1. (PUC RJ/2014) Considere as afirmativas
abaixo sobre o renascimento comercial, ocorrido na Europa Ocidental durante a
Baixa Idade Média.
I. A explosão demográfica que se verifica na
Europa a partir do século X, devido à queda na mortalidade e à elevação da
natalidade, foi um dos fatores que favoreceram o aumento das atividades
mercantis no período.
II. O movimento religioso das Cruzadas, a partir
do século XI, contribuiu para a consolidação do renascimento comercial europeu,
afastando do Mar Mediterrâneo os árabes e as cidades autônomas do norte da
Itália.
III. As feiras ocorriam na confluência das principais
rotas de comércio na Europa, e nelas os senhores feudais, em troca de proteção
militar e judicial, costumavam cobrar a capitação – imposto por cabeça –
de todos os participantes.
Está/Estão
correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
2. (UFAL/2014) O Estado Moderno é fruto
da própria fragmentação do mundo feudal. Os poderes dos senhores feudais sobre
as terras proporcionavam uma força fragmentada sem um núcleo, cada feudo
possuía sua autonomia política o que dificultava o poder centralizado do rei.
Disponível
em: http://www.primeiroconceito.com.br. Acesso em: 9 dez. 2013 (adaptado).
A
emergência do estado moderno foi o fruto de vários aspectos da Baixa Idade
Média, que possibilitaram o crescente poder do rei com o apoio da burguesia
comercial. Para centralizar maior poder, o Estado monárquico buscou
a) atender as reivindicações dos senhores
feudais, que formavam a base de sustentação da nobreza, sem a qual o poder do rei
desapareceria.
b) alianças com os servos para se contrapor a
crescente força da nobreza feudal, que ameaçava o controle real sobre as terras
dos feudos.
c) o controle sobre questões de ordem
fiscal, jurídica e militar. Em outros termos, o rei deveria ter autoridade e
legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar impostos.
d) conquistar novas terras, incorporando
territórios vizinhos as suas posses e redistribuindo as novas terras com os
senhores feudais.
e) se afastar dos interesses dos senhores
feudais, centralizando sua atenção no atendimento das necessidades do povo, uma
forma de ganhar o apoio popular.
3. (Unievangélica GO/2014) Leia o texto a seguir.
Atenuada por alguns intervalos, a peste
dominou a Europa do século XIV e adentrou o século XV. A intensidade com que a
epidemia afetou os centros urbanos europeus era bastante variada. Estudiosos
calculam que cerca de um terço de toda a população europeia teria sucumbido ao
terror da peste.
Sobre a peste negra pela Europa, verifica-se
que
a) a igreja na época
encorajava as pessoas e disseminava os saberes médicos, contribuindo assim para
conter a propagação da doença.
b) a epidemia colaborou com
o fortalecimento do feudalismo, já que, por causa da doença, os servos se
refugiaram nas terras dos senhores feudais, em busca de ajuda e proteção.
c) a epidemia colaborou para
a recuperação econômica da Europa, devido à retração dos índices demográficos.
d) a peste se propagou
porque os conhecimentos médicos da época eram insuficientes para combater a
epidemia e as tentativas para salvar os doentes misturavam procedimentos médicos
e misticismo.
4. (UEFS BA/2014) Mal magnífico, prazer
funesto, venenosa e enganadora, a mulher foi acusada pelo outro sexo de ter
introduzido na Terra o pecado, a desgraça e a morte. Pandora grega ou Eva
judaica, ela cometeu a falta original ao abrir a urna que continha todos os
males ou a comer o fruto proibido. O homem procurou um responsável para o
sofrimento, para o malogro, para o desaparecimento do paraíso terrestre, e
encontrou a mulher.
(DELUMEAU,
1989, p. 314).
DELUMEAU,
J. Tradução de Maria Lúcia Machado. O medo no Ocidente: 1300-1800, uma cidade
sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
A visão
medieval judaico-cristã sobre a mulher, descrita no texto, encontra, na
contemporaneidade, ressonância em atitudes autoritárias contra o gênero
feminino, praticadas
a) por grupos islâmicos radicais que,
através de interdições quanto à indumentária e à educação feminina, dentre
outras, reproduzem aquelas crenças.
b) entre comunidades indígenas amazônicas,
firmemente estratificadas, a partir da valorização da força física do homem.
c) a partir de textos legais que, nos países
latino-americanos, oficializam a desigualdade do tratamento judicial entre
homens e mulheres.
d) nas grandes empresas capitalistas, que
proíbem a presença de mulheres nos seus quadros executivos.
e) nas igrejas protestantes e evangélicas que,
à semelhança da Igreja Católica, proíbem o sacerdócio feminino.
5. (ENEM/2011) Se a mania de fechar,
verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo
modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser
limitada por portas e por uma muralha.
DUBY,
G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História
da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das
Letras, 1990 (adaptado).
As
práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade
Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este
processo está diretamente relacionado com
a) o crescimento das atividades comerciais e
urbanas.
b) a migração de camponeses e artesãos.
c) a expansão dos parques industriais e fabris.
d) o aumento do número de castelos e feudos.
e) a contenção das epidemias e doenças.
6. (FUVEST SP/2015) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que
recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro
econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra
o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única
pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista
“liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.
Jacques Le Goff. São Francisco de Assis.
Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.
O texto trata de um período em que
a) os fundamentos do
sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica,
que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
b) o excesso de metais
nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas
mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
c) o anseio popular por
liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e
rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
d) a Igreja romana, que se
opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia
ascendente e dos grandes proprietários de terras.
e) as principais características
do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente
superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do
livre comércio.
7. (IFGO/2015)
Que nenhuma condição, destino ou idade
Seja recusada: que todos os que vierem sejam admitidos,
Sem discriminação, o bom e o mau, o alto e o baixo,
O rústico e o cavalheiro, o não-nobre e o nobre,
O clérigo e o leigo, o rude e o distinto, o miserável
E o rico, o servo e o livre, o sadio e o doente.
Francisco
recebe a todos com afeição piedosa
Henrique
de Avranches, século XIII. Jaques Le Goff, São Francisco de Assis,
Editora Record, São Paulo, 1998, p. 152.
Além de
um aspecto da vida particular, a religiosidade foi um importante elemento na
estruturação de práticas sociais e valores que marcaram a Idade Média. A esse
respeito, assinale a alternativa correta.
a) As chamadas ordens mendicantes apareceram
no contexto de ressurgimento das cidades medievais.
b) Todas as ordens religiosas criadas na Idade
Média viviam isoladas em mosteiros.
c) A histórica perseguição às ordens
mendicantes só teve seu fim quando os europeus chegaram ao continente
americano.
d) A rígida estrutura da sociedade medieval,
assinalada no documento, serve de justificativa para se compreender o medievo
como a “Idade das Trevas”.
e) A piedade católica foi uma das práticas
criticadas pelos movimentos que originaram a Reforma Protestante.
8. (IFSP/2015) Sobre o surgimento da burguesia na Idade Moderna, marque V para
verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta.
(__) O crescimento populacional
nos feudos estava dificultando a divisão interna de terras entre os servos,
gerando um excedente populacional que se deslocou para as encruzilhadas de
estradas e beiras de rios para praticar o comércio.
(__) O burgo era uma torre de
vigilância erguida para proteger os comerciantes dos assaltantes, vindo daí o
nome “burguês”.
(__) A chegada da peste negra
na Europa gerou todo um temor pelos produtos da terra, que acabou por levar ao
surgimento de uma nova classe social que passa a abastecer os feudos e cidades
com alimentos e outros produtos importados.
a) V/ V/ V
b) F/ V/ V
c) V/ V/ F
d) F/ V/ F
e) V/ F/ F
9. (UFGD MS/2014) Sobre o “Tempo da
Igreja” e o “Tempo do mercador”, o historiador Jérôme Baschet assim
se referiu:
“O
tempo das cidades introduz distanciamentos marcantes em relação aos tempos da
Igreja, dos senhores e da terra. Mesmo se muitos citadinos permanecem em
contato estreito com a vida dos campos, as atividades artesanais e comerciais
não são diretamente submetidas ao ritmo das estações. É na cidade, e para a
cidade, que o relógio mecânico público, cuja técnica aparece por volta de
1270-80, se difunde através da Europa ao longo do século XIV, por exemplo, em
Paris, em 1300, em Florença e Gand, em 1325”.
(BASCHET,
Jérôme. A civilização feudal: do ano mil à colonização da América. São Paulo:
Globo, 2006, p. 310).
A
partir do texto entende-se que:
a) A Igreja Católica, antes detentora do
conhecimento medieval, monopolizava a medida do tempo e, diante da Reforma
Protestante do século XVI, perdeu o controle sobre o ritmo do trabalho dos
homens.
b) Na transição da Idade Média para a Idade
Moderna, o renascimento comercial e a ascensão econômica dos mercadores fez a
medida do tempo da Igreja Católica, marcada pelo ritmo natural do sol, das
estações e simbolizada pelos sinos de paróquias e catedrais, concorrer com a
medida do relógio mecânico, que dava melhores condições de organização do
espaço urbano.
c) Os mercadores medievais eram dependentes
econômicos da Igreja Católica e, diante do renascimento comercial e urbano, se
sujeitaram às crenças do pecado da usura e não se submeteram às medições do
tempo por meio do relógio mecânico, mesmo diante do crescimento das cidades.
d) O tempo usado pelos senhores e servos
feudais era baseado nas estações do ano devido às necessidades da produção
agrícola, o que tornava os mercadores dependentes do tempo natural a ponto de
não deixarem a medida mecânica do tempo predominar nas transações comerciais.
e) Para não serem enquadrados no pecado da
usura, os comerciantes se baseavam na medição do tempo natural, acreditando na
salvação pelo trabalho e na organização de cidades com fortes vínculos com os
costumes medievais.
10. (UNIOESTE PR/2013) Durante o século XIV, a sociedade europeia lidou com os impactos da
intitulada Peste Negra, sendo INCORRETO afirmar que
a) a fome e as péssimas
condições de higiene contribuíram para o avanço de epidemias e doenças na
Europa, dentre elas a proliferação da Peste Negra.
b) as pulgas de roedores,
que disseminavam a doença, levaram pobres e ricos à morte, causando desespero,
fuga e isolamento no intuito de evitar o contágio.
c) a chamada Peste Negra
dizimou mais de um terço da população urbana europeia. Muitas cidades
desapareceram completamente, caracterizando a peste como uma epidemia urbana.
d) Giovanni Bocaccio, ao
vivenciar esse período, destacou em sua obra “Decameron”, o terror da epidemia
em Florença e o questionamento dos preceitos religiosos.
e) a indagação sobre a razão
da doença apontava, para alguns, o castigo divino como possível causa da
epidemia, levando muitas pessoas a se autoflagelarem e promover retiros de
oração.
11. (Unievangélica GO/2014) Leia o texto a
seguir.
Esses
animais (os carneiros) são, habitualmente, bem mansos e pouco comem. Mas
disseram-me que, no entanto, mostram-se tão intratáveis e ferozes que devoram
até homens, devastam os campos, casas e cidades.
MORUS,
Thomas. A Utopia. Tradução Anali. Melo Franco. 2. ed. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 1982. [Coleção pensamento político, 23]. p. 15.
O texto
do século XVI refere-se:
a) ao cercamento nos campos da Inglaterra,
que causou a expulsão dos camponeses, pois o objetivo econômico era a criação
de ovelhas cuja lã era vendida às manufaturas.
b) à produção de carne de ovelha pelos
franceses, que priorizaram as práticas mercantilistas e as atividades
manufatureiras, em particular a gastronomia de luxo.
c) à mudança das atividades econômicas, na
Europa, da agricultura para criação de ovelhas, que determinou a permanência do
camponês no campo na condição de pastor de ovelhas.
d) à transição de uma agricultura feudal para
uma agricultura moderna, que garantiu a permanência do camponês no campo.
12. (UFRR/2015) Sobre as feiras na Idade
Média é possível afirmar que:
a) o crescimento das feiras, apesar de ser um
negócio lucrativo, não evoluiu, ficando os mercadores sem oportunidades na nova
configuração econômica que estava surgindo;
b) essas atividades somente foram possíveis
graças à unificação da moeda europeia, que facilitou a atividade dos banqueiros
e a compra de mercadorias pelos servos;
c) eram consideradas eventos econômicos e
culturais. Alguns exemplos de feiras são as de Provins e de Troyes, na região
de Champagne e as feiras de Bruges e de Antuérpia, na região de Flandres;
d) eram referenciadas como comércio local das
cidades para o abastecimento diário dos seus habitantes;
e) foram impulsionadas pelo fenômeno de
regionalização, que desestabilizou a obtenção de mercadorias vindas de lugares
mais distantes.
13. (UFRR/2015) As cruzadas, ocorridas
durante a Idade Média, são analisadas por muitos historiadores como um evento
“pouco glorioso e condenável”, como ilustra a citação abaixo:
“O
cristianismo, tal como era ensinado por Jesus e o Novo Testamento (o
Evangelho), era uma religião pacífica. Entre os primeiros cristãos, muitos
foram perseguidos pelos romanos porque não queriam ir à guerra. Mas à medida
que se tornavam cristãos, os bárbaros introduziram seus costumes guerreiros no
cristianismo” (LE GOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meus filhos.
Rio de Janeiro: Agir, 2007).
Com
base nessas informações, assinale a alternativa INCORRETA:
a) as Cruzadas foram grandes batalhas contra
os povos não cristãos que habitavam o norte da Europa, numa tentativa de
convertê-los ao cristianismo através da força, contradizendo todo o ensinamento
bíblico que se pautava numa religião pacífica;
b) o movimento das Cruzadas teve como principal
objetivo a conquista de Jerusalém e do Santo Sepulcro, onde Jesus teria sido
sepultado;
c) as Cruzadas iniciaram-se no Concílio de
Clermont, quando o papa Urbano II convocou os cristãos para partirem rumo a
Terra Santa, em um período da Idade Média que durou quase dois séculos;
d) entre os séculos XI e XIII partiram da
Europa oito Cruzadas que envolveram milhares de pessoas, desde a nobreza até os
mendigos;
e) além do objetivo religioso, de tomar lugares
sagrados para os cristãos, as Cruzadas serviram a outros interesses, como a
conquista de novas terras pela nobreza feudal e a ampliação das atividades
mercantis.
14. (UniCESUMAR SP/2015)
"Tão ciosamente guardadas quanto as outras, essas fortalezas que
são as cidades se distinguem pelo fato de estarem abertas para o tráfico. Vivem
dele. Guerreiros e padres residem ali, mas são os homens de negócios que lhes
garantem a prosperidade e por vezes governam sozinhos. Para suas portas
convergem todos os itinerários, estradas de terra e vias fluviais. Mas os
instrumentos da circulação servem para a defesa: a ponte é também uma
muralha."
Georges
Duby. A Europa na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 60.
O texto
trata das cidades europeias nos séculos XII e XIII e mostra
a) o planejamento de sua construção, com a
separação funcional dos espaços de comércio e circulação.
b) a ambiguidade de seu funcionamento como local de refúgio e proteção e
centro de atividades comerciais.
c) a importância da religião no cotidiano dos
burgueses e aristocratas que controlavam o poder político.
d) o caos na circulação urbana, que envolvia
negociantes, produtores rurais e militares.
e) a descentralização de seu comando político,
dividido entre a Igreja e os grandes senhores de terras.
15. (UEPA/2015) Na região separada do
resto da França pelos Pirineus, como Albi, Toulouse e Carcassonne, na Baixa Idade
Média, encontravam-se cristãos praticantes de doutrinas e de ensinamentos que
foram considerados heréticos e por esta razão foram perseguidos e combatidos
pela Igreja. Tratava-se neste caso da heresia dos:
a) Luteranos
b) Cátaros
c) Lombardos
d) Marranos
e) Hussitas
16. (UEPA/2015) Então algumas gentes das
vilas camponesas, sem chefes, se juntaram em grupos que mal chegavam a cem
homens e cada um deles dizia: “Dize bem! Dize bem! Abominado seja aquele por
quem venha a retardar-se a destruição de todos os fidalgos!” Depois se foram sem
outro desígnio e sem qualquer armamento, afora bastões ferrados e cutelos, rumo
à casa do nobre que perto dali morava. Então quebraram a casa e mataram o
cavaleiro, a dama e os filhos, pequenos e grandes e ataram fogo nos aposentos.
Em seguida foram para outro forte castelo onde fizeram coisa pior, violando
mulheres e crianças”.
(FROISSART,
Jean. Crônicas. In Duby, Georges. A Europa na Idade Média. SP: Martins Fontes,
1988, p. 134-135)
O
estado de ânimo dos camponeses, conforme a descrição feita no Texto III,
referente ao Século XIV:
a) demonstrava o protesto dos moradores das
vilas camponesas, que estavam denunciando a falta de chefes e de fidalgos
responsáveis pela guarda e segurança das casas e castelos feudais.
b) indicava o grau de revolta contra a ordem
social feudal que assegurava à nobreza o direito de explorar o trabalho servil,
garantindo a produção e o trabalho compulsório mesmo que em situações de crise.
c) expressava a intolerância em relação ao
modelo de organização social que garantia aos clientes acesso irrestrito às
reservas senhoriais onde se localizavam os castelos e as casas dos camponeses.
d) representava o desenvolvimento moral dos
habitantes das vilas feudais, onde as revoltas foram mais violentas, pois eram
controladas pelos camponeses que se negavam a trabalhar nas reservas
senhoriais.
e) identifica-se com o caráter primitivo dos
trabalhadores afastados dos eixos de produção da economia feudal que, no
momento de falência das relações de senhorio e vassalagem, invadiram os
castelos em busca de proteção.
17. (UFAM/2015) A crise econômica dos séculos XIV-XV produziu uma profunda inquietação
intelectual, que se traduziu, nos campos filosófico, artístico e literário,
pela ideia de renovação cultural. Este fenômeno, parte integrante de um
processo histórico mais amplo – o início da transição feudalismo/capitalismo –
iniciou-se nas Repúblicas Italianas, por volta de 1350, estendendo-se mais
tarde, a outras áreas da Europa Ocidental. A expressão Renascimento é comumente
utilizada para designar esta ideia de renovação, profundamente comprometida com
a ressurreição das letras e das artes da Antiguidade Clássica, e que, segundo
os humanistas da época renascentista, teria representado uma ruptura com a
‘ignorância bárbara’, que prevalecera durante a Idade Média. São
características do movimento renascentista, EXCETO:
a) A utilização das novas
línguas nacionais, derivadas do latim, como o espanhol, o português, o francês
e o italiano.
b) A renovação do romance
de cavalaria, valorizando o amor cortês.
c) A valorização do
hedonismo em detrimento do ascetismo e misticismo medievais.
d) A grande preocupação com
a figura humana, valorizando-se o nu, além do realismo, da harmonia, do senso
de equilíbrio e proporção na arte.
e) A busca de uma
interpretação do mundo através de novas teorias como o racionalismo, fugindo às
explicações religiosas do período anterior.
18. (Unievangélica GO/2015) Leia o trecho
a seguir.
Nas faculdades de medicina, tínhamos outro exemplo importante das
transformações culturais da época. Vista nos séculos como uma arte mecânica,
quer dizer manual, ela tinha sido socialmente desvalorizada. Vista como
conjunto de práticas mágicas, ela tinha sido muitas vezes rejeitada pela
Igreja: até fins do século XVIII não se praticava a dissecação de cadáveres,
pois sendo o homem feito à imagem e semelhança de Deus, abrir seu corpo seria
de alguma forma uma violência para com a Divindade. No entanto, a visão
naturalista do mundo que se desenvolvia desde o século XII alterava aquela
postura.
FRANCO
JÚNIOR, Hilário. A idade Média e o Nascimento do Ocidente. São Paulo:
Brasiliense,1986. p.143-144.
O texto
é uma referência às transformações características do período da
a) Baixa Idade Média, com o renascimento
comercial e o aparecimento das universidades.
b) Baixa Idade Média, com a multiplicação das
escolas junto às catedrais europeias.
c) Alta Idade Média, com o crescimento urbano
acelerado e a expansão demográfica.
d) Alta Idade Média, com o desenvolvimento das
feiras e a generalização do uso de moedas.
19. (Fac. Cultura Inglesa SP/2015) A catedral é uma igreja
urbana. Ela domina a cidade e observa tudo o que se produz e se troca em uma
aglomeração que fora dela é só emaranhado de ruelas, de cloacas e de imundícies.
A cidade é concentrada, estreita. A catedral é toda aberta. Ela é uma
demonstração de autoridade. Ela fala da soberania do Cristo-Rei por meio de
suas fachadas que têm a aparência de fortalezas e por meio de suas torres que
prolongam as fachadas. A catedral é a afirmação que a salvação é alcançada na
ordem e na disciplina, sob o controle do poder do bispo.
(Georges Duby. A Europa na Idade Média,
1984. Adaptado.)
O excerto refere-se ao renascimento das
cidades na Idade Média europeia e à emergência
a) da construção de igrejas
e do surgimento de novas religiões cristãs.
b) da arte gótica e do
fortalecimento do poder da hierarquia eclesiástica.
c) da igreja românica e da
confirmação do poder dos senhores feudais.
d) da arquitetura barroca e
da catequização cristã dos povos pagãos.
e) da basílica neoclássica e
do retorno do cristianismo às suas origens.
20. (EFOA MG/2000) Na transição do feudalismo
ao capitalismo, algumas pré-condições históricas e um conjunto de fatores se
fizeram necessários. Das alternativas abaixo, assinale a que expressa o fator
que NÃO esteve presente na desagregação do sistema feudal e na consequente
constituição do sistema capitalista:
a) O símbolo de riqueza passou a ser o dinheiro e não mais a posse da
terra.
b) A centralização do poder feudal foi substituída pela descentralização com a formação das monarquias absolutas.
c) A passagem somente foi decisiva quando as revoluções políticas
sancionaram juridicamente as mudanças.
d) A evolução não se deu sem graves conflitos, muita violência no campo e
nas cidades, na luta pela tomada do poder.
e) Ao mesmo tempo em que surgiam características do novo regime,
persistiam aspectos do regime anterior.
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