1. (PUC RS/2011) A autora francesa Josette François afirma: “depois da humilhação de
1871, as crianças francesas passaram a ser educadas para um único fim: a
vingança necessária. Todas as canções que se escutavam nas festas familiares
falavam da Alsácia-Lorena”.
Apud SENISE, M.H.V. e PAZZINATO, A. L..
História moderna e contemporânea. 12 ed. São Paulo: Ática, 1998, p. 217.
A “humilhação” mencionada refere-se ao
resultado da guerra _________. A “vingança necessária” era contra _________,
sob cujo domínio encontrava-se a região mencionada. Um dos efeitos
internacionais dessa posição francesa foi a assinatura, em 1907, da chamada
Tríplice Entente, com _________.
a) da Crimeia a
República Federal da Alemanha; EUA e Inglaterra
b) franco-prussiana
o império alemão; Inglaterra e Rússia
c) da Crimeia o
“Segundo Reich” alemão; EUA e Inglaterra
d)
franco-prussiana o império alemão; EUA e Inglaterra
e)
franco-prussiana a República Federal da Alemanha; Inglaterra e Rússia
2. (PUC SP/2011) “O culpado se chama burguesia. (...) Sim, a pátria está subjugada, Paris
desonrada e, amanhã, terá a canga prussiana presa em seu pescoço. Mas é ela, a
burguesia, quem prendia as mãos da revolução e esmagava seus dedos (...).”
Jules Vallès. Le cri du peuple (1/3/1871), in
Crônicas da Comuna. São Paulo: Ensaio, 1992, p. 17
O texto, escrito no calor da luta da Comuna de
Paris, relaciona o movimento
a) à
revolução social proletária e à resistência contra a invasão estrangeira da
cidade.
b) ao
nacionalismo francês e prussiano e à revolução política liderada pela
burguesia.
c) à reforma
constitucional e à ampliação dos mecanismos institucionais de participação
política.
d) ao fim do
poder republicano burguês e à restauração do império na França.
e) à instalação
do comunismo e à necessária repressão aos anarquistas.
3. (FMABC SP/2012) “Os anos de penúria das décadas de 1830 e 1840, especialmente na França,
só aumentaram a sensação de contrastes profundos. De um lado o crescimento
vertiginoso da população francesa (29 milhões em 1816, 36 milhões em 1850),
concentrada nas cidades,
conduzindo a um estado de mal-estar e de tensão
social que explodia em violentos motins urbanos (...).”
Elias Thomé Saliba. As utopias românticas.
São Paulo: Estação Liberdade, 2003, p. 28. Adaptado.
Podemos dizer que a tensão social
identificada pelo texto se associa
a) à ampla
presença de estrangeiros na França do início do século XIX, provocada pelas
ondas de migrações oriundas das colônias francesas do norte da África.
b) ao sucesso
das reformas sociais promovidas pela Revolução de 1789, que permitiram a
ampliação da oferta de empregos nos meios urbanos e rurais franceses.
c) à organização
de sindicatos e partidos políticos comunistas e anarquistas, que preparavam os
levantes sociais de 1848 e 1871 e iniciavam a gradual implantação do socialismo
na França.
d) ao avanço da industrialização, que acelerou
o processo de evasão rural e provocou forte concentração de trabalhadores nas
grandes cidades europeias do período.
e) à escassez de
alimentos, originada pelas longas temporadas de seca e de peste nos campos
franceses e aprofundada pelas guerras ocorridas durante o período napoleônico.
4. (PUC RJ/2013) Ao longo do ano de 1848, o
continente europeu passou por uma série de revoluções configurando um momento
que muitos historiadores vieram a denominar de “Primavera dos Povos”. Sobre
esses movimentos, é CORRETO afirmar que:
a) as revoluções de 1848 foram movimentos em defesa do retorno dos regimes
monárquicos, uma vez que as tentativas de reformas políticas e econômicas de
caráter burguês tinham fracassado e produzido uma grave crise econômica e
social.
b) este conjunto de revoluções, de caráter liberal e nacionalista, foi
iniciado com demandas por governos constitucionais e, ao longo do processo,
trabalhadores e camponeses se manifestaram contra os excessos da exploração
capitalista.
c) o movimento de 1848 deu prosseguimento às reformas religiosas
estendendo o protestantismo para a Europa centro-oriental e enfraquecendo a
posição dos regimes autocráticos católicos em países da região como a Áustria e
Polônia.
d) a “Primavera dos Povos” está relacionada à publicação do Manifesto
Comunista em fevereiro de 1848 e com a organização de ações políticas
revolucionárias de cunho anarquista, republicano e secular.
e) essas revoluções estavam associadas às demandas burguesas por maior
integração comercial e pelo fim das políticas mercantilistas intervencionistas
ainda em vigor em países europeus dominados pela velha classe política
aristocrática.
5. (UEG GO/2013) O movimento cartista
(1838-1848) foi uma das primeiras manifestações coletivas do movimento operário
inglês. Entre suas reivindicações, estavam o voto universal e secreto, o
pagamento aos deputados e as eleições anuais para o Parlamento. Em fevereiro de
1848, houve a revolução que derrubou a monarquia liberal francesa e foi
realizada essencialmente pela burguesia e pelo proletariado. Ao relacionar
estes acontecimentos históricos com a teoria da luta de classes de Karl Marx,
pode-se afirmar:
a) a Revolução de 1848 foi uma revolução burguesa que instaurou uma
nova organização estatal que, posteriormente, reprimiu o movimento operário,
manifestando o que Marx denominou de “contrarrevolução”.
b) a Revolução de 1848 foi uma revolução policlassista que gerou um regime
socialista democrático, o que Marx considerou como modelo e primeira
experiência de via pacífica para o comunismo pluralista.
c) a Revolução de 1848 foi uma revolução proletária que constituiu a
primeira forma daquilo que Marx denominou “ditadura do proletariado” e que
seria repetida na Comuna de Paris de 1871 e na Revolução Russa de 1917.
d) o movimento cartista foi a primeira expressão política do movimento
comunista internacional e teve em Karl Marx o seu principal ideólogo e
ativista, sendo a base da criação da Associação Internacional dos
Trabalhadores.
6. (UFGD MS/2013) Karl Marx e Friedrich Engels são importantes e destacados autores das
teses do socialismo científico, cuja proposição se baseou
a) em apontar
e discutir as contradições do capitalismo, a partir da ideia de que seria
necessária a ação revolucionária dos trabalhadores.
b) na
perspectiva de que seria urgente a redução do papel do Estado na economia.
c) em redefinir
o movimento sindical, por considerar que ele estaria ultrapassado após a
Revolução Russa.
d) no
desenvolvimento e execução de sucessivas reformas em diferentes modelos
econômicos, visando ao aperfeiçoamento do Liberalismo.
e) na difusão da
ideia de que a liberdade é um direito natural, portanto, os direitos
individuais e de propriedade privada deveriam ser sempre defendidos.
7. (UFPR/2013) No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos da
Unificação Italiana, relembrando os fortes laços culturais entre os dois
países. Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a imigração de italianos
para as Américas, é correto afirmar:
a) A Unificação
Italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que culminaram em
1861 com a formação de uma república socialista sob a direção de Giuseppe
Mazzini. A burguesia, que não concordava com o novo regime, emigrou para as
Américas, levando capital suficiente para iniciar a industrialização em países
como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
b) O processo da
Unificação Italiana contou com a intensa participação do Império brasileiro,
pois D. Pedro II almejava estabelecer relações comerciais com os italianos. É notória
a participação de Giuseppe Garibaldi na política brasileira do período imperial.
Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais países aliados
conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o que levou a
uma grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
c) A
Unificação Italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se
concluiu em 1861, com uma monarquia constitucionalista, sob o comando de uma
aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os setores populares do
poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos após a
unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880 e
1930, engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.
d) A Unificação
Italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes sob a direção do
reino de Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi possível após a
Unificação Alemã, que marcou o fim da ingerência de Otto Von Bismark na
política europeia. Após esse processo, o monarca instituído perseguiu duramente
seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas.
e) A emigração
italiana para as Américas teve início por conta de uma série de dificuldades
financeiras causadas por problemas climáticos, que, por volta de 1850,
prejudicaram as colheitas. O volume de emigrantes intensificou-se após a
Unificação em 1861, em decorrência do fato de que o governo anarquista
instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.
8. (IFGO/2013)
Leia o fragmento a seguir.
De pé ficamos todos
E com firmeza juramos
Quebrar tesouras e válvulas
E pôr fogo às fábricas daninhas.
HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem.
21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. p. 186.
O trecho foi retirado de uma das canções
entoadas pelos trabalhadores ligados ao movimento ludista. Ocorridas na
Inglaterra entre fins do século XVIII e início do século XIX, as ações
encaminhadas pelo movimento em questão caracterizaram-se:
a) Por ações
pacíficas, optando, assim, pela via da negociação.
b) Pela
destruição das máquinas, afinal, elas representavam a perda dos seus trabalhos.
c) Pela defesa
da via sindical.
d) Pela tomada
de consciência de sua condição de classe.
e) Pela
organização de greves como principal estratégia de luta pelos direitos
trabalhistas.
9. (UDESC SC/2013) Sobre a segunda metade do século XIX, é correto afirmar.
a) Ocorreram
várias mudanças nos países europeus, entre elas a formação de novos países,
como a Itália e a Alemanha.
b) As relações
de trabalho, na Europa, eram baseadas na escravidão, cujos trabalhadores se
organizavam em sindicatos a fim de garantir seus direitos trabalhistas, tais
como descanso semanal remunerado e limitação da jornada de trabalho.
c) Com o
desenvolvimento da industrialização em países como a Inglaterra, houve
crescimento da participação política das mulheres, pelo voto nas eleições dos
governantes.
d) Na França, ocorreu a Revolução Francesa e
posteriormente o governo de Napoleão Bonaparte.
e) Neste
período, na Europa, houve uma grande migração de pessoas que deixaram as
cidades, em busca de melhores condições de vida no campo.
10. (UECE/2013) O movimento político e social britânico, liderado por Feargus O’Connor e
William Lovett, composto em sua maioria por representantes da classe
trabalhadora, apresentou em 1838 à Câmara dos Comuns uma petição reivindicando
várias reformas. Baseado nas reivindicações contidas nesse documento denominado
People's Charter (Carta do Povo), analise os seguintes itens:
I. Voto secreto,
para proteger o eleitor no exercício de seu direito, garantido a todo homem a
partir dos vinte e um anos de idade.
II. Igualdade
para todos e liberdade de negociação salarial para todos os trabalhadores
ingleses.
III. Não
obrigatoriedade de ter propriedade para concorrer ao Parlamento, e pagamento de
salário ao parlamentar.
Faziam parte do referido documento as reivindicações
contidas em
a) I e III
apenas.
b) II e III
apenas.
c) I e II
apenas.
d) I, II e III.
11. (UFPB/2013) Na segunda metade do século XIX, ocorreram as unificações políticas da
Itália e da Alemanha, países que se atrasaram em relação às potências que se
unificaram séculos antes, tais como Inglaterra e França. Sobre esses processos
de unificação, pode-se afirmar:
I. A península
italiana estava dividida em vários Estados submetidos à influência da Áustria.
Duas correntes políticas buscavam a unificação: os monarquistas e os
republicanos.
II. A unificação
da Alemanha foi comandada pela Prússia, que era a região mais rica e
industrializada. Após várias guerras vitoriosas, a Alemanha foi unificada sob o
comando do rei da Prússia, que se tornou o Kaiser Guilherme I.
III. A Áustria,
grande potência da Europa Central, adotava uma política expansionista.
Ameaçados, os reinos do Piemonte e da Prússia se uniram e, com apoio da França,
venceram os austríacos, fundando o Reino da Itália e o Reich alemão.
IV. A França,
comandada pelo Imperador Napoleão III, não desejava a unificação da Alemanha.
Isso levou à Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), culminando com a vitória
prussiana e a unificação alemã sob o comando do Kaiser Guilherme I.
Está(ao) correta(s) apenas:
a) I
b) I e II
c) I, II e IV
d) III e IV
e) II, III e IV,
12. (UNIMONTES MG/2013) O que determina o florescimento ou o esgotamento das artes em qualquer
período ainda é muito obscuro. Entretanto não há dúvida de que, entre 1789 e
1848, a resposta deve ser buscada em primeiro lugar no impacto da revolução
dupla. Se fôssemos resumir as relações entre o artista e a sociedade nessa
época, em uma só frase, poderíamos dizer que a Revolução Francesa o inspirava
com seu exemplo; a revolução industrial, com o seu horror, enquanto a sociedade
burguesa, que surgiu de ambas, transformava sua própria experiência e estilos
de criação. (HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções, 1982.)
O movimento artístico e filosófico que surge,
segundo Hobsbawm, na efervescência das grandes revoluções ocorridas na Europa é
a) o Modernismo.
b) o
Romantismo.
c) o Humanismo.
d) o Simbolismo.
13. (Fameca SP/2014) Ao sul fica Hoxton, região de ruas de feira, malcheirosas de fábricas,
depósitos de madeira, armazéns imundos, de becos onde fervilham pequenas lojas
e oficinas, de travessas infectas que levam a uma escuridão pestilenta; por
toda parte o trabalho em suas formas mais degradantes; as vias trovejando de
carroças superlotadas, as calçadas pisadas por trabalhadores da espécie mais grosseira,
as esquinas e recantos exibindo a mais feia miséria. Caminhando em direção ao
norte, o explorador vai encontrar um ar mais limpo, ruas mais amplas, num
bairro estritamente residencial; as estradas parecem entregues aos leiteiros,
vendedores de carne de gato e fruteiros. Aqui encontram-se ruas em que há
placas anunciando quartos para alugar em cada janela; outras proclamam uma
respeitabilidade superior, casas recuadas por trás de pequenos jardins [...].
(George Gissing apud Raymond Williams. O campo
e a cidade, 2011.)
Ao descrever Londres no final do século XIX,
o autor mostra que
a) a luta de
classes era resquício do passado pré-industrial da cidade.
b) o desprezo
pela riqueza das elites aumentara entre os intelectuais.
c) o
individualismo burguês contrastava com a solidariedade dos pobres.
d) a visão
higienista favoreceu o crescimento ordenado da metrópole.
e) o espaço
urbano refletia os contrastes de vida das classes sociais.
14. (UNISA SP/2014) No contexto da guerra franco-prussiana (1870-1871), surgiu na França um
movimento popular e revolucionário que governou Paris por mais de dois meses.
Embora efêmero, ele ganhou importância histórica devido à defesa da democracia
e da República. Organizado em comissões, o governo teve a participação de
operários eleitos pelo povo. O movimento descrito diz respeito
a) ao Comitê de
Salvação Pública.
b) à Revolução
de 1830.
c) à Comuna
de Paris.
d) à Convenção
Nacional.
e) às Jornadas
de 1848.
15. (IFGO/2014) Leia os fragmentos:
“Por favor, leia os jornais com bastante atenção – agora eles valem a
pena de ser lidos... Esta Revolução mudará a forma do planeta – assim deve e
precisa! –
Vive La
République!”
O poeta George
Weerth à sua mãe, 11 de março de 1848.
“Estamos
dormindo sobre um vulcão... Os senhores não percebem que a terra treme mais uma
vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte.”
Pensador
político francês Alexis de Tocqueville, 1848.
Os fragmentos
acima se referem ao evento histórico conhecido como “Primavera dos Povos”,
ocorrido na Europa, em 1848. A respeito desse processo revolucionário, é
correto afirmar que
a) o proletariado envolvido nas mobilizações revolucionárias de 1848 em
nada se identificou com os ideais socialistas.
b) de forma geral, compuseram as massas das manifestações de 1848 os
trabalhadores, as populações sufocadas nos impérios, os camponeses e os
despossuídos.
c) os revolucionários de 1848 lutaram na Europa pelo retorno dos valores
consagrados no Antigo Regime.
d) a “Primavera dos Povos” foi um movimento político local e restrito à
França.
e) ao contrário dos movimentos políticos anteriores a 1848, as revoluções
de 1848 reafirmaram o discurso liberal burguês.
16. (ENEM/2014) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de
Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao
longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse
cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os
reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo
vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais
de 200 mil espectadores e da família real.
NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com.
Acesso em: 12 dez. 2012.
A constituição do espaço público da Praça da
Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a)
a) lugar da memória na história nacional.
b) caráter
espontâneo das festas populares.
c) lembrança da
antiguidade da cultura local.
d) triunfo da
nação sobre os países africanos.
e) declínio do
regime de monarquia absolutista.
17. (Mackenzie SP/2015) Ao analisar os acontecimentos e consequências de 1848, na França, Karl
Marx denominou de “18 brumário de Luís Bonaparte” o golpe de Estado realizado
por esse último. A denominação é historicamente possível, pois
a) estendeu a
ação de seu Império da França até o norte da África, incluindo regiões na
Itália e Alemanha, territórios anteriormente também conquistados por seu tio.
b) organizou um
Império de caráter despótico absolutista, impôs a censura aos meios de
comunicação e proclamou-se cônsul vitalício, atitudes já realizadas por
Napoleão.
c) assim como
Napoleão, Luís Bonaparte legitimou seu golpe por meio de um plebiscito,
extinguindo a República até então vigente para proclamar-se imperador.
d) Luís
Napoleão, assim como Napoleão, a princípio realizou reformas absolutistas para
depois, já no Império, introduzir princípios iluministas de administração
pública.
e) assim como
seu tio, Luís Bonaparte se auto coroou imperador, reduziu a interferência do
alto clero no governo e limitou o direito ao voto a critérios censitários.
18. (Mackenzie SP/2015) Como a maioria dos estudiosos rigorosos, não considero a ‘nação’ como
uma entidade social originária ou imutável. A ‘nação’ pertence exclusivamente a
um período particular e historicamente recente. (...) Por essa razão as nações
são, do meu ponto de vista, fenômenos duais, construídos essencialmente pelo
alto, mas que, no entanto, não podem ser compreendidas sem ser analisadas de
baixo, ou seja, em termos de suposições, esperanças, necessidades, aspirações e
interesses das pessoas comuns, as quais não são necessariamente nacionais e
menos ainda nacionalistas.
Eric J. Hobsbawm. Nações e nacionalismo desde
1780. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002, pp.19-20
Na visão do autor, o conceito de “nação”
a) é o resultado
da interação entre economia e cultura sem, no entanto, significar que anseios
populares serão levados em consideração na elaboração de projetos nacionais,
elaborados e impostos pelas elites.
b) relaciona-se
à política engendrada por governantes, que impõem ao resto da população a noção
de pertencimento e o sentimento de lealdade ao país, mesmo que, para isso,
guerras sejam realizadas.
c) surge em um
determinado estágio de desenvolvimento dos povos e dá-se, necessariamente, por
meio de conflitos armados contra os inimigos ou aqueles que potencialmente
possam se tornar empecilho ao projeto político então imposto.
d) ultrapassa o discurso político e, para ser
compreendido, é necessário que se vejam as relações sociais, tecnológicas e
culturais que permitem a criação de aspectos legitimadores de uma unidade
política, social e cultural.
e) só pode ser
compreendido e analisado a partir da perspectiva política, pois essa permite
forjar uma unidade entre os povos e institui todos os outros aspectos necessários
para o desenvolvimento do país.
19. (UEG GO/2015) Quem saberá dizer quantos comunardos foram mortos durante a luta?
Milhares foram massacrados posteriormente [...]. Esta era a vingança do “povo
respeitável”. Daquele momento em diante, um rio de sangue correu entre os
trabalhadores de Paris e as “classes melhores”. E daí em diante também os
revolucionários sociais aprenderam o que os esperava se não conseguissem manter
o poder.
HOBSBAWN, Eric J. A era do capital. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 234.
No trecho citado, o historiador inglês Eric
Hosbsbawn descreve as consequências sofridas pelos participantes da Comuna de
Paris, ocorrida em 1871. Esse levante popular que cercou e estabeleceu um
governo de inspiração jacobina na capital francesa foi resultado imediato
a) da derrota
francesa para o exército prussiano e das notícias do aprisionamento de Napoleão
III em setembro de 1870.
b) da criação da
Associação Internacional dos Trabalhadores, inspirada nas ideias de Karl Marx e
Frederick Engels, em setembro de 1864.
c) do resultado
das eleições para a Assembleia Nacional, que elegeu em sua maioria deputados
ligados aos pequenos proprietários rurais.
d) do
enfraquecimento político dos remanescentes do Antigo Regime que ainda ocupavam
cargos públicos importantes na administração de Paris.
20. (USP/2015) O Brasil formou-se como um Estado nacional independente e soberano antes
de muitos outros com os quais, atualmente, integra um mesmo sistema de relações
internacionais. Dentre esses outros, pode-se mencionar corretamente:
a) Chile,
Inglaterra e Espanha.
b) Alemanha,
México e França.
c) Itália,
França e Chile.
d) Argentina,
Itália e Alemanha.
e) Grécia, Espanha
e Estados Unidos.
21. (Unesp 91) O desmonte do muro que dividia a cidade de Berlim e o acordo sobre a
reunificação alemã são fatores relevantes para a construção de uma nova Europa.
No entanto, a fundação do Estado moderno alemão remonta ao século XIX e se
relaciona com a:
a) cooperação
abrangente entre a Prússia e a União Soviética.
b) multiplicação
das taxas alfandegárias, a revogação da Liga Aduaneira, a aliança
franco-prussiana e a ação do Papa.
c) cooperação
pacífica, duradoura e estável entre todos os Estados da Europa.
d) conhecida e
inevitável neutralidade alemã na disputa de mercados.
e) reorganização
do exército prussiano e com o despertar do sentimento nacionalista de união.
22. (UERJ/99) Em 1860, um contemporâneo da unificação da Itália afirmou:
"Fizemos a Itália; agora precisamos
fazer os italianos."
(D'AZEGLIO, Massimo (1792-1866). Apoud
HOBSBAWM, E. "A era do capital: 1848-1875". Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1977.)
Essa frase traduz uma particularidade da
construção da unidade italiana, que é identificada na:
a) divergência
entre nacionalismo e nação-estado
b) fusão entre
nacionalismo de massa e patriotismo
c) adoção da
língua italiana no dia-a-dia da população
d) união entre
os interesses dos partidários da Igreja e da República
23. (Fuvest 91) "Desde a 0h de hoje (20h de ontem em Brasília), existe uma só
Alemanha. O hasteamento da bandeira alemã de 75 metros no mastro de 45 metros
de altura em frente ao Reichstag, prédio do Parlamento, em Berlim, no primeiro
minuto deste dia 03, selou a anexação da Alemanha Oriental pela Ocidental. A
praça da República, onde fica o Reichstag, estava totalmente tomada. Centenas
de milhares de alemães cantaram em coro a canção da Alemanha, hino nacional,
para celebrar o fim da divisão do país".
(FOLHA DE S. PAULO, Quarta-feira, 03 de
outubro de 1990)
A notícia anterior refere-se à recente
reunificação da Alemanha, que "simboliza a conclusão de uma etapa marcada
pela divisão do mundo em blocos geopolíticos desenhados por duas
superpotências".
No passado, a unificação alemã também foi o
principal objetivo da ação política de Bismarck, que, para concretizá-la em
1871, combateu:
a) Espanha,
Prússia e Áustria.
b) França,
Inglaterra e Espanha.
c) Dinamarca,
Rússia e Itália.
d) Prússia,
Inglaterra e Holanda.
e) Dinamarca,
Áustria e França.
24. (PUCMG/99) No processo de unificação da Itália de meados do século XIX,
destacam-se, EXCETO:
a) a preocupação
da burguesia em evitar qualquer aliança com a massa camponesa.
b) a permanência
de um sistema oligárquico que garante os interesses dos grandes proprietários
da terra.
c) a ação dos
liberais moderados, liderado por Cavour, para impedir as tentativas
revolucionárias.
d) a obtenção da
unidade através do alargamento do Estado piemontês e não de um movimento
nacional.
e) o papel
decisivo dos movimentos populares para a concretização da unidade italiana.
25. (UFG/ 2006) A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade
territorial da Igreja. Esse impasse resultou
a) no reforço
dos sentimentos nacionalistas na Itália, provocando a expropriação das terras
da Igreja.
b) no envolvimento da Igreja em lutas nacionais, criando
congregações para a expansão do catolicismo.
c) na adoção de
atitudes liberais pelo Papa Pio IX, como forma de deter as forças fascistas.
d) na
assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do
Vaticano.
e) no
"Risorgimento", processo em que segmentos ligados à Igreja defenderam
a Itália independente.
GABARITO
0 Comentários