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QUESTÕES SOBRE JACQUES BOSSEUT



1. (IFRS/2015) O pensador francês Jacques Bossuet (1627-1704) acreditava que a monarquia era algo sagrado. Na sua visão, os reis cristãos eram instrumentos de Cristo, os representantes diretos do próprio Deus na Terra, eleitos diretamente por Ele para reinarem.
Essa maneira de Bossuet pensar a política, de uma perspectiva religiosa, satisfazia principalmente aos interesses
a) das monarquias absolutistas.
b) da democracia das cidades italianas.
c) das nobrezas feudais.
d) do teocentrismo medieval.
e) dos camponeses supersticiosos.


2. (UNIFOR CE/2000) Bossuet destacou-se como um dos principais teóricos do absolutismo. Em seu livro procurou:
a) fundamentar suas explicações sobre o absolutismo em princípios racionais, sem interferência religiosa.
b) defender a ideia de que somente a autoridade do monarca, limitada pelo legislativo, poderia manter a ordem interna de uma nação.
c) demonstrar que o alcance da plenitude política e do poder absoluto dependia da virtude e da fortuna dos reis.
d) justificar o absolutismo monárquico sob o ponto de vista religioso, elaborando a teoria do direito divino dos reis.
e) definir o absolutismo como um poder centralizado na pessoa do rei com auxílio de ministros, escolhidos pelo parlamento.


3. (UFMG/2006) Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei. Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada, escreveu ao grande comerciante português de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a sua importância e riqueza, frequentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes.
Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI Fo., Luís. Negócios coloniais: uma correspondência comercial do século XVIII. Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973. (Resumo adaptado)
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.
É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por:
a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificavam os meios.
b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social.
c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente.
d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.


4. (UNIOESTE PR/2007) O bispo Jacques Bossuet, grande teórico do absolutismo monárquico, afirmou: "Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém."
(In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79).
Assinale a alternativa que NÃO CARACTERIZA o regime absolutista de poder:
a) A justificativa do poder real pela teoria do direito divino.
b) A personificação do Estado na figura do rei.
c) A junção, na figura do rei, dos poderes de legislar, executar e julgar.
d) A centralização administrativa.
e) A noção de representatividade, por delegação através do voto.


5. (UFU MG/2008) Leia o trecho a seguir.
O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina.
O rei vê de mais longe e de mais alto: deve acreditar-se que ele vê melhor, e que deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.
BOSSUET, Jaques-Bénigne. Bispo de Meaux, 1627-1704. Política tirada da Sagrada Escritura. In FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano Editorial, s/d. p. 201.
Considerando os princípios que legitimavam o regime monárquico absolutista, é correto afirmar que, segundo Bossuet
a) a autoridade do rei é sagrada, pois ele age como ministro de Deus na terra.
b) a soberania real deve ter limites, pois ela pode provocar sedições.
c) todo o Estado está concentrado na pessoa do rei, que deve se manter neutro diante dos conflitos sociais.
d) as leis e os indivíduos são soberanos em relação ao rei e ao Estado.


6. (UNESP SP/2009) (...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.
(Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura. apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de História)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos homens.
b) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição dos homens.
c) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas obrigações para com Deus.
d) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos reis.
e) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno de sua função.


7. (UFRN/2011) Entre os teóricos que defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que declarou:
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.”
Jacques Bossuet, Política tirada da Sagrada Escritura. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, [1977]. v. 2, p. 201. [Adaptado]
Analisando os conflitos políticos da Inglaterra no século XVII, o historiador Christopher Hill escreveu:
“A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, [os Cabeças Redondas] conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça, a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649, o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
Analisando a afirmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill, pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
a) um momento decisivo na história europeia, por ter posto em xeque um princípio político central do Estado Moderno e lançado as bases políticas liberais contemporâneas.
b) uma etapa fundamental na evolução do Parlamento inglês, pois, a partir daí, os burgueses tiveram acesso à Câmara dos Comuns.
c) a reação da facção liberal no Parlamento, que, dominada pelos puritanos, defendia o direito divino dos reis.
d) a implantação definitiva da monarquia parlamentar inglesa, pois, daí por diante, a sucessão real seria decidida pelo Parlamento.



GABARITO

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