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QUESTÕES SOBRE A ENCICLOPÉDIA ILUMINISTA



1. (UFC CE/2005) A propósito do século XVIII na França, François Lebrun escreve: “Se as principais obras dos grandes filósofos são escritas antes da metade do século, é sobretudo depois de 1750 que se acelera a difusão das suas ideias. Essa difusão se choca, sobretudo na França, com a oposição das autoridades civis e religiosas. (...) Voltaire, Diderot, Rousseau conhecem a prisão ou são obrigados ao exílio (...). O livro permanece, com efeito, o meio privilegiado de difusão das ideias novas: obras de um Montesquieu ou de um Rousseau; múltiplas brochuras, libelos ou memórias sobre assuntos de atualidade dos quais Voltaire faz uma especialidade; por fim, a grande obra coletiva que constitui a Enciclopédia”.
(LEBRUN, François. L´Europe et le monde. XVI.º, XII.º, XVIII.º siècle. Paris, Armand Collin, 1999, p. 230)
Com base neste trecho e nos seus conhecimentos, assinale a afirmação correta acerca do principal objetivo da publicação da Enciclopédia.
a) Divulgar os argumentos que demonstravam a superioridade do pensamento naturalista.
b) Convencer a população da necessidade de realizar a revolução do povo e de abolir a propriedade privada.
c) Atender a uma encomenda pública, visando produzir um material capaz de estender a instrução ao povo.
d) Fazer uma síntese, às vezes ousada, do conhecimento da época nas áreas das ciências, das artes e dos ofícios.
e) Difundir as ideias econômicas dos fisiocratas como Diderot, Voltaire e Turgot, que se opunham aos iluministas.


2. (FUVEST SP/2004) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão…”
Diderot, artigo “Autoridade política”, Enciclopédia, 1751
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor:
a) Pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais para todos os grupos sociais e étnicos.
b) Propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e democrático.
c) Apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio do voto universal.
d) Acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio para a deposição de monarcas absolutistas.
e) Defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político que se contrapunham aos regimes absolutistas.


3. (UCS RS/2009) No decorrer do século XVIII, difundiu-se na Europa um conjunto de ideias frontalmente opostas ao absolutismo dos reis e ao misticismo religioso: o movimento iluminista.
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação ao Iluminismo.
(__) Os iluministas tinham como objetivo livrar os seres humanos das trevas da ignorância, ao valorizar a razão (racionalismo) e o conhecimento da verdade. Acreditavam que esse era o caminho para a conquista da liberdade e da plena autonomia intelectual.
(__) A publicação que mais simbolizou o Iluminismo foi a Enciclopédia – ou o Dicionário raciocinado das ciências, das artes e dos ofícios, por uma sociedade de homens e letras –, editada na França a partir de 1751.
(__) A Enciclopédia abordava vários assuntos: desde ideias filosóficas até o funcionamento de manufaturas, técnicas de artesanato, ferramentas, etc.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – V – V
b) V – F – F
c) V – V – F
d) F – F – V
e) F – V – V


4. (ESPM/2010) Algumas vezes gêneros artísticos como peças de teatro, pinturas e estudos históricos serviam de veículos para mensagens políticas. As Bodas de Fígaro, por exemplo, do dramaturgo francês Pierre-Augustin Beaumarchais (1732-1799), estreou em 1784, depois de dificuldades com os censores, que suspeitavam que a peça fosse uma sátira ao regime. Os sentimentos políticos de Beaumarchais foram suavizados no libreto italiano da ópera de Mozart (1786), mas algo da mensagem original permaneceu.
Acima de tudo a famosa enciclopédia, publicada entre 1751 e 1765, foi importante veículo para a política. Originalmente planejada como tradução em quatro volumes da cyclopaedia inglesa de Chamber, ela transformou-se em um trabalho independente, com 35 volumes. A publicação da enciclopédia foi um evento crucial na história da comunicação.
(Asa Briggs e Peter Burke. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à Internet)
A partir da leitura do texto assinale a alternativa que traga corretamente qual era o regime político criticado pela enciclopédia, além de acrescentar uma recomendação dos enciclopedistas:
a) Liberalismo – manutenção dos privilégios do clero e da nobreza;
b) Absolutismo – governar é atender a certo número de direitos naturais do homem: liberdade, tolerância, igualdade perante a lei;
c) Marxismo – liberdade de pensamento e fé inabalável no progresso da sociedade;
d) Monarquia Parlamentarista – centralização de poderes pelo rei e crença no poder real de inspiração divina;
e) Despotismo Esclarecido – defesa do racionalismo, do deísmo e da existência de um Estado forte, baseado em um contrato, irrescindível, celebrado com os súditos.


5. (UFPA/2011) O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que:
na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.
(DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado).
A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam
a) modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional.
b) maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários.
c) formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot.
d) formas de governo inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclopedistas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de ideias socialistas vinculadas ao marxismo contemporâneo.
e) maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês.

GABARITO

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