois a Inglaterra e a França tinham leituras
divergentes da paralisia econômica que atingiu a Europa ocidental desde os
primeiros anos desse século.
b) resultou
da imediata reação da França, aliada dos reinos de Castela e Aragão, à aliança
econômica e militar entre a Inglaterra e Portugal, iniciando o mais sangrento
conflito bélico da Europa moderna.
c) desenrolou-se
quase toda em território francês, com batalhas entremeadas por tréguas e
períodos de paz, e as suas origens se ligam à sucessão do trono francês, também
disputado pela Inglaterra.
d) derivou da
disputa por territórios recém-descobertos por franceses no norte da África, mas
que eram estratégicos para a expansão da economia inglesa, já produtora de
manufaturados.
e)
desenvolveu-se no contexto das reformas religiosas, obrigando cada nação
europeia a se posicionar na defesa ou não do papado, fator principal do
conflito bélico entre franceses e ingleses.
3. (IFGO/2012)
A partir do século XIII, a sedução é representada pela aparência
sensível do mundo na arte do Ocidente. O mundo da vida tornou-se objeto de
deleite, é considerado belo e digno de atenção. [...] Com a arte medieval,
desenvolve-se um novo olhar sobre o mundo terrestre e o concreto: a expressão
do mistério incognoscível e do sobre-humano [...]. O artista gótico substitui
os monstros fantásticos pelas criaturas vivas e reais, pelos bosques e pequenos
jardins. A arte medieval procura representar o trabalho dos homens,
valorizando-o e aproximando-o de Deus, propagando a imagem da Virgem Maria mais
feminina e mais maternal, e um Cristo mais humano e mais próximo.
No limiar da contradição, a
religião do Deus encarnado em homem e a revalorização da vida terrena
favoreceram incontestavelmente o aparecimento da moda. Considerando como a base
religiosa a humanidade do filho de Deus, o mundo criado poderá ser louvado por
sua beleza; a originalidade e o encanto do parecer poderão ganhar legitimidade;
neste sentido, o traje poderá desenhar e expressar as belezas do corpo.
SANTOS, Georgia M. de
Castro. A roupa, a moda e a mulher na Europa Ocidental Medieval: reflexo
da opressão sofrida pela mulher na Idade Média (século XI-XV), p. 88.
Disponível em: . Acesso em: 24 mai. 2012.
Sobre o texto acima, é
incorreto afirmar que:
a) O texto
analisa as relações entre moda, estética e religiosidade na Idade Média.
b) A autora
enfatiza mudanças importantes no plano estético, sugerindo a aproximação do
humano com o divino.
c) Existe uma
distância intransponível entre a experiência religiosa medieval e a
sensualidade das formas humanas no século XIII.
d) A vida
terrena revalorizada torna-se cenário a emoldurar as representações de Maria e
de Jesus Cristo.
e) Conforme o
texto, existe uma relação entre a representação de criaturas e paisagens reais
com a modificação da sensibilidade estética e religiosa.
4. (UEG
GO/2013) Leia o fragmento abaixo.
E enquanto
o fero ecoar na mente
Da estirpe
que em perigos sublimados
Plantou a cruz em cada
continente.
BANDEIRA, Manuel. A Camões.
In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p.
44.
Tem-se, no fragmento, uma
referência
a) à expansão
do cristianismo, quando o imperador romano Constantino, vendo uma cruz no céu
antes de uma batalha que venceu, converteu-se à nova fé.
b) à Reforma
Protestante, quando Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica pregando suas
teses na porta da Catedral de Notre-Dame, em Paris.
c) às
Cruzadas, quando os cristãos invadiram e tomaram Jerusalém, empunhando cruzes e
espadas para combater os muçulmanos.
d) às
grandes navegações, quando os portugueses marcavam a posse de novos territórios
rezando uma missa e erguendo um cruzeiro.
5. (UPE/2013)
Sobre a relação entre cultura e cristianismo na Idade Média,
analise as seguintes afirmações:
I. A Baixa
Idade Média transcorreu alheia às práticas heréticas em solo europeu.
II. Cidades,
como Roma e Santiago de Compostela, eram destinos recorrentes no itinerário dos
peregrinos.
III. Os
mosteiros e as catedrais podem ser considerados as edificações mais
significativas da Igreja medieval.
IV. As
universidades foram as primeiras instituições a se preocuparem com o legado
clássico na Idade Média.
V. A arte do
mosaico se desenvolveu nas igrejas medievais de influência bizantina.
Estão CORRETAS
a) I, II e
IV.
b) II, III
e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e
IV.
e) I, II e
III.
6. (UNESP
SP/2013) Nos arredores de Assis, dois leprosários [...] hospedavam
os homens e mulheres de visão repugnante escorraçados por todos: considerava-se
que os leprosos eram assim por castigo de Deus, por causa dos pecados
cometidos, ou porque tinham sido concebidos em pecado. Por isso, ao se
movimentarem, eram obrigados a bater certas castanholas, para que os sãos
pudessem evitá-los, fugindo a tempo.
(Chiara Frugoni. Vida de
um homem: Francisco de Assis, 2011.)
A lepra e as demais doenças
recorrentes durante a Idade Média
a) resultavam
do descuido das vítimas e os médicos se dedicavam apenas aos doentes graves ou
terminais.
b) atingiam
basicamente as populações rurais, pois as condições de higiene e saneamento nas
cidades eram melhores.
c) atacavam e
matavam igualmente nobres e pobres, pois não existiam hospitais ou remédios.
d) eram
consideradas contagiosas e, devido a isso, não havia pessoas dispostas a cuidar
dos enfermos.
e) eram
muitas vezes atribuídas à ação divina e as vítimas eram tratadas como
responsáveis pelo mal.
7. (UFRN/2013)
O historiador Jacques Le Goff, analisando o Ocidente europeu na Idade
Média, comenta:
O conflito
entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade
Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos,
durante os quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da
alteração das estruturas e das práticas econômicas.
LE GOFF, Jacques. Para um
novo conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente.
Lisboa: Estampa, 1979. p. 45.
Esse conflito referido pelo
autor diz respeito
a) à tensão
entre a moral burguesa, que defendia o "justo preço" e a moderação do
lucro, e os valores clericais, que enalteciam o ócio, como expressão da
confiança na Providência.
b) à
contradição entre a exploração dos servos, a qual sustentava a produção nos
domínios feudais, e a concepção de uma sociedade fraterna defendida pela
Igreja.
c) às
dificuldades de conciliação entre os interesses religiosos das Cruzadas e as
ambições das cidades italianas, que lucravam com as novas rotas comerciais
abertas pelo movimento cruzadista.
d) à incompatibilidade
entre o ponto de vista defendido pela Igreja sobre a economia e as ideias
capitalistas da burguesia, a qual gradativamente se consolidava.
8. (UFG
GO/2012) A expressão “expansão marítima europeia” é utilizada pela
historiografia contemporânea, ao tratar dos séculos XV e XVI, para
a)
identificar o processo de aquisição de territórios na Europa por meio da
drenagem de regiões próximas ao mar, tal como ocorrido nos Países Baixos.
b)
caracterizar o domínio político sobre o Oriente, auxiliado pela invenção da
pólvora, da bússola e do astrolábio nas universidades europeias.
c) criticar o
belicismo europeu que usou o argumento religioso de “combate ao infiel” para
justificar suas conquistas territoriais na Ásia.
d) definir
o desenvolvimento econômico europeu bem como o contato e comércio com povos de
outros continentes.
e) legitimar
a adoção da cultura europeia por parte de outras nações como ação integrante do
projeto civilizacional iluminista.
9. (UFTM
MG/2012) [...] para satisfazer as faltas e necessidades dos da
fortaleza, começaram a afluir diante da porta, junto da saída do castelo,
negociantes, [...] mercadores de artigos custosos, em seguida
taberneiros, depois hospedeiros para a alimentação e albergue dos que mantinham
negócios com o senhor [...]. Os habitantes de tal maneira se agarraram
ao local que em breve aí nasceu uma cidade importante.
(Jean Lelong, cronista do
século XIII, apud Fernanda Espinosa. Antologia de textos históricos
medievais, 1972.)
O texto refere-se
a) às
transformações ocorridas na Europa Ocidental a partir do século XI, quando as
atividades comerciais intensificaram- se.
b) ao
processo de criação das corporações de ofícios, com suas regras e rituais
específicos para cada profissão.
c) à
crescente insegurança que marcou o período medieval, razão pela qual se
procurava viver em torno de fortificações.
d) à baixa
produção dos feudos, que dependiam de fornecedores externos para assegurar a
sobrevivência de seus moradores.
e) às lutas
entre senhores feudais e senhores urbanos pelo controle da produção agrícola,
principal fonte de impostos.
10. (UNESP
SP/2012) As feiras foram muito difundidas pela Europa a partir do século
XI. Entre os motivos que provocaram tal fenômeno, podemos citar
a) a
unificação da moeda europeia, que facilitou a atividade dos banqueiros e a
aquisição de mercadorias.
b) o
aumento da produção agrícola, provocado pelos desmatamentos, que ampliavam a
quantidade de terras cultiváveis.
c) a
eliminação das práticas feudais, que prendiam os camponeses à terra e reduziam
a monetarização da economia.
d) o
crescimento urbano, provocado pelas doenças e epidemias que grassavam nas áreas
rurais e provocavam êxodo em direção às cidades.
e) a regionalização
das economias, que limitou significativamente a obtenção de mercadorias
provenientes de terras distantes.
11. (UNISA
SP/2012) (…) A população da Cidade Santa foi passada ao fio da espada, e os
francos massacraram os muçulmanos durante uma semana. Na mesquita de al-Aqsa,
mataram mais de setenta mil pessoas. E Ibn al-Athir, que evita citar cifras não
comprováveis, corrige: Mataram muita gente. Aos judeus recolheram na sua
sinagoga e lá os queimaram vivos os francos. Destruíram também os monumentos santos,
e a tumba de Abraão – a paz esteja com ele.
(Maloouf, Amin. La Invasión.
Madrid, 1994)
O texto diz respeito
a) à Hégira.
b) à Jihad
Islâmica.
c) às
Cruzadas.01
d) à
conquista de Roma pelos bárbaros.
e) à
conquista de Meca por Maomé.
12. (FMJ
SP/2012) A partir do século XI, o aumento da produtividade agrícola na
Europa promoveu uma série de transformações que constituíram o longo processo
de desestruturação do sistema feudal.
Assinale a alternativa que
aponta, corretamente, uma dessas transformações.
a) Devido à
pujança econômica do período, a Europa enfrentou uma série de invasões de
diferentes povos. Nórdicos (normandos ou vikings), magiares e muçulmanos
saquearam diversas regiões do Império Carolíngio.
b) Com o
aumento da produção agrícola, os proprietários de terras transformaram seus
domínios em unidades economicamente autônomas, autossuficientes. O sistema de
trocas restringiu-se aos produtos especiais como sal, ferramentas e armas.
c) Em busca
de melhores condições de vida, muitos artesãos, jornaleiros e pequenos
comerciantes abandonaram seus ofícios e cidades para integrarem-se à crescente
atividade agrícola, provocando intenso êxodo urbano.
d) Mosteiros
e abadias, grandes domínios rurais da Igreja, não assimilaram as novas técnicas
agrícolas, o que resultou na diminuição das rendas obtidas pelo clero e no
enfraquecimento econômico dessa instituição.
e) A venda
do excedente agrícola e de matérias-primas originárias do campo aumentou a
circulação de moedas e o interesse pelos metais preciosos, contribuindo para a
crescente monetarização da economia.
13. (Mackenzie
SP/2012) “O ar da
cidade torna os homens mais livres”
O provérbio medieval acima denota uma mudança no cenário europeu
com o declínio do feudalismo e ressurgimento das cidades. As alterações que
ocorreram no final da Idade Média refletiam a nova visão do homem desse tempo
perante o mundo. Considerando o provérbio acima e as transformações decorrentes
da transição do feudalismo para o capitalismo, é correto afirmar que,
a) graças ao Renascimento Comercial, verificado na Baixa Idade
Média, as cidades medievais ficaram livres do pagamento das antigas taxas e
tributos feudais, liberando os ocupantes das cidades de tais encargos
monetários.
b) em virtude das Cruzadas (1096-1270), aumentou o intercâmbio
religioso entre Oriente e o Ocidente, ocasionando uma maior tolerância
religiosa nas cidades medievais, que passaram a se espelhar no modelo de
Jerusalém.
c) enquanto a vida no campo era marcada por uma estrutura social
estratificada, nos novos centros urbanos, o desenvolvimento comercial e
artesanal criaram condições para a possibilidade de ascensão social para o
homem urbano.
d) por contar com seu próprio conjunto de leis e jurisprudência,
livres da influência dos senhores feudais, as cidades medievais proporcionaram
liberdade a todos quantos se sentiam oprimidos pelo modelo social feudal da
época.
e) enquanto fazia parte da condição servil, trabalhar nas terras do
senhor e a ele entregar parte da colheita, nas cidades, já no século XII, as
relações de trabalho eram totalmente assalariadas.
14. (PUC
RS/2012) Entre os séculos XI e XV, a Europa Ocidental conhece um período de
profundas transformações econômicas, sociais e políticas, dentre as quais NÃO
se pode apontar
a) o
desenvolvimento do capital comercial.
b) a
dissolução do trabalho servil clássico.
c) a eclosão
dos movimentos urbanos autonomistas.
d) o fim
dos grandes surtos epidêmicos.
e) o início
da centralização do poder político.
15. (UCS
RS/2012) Conhecido durante muito tempo como a Idade das Trevas, o período
medieval (século V ao XV) foi responsável por um importante legado ao mundo
contemporâneo. Entre as principais contribuições dessa época, pode-se destacar
a) a
universidade.
b) o
humanismo.
c) o
capitalismo.
d) a
monarquia.
e) o
racionalismo.
16. (FGV/2013)
Leia o texto abaixo com atenção e depois considere as afirmações
que o seguem.
Durante
muito tempo considerou-se que a Idade Média conheceu apenas o antijudaísmo, que
se aplicava aos judeus como assassinos do Cristo e cegos à verdadeira fé,
diferentemente do antissemitismo moderno, ideologia laica fundada sobre um
critério racial. Ao que tudo indica, a Idade Média ignora a noção de raça, tal
qual ela é formulada no século XIX, e é antes a constituição da cristandade
como totalidade unificada que leva então à rejeição dos judeus, enquanto não
cristãos e não como povo julgado inferior. De fato, uma conversão ao
cristianismo torna possível sua integração social, mesmo se permanece sempre
algo da antiga condição que a conversão não chega jamais a abolir
completamente.
BASCHET, J. A civilização
feudal. Do ano mil à colonização da América. São Paulo: Globo, 2006, p.
238.
I. As
perseguições aos judeus durante a Idade Média têm as mesmas justificativas
daquelas estabelecidas pelos nazistas no século XX.
II. A noção de
cristandade estabelecida na Idade Média previa a constituição de uma unidade religiosa,
política, cultural e racial.
III. Mesmo
convertidos ao cristianismo, antigos judeus não estiveram completamente a salvo
de perseguições durante a Idade Média.
Está correto apenas o que
afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
17. (PUCCamp
SP/2013) Embora a sociedade feudal costuma ser associada a um período
histórico marcado pelo retrocesso tecnológico, inovações técnicas importantes
vieram tornar mais rentável e menos penoso o trabalho do campesinato medieval.
Entre elas está a invenção da charrua, uma espécie de arado mais eficiente, a
reestruturação do moinho hidráulico e o desenvolvimento de novas formas de
atrelar os animais, o que aumentou o poder de tração.
(Myriam B. Mota e Patrícia
R. Braick. História: das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo:
Moderna, 1997. p. 87)
Com base no texto e no
conhecimento histórico é correto afirmar que, no início da Baixa Idade Média,
apesar de limitadas,
a) as
inovações técnicas, acompanhando o crescimento demográfico e gerando excedentes
para uma atividade comercial cada vez mais intensa, proporcionaram
transformações profundas na vida feudal.
b) as novas
tecnologias no meio rural, visando reorganizar a produção de forma mais
eficiente, trouxeram mudanças profundas na economia ao formar um contingente de
mão de obra disponível para as indústrias.
c) as
descobertas científicas, alavancadas pelo desenvolvimento de técnicas de
produção agrícola, provocaram transformações nas relações de trabalho feudal,
dissociando o trabalhador dos meios de produção.
d) as novas
técnicas de produção e instrumentos inovadores na agricultura e o aumento da
população, na Europa ocidental, permitiram a integração do trabalho rural ao
sistema capitalista em desenvolvimento.
e) as inovações
tecnológicas, embora encontrasse obstáculos na própria estrutura estamental, provocaram
mudanças qualitativas na economia, abrindo espaço para uma nova ordem política
e social no mundo feudal.
18. (UDESC
SC/2013) Sobre a Europa no período entre o século V e o século XV, analise
as proposições.
I. Durante os
séculos VIII e XIV a Península Ibérica foi habitada por povos que professavam o
islamismo, catolicismo e judaísmo.
II. A economia
era baseada na produção industrial e as pessoas que trabalhavam eram
majoritariamente servos, e não tinham a propriedade das terras.
III. Este
período é marcado pelo grande poder da Igreja Católica.
IV. Neste
período ocorreram inovações tecnológicas tais como: o arado de metal, a rotação
de culturas e os moinhos movidos pelo vento ou pela água, o que acarretou em
aumento da produtividade agrícola.
V. Um aspecto
marcante, deste período, foram as guerras religiosas contra os povos que não
eram seguidores do catolicismo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as
afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
b) Somente as
afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
c) Somente
as afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as
afirmativas I, II e V são verdadeiras.
e) Todas as
afirmativas são verdadeiras.
19. (UECE/2013)
A partir do século XII, em muitas cidades europeias, foram criadas
associações que faziam parte de um sistema particular para organizar a produção
e as profissões, bem como regulamentar e tutelar as atividades de pessoas
pertencentes a uma mesma categoria profissional. Esse sistema recebeu o nome de
a) Unidades
de Produção Artesanal.
b) Corporações
de Ofícios.
c) Mestres,
Oficiais e Aprendizes.
d) União de
Construtores e Artesãos.
20. (UEFS
BA/2013) Na economia feudal da Baixa Idade Média, um papel importante foi
desempenhado por relações internacionais que ligavam o Oriente ao Ocidente,
dentre elas03
a) as
rotas da seda e das especiarias, que convergiam, respectivamente, para os
portos de Constantinopla e de Alexandria, que, por sua vez, eram alcançados por
mercadores árabes e venezianos.
b) as grandes
feiras, monopolizadas pelos mosteiros, que se mantiveram concentradas entre os
países ibéricos e a região de Champagne, na península Itálica.
c) o
surgimento das letras de câmbio, utilizadas para evitar o transporte de grandes
somas de dinheiro, nas perigosas estradas medievais.
d) a
navegação comercial, que ligava os portos do mar do Norte e do mar Báltico ao
mar Cáspio, na Turquia.
e) a
organização das ligas de mercadores, que articulavam o comércio de embarcações
entre a Inglaterra, a Rússia e as cidades gregas.
21. (UEPA/2012)
Entre o final do século XIII e o início do século XIV, no sudoeste
da França, na região do Rio Ariège, a Igreja Católica investiu fortemente
contra a heresia conhecida como albigense ou cátara, por meio do Tribunal do
Santo Ofício. Os heréticos baseados, em particular, no povoado de Montaillou,
acreditavam que o mundo era uma materialização do mal e um lugar de expiação.
Por isso, a salvação seria responsabilidade individual, sem necessidade de
intermediários, na forma de prática expiatória marcada pela experiência do
êxtase espiritual. Os sacerdotes cátaros, por sua vez, seriam somente os
direcionadores desta forma de fé cristã, praticada à revelia da instituição
eclesiástica oficial. A forte repressão a heresias como essa, na Baixa Idade
Média europeia, por parte da Igreja Católica, se explicava principalmente:
a) pela
expansão implacável das denominações heréticas que chegavam a abalar o poder da
Igreja Católica em seus centros de decisão.
b) por conta
da divisão do papado entre Roma e Avignon, que levava os Papas da igreja
dividida a adotarem uma linha dura contra as heresias.
c) pelo
interesse na eliminação do protestantismo, que ganhava terreno nos reinos
germânicos do Norte da Europa.
d) pelo
interesse na manutenção do papel central da Igreja como unificadora da
cristandade e base de poder da elite eclesiástica sobre os reinos medievais.
e) pelo temor
da expansão islâmica, em franco desenrolar na forma de guerras santas que já se
estendiam à Península Ibérica.
22. (UEPA/2013)
Os camponeses franceses do
século XIV eram conhecidos pelos nobres do reino pelo termo Jacques (que pode
ser traduzido em português pelo nome “Tiago”), por ser este considerado como
nome comum entre as camadas populares. As revoltas dos Jacques (ou Jacqueries),
como ficaram conhecidas, estouraram no norte do Reino da França em 1358. Sua
emergência no contexto de crise da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) assumiu um
sentido de contestação dos privilégios da nobreza rural e foi estimulada
pelo/a:
a) pilhagem das vilas camponesas promovidas por líderes militares
aristocratas.
b) terror implantado no campo pelos vilões, mobilizados pela
conjuntura de guerra.
c) aumento de taxas feudais e pelos saques de soldados espalhados
pelos campos.
d) desmonte da ordem social feudal por conta da guerra entre França
e Inglaterra.
e) fragilidade das forças militares da nobreza na repressão a
levantes populares.
23. (UFG
GO/2013) Leia o texto a seguir.
O corpo é considerado perigoso:
é o lugar das tentações; nele se manifesta o que depende do mal; sobre ele se
aplicam os castigos purificadores que expulsam o pecado. Testemunha, o corpo
denuncia as particularidades da alma por seus traços específicos, mas também
pela maneira pela qual suporta a prova da água ou do ferro em brasa.
DUBY, Georges. A solidão nos
séculos XI a XIII. In: DUBY, G.; ARIÈS, P. (Orgs.). História da vida
privada: da Europa feudal à Renascença. São Paulo: Companhia das Letras,
2006. p. 515-516. (Adaptado).104
O dualismo entre corpo e
alma era uma característica da cultura europeia, nos séculos XII e XIII. Com
base no texto, esse dualismo expressava-se
a) no
desprezo com a higienização do corpo, que era um recurso para encobrir os
pecados da alma.
b) na prática
caritativa com os doentes, que se tornavam exemplo em virtude do sofrimento do
corpo.
c) no
controle do comportamento, que revelava a alma resguardada pelo corpo.
d) na
hierarquização entre homens e mulheres, que regulava a moral segundo os
preceitos bíblicos.
e) no
exercício do ritual de exorcismo, que expulsava o pecado do corpo.
24. (UFTM
MG/2013) Jamais a Europa esteve tão unida quanto nos séculos XII e XIII, e
essa unidade devia-se ao fato de que os europeus daquele tempo tinham o
sentimento de constituir um só povo [...].
(Georges Duby. Ano 1000,
ano 2000. Na pista de nossos medos, 1998.)
O sentimento de unidade
europeia mencionado no texto derivava, sobretudo,
a) do empenho
dos reis e imperadores de estabelecer laços diplomáticos e políticos entre os Estados
nacionais.
b) da
identificação religiosa proporcionada pelo cristianismo e estimulada pelas
cruzadas.
c) da
inexistência de conflitos armados no continente, após a derrocada econômica e
militar provocada pelas temporadas anteriores de guerras e peste.
d) da unidade
entre o poder temporal e o poder espiritual, exercidos em todo o continente
pelo Papa.
e) do reconhecimento
de que os diversos reinos tinham, nos invasores bárbaros, inimigos comuns e
deviam se associar para expulsá-los.
25. (UNESP
SP/2013) Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por
Dante Alighieri no início do século XIV, e Dom Quixote, escrita por
Miguel de Cervantes no início do século XVII,
a) parodiaram
as novelas de cavalaria e defenderam a hegemonia da Igreja Católica e da
aristocracia, respectivamente.
b) derivaram
de registros orais e foram apenas organizadas e sistematizadas na escrita de
seus autores.
c) contribuíram
para a unificação e o estabelecimento da forma moderna dos idiomas italiano e
espanhol.
d) assumiram
forte conotação anticlerical e intensificaram as críticas renascentistas à
conduta e ao poder da Igreja Católica.
e) retrataram
o imaginário da burguesia comercial ascendente na Itália e na Espanha do final
da Idade Média.
GABARITO
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